Curso Técnico Segurança do Trabalho. Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva
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- Felipe do Amaral Borges
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1 Curso Técnico Segurança do Trabalho Higiene, Análise de Riscos e Condições de Trabalho MÄdulo 8 Programa de ConservaÇÉo Auditiva
2 O ouvido humano pode ser separado em três grandes partes, de acordo com a função desempenhada e a localização. São elas: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Segue-se então uma vista panorâmica do sistema auditivo humano na qual as suas três zonas constituintes são descriminadas.
3 Podemos entender o Som como qualquer variaäåo de pressåo em um meio elçstico (no ar, Çgua ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar, ou seja, uma vibraäåo que É transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivñduo como agradçvel. O meio mais importante neste trabalho É o aéreo. Quando o som nåo É desejado ou incámodo, ou possui uma combinaäåo nåo harmoniosa, dizemos que o mesmo se transformou em RuÑdo ou barulho. Uma das principais caracterñsticas do ruñdo É a mistura de sons, cujas freqàâncias nåo seguem uma regra precisa. Existem alguns fatores responsçveis por transformar um som agradçvel em um ruñdo irritante e desagradçvel. SÅo eles: a) DuraÄÅo da exposiäåo b) Distäncia da fonte geradora de ruñdo c) Tipos de ruñdos d) Freqàância / Intensidade e) Susceptibilidade individual
4 O alcance da audiäåo humana se estende de aproximadamente 20 Hz até Hz de freqàância e de aproximadamente 0 db até 120 db de intensidade, para um ouvido jovem e saudçvel. Dentro do espectro audñvel, o ser humano nåo escuta de maneira linear em todas as freqàâncias. Existem freqàâncias em que o sistema auditivo do humano faz menos esforäo para entender os estñmulos e em outras, esta percepäåo torna-se um pouco mais difñcil.
5 Quando se utiliza a escala em db, a soma de NPS não pode ser feita algebricamente. Para tornar os cálculos mais fáceis e rápidos, pode ser utilizada a regra de Thumb, como se segue. Se a diferença entre dois níveis estiver entre: a) 0-1 db => adicione 3 db ao maior valor b) 2-3 db => adicione 2 db ao maior valor c) 4-7 db => adicione 1 db ao maior valor d) 8 db ou mais => adicione 0
6 Curvas Compensação Sonora Um dos estudos mais importantes que revelaram tal nåo-linearidade foi a experiância realizada por Fletcher e Munson nos anos 30, que resultaram nas curvas isoaudñveis, levando ã introduäåo de curvas de compensaäåo nos instrumentos de mediäåo de som, simulando o sistema auditivo. a) O circuito A curvas para baixos NPS, prçximo de 50 db; b) O circuito B curvas para médios NPS, prçximo de 75 db; c) O circuito C curvas para altos NPS, prçximo de 100 db; d) O circuito D curvas para altíssimos NPS, prçximo de 120 db. Destas curvas, a A É a mais empregada na avaliaäåo do ruñdo ocupacional, pois É a que melhor correlaciona NÑvel Sonoro com probabilidade de Dano Auditivo.
7 Efeitos RuÄdo ao Homem Sem dúvida alguma, a perda auditiva ou diminuição da acuidade auditiva é a conseqüência mais imediata causada pela exposição excessiva ao ruído. Mas, os efeitos do ruído não se limitam a isso. A exposição em excesso ao ruído pode acarretar outros problemas de saúde ou piorá-los, além de impactos na qualidade de vida do indivíduo exposto. PAIR Perda Auditiva Induzida pelo RuÄdo A perda auditiva induzida pelo ruído é indolor, gradual e seus sinais são quase imperceptíveis. Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e, conseqüentemente, é o fim da audição.
8 Trauma Acústico É conceituado como uma perda auditiva súbita, causa por uma única exposição a níveis de ruído muito altos. Mudança Temporária do Limiar Auditivo A perda auditiva temporária é um efeito em curto prazo de uma mudança temporária do limiar auditivo e depende da suscetibilidade individual, tempo de exposição, intensidade e freqüência do ruído. A audição volta ao normal após algum tempo longe do ruído ou após o chamado repouso acústico.
9 Fatores Perdas da Audição a) Exposição durante lazer ou segundo ofício: diversas ocupações e atividades, pela natureza do trabalho, acabam por expor indivíduos a níveis excessivos de ruído, tais como: prática de tiro ao alvo, música alta, marcenaria doméstica, etc.; b) Causas patológicas, como rubéola, meningite, infecções do aparelho auditivo; c) Surdez hereditária; d) Trauma na cabeça; e) Drogas Ototóxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo de medicamentos, como por exemplo, certos antibióticos, anti-depressivos, etc.; f) Agentes Químicos Ototóxicos, que por si só ou quando combinados ao ruído, podem causar danos à audição.
10 Programa Controle Auditivo (Legislação) NR-7 Instrui sobre os parämetros de monitorizaäåo da exposiäåo ocupacional ao risco de exposiäåo a pressåo sonora elevada. O critério de aptidåo É dado pelo médico coordenador do PCMSO. AlÉm do audiograma, deve ser levado em consideraäåo a anamnese, idade, exame otoscçpico, a demanda auditiva na funäåo. NR-9 Estabelece como condiäåo fundamental no controle dos processos de trabalho em que hç produäåo de ruñdo, o monitoramento regular das fontes de emissåo e a adoäåo de equipamentos de proteäåo coletiva - EPC, e de proteäåo individual - EPI, os denominados protetores auditivos.
11 Programa Controle Auditivo (Legislação) NR6- Vida útil: Cabe ao empregador quanto ao EPI : a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade e exigir seu uso; b) fornecer EPI aprovado pelo órgão nacional competente ; c) orientar e treinar o trabalhador; d) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; e) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e f) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. Cabe ao empregado quanto ao EPI : a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração no EPI; e d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
12 PPRA (Nível de Ação) NR-15 a) Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. b) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (db) com instrumento de nível de pressão sonora e as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. c) Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 db(a) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. d) Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações. C1 C2 C3 C4 D... T T T T onde: C é o tempo real de exposição a um específico nível de pressão sonora e T é o tempo total permitido para o mesmo. 4 C T n n
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