Subsidiárias, agências e filiais de empresas estrangeiras

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2 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 35 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? Subsidiárias, agências e filiais de empresas estrangeiras normalmente mantêm seus registros contábeis e apresentam localmente suas demonstrações financeiras nas respectivas moedas dos países que as hospedam, porém o reporte para suas matrizes no exterior, normalmente, requer que esses demonstrativos sejam convertidos para a moeda da matriz. A conversão para outra moeda é uma operação meramente matemática, porém com resultados práticos inquestionáveis. Nesse processo de conversão, diferentes metodologias vêm sendo experimentadas desde o século passado. Este trabalho apresenta e compara os métodos mais conhecidos de conversão de demonstrações financeiras, as técnicas utilizadas, as cronologias, as características e as críticas a cada um deles e mostra que nenhum é perfeito para representar a situação financeira e patrimonial de qualquer entidade que tenha seus demonstrativos convertidos de uma moeda para outra. Francisco de Paula Gomes Neto Mestre em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Finanças da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ. Professor Assistente III do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense UFF.

3 36 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? 1. Introdução Historicamente, cinco métodos de conversão de demonstrativos financeiros foram sugeridos por diversos autores e estudiosos da matéria, alguns antes mesmo que fossem emitidos pronunciamentos oficiais pelo APB ou FASB. I. Método corrente e não-corrente; II. Método monetário e não-monetário; III. Método temporal; IV. Método da taxa corrente; e V. Método o temporal com correção monetária integral (economias hiperinflacionárias). rias). de valores estrangeiras e participação crescente no país de investimentos de empresas estrangeiras que enviam seus demonstrativos financeiros para suas matrizes no exterior, o processo de conversão de demonstrativos contábeis é assunto de bastante relevância com pouca discussão acadêmica e apresentação prática. O presente artigo compara os cinco métodos mais conhecidos de conversão, suas lógicas, críticas e defensores, utilizando exemplos numéricos simplificados. Nenhum desses cinco métodos, pela própria tureza funcional do sistema monetário de cada país, oferece perfeita representação dos na- valores niais de empresas subsidiárias s ou filiais situadas as patrimo- no exterior. Durante dé- cadas, até 1998, utilizou-se no Brasil país considerado altamente inflacionário o até aquela época o Método Temporal, porém, de 1998 até os dias atuais, com o fim das altas taxas de inflação, o método de conversão mais utilizado por empresas nacionais e estrangeiras, no Brasil, que reportam para o exterior é aquele conhecido como 2. O papel da moeda no o Método da Taxa Corrente. processo de conversão Com a crescente globalização dos mercados, penetração de empresas brasileiras em outros países, ço é mais caro ou mais barato em O preço de um bem ou servi- negociação de suas ações em bolsa um país que em outro quando se utiliza nessas comparações uma moeda comum para conversão desses preços. Esta não é uma comparação necessariamente correta, já que a realidade entre países não é, necessariamente, a mesma, pois, na produção de bens ou serviços os custos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, carga tributária, fretes, aluguéis, etc.), podem ser, ou não, equivalentes. O objetivo de uma moeda é o de servir como padrão de valor, veículo de troca e como uma uni- dade de medida. As moedas dos diferentes pa- íses exercem as duas primeiras funções em graus variáveis de eficiência. cia. Por essa tríplice função é que, muitas vezes, são cometi- dos enganos na interpretação do que os valores constan- tes num demonstrativo financeiro estão efetiva- mente representando. A moeda de determinado país é, basicamente, uma escala unidimensional de valores, que mede e compara tais valores dentro do estrito escopo de sua autonomia político-administrativa. O processo de con- versão de demonstra- tivos financeiros de uma moeda para outra, assim como a conversão do pre- ço de bens ou serviços, é uma questão complexa que envolve diversos questionamentos sem uma solução definitiva. Isso é reconhecido pelo próprio FASB 1, no parágrafo 59 do FAS 2 52, quando esclarece: 1 FASB - Financial Accounting Standards Board é a sigla do Comitê de Normas de Contabilidade Financeira, órgão normativo de contabilidade Norte-Americano. 2 FAS Financial Accounting Standard é a sigla utilizada pelo FASB para seus pronunciamentos sobre Normas de Contabilidade Financeira.

4 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 37 Em linhas gerais, a principal diferença entre o método corrente e não corrente e o método monetário e não monetário é localizada nos estoques e nos empréstimos de longo prazo. Para empresas conduzindo seus negócios em mais de uma moeda, as necessidades práticas de relatórios financeiros numa única moeda requerem que a mudança de preços entre duas moedas seja acomodada da melhor forma possível. As pessoas concordam com esta necessidade prática, mas discordam dos conceitos e detalhes de sua implementação. Como resultado, há uma significante discordância entre os observadores informados quanto à natureza básica, conteúdo da informação e significados dos resultados obtidos pelos vários métodos de conversão de uma moeda estrangeira para a moeda do relatório. Cada método tem fortes críticos e oponentes. No FAS 8, de 1975, do FASB, o método de conversão dos demonstrativos financeiros utilizado era o Método Temporal, que, durante os 7 anos de sua vigência, foi muito criticado. Em 1982, o FAS 8 é substituído pelo FAS 52 e aparece o Método da Taxa Corrente, que, embora imperfeito, como reconhece o próprio FASB na justificativa de motivos para sua implementação, foi aceito como o melhor em função das premissas então utilizadas. Segundo Schrickel (1997), mesmo o melhor dos métodos de conversão, de ativos e passivos, da moeda local para determinada moeda estrangeira, sempre estará inevitavelmente limitado pela realidade unidimensional da moeda. Portanto, o processo de conversão é meramente um processo matemático, porém com resultados práticos evidentes. 3. Métodos de Conversão Premissas Básicas para Exemplo As transações a seguir, embora simples, permitem a comparação entre os diferentes métodos de conversão. Elas supõem uma empresa subsidiária brasileira operando no Brasil e reportando para sua matriz norte-americana. Transações ocorridas em dezembo de 20X1: a) Em 1º/12, formação da empresa Subsidiária Ltda., no Brasil, subsidiária de uma empresa norteamericana, com integralização do capital em dinheiro de US$ , pela matriz nos EUA, correspondente a R$ (taxa R$ 1,00 = USD 1,00). b) Não houve qualquer movimentação durante o mês, e a taxa de câmbio se manteve inalterada. Transações ocorridas em janeiro de 20X2: c) Em 14/1, compra local, por R$ , a prazo de 90 dias, de estoque para revenda. d) Em 15/1, compra local, por R$ , a prazo de 90 dias, de 1 (um) terreno (não há depreciação). e) Em 15/1, venda local, à vista, de metade do estoque, por R$ f) Para simplificar, não há cálculo de imposto de renda. g) As taxas de câmbio foram: 1º/1 R$ 1,00 14/1 R$ 1,10 15/1 R$ 1,10 31/1 R$ 1,20 Taxa média do período R$ 1,10 No item 9 Na comparação entre os métodos de conversão, são apresentados os demonstrativos financeiros pelos diferentes métodos, a partir dos dados acima. Entretanto alguns esclarecimentos prévios são base para o processo de conversão, que são: a) Taxa Corrente taxa de câmbio em vigor na data do fechamento do balanço. b) Taxa Histórica taxa de câmbio da data em que os itens foram inicialmente reconhecidos ou contabilizados. c) Taxa Média pode ser calculada de diferentes maneiras para um período (aritmética, ponderada, etc.), entretanto, por razões práticas, é assu-

5 38 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? mida uma média aritmética entre o início e o fim do período de conversão. d) Critérios Contábeis também por razões práticas, é assumido que não existem diferenças entre os princípios contábeis utilizados por subsidiária e matriz. Nos quadros dos demonstrativos financeiros apresentados doravante, os centavos são omitidos. 4. Método corrente e não corrente Neste método de conversão: a) ativos e passivos correntes convertidos pela taxa corrente. b) ativos e passivos não correntes e patrimônio líquido convertidos pela taxa histórica. c) demonstração de resultado Itens derivados de ativos e passivos não correntes convertidos pela taxa histórica; Demais itens convertidos pela taxa média. d) variação cambial do investimento no exterior registrada no resultado do exercício Ganho ou perda de conversão explicação O processo de fechamento em US$ e o cálculo da perda de conversão são apresentados mais adiante no Método Temporal, pois os procedimentos são os mesmos Lógica, cronologia, características e críticas do método corrente e não corrente A lógica deste método é de que os itens não circulantes não são influenciados pelas taxas de câmbio do encerramento do período contábil, já que não são objeto de transações do dia-a-dia dos negócios da empresa. Era suposto que os itens não circulantes não produziriam qualquer ganho ou perda pela alteração da taxa de câmbio. O método foi reconhecido e aprovado pelo AICPA 3, em 1931, e foi atualizado pelo ARB 4 n.º 43 (que consolidou os ARBs de n.º 1 a 42) em Ele era, supostamente, o que melhor refletia os aspectos de liquidez da posição financeira da entidade estrangeira, apresentando os valores equivalentes em dólares dos componentes do capital de giro. Em 1965, o ARB n.º 4, no seu capítulo 12, foi alterado pela APB Opinion 5 n.º 6, e passou a permitir que as contas a receber e a pagar fossem convertidas pela taxa de câmbio corrente, se tal procedimento refletisse mais adequadamente a situação patrimonial da empresa. Atualmente, esse método tem poucos defensores. A principal objeção teórica a ele se refere à conversão dos estoques pela taxa corrente, o que representaria um abandono do princípio contábil do valor original (custo histórico). Outra falha desse método refere-se à conversão de despesas do exercício seguinte, adiantamento a fornecedores, etc., por estarem no circulante, à taxa corrente e contas a receber e a pagar de longo prazo e por não estarem no circulante, à taxa histórica, causando grandes distorções nos demonstrativos convertidos dessa forma. 5. Método monetário e não monetário Este método dá ênfase às características dos ativos e passivos em lugar da mera classificação das contas no balanço. Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 02, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, de 9 de janeiro de 2007: I. Itens monetários são aqueles representados por dinheiro ou por direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro. II. Itens não monetários são aqueles representados por ativos e passivos que não serão recebidos ou liquidados em dinheiro. Neste método de conversão estão: a) ativos e passivos monetários convertidos pela taxa corrente. 3 AICPA American Institute of Certified Public Accountants (Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados) é órgão profissional de contabilidade Norte-Americano. 4 ARB Accounting Research Bulletin (Boletin de Pesquisa Contábil) é sigla de pronunciamentos que eram emitidos pela AICPA, e que fazem parte dos princípios contábeis geralmente aceitos nos E.U.A. 5 APB Opinion (Parecer da APB) é sigla de pronunciamentos que eram emitidos pelo APB Accounting Principles Board (Comitê de Princípios Contábeis), predecessor do FASB, e que fazem parte dos princípios contábeis geralmente aceitos nos E.U.A.

6 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 39 b) ativos e passivos não monetários e patrimônio líquido convertidos pela taxa histórica. c) Demonstração de resultado Itens derivados de ativos e passivos não monetários convertidos pela taxa histórica. Demais itens convertidos pela taxa média. d) Variação cambial do investimento no exterior registrada no resultado do exercício Ganho ou perda de conversão - explicação O processo de fechamento em US$ e o cálculo da perda de conversão são apresentados mais adiante no Método Temporal, pois os procedimentos são os mesmos Lógica, cronologia, características e críticas do método monetário e não monetário Os defensores do método monetário e não monetário enfatizavam sua propriedade pela manutenção do princípio do custo histórico nos relatórios financeiros de entidades estrangeiras. Como os demonstrativos financeiros de entidades estrangeiras são consolidados ou combinados com a matriz norte-americana, consistentes princípios contábeis são utilizados na combinação ou na consolidação dos demonstrativos. Esse método foi inicialmente defendido por Samuel Hepworth da Universidade de Michigan em 1956 e foi disseminado pelo apoio dado pela Associação Nacional de Contadores (National Accountants Association NAA), em 1960, fazendo com que o Hepworth Method fosse essencialmente sancionado pelo FASB até a emissão do FAS 8. O APB Opinion n.º 6, até a emissão do FAS 8, em 1975, permitiu que, entre os dois métodos corrente e não corrente e monetário e não monetário, fosse utilizado aquele que refletisse mais adequadamente a posição financeira da empresa. O problema desse método é que a definição de monetário e não monetário depende de uma decisão da empresa. Por exemplo: um investimento em ações de outra empresa pode ser caracterizado como permanente (não monetário) ou temporário (monetário), dependendo apenas da intenção da empresa ao classificá-lo. Em linhas gerais, a principal diferença entre o método corrente e não corrente e o método monetário e não monetário é localizada nos estoques e nos empréstimos de longo prazo. Os estoques, por estarem no circulante, são convertidos pela taxa corrente no primeiro método e pela taxa histórica no segundo. Os empréstimos de longo prazo são convertidos pela taxa histórica no primeiro e corrente no segundo. Os críticos do método monetário e não monetário argumentam que ele enfatiza os aspectos (pontos de vista) da posição financeira e dos resultados operacionais da matriz da entidade estrangeira. Segundo eles, por refletir as mudanças nos ativos e passivos, e nos resultados operacionais, como se eles fossem gerados na moeda da matriz, esse método distorce a real situação financeira e os interrelacionamentos operacionais reais da entidade estrangeira.

7 40 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? Em linhas gerais, a principal diferença entre o método corrente e não corrente e o método monetário e não monetário é localizada nos estoques e nos empréstimos de longo prazo. 6. Método temporal (ou remeasurement) Este método de conversão, também denominado como Remeasurement (EPSTEIN, 2006, p. 951), é basicamente igual ao método monetário e não monetário, exceto na hipótese de valorização dos estoques (em moeda local) pela regra do preço de custo ou de mercado, dos dois o menor. Nesse método de conversão, com exceção da situação mencionada sobre os estoques: a) ativos e passivos monetários são convertidos pela taxa corrente. b) ativos e passivos não monetários e patrimônio líquido são convertidos pela taxa histórica. c) Demonstração de resultado itens derivados de ativos e passivos não monetários são convertidos pela taxa histórica; demais itens convertidos pela taxa média do período. d) Variação cambial do investimento no exterior registrada no resultado do período Prova do ganho ou perda de conversão explicação O processo de fechamento em US$ é o seguinte, aplicável também aos métodos corrente e não corrente e monetário e não monetário: a) O total do ativo, em US$, é transferido para o total do passivo e patrimônio líquido. b) O total do ativo menos o total do passivo, em US$, representa o total do patrimônio líquido. c) O total do patrimônio líquido diminuído de todas as contas que o compõe, convertidas pela taxa histórica é igual ao resultado (lucro ou prejuízo) do período em US$, que é transferido para a linha final da demonstração de resultado. d) Os valores convertidos (das contas ou das linhas) da demonstração de resultado menos o total do resultado (linha final) é igual ao ganho ou perda de conversão do período. A demonstração do ganho ou da perda de conversão não é obrigatória, de acordo com o FAS 52, ou originalmente no FAS 8 que o precedeu. Entretanto, é geralmente preparada para assegurar que o valor que aparece na demonstração de resultado está correto. Essa prova de ganho ou perda é aplicada ao método corrente e não corrente substituindo-se, no caso, monetário por corrente e não monetário por não corrente Lógica, cronologia, características e críticas do método temporal O método foi originalmente desenvolvido por Leonard Lorensen, membro do AICPA, em 1972, a partir do princípio de que a mensuração monetária dos elementos patrimoniais expressos na contabilidade depende de certas características inerentes aos ativos e passivos, isto é, o momento de conversão depende de certas características que não podem ser desprezadas. O FASB, ao emitir o FAS 8, em 1975, não mencionou explicitamente o método como temporal, embora tenha adotado a sistemática preconizada por ele. Segundo o IOB - Temática Contábil, Boletim 24/95 (p. 214), a ideia básica dessa metodologia pode ser muito bem entendida da seguinte forma: as demonstrações contábeis convertidas são aquelas que seriam obtidas caso a contabilidade fosse feita por um contador norte-americano, localizado nos Estados Unidos, seguindo os preceitos contábeis de lá. Embora o FASB, em 1982, tenha substituído o método tempo-

8 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 41 ral do FAS 8, quando da emissão do FAS 52, manteve a aplicação desse método, no FAS 52, para conversão dos demonstrativos financeiros de subsidiárias lizadas em países s de economias altamente inflacionárias. Ao converter as contas a re- locaceber e a pagar pela taxa cambial vigente na data do balanço, é respeitada a paridade cambial da moeda estrangeira em relação ao dólar. Caso os estoques fossem registrados na contabilidade por seus valores de reposição ou de mercado, atendendo ao princípio do custo ou do mercado, dos dois o menor, a taxa de câmbio vigente na data do balanço deveria ser usada para a conversão dos estoques. Porém, se esses estoques estivessem registrados ao custo, deveria ser utilizada a taxa de câmbio da data de sua contabilização, ou seja, histórica. Tomado o exemplo numérico no Quadro 2, o terreno (imobilizado) foi convertido pela taxa histórica, enquanto o seu finan- ciamento pelo fornecedor foi convertido pela taxa corrente ou da data do balanço. Isso pode ser bastante inapropriado, pois pode retratar ganho (neste exemplo) ou perda (se houvesse valorização cambial entre os períodos) que não serão materializados no futuro próximo. Também no Remeasurement, a definição de monetário e não monetário depende de uma decisão da empresa, como no caso de um investimento em ações de outra empresa, que pode ser considerado tanto como monetário como não monetário. Outro, e o principal deles, elemento de crítica a esse método é de que a subsidiária estrangeira adquire seus ativos em moeda local e, não, mediante a utilização da moeda da matriz (pelo menos normalmente) e, por isso, a conversão desses ativos pela taxa histórica é totalmente irrelevante. Isso é claramente mencionado pelo próprio FASB quando da emissão do FAS 52, em No Apêndice D (Informação Histórica), parágrafo 153, é dito: As preocupações dos consultados quanto ao FAS 8 refletem a percepção de que os resultados de conversão obtidos por aquela norma, frequentemente, não refletiam a realidade econômica de operações estrangeiras. A percebida falha de contabilização dos resultados, em retratar as referidas circunstâncias econômicas, é fortemente subavalida em dois aspectos: (a) a volatilidade dos lucros acumulados reportados e (b) a anormalidade dos resultados financeiros e inter-relações. As fontes de ambos os problemas são atribuídas as exigências de (a) reconhecimento corrente de variações cambiais não realizadas, e (b) que estoques e ativos imobilizados são convertidos por taxas históricas, de acordo com o FAS 8, enquanto a dívida é convertida pela taxa corrente. 7. Método da taxa corrente (ou Translation) Este método, também conhecido como Translation (EPSTEIN, 2006, p. 952), originalmente pre-

9 42 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? visto no FAS 52 de 1982, que substituiu o FAS 8, de 1975, introduziu diversos conceitos relevantes e determinantes para o processo de conversão de demonstrações financeiras de empresas estrangeiras subsidiárias ou filiais de empresas norte-americanas. Basicamente a definição da moeda funcional (functional currency) moeda primária do ambiente econômico principal no qual a empresa estrangeira opera é que determina a forma (remeasurement ou translation) de conversão das demonstrações para o dólar norte-americano. A definição da moeda funcional, segundo o FASB, e da mesma forma o IASB, depende do ambiente econômico de operação da subsidiária ou filial estrangeira, ou seja, se economia estável ou hiperinflacionária (100% de inflação acumulada nos últimos três anos). As normas internacionais do IASC 6 (atual IASB) que tratam do mesmo assunto conversão de demonstrações financeiras são: a IAS 7 nº 21, Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio (The Effect of Changes in Foregin Eschange Rates), originalmente emitida em julho de 1983 (ano seguinte a norma do FASB) e, posteriormente, reformulada em dezembro de 1993; e a IAS n.º 29, Demonstrações Financeiras em Economias Hiperinflacionárias (Financial Reporting in Hyperinflationary Economies), emitida em julho de 1989 e reformatada em Os conceitos inclusos nas IAS n.º 21 e n.º 29 são basicamente, para os propósitos deste estudo, os mesmos do FAS 52 do FASB, com exceção do tratamento de conversão em economias hiperinflacionárias. Uma das principais e mais marcantes características do método da taxa corrente, em comparação com os anteriores, é de que os ganhos ou as perdas de conversão são reconhecidos no resultado somente no momento de sua realização e, por esse motivo, eles permanecem no patrimônio líquido até que isso aconteça. Nesse método de conversão, assumindo uma economia estável, tem-se: a) ativos e passivos, sem distinção, convertidos pela taxa corrente; b) patrimônio líquido convertido pela taxa histórica; c) receitas e despesas convertidas pela taxa média do período; d) variação cambial do investimento no exterior registrada no patrimônio líquido, em conta específica Prova do ganho ou perda de conversão O processo de fechamento em US$ é o seguinte: a) o total do ativo, em US$, é transferido para o total do passivo e do patrimônio líquido; b) o total do ativo menos o total do passivo, em US$, representa o total do patrimônio líquido; c) o lucro ou o prejuízo da demonstração de resultado, em US$, é transferido para o patrimônio líquido; d) o total do patrimônio líquido diminuído de todas as contas que o compõe, convertidas pela taxa histórica, e incluindo o lucro ou o prejuízo do período em US$, é igual ao ganho ou à perda de conversão, apresentado em linha própria no patrimônio líquido. Ao contrário dos métodos anteriores, portanto, os ganhos e as perdas de conversão são reconhecidos no patrimônio líquido e, não, no resultado do período. A demonstração de ganho ou perda a seguir é obrigatória para as subsidiárias, filiais, etc. de em- 6 AIASC Internacional Accounting Standards Committee (Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade) foi o órgão normativo de contabilidade internacional, criado em 1973, e predecessor do atual, a partir de 2001, IASB International Accounting Standards Board. 7 IAS International Accounting Standard (Norma de Contabilidade Internacional) era sigla utilizada pelo IASC para seus pronunciamentos que, a partir de 2001, com a substituição do IASC pelo IASB, passaram a ser denominados IFRS International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Relatórios Financeiros).As IAS, junto com as IFRS, também compõem as normas internacionais do atual IASB.

10 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 43 presas norte-americanas, de acordo com o FAS 52, da mesma forma que para as empresas que seguem as normas internacionais do IAS n.º 21 do IASB. A linha do ganho ou perda de conversão, no patrimônio líquido, segundo o FASB denominada Accumulated Translation Gain (Loss), é, meramente, um mecanismo de apuração e demonstração dos ganhos ou das perdas considerados, inicialmente, temporários. Interessante é a posição do FASB quanto aos translation adjustments ao assumir que eles não existem de fato, de acordo com o parágrafo 111 do FAS 52 reproduzido a seguir: Ajustes de conversão não existem (grifo nosso) em termos de fluxos de caixa em moeda funcional. Ajustes de conversão são somente um resultado do processo de conversão, e não tem efeito direto sobe os fluxos de caixa em moeda de relatório. Variações cambiais tem um efeito indireto sobre o investimento líquido, que pode ser realizado pela venda ou liquidação (baixa), mas aquele efeito está relacionado ao investimento líquido e não as operações da investida. Antes da venda ou liquidação do investimento, o efeito é de tal forma incerto e remoto quanto a requerer que os ajustes de conversão correntes devam ser reportados como parte dos resultados operacionais Lógica, cronologia, características e críticas do método da taxa corrente A lógica do método é de que os ganhos e as perdas de conversão são temporários, pois, em uma economia estável, se hoje a taxa de câmbio flutua para cima, amanhã flutuará para baixo. Previsto no FAS 52, de 1982, este método vem sendo utilizado até hoje por subsidiárias ou filiais de empresas norte-americanas localizadas em países de economias estáveis. Para o caso de países com economias altamente inflacionárias, o FAS 52 determina que seja utilizado outro método, que é basicamente o método temporal. O IAS n.º 29 do atual IASB, ao contrário do FAS 52, que nada prevê neste caso, estabelece que, em economias hiperinflacionárias, os itens não monetários do balanço patrimonial sejam, antes da conversão, atualizados por um índice geral de preços, conforme exemplificado a seguir na descrição do método temporal com correção monetária. O método da taxa corrente tem críticos e defensores. Os críticos alegam que, ao converter à taxa corrente, o ativo permanente e o estoque, por exemplo, não se evidencia o custo histórico dos bens, aquele que efetivamente onerou o fluxo de caixa da empresa na devida época e que, enquanto toda a estrutura das demonstrações financeiras não for alterada, esse método não será aceitável. Os defensores, incluindo o FASB, alegam que, convertidos todos os valores do balanço pela taxa corrente, fica mantida a fotografia das operações da empresa refletida no seu balanço encerrado. 8. Método temporal com correção monetária integral (economias hiperinflacionárias) Este é o mais novo dos métodos de conversão e está previsto na IAS n.º 29 do atual IASB, emitido em 1989 e reformatado em 1994, Demonstrações Financeiras em Economias Hiperinflacionárias (Financial Reporting in Hyperinflationary Economies). A denominação método temporal leva em consideração o fato de que, ao contrário do método da taxa corrente, no método temporal os ganhos ou as perdas de conversão, como no Quadro 3 a seguir, são reconhecidos no resultado do período de forma indireta, pela apuração dos ganhos e das perdas nos itens monetários convertidos pela taxa corrente. A norma IAS n.º 21 do IASB é basicamente a aplicação do método temporal, original do FAS 52 do FASB, porém com a aplicação da correção monetária dos itens não monetários do balanço patrimonial por um índice geral de preços, para o caso de economia hiperinflacionária, e cálculos dos ganhos e das perdas, por exposição à inflação, dos itens monetários: No Brasil, o Pronunciamento Técnico n.º 02, doravante apenas CPC 02, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), de 9 de novembro de 2007, sobre Efeitos nas Mudanças das Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, foi emitido como

11 44 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? parte do processo brasileiro de convergências às normas internacionais do IASB, a partir da Lei n.º , de 28 de dezembro de 2007 (que reformulou parcialmente a Lei n.º 6.404/76 ou Lei das S.A). O CPC 02 reflete, basicamente, as normas n.º 21 e 29 do IASB, porém com uma diferença interessante. No parágrafo 49 da CPC 02, é mencionado: As contas dos resultados e balanços patrimoniais de uma entidade cuja moeda funcional é de uma economia hiperinflacionária são convertidos para a moeda de apresentação por meio dos seguintes procedimentos: a) os valores (i.e., ativos, passivos, itens do patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo saldos comparativos) serão atualizados monetariamente para a moeda de capacidade aquisitiva da data do balanço mais recente, com uso da metodologia da correção integral conforme já utilizada no Brasil (grifo nosso). b) a seguir, todos esses valores (i.e., ativos, passivos, itens do patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo saldos comparativos) serão convertidos pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço patrimonial mais recente. O uso da correção monetária integral não é explicitamente mencionado nas normas do IASB, porém nos parágrafos 8 e 9 da IAS n.º 29 (IFRSs 2008) é dito: 8. As demonstrações financeiras de uma entidade cuja moeda funcional é a moeda de uma economia hiperinflacionária, se forem preparadas com base no custo histórico ou custo corrente, devem ser apresentadas numa unidade de medida corrente na data do balanço de apresentação O ganho ou perda na posição monetária líquida (grifo nosso) deve ser incluído no resultado e apresentado separadamente. Ao mencionar ganho ou perda na posição monetária líquida, o parágrafo 9 da IAS n.º 21, na prática, fundamenta a metodologia amplamente utilizada no Brasil, até 1995, da correção monetária integral, que reaparece no texto da CPC 02. Considerando os dados iniciais (item 3 Premissas básicas para exemplo) e utilizando a técnica da correção monetária integral, é assumido também: a) a variação do poder aquisitivo do Real-R$ (inflação) foi igual à variação da taxa de câmbio no mesmo período; b) a criação de outra unidade monetária virtual denominada Moeda Funcional para Conversão (MFC). Por essa metodologia, tem-se que: a) ativos e passivos monetários,

12 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 45 Quadro 1 Demonstrativo dos cálculos para a correção monetária integral (1) Caixa (item monetário) e Perda no Caixa Cálculos para Correção Monetária Integral R$ MFC Qtde. MFC 1º/1 Saldo inicial , /1 Recebimento de vendas , /1 Saldo final de apresentação Saldo final pela MFC de 31/01 ( MFC X 1,20) ( ) 1,20 - Perda no Caixa no período (23.637) - - (2) Fornecedores (item monetário) e Ganho de Fornecedores 1º/1 Saldo inicial /1 Compra de estoque , /1 Compra de terreno , /1 Saldo final de apresentação Menos Saldo final pela MFC de 31/1 ( MFC X 1,20) ,20 - Ganho em Fornecedores no período (3) Estoque e Custo de Vendas 1º/1 Saldo inicial /1 Compra de estoque , /1 Venda de estoque Custo de Vendas (25.000) - (22.728) 31/1 Saldo final Saldo final pela MFC de 31/1 ( MFC X 1,20) para apresentação ,20 - Custo de Vendas para apresentação , (4) Terreno 1º/1 Saldo inicial /1 Compra , /1 Saldo final Saldo final pela MFC de 31/1 ( MFC X 1,20) para apresentação (5) Capital ,20-1º/1 Saldo inicial , /1 Novos investimentos /1 Saldo final = Saldo final pela MFC de 31/1 ( MFC X 1,20) para apresentação ,20 = sem distinção, pelos valores de apresentação são convertidos pela taxa corrente; b) ativos e passivos não monetários, após atualização para a moeda do final do período, são convertidos pela taxa corrente; c) patrimônio líquido, após atualização para a moeda do final do período, é convertido pela taxa histórica; d) demonstração de resultado: Receitas e despesas monetárias e não monetárias, após atualização para a moeda do final do período, são convertidas pela taxa corrente; ganhos e perdas nos itens monetários, após atualização para a moeda do final do período, são convertidos pela taxa corrente. e) variação cambial do investimento no exterior é automaticamente calculada pelos ganhos e perdas nos itens monetários na demonstração de resultado e registrada no resultado do período (Quadro 1) Prova do ganho ou perda de conversão Não há que se falar em demonstrativo de perda ou ganho de (6) Receita de Vendas 15/1 Vendas no período , /1 Saldo final = Saldo final pela MFC de 31/1 ( MFC X 1,20) para apresentação ,20 = Fonte: o autor

13 46 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? conversão nesse método, pois eles são automaticamente evidenciados pelos cálculos dos ganhos e das perdas nos itens monetários que, posteriormente, são convertidos pela taxa corrente para US$. Eles estão, portanto, apresentados na perda no caixa e no ganho em fornecedores Lógica, cronologia, características e críticas do método temporal com correção monetária integral Para EPSTEIN (2008), esta é uma técnica de conversão sofisticada e foi utilizada por países que, em passado remoto, experimentaram altas taxas inflacionárias. Numa efetiva economia hiperinflacionária, os usuários de demonstrações financeiras são incapazes avaliar o real significado de tais demonstrações, a menos que elas sejam expressas em unidades monetárias com o mesmo poder de compra definido por preços na mesma data das demonstrações ou próximos desta. A menos que este denominador comum seja empregado, as demonstrações financeiras são muito difíceis de serem interpretados para fins gerenciais de investimentos e decisões de crédito. Embora alguns usuários sofisticados (grifo nosso), particularmente naqueles países onde a hiperinflação tem sido endêmica, tais como algumas nações da América do Sul, incluindo Brazil (grifo nosso) e Argentina, e Israel, por alguns períodos, sejam capazes de aplicar regras para lidar com este problema, em geral devem ser feitas modificações para que os relatórios sobre as demonstrações financeiras tenham algum valor. Tanto o FAS 52 quanto os IAS 21 e 29, e a literatura internacional consultada para este estudo, não apresentam qualquer exemplo de conversão de demonstrações pelo método temporal com correção monetária integral, como apresentado no Quadro 1 acima. No Brasil, o IOB Temática Contábil e Balanços n.º 30, 31 e 32 (1995) apresenta um exemplo bastante completo sobre esta metodologia, e que foi bastante utilizado até 1998 quando o país deixou de ser considerado como de economia hiperinflacionária. A aplicação de um índice geral de preços (indexação) nos demonstrativos financeiros, antes da conversão para outra moeda, tem como foco de crítica principal a escolha do índice de inflação a ser utilizado. O IASB (IFRSs 2008, p. 1491), na IAS n.º 29, estabelece para a seleção e uso de um índice geral de preços que: A remensuração das demonstrações financeiras de acordo como esta Norma requer a utilização de um índice geral de preços que A aplicação de um índice geral de preços (indexação) nos demonstrativos financeiros, antes da conversão para outra moeda, tem como foco de crítica principal a escolha do índice de inflação a ser utilizado.

14 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 47 Quadro 2 Comparação dos métodos de conversão em US$ - Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial da Subsidiária Ltda. em 31 jan 20X2 US$: Corrente Não Corrente Monetário e Não Monetário Métodos de Conversão Tempor al Taxa Corrente Temporal com C.M Integral Ativo Caixa Estoque Terreno Total do Ativo Passivo e P. Líquido Fornecedores Capital Ganho (Perda) de Conversão (17.804) - Lucro (Prejuízo) do Período Total Passivo e P. Líquido Fonte: o autor (1.136) Quadro 3 Comparação dos métodos de conversão em US$ - Demonstração de Resultado Demonstração de Resultado da Subsidiária Ltda de 1 a 31 jan 20X2 US$: Receita de Vendas Custo de Vendas Perda no Caixa Ganho em Fornecedores Ganho (Perda) de Conversão Lucro (Prejuízo) do Período Fonte: o autor Corrente Não Corrente Monetário e Não Monetário Tempor al Taxa Corrente Temporal com C.M Integral (22.727) (22.727) (22.727) (22.727) (22.727) (19.698) (14.773) (12.879) (12.879) - - (1.136) reflita as alterações no poder de compra. É preferível que todas as entidades que reportem na moeda da mesma economia usem o mesmo índice. Os índices de inflação em diferentes países, assim como no Brasil, são calculados com diferentes propósitos e de diferentes maneiras e afetam as empresas de diferentes formas. Ao assumir um único indexador, para remensuração (ou correção monetária) das demonstrações financeiras, assume-se implicitamente, em uma empresa em questão, que todas as suas transações foram afetadas por essa inflação do indexador escolhido, o que não é necessariamente verdade. 9. Comparação entre os métodos de conversão As transações e os valores utilizados para os exemplos dos métodos de conversão deste trabalho foram consolidadas para a comparação que segue. Merecem destaque, nos exemplos apresentados, apenas os valores em dólares no segundo período, janeiro de 20X2 Quadro 2 e 3). Como explicado anteriormente, não existe diferença entre o método monetário e não monetário e método temporal porque foi assumido não haver diferença na valorização dos estoques (em moeda local) pela regra do preço de custo ou de mercado, dos dois o menor. Interessante observar, contudo, os diferentes resultados apresen-

15 48 Métodos de conversão de demonstrações financeiras Real x Dólar Qual o melhor? tados pelos diferentes métodos de conversão e o tratamento dado ao ganho (perda) de conversão. No exemplo do método temporal com correção monetária integral, entretanto, não existe ganho ou perda de conversão, pois ele é evidenciado por meio dos ganhos e/ou das perdas dos itens monetários. Contudo, se a variação do indexador da moeda local (inflação) for diferente da variação cambial, haverá perda ou ganho a ser reconhecido. 10. Conclusão Pela análise ao longo deste trabalho, verificase que, até os dias atuais, nenhum dos métodos conhecidos para conversão de demonstrações financeiras, de um padrão monetário para outro, garante resultados economicamente exatos, plenamente confiáveis ou isentos de distorção e críticas. As principais normativas mundiais mais conhecidas, do FASB e do IASB, têm falhas e omissões graves; algumas são identificadas no texto da própria norma no caso do FAS 52, outras resultam de situações não previstas na norma e que geram questões fundamentais não respondidas, principalmente quanto: a) ao tratamento discriminatório de ajustes de Translation e Remeasurement, que são originados da mesma situação, mas são contabilizados diferentemente; b) ao pressuposto tácito do FAS 52, e implícito do IAS 21, de que translation adjustments não existem efetivamente carece de fundamento; c) a criação da conta Cumulative Translation Adjustment no patrimônio líquido da entidade que, de acordo com o próprio FAS 52, não preenche a definição tradicional de patrimônio líquido. Referências COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 02: Efeito das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. Disponível em: pdf. Acesso em: 21 abr DELANEY, Patrick R.; EPSTEIN, Barry J.; ADLER, James R.; FORAN, James R. Wiley GAAP 99: Interpretation and application of generally accepted accounting principles New York: John Wiley & Sons, Inc., DELOITTE. Normas internacionais de contabilidade: IFRS. 1. ed.são Paulo: Atlas, EPSTEIN, Barry J.; JERMAKOWICZ, Eva K. Wiley IFRS 2008: Interpretation and application of international financial reporting standards. New Jersey: Johm Wiley Sons, Inc., EPSTEIN, Barry J.; NACH, Ralph; BRAGG, Steven M. Wiley GAAP 2006: Interpretation and application of generally accepted accounting principles. New Jersey: Johm Wiley Sons, Inc., FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. FASB Statement 52: Translation of foreign currency. EUA: FASB, FIPECAFI. Aprendendo contabilidade em moeda constante. São Paulo: Atlas, 1994.

16 REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE 49 GOMES NETO, Francisco de Paula, Conversão de Demonstrações Financeiras Real x Dólar. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis), UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. International financial reporting standards (IFRSs): including international accounting standards (IASs) and interpretations as approved at 1 january London: International Accounting Standards Committeee Foundation (IASCF), IOB - TEMÁTICA CONTÁBIL E BALANÇOS. Análise comparativa dos métodos: FAS-8 e FAS-52 de conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira. Boletins 35, 36 e 37/ IOB - TEMÁTICA CONTÁBIL E BALANÇOS. Conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira - introdução e FAS-8. Boletins 24, 25, 26 e 27/95, IOB - TEMÁTICA CONTÁBIL E BALANÇOS. Conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira - o FAS-52. Boletins 30, 31 e 32/95, NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade Internacional. 1. Ed. São Paulo: Atlas, PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Conversão de demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005 SCHRICKEL, Wolfgang Hurt. Demonstrações financeiras: abrindo a caixa-preta: como interpretar balanços para a concessão de empréstimos. São Paulo: Atlas, SZUSTER, Natan. GONÇALVES, Paulo. Conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira - considerações sobre o tratamento monetário em decorrência do Real ser considerado como moeda forte a partir de Apostila distribuída em apresentação no Banco Central do Brasil. Rio de Janeiro, 1998.

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