Regulamento da CBF faz Globo se preparar para campeão sem TV

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA 100 mi foi o valor pedido pelo Chelsea para liberar o treinador José Mourinho para o francês Monaco EDIÇÃO 374 Regulamento da CBF faz Globo se preparar para campeão sem TV POR ERICH BETING O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol poderá fazer com que, pela primeira vez na história, a decisão do título de campeão brasileiro não seja na TV aberta. Após consulta à CBF, a Globo não conseguiu a permissão para que fosse alterada a data da partida entre Corinthians e Coritiba, marcada para sábado às 19h30, na Arena Itaquera. A intenção era fazer com que o jogo fosse remarcado para domingo às 17h, mesmo horário do duelo entre Figueirense e Atlético-MG. Se o Corinthians vencer e o Atlético não ganhar, o título já poderá ser comemorado pelo clube paulista. A ideia da Globo era fazer com que a partida do time paulista fosse exibida ao vivo. O problema é o artigo 13 do RGC, que exige uma antecedência mínima de dez dias para que qualquer alteração na tabela seja feita. Como a combinação que poderá dar o título ao Corinthians só aconteceu no último domingo, após o duelo com o Atlético-MG, não havia como pedir antecipadamente a alteração da data. Sem a mudança, a Globo prepara uma cobertura especial da possível festa da torcida corintiana, que pode começar já no final da tarde de domingo. Segundo apurou a Máquina do Esporte, a emissora deve deslocar equipes de reportagem para fazer a cobertura da festa dos torcedores. As imagens seriam exibidas durante a transmissão do jogo entre Cruzeiro e São Paulo, às 17h. A decisão do que será feito só começou a ser tomada na tarde de terça-feira, após a CBF não aceitar a mudança na tabela. Além da questão do regulamento da competição, havia também a chance de o Corinthians ter problemas com a mudança da data. O clube já havia negociado todos os ingressos para o jogo antes mesmo do duelo contra o Atlético. A alteração da data poderia gerar processo de torcedores que não poderiam ir no novo dia. Se o título não sair no domingo, a Globo tem garantia de mostrar o jogo seguinte do Corinthians. Será na quarta-feira, dia 18 de novembro, às 22h, contra o Vasco. 1

2 CBF nos ensina também como matar um campeonato nacional POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte Antes, a especialidade da CBF era fazer com que a abertura do Brasileirão fosse, no mínimo, morna. Em meio a outros torneios, após as finais dos estaduais, o Nacional chega a ter rodada com os times favoritos entrando com elencos alternativos. Foi assim que estreou o virtual campeão Corinthians no torneio. Com a equipe reserva, o clube paulista entrou em campo para 9 mil pessoas na Arena Pantanal. Em termos de evento, início mais melancólico possível para o campeonato. Agora, parece que a CBF também criou gosto por estragar o fim do campeonato. Eis que o mesmo Corinthians poderá celebrar o título nacional no sofá. Novamente, o fim mais melancólico possível. A solução para o problema não está nas entranhas do esporte nacional, algo que envolva uma grande complexidade de gestão do futebol brasileiro. A solução era simples, como geralmente costuma ser. Para respeitar o código da própria CBF e seguir a recomendação da Polícia Militar, a data do jogo do Corinthians e do Palmeiras deveria ter sido alterada com dez dias de antecedência, o que não foi feito. Em julho, no duelo entre Corinthians e Atlético-MG em São Paulo, a disputa pelo título estava clara. Parece que havia tempo de acertar as datas. Caso seja campeão no domingo, a torcida terá uma experiência pouco marcante. A Globo, maior parceira dos clubes, perderá a potencial maior audiência do torneio. Patrocinadores, se existissem de fato, deixariam passar o ápice do ativo contratado. E, assim, a CBF mata mais um pouco seu principal produto... Gatorade cria campanha mundial para celebrar patrocínio ao Barcelona POR REDAÇÃO A Gatorade ativou patrocínio ao Barcelona com o curta-megratem Més que um triplet, que mostra a campanha do clube na conquista da tríplice coroa na temporada passada (Copa do Rei, Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões). O filme mostra que a conquista veio após a má campanha na temporada anterior, quando o clube terminou o ano sem conquistar nenhum troféu. O vídeo é narrado pelo ex- -jogador Belletti e inclui imagens inéditas de Lionel Messi, além de participações de outros astros do Barcelona, como o zagueiro Piqué, o volante Mascherano, o meia Rakitic e os atacantes Neymar e Luis Suárez. No filme, é explicado o estilo de jogo desenvolvido pelo clube e como o Barcelona forma em suas divisões de base boa parte de suas futuras estrelas. Parceira do clube, a Gatorade e o Gatorade Sports Science Institute trabalharam lado a lado com a equipe técnica do time catalão para testar os jogadores do elenco. Após os testes, o GSSI foi capaz de fornecer planos individualizados de hidratação para cada atleta para garantir melhor desempenho em campo. O material divulgado pela Gatorade faz parte de campanha global da marca e será veiculado nas redes sociais da empresa: YouTube (Gatorade Brasil), Facebook, Twitter (@Gatorade- BR) e Instagram (@gatoradebrasil). O filme pode ser conferido com exclusividade neste link. 2

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4 POR REDAÇÃO Alpargatas vende Topper e Rainha por R$ 48,7 milhões A Alpagartas vendeu a um grupo de investimentos duas marcas esportivas, Topper e Rainha, por R$ 48,7 milhões. O comprador foi o fundo de investimento Sforza, uma holding fundada por Carlos Wizard, antigo proprietário do Grupo Multi, vendido para a Pearson em 2013 por R$ 1,9 bilhão. A companhia afirmou em nota que a venda teve como objetivo o foco em negócios para estratégicos para a Alpargatas. Após passarem por um processo de turnaround bem-sucedido, os negócios de Topper e Rainha atingiram seus limites de expansão dentro da estrutura da Alpargatas, comentou o presidente da empresa, Marcio Utsch. Uma dessas linhas deve favorecer a Mizuno, marca esportiva que, no Brasil, está sob o comando da Alpargatas. Pelo acordo, por mais 24 meses, as estruturas fabris ainda atenderão as marcas vendidas, mas, aos poucos, a produção passará para Mizuno, Havainas e Osklen, do grupo. Além da quantia investida inicialmente, o grupo permanecerá com um ganho garantido nos próximos anos. Para o mercado dos Estados Unidos e da China, as marcas estarão apenas licenciadas para os próximos 15 anos. O uso de Topper e Rainha renderá royalties à empresa brasileira, ligada ao grupo Camargo Correa, que está envolvido no escândalo de corrupção da Petrobras e tem se desfeito de alguns ativos. Nos últimos anos, a Topper variou seus investimentos no esporte, ainda que tenha se mantido mais discreta em A empresa apostou no crescimento rúgbi no Brasil, mas, mais recentemente, voltou o foco no futebol. Neste semestre, lançou campanha para anunciar novas chuteiras de futebol society. A Rainha também havia focado a marca para a prática do esporte pelo atleta amador. No Nordeste, empresa cria ação para varejistas A Topper, antes de ser vendida pela Alpargatas, planejou um grande evento de trade marketing para alavancar as vendas no Nordeste. A marca fará um torneio amador com varejistas da região. A ação irá acontecer em novembro, com o nome de Taça Topper de Futebol. Serão reunidas 600 pessoas que integram a força de venda de varejistas de empresas diversas. Recife, Fortaleza, Teresina e Salvador são as capitas que receberão o evento. As partidas serão disputadas em quadras de futebol society, com 53 equipes e 92 jogos. Cada participante irá receber um kit com materiais esportivos da Topper para a prática do esporte, com chuteira, meião, caneleira e uniforme. O objetivo da marca é aproximar os vendedores da empresa. Uma das ideias é que eles estejam inteirados com o novo conceito que a Topper lançou este ano, que visa se aproximar do esporte amador, como o society. Até o ano passado, o ex- -goleiro Marcos estrelava as ações da Topper. A Máquina do Esporte procurou a empresa para comentar a ação, mas, em meio ao planejamento sobre os novos rumos da marca, vendida na última terça-feira, o marketing da companhia preferiu não se pronunciar. Ontem também foi dia de convenção de vendas de todo o grupo Alpargatas. 4

5 GP Brasil de F-1 gera menos de 20% do que a Maratona de NY POR ADALBERTO LEISTER FILHO O GP Brasil de Fórmula 1 rende a São Paulo menos de 20% do que a Maratona de Nova York, realizada no último domingo, gerou para os norte-americanos. Mesmo assim, a etapa brasileira da principal categoria do automobilismo ainda é o principal evento esportivo da capital paulista. Segundo dados da SPTuris, a empresa municipal de turismo e eventos que administra o autódromo de Interlagos, o evento gerou R$ 296 milhões em turismo para a cidade no ano passado. Mesmo em ano de crise, esse nível deve ser mantido para este ano. A corrida nova-iorquina, por sua vez, gerou R$ 1,6 bilhão. O gasto médio aumentou 222% em dez anos. Em 2004, os turistas gastavam em média R$ 930 durante a estadia em São Paulo. No ano passado, esse índice chegou a R$ Essa diferença e crescimento acompanhou a inflação acumulada na década, disse João Mihalik, gerente da SPTuris. A empresa monitora, ano a ano, o perfil do público que acompanha o GP Brasil. Segundo a SPTuris, o torcedor médio é homem, com cerca de 35 anos e ensino superior completo. Da plateia que acompanha a corrida, 40% vem de fora de São Paulo, sendo 15% estrangeiros. Entre os turistas menos habituais a virem para a cidade, mas comuns na F-1, estão indianos, escoceses, dominicanos, sul- -africanos, tchecos e angolanos. O número de idosos que acompanham o evento aumentou de 1,1% (em 2004) para 7,24% há dois anos. Os torcedores também têm usado menos o carro para assistir à corrida. Em 2004, 58% do público chegava a Interlagos de automóvel. Uma década depois, esse número caiu para 39%. Fãs de automobilismo continuam acompanhando a categoria e fazem questão de ir ao evento. Por isso, é natural que o público esteja amadurecendo e também usando mais o transporte público, afirmou João Mihalik. Segundo a SPTuris, quase 30% do público foi ao autódromo de ônibus e 20% viajou de trem. A permanência média dos visitantes ficou em quase três dias. Nos dois últimos anos, dois terços dos turistas ficaram em hotel ou flat. O IMPACTO DA FÓRMULA 1 NO BRASIL R$ É o gasto médio do turista que vem ao Brasil acompanhar o GP do Brasil. O valor é quase o triplo do que em % Dos turistas presentes no GP Brasil aproveitaram para fazer compras em São Paulo no período em que ficou na cidade. 66% Dos turistas se hospedaram em hotel ou flat durante a F1, gerando alta taxa de ocupação da rede hoteleira de SP. 5