Finanças corporativas

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1 Agnaldo Santos Pereira Finanças corporativas Edição revisada IESDE BRASIL S/A Curitiba 2013

2 2009 IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ P489f Pereira, Agnaldo Finanças corporativas / Agnaldo Santos Pereira ed., rev. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, p. : 24 cm Inclui bibliografia ISBN Administração financeira. 2. Administração de empresas. I. Título CDD: CDU: Capa: IESDE BRASIL S/A Imagem da capa: IESDE BRASIL S/A Todos os direitos reservados. IESDE BRASIL S/A Al. Dr. Carlos de Carvalho, CEP: Batel Curitiba PR

3 Agnaldo Santos Pereira Mestre em Administração, com especialização em Finanças, pelo Ibmec. Mestre em Administração, com especialização em Finanças, pela COPPEAD/UFRJ. Especialista em Engenharia Econômica, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participou do International Management Program, da New York University. Professor convidado da Fundação Getulio Vagas (FGV), tendo ministrado inúmeros cursos para instituições como Ibmec e COPPE, dentre outras. Sócio-diretor da FinanceTech Tecnologia em Finanças. Palestrante em várias empresas e consultor para assuntos financeiros para vários jornais. Autor de vários artigos para jornais e revistas. Diretor do Instituto Brasileiro de Gestão.

4 sumário sumário 13 Fluxo de caixa 13 Introdução 16 Visão da gestão financeira 17 Etapas para a elaboração do fluxo de caixa 43 Ciclo de caixa 43 Introdução 44 Fluxo de produção na empresa 47 Prazos médios 53 Ciclo de caixa 67 Capital de giro 67 Introdução 68 Capital de giro 77 Conceitos importantes 78 Fatores que afetam o capital de giro 91 Gestão das contas a receber 91 Introdução 93 Políticas de crédito 98 Análise de crédito de empresas 102 Controle e acompanhamento das contas a receber 106 Política de cobrança 113 Gestão dos estoques 113 Introdução 116 Tipos de estoques 118 Nível de estoques e as áreas funcionais da empresa 119 Custo dos estoques 123 Modelos de administração de estoques

5 Necessidade de capital de giro Introdução 137 Visão gerencial do balanço 143 Determinação da necessidade de capital de giro 149 Saldo de tesouraria 152 Efeito tesoura 154 Prazos médios O valor do dinheiro no tempo Introdução 165 Formação da taxa de juros 166 Matemática financeira 167 Conceito do valor do dinheiro no tempo 167 Fluxo de caixa 170 Conceitos adicionais 172 Regime de capitalização simples 176 Regime de capitalização composta 179 Taxas de juros 189 Utilização de juros simples e compostos

6 sumário sumário Princípios para aplicação de capital 197 Introdução 199 Orçamento de capital 200 Princípios básicos para aplicação de capital 203 Métodos de avaliação de investimentos Custo de capital Introdução 237 Risco 238 Cálculo do custo de capital Estrutura de capital Introdução 263 Risco e a estrutura de capital 266 Fatores determinantes da estrutura de capital 268 Determinando a estrutura ótima de capital Alavancagem e risco operacional, financeiro e combinado 285 Introdução 286 Alavancagem operacional 288 Alavancagem financeira 291 Alavancagem combinada 295 Risco operacional, financeiro e combinado 296 Custos 299 Ponto de equilíbrio 304 Conceito de risco 307 Risco operacional 309 Risco financeiro 311 Risco total ou combinado

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9 Apresentação Ainda hoje, ficamos surpreendidos com notícias sobre o espetacular valor das remunerações de alguns executivos, ao mesmo tempo em que verificamos não haver contestações de parcela substancial dos sócios dessas empresas, apesar de existir um histórico de assembleias de acionistas derrubando diretorias inteiras. Como é que esses felizardos conseguem essa façanha de obter uma remuneração de dar inveja a qualquer profissional, ao mesmo tempo em que mantêm os proprietários sem qualquer tipo de objeção substancial a suas remunerações? A explicação está no fato desses executivos conseguirem dar como resposta, ao alto valor de suas remunerações, um elevado grau de satisfação aos proprietários das empresas em que atuam traduzidos por ganhos cada vez mais elevados através do cumprimento do que pode ser considerado como a missão básica de qualquer gestor: Maximizar o VALOR do investimento de seus proprietários. O grande complicador para se alcançar esse objetivo resulta do fato de que no mundo de hoje, altamente complexo em suas relações financeiras, é fundamental para o profissional de qualquer área de atuação, gestor de uma empresa ou de seu próprio negócio, entender o funcionamento das relações financeiras, para uma administração eficaz de seus negócios pessoais e profissionais. Finanças Corporativas

10 Uma pergunta importante, então, que precisamos fazer é: de onde deriva a importância da gestão financeira de qualquer tipo de negócio, independentemente de seu tamanho e área de atuação? A resposta a essa pergunta é muito simples. Todas as nossas decisões, todas as nossas atitudes, tudo de bom ou de ruim que fazemos, têm efeito imediato sobre os recursos financeiros da empresa e, sem ele, nenhum tipo de negócio consegue se sustentar por muito tempo. Partindo desse entendimento, temos como objetivo fornecer aos leitores ferramentas analíticas e práticas, que permitam entender a dinâmica financeira e gerencial da moderna administração financeira das empresas uma das áreas mais importantes para se atingir o objetivo principal de qualquer administrador, que é maximizar o retorno do investimento dos proprietários. Os tópicos a serem apresentados a seguir foram desenvolvidos para permitir ao leitor sedimentar os conceitos que, sob o ponto de vista financeiro, permitem ao gestor a busca de alternativas para maximização do valor de uma empresa independentemente de seu tamanho, forma de constituição e segmento de atuação. Aos meus pais pelos exemplos que moldaram meu caráter. Às minhas Lucia e Luana, razão e principal motivação para tudo que faço. Finanças Corporativas

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13 Introdução As empresas, para gerar vendas, necessitam de ativos fixos, independentemente de estarem ou não em um processo de crescimento. Quando uma empresa encontra-se em fase de expansão, necessita de investimentos adicionais em capital de giro, resultante do aumento em estoques e contas a receber, e dependendo do grau de utilização de sua estrutura, de novas inversões em ativo fixo. Novos investimentos precisam ser financiados, gerando novas obrigações relativas aos recursos utilizados, sejam próprios ou de terceiros. Esse processo pode resultar em problemas de fluxo de caixa, dependendo do custo e da forma como os recursos são captados e empregados. Deficits no fluxo de caixa, por outro lado, indicam que os recursos de financiamento utilizados para a manutenção da empresa foram obtidos em patamares inadequados, em termos de prazos e taxas, gerando descasamentos que podem comprometer, num primeiro momento, a liquidez da empresa e, em se mantendo sem as devidas correções, problemas de solvência que podem levar uma organização à falência. Por esse motivo, a administração da liquidez, ou seja, da capacidade da empresa em fazer frente aos compromissos assumidos, é uma das atividades mais importantes do administrador financeiro. Para desempenhar essa função, o profissional de finanças utiliza um dos principais instrumentos de análise e controle financeiro: o fluxo de caixa. Através da utilização do fluxo de caixa, o administrador pode empregar um instrumento que lhe permite cumprir seu principal objetivo: a maximização do retorno dos proprietários, sem, no entanto, comprometer a liquidez reduzindo, dessa forma, o risco incorrido pelos investidores no capital da empresa. O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais importantes para a administração eficaz do binômio rentabilidade versus liquidez, refletido nos níveis das disponibilidades financeiras (nos demonstrativos contábeis contabilizados nas contas de caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo), área 13

14 considerada como a mais sensível e delicada dentre aquelas componentes da chamada área financeira da empresa. O fluxo de caixa tem por objetivo primordial a projeção das entradas e das saídas dos recursos financeiros da empresa, em um determinado período de tempo. Lembrando sempre que os recursos que já entraram no caixa da empresa, e aqueles que já foram utilizados para fazer frente a compromissos assumidos, fazem parte do livro caixa e não do fluxo de caixa, ou seja, só existe fluxo de caixa do futuro. Um conceito importante, quando falamos em fluxo de caixa, diz respeito à diferença entre os lançamentos realizados nesse importante instrumento de gestão financeira da empresa e os lançamentos realizados nos livros contábeis. Por ser uma projeção, somente os valores financeiros futuros impactarão o fluxo de caixa, nas datas previstas e não na data em que ocorrem. Essa diferença conceitual significa que uma venda a prazo realizada hoje, irá gerar um lançamento nos demonstrativos contábeis na data de emissão da nota fiscal de venda. No fluxo de caixa, o valor da venda será lançado na data prevista de pagamento, já levando em consideração o eventual risco de atraso de pagamento pelo cliente. Analogamente, uma despesa realizada hoje será refletida nos demonstrativos contábeis na data de emissão do documento que suporta o gasto (nota fiscal etc.). No fluxo de caixa, esse valor será lançado na data prevista de pagamento. Isso significa que podemos ter uma despesa lançada, por exemplo, hoje nos demonstrativos contábeis e projetada para pagamento no fluxo de caixa para daqui a sessenta dias (essa diferença de prazo reflete o prazo concedido para pagamento). O pleno entendimento desses conceitos é fundamental para que possamos compreender os principais objetivos desse demonstrativo. Dentre eles, destacamos: prognosticar as necessidades de captação de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa, sem comprometer a liquidez. Outros objetivos igualmente importantes podem também ser considerados na elaboração do fluxo de caixa. Dentre esses, listamos os seguintes: 14 proporcionar o levantamento das necessidades de recursos financeiros, para a realização das transações definidas no planejamento da empresa;

15 empregar da forma mais eficaz os recursos disponíveis, evitando que fiquem sem remuneração (a remuneração líquida obtida tem que ser necessariamente maior do que o custo de capital ); planejar e controlar os recursos financeiros em termos das entradas e saídas, através da análise e controle das atividades de planejamento de vendas e despesas, índices de atividades, prazos médios e necessidades de capital de giro; saldar as obrigações incorridas pela empresa tempestivamente, de forma a aumentar cada vez mais a capacidade de contrair crédito; buscar o equilíbrio financeiro entre os fluxos de entradas e saídas de recursos; analisar as fontes de crédito onerosas, de forma a minimizar o custo de utilização das mesmas; prever desembolsos de caixa em volumes elevados, em épocas de encaixe baixo (questão fundamental para alguns segmentos, principalmente no final do ano); desenvolver controles eficazes dos saldos de caixa e de duplicatas a receber, objetivando reduzir, idealmente eliminar, os valores vencidos e não recebidos; coordenar os recursos de financiamento dos sócios e daqueles que não têm participação no capital da empresa, a serem utilizados para suprir as necessidades de investimento da empresa. Uma questão fundamental com relação à projeção do fluxo de caixa, diz respeito à atividade de acompanhamento. O acompanhamento diário e sistemático entre os valores projetados para as entradas e saídas de caixa e o efetivamente realizado, além de permitir a análise da forma como uma empresa desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos, permite identificar o volume de variações ocorridas e, principalmente, as causas dessas variações. Através do processo de acompanhamento, a empresa tem condições de permitir a todos os participantes do processo de elaboração do fluxo de caixa ou seja, todos os funcionários, já que todos os colaboradores afetam o superávit ou deficit a partir das decisões tomadas no dia a dia, a aprender com os erros e acertos, procurando evitar os erros e aumentar a quantidade de acertos. 15

16 Visão da gestão financeira 16 Apesar de sua extrema importância na moderna gestão das empresas, não é incomum encontrarmos a administração do fluxo de caixa realizada de forma completamente dissociada das demais áreas da empresa fato que compromete de forma irremediável a qualidade do processo decisório. Nas empresas em que esse fato ocorre, algumas características importantes podem ser observadas. A primeira é que para o responsável pela gestão financeira da empresa, esse instrumento é apenas o resultado das ações das demais áreas da empresa, ficando sua função relegada a efetuar os pagamentos compromissados, nas condições de compra acertadas pelas demais áreas, a receber e cobrar os clientes de acordo com os prazos de venda firmados pela área de vendas e a buscar, junto às instituições financeiras, as necessidades de recursos apontadas pelo fluxo. Como resultado dessa característica, os responsáveis pela gestão financeira da empresa não se sentem responsáveis pelos superávits ou deficits apontados no fluxo de caixa por não poderem, segundo essa visão, influir nos fatores que irão afetar os resultados financeiros da empresa, limitando- -se a efetuar pagamentos, cobrar clientes, aplicar eventuais sobras de caixa no mercado ou captar recursos, quando necessários. Em outras palavras, adotam uma postura de reagir ao invés de proagir. Outra característica importante observada diz respeito ao entendimento do fluxo de caixa como sendo o instrumento de trabalho apenas da área financeira, e não da empresa como um todo, fato que elimina o necessário comprometimento das demais áreas, com relação à geração de recursos para fazer frente aos compromissos assumidos, necessários à realização dos objetivos da organização. Felizmente, a manutenção de níveis de liquidez adequados aos objetivos traçados pela alta gerência da empresa, refletidos através da administração integrada do fluxo de caixa, fortemente proativa no sentido de atingir os resultados planejados, vem se tornando uma regra para a grande maioria das empresas, independentemente de seu tamanho e segmento de atuação. Esse enfoque prima pela visão dos negócios totalmente integrados à manutenção de patamares adequados de liquidez, procurando sistematicamente as melhores oportunidades de aplicação de recursos nas atividades operacionais, voltadas aos objetivos primários da empresa, buscando, além disso, atingir os seguintes objetivos:

17 quantificar as ações tomadas por todas as áreas e seu impacto nos resultados financeiros e econômicos, evitando a busca pelo cumprimento de interesses setoriais em detrimento das necessidades globais da empresa; analisar as consequências financeiras de todas as decisões, sejam elas operacionais ou estratégicas; definir uma política global de gestão da liquidez, com relação a itens que afetam a performance das várias áreas da empresa, como, por exemplo, as condições de venda e a política de cobrança e de compras; valorizar o fluxo de caixa como um dos instrumentos mais importantes de gestão gerencial, difundindo a importância de sua correta utilização e buscando comprometer a alta administração na valorização desse conceito; estabelecer parâmetros de desempenho financeiro para a empresa, como o resultado das métricas estabelecidas para as áreas, departamentos e, para algumas empresas, para cada funcionário. Etapas para a elaboração do fluxo de caixa Analisadas essas importantes características observadas nas empresas, não podemos nos esquecer, sob pena de comprometermos a qualidade da gestão financeira para o processo de tomada de decisão, de que na elaboração do fluxo de caixa, para qualquer tipo de empresa, existem três etapas distintas. Obtenção de informações quantitativas, e principalmente qualitativas, necessárias à elaboração do fluxo. Escolha da Metodologia (forma de elaboração) do Fluxo de Caixa. Análise dos resultados obtidos (motivos que levaram à geração prevista de superávits ou deficits). Essas três etapas, embora andem em paralelo, são totalmente dependentes uma das outras. Sem que tenhamos um tratamento sistêmico da informação, com relação à qualidade e confiabilidade, a segunda etapa estará irremediavelmente comprometida, gerando um fluxo de caixa que será meramente fruto da compilação de números, sem qualquer comprometimento com a redução dos riscos futuros embutidos na projeção do fluxo. 17

18 Da mesma forma, se a metodologia de elaboração não contemplar uma forma de exposição dos resultados de fácil compreensão e entendimento dos valores e itens componentes do fluxo de caixa para todos os envolvidos no processo de elaboração, a qualidade da análise ficará completamente comprometida. Por outro lado, se o responsável pelas decisões não tiver conhecimento suficiente sobre as relações de causa e efeito, ou seja, dos fatores que estão gerando os resultados positivos ou negativos, contidos no fluxo de caixa, não estaremos elaborando o fluxo, mas sim meramente compilando números. Isso significa que o gestor financeiro precisa ter o conhecimento necessário para responder a duas questões básicas, geradas por situações que podem ocorrer como resultantes do processo de elaboração do fluxo e pela análise dos números: Quando o fluxo de caixa apresentar uma situação de superávit de caixa por que só isso? Quando o fluxo de caixa apresentar deficits de caixa por que tudo isso? A correta identificação dos motivos que levaram às duas perguntas expostas acima e, consequentemente, a capacidade de responder a essas questões de forma correta, a análise sistemática com relação à qualidade das informações recebidas e a utilização de um modelo de elaboração de fluxo de caixa, que torne o processo transparente para seus participantes, identifica que efetivamente estamos elaborando o fluxo de caixa. Finalmente, não podemos nos esquecer de que a elaboração do fluxo de caixa pressupõe uma análise periódica, detalhada e precisa do desempenho real, ou seja, depois que aconteceu, de forma a verificar as causas os porquês das variações ocorridas entre os dados reais e os projetados, para não só aprender com os erros ocorridos como também para procurar perpetuar os acertos, refletindo esse aprendizado por meio de alterações nas previsões elaboradas. As três etapas mencionadas anteriormente são a seguir detalhadas. 1.ª Etapa: obtenção das informações Tradicionalmente, quando se estuda fluxo de caixa, toda a importância que o assunto com certeza merece fica condicionada, quase que exclusiva- 18

19 mente, à análise do modelo de elaboração a ser utilizado. Questões relativas à interligação automática, através do emprego de softwares, entre as contas a pagar e a receber, compras e demais áreas que geram entradas e/ou saídas de caixa, passam a ter um peso primordial no estudo das questões relativas ao fluxo de caixa. Embora sejam assuntos importantes, não podemos deixar de considerar que, independentemente do modelo utilizado pela empresa, do mais sofisticado, em termos de recursos computacionais empregados na sua elaboração e interligação com as demais áreas, ao mais simples possível, a importância das informações demonstradas no fluxo de caixa é função direta da qualidade dos dados recebidos das várias áreas supridoras de informação para a elaboração do fluxo. Isso significa que, se as informações obtidas das várias áreas da empresa necessárias à preparação do fluxo de caixa não forem previamente analisadas, com relação à sua qualidade, poderemos estar meramente fazendo um trabalho de compilação de números, e não de elaboração do fluxo de caixa. Por esse motivo, antes de definirmos a forma como o fluxo de caixa será elaborado se através da utilização de um programa feito em planilha eletrônica, ou de um programa interligado com as demais áreas da empresa, de forma que sempre que uma mercadoria for adquirida uma provisão de pagamento seja efetuada, ou quando houver a recepção física do material a informação seja automaticamente lançada, é fundamental que a informação tenha a sua qualidade analisada antes de ser lançada, automaticamente ou não, no fluxo de caixa da empresa. A sistematização e a análise constante, com relação à qualidade e principalmente à confiabilidade das informações recebidas, pode fazer toda a diferença entre a elaboração de um fluxo de caixa, que possa ser utilizado pelos administradores como instrumento para proagir, ou um mero exercício burocrático sem qualquer valor. Outro fator importante com relação à qualidade e confiabilidade das informações, diz respeito à definição básica do fluxo de caixa, instrumento utilizado para projetar necessidades futuras de recursos. Sabemos que toda projeção está sujeita a riscos, por tratar-se de um horizonte de tempo não conhecido. Sabemos também que a única forma de reduzir o risco é através da informação. No entanto, de nada adianta agregar mais informação se a quantidade não for função direta da qualidade. 19

20 2.ª Etapa: escolha da metodologia de elaboração O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise e avaliação de uma empresa, auxiliando a percepção sobre a movimentação dos recursos em um determinado período. As decisões relacionadas às compras, vendas, investimentos, aportes de capital pelos sócios, captação ou pagamento de empréstimos, constituem um fluxo contínuo entre as atividades supridoras e aquelas que necessitam de recursos para cumprirem seu papel na estrutura da empresa. A projeção do fluxo de caixa permite avaliar a capacidade de uma empresa em gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro, gerado pelo nível de atividades, rentabilizar o investimento realizado pelos proprietários, efetuar pagamento de impostos e reembolsar os recursos aplicados pelos agentes que não têm participação no capital da empresa. Na projeção do fluxo de caixa, indicamos não apenas o valor dos financiamentos dos sócios e dos terceiros (todos aqueles que não têm participação no capital da empresa) de que a empresa necessitará para fazer frente às suas atividades, mas também quando, onde e como ele será utilizado. A projeção pode ser realizada dia a dia, mês a mês, trimestre a trimestre, ano a ano. Normalmente, as empresas realizam projeções para os próximos vinte a trinta dias úteis, detalhando todas as entradas e saídas de recursos a cada dia. A cada dia ocorrido, um novo é projetado no futuro. Após esse período, as projeções são efetuadas mês a mês, usualmente até o final do ano em curso e a partir daí, ano a ano, por um período de tempo compatível com o horizonte de planejamento estratégico utilizado. Existem várias formas de apresentação e elaboração do fluxo de caixa. As metodologias mais utilizadas na prática das empresas são os métodos direto e indireto. A forma utilizada para a elaboração do fluxo de caixa pelo método direto é apresentada a seguir: Método direto No método direto, o fluxo de caixa é construído a partir das informações relativas a todas as saídas e a todas as entradas de caixa projetadas, assim como os dados já de conhecimento da empresa como, por exemplo, o valor do aluguel ou de uma matéria-prima adquirida no passado. 20

21 Nessa metodologia, normalmente as informações recebidas das várias áreas da empresa são detalhadas por tipo de pagamento e respectivo vencimento em mapas auxiliares, ao mesmo tempo em que são sumarizadas por categoria como, por exemplo, fornecedores, salários, impostos, empréstimos etc. A partir dos mapas auxiliares, são representadas no fluxo por categoria e vencimento. Mapas auxiliares também são utilizados para a projeção do recebimento das vendas a prazo. Nesses mapas podemos encontrar não só a previsão de pagamento de cada cliente, como também a correspondente expectativa, quando for o caso, de atraso de pagamento dos valores ainda pendentes. Para efeito de representação no fluxo, os valores a receber, relativos às vendas a prazo, e os valores das vendas realizados a clientes que não efetuaram o pagamento de seus débitos no vencimento, podem ou não ser sintetizados em uma única linha, sob a denominação, por exemplo, de vendas a prazo. Não é incomum, no entanto, encontrarmos empresas apresentando no fluxo de caixa os recebimentos futuros relativos aos valores das vendas a prazo, separados daqueles relativos a valores vencidos. Além disso, para gerar mais informações qualitativas para análise, as vendas a vista projetadas devem ser separadas das vendas a prazo, para efeito de apresentação. Na elaboração do fluxo de caixa através dessa metodologia, os mapas auxiliares, aos quais nos referimos anteriormente, servem para o fechamento final do fluxo. A forma, consistência, periodicidade e a relevância desses mapas, dependerão do tipo de empresa e de sua complexidade operacional. Quanto mais complexo for o tipo de negócio a que a empresa se dedica, mais mapas auxiliares serão necessários para o fechamento final do fluxo de caixa. Apesar de ser a metodologia de elaboração de fluxo de caixa mais comumente empregada, o método direto tem uma grande limitação. O emprego dessa metodologia não permite ao administrador observar as variações que podem estar ocorrendo nos saldos de vários itens importantes como, por exemplo, as duplicatas a receber, os estoques e os valores a pagar (fornecedores, financiamentos, impostos etc.), cujo acúmulo gradual poderá ser a causa de um aumento ou redução substancial nas disponibilidades futuras de caixa. Além disso, as variações ocorridas nos saldos das duplicatas a receber e de estoques, se não estiverem sendo adequadamente financiadas, aumentarão as necessidades de capital de giro, resultando em incrementos na utilização de recur- 21

22 sos de fontes onerosas e aumentando as necessidades de novos recursos, para fazer frente aos pagamentos principais e juros oriundos desses empréstimos. A utilização de fontes de recursos inadequadas para o financiamento das necessidades de giro, tanto em termos de custo quanto em termos de prazo, pode comprometer de forma irreversível a estrutura financeira da empresa, levando-a a uma situação de iliquidez que pode evoluir para uma posição de insolvência. Apresentamos a seguir, apenas a título ilustrativo, um exemplo de elaboração de fluxo de caixa pelo método direto, lembrando que, por ser um exemplo, algumas contas indicadas podem não refletir adequadamente a realidade de todas as empresas. Por esse motivo, o exemplo ilustrativo a seguir deve ser adaptado para refletir a realidade da empresa, antes de sua implantação. FLUXO DE CAIXA Dia 1 Dia 2... Dia 30 SALDO INICIAL ENTRADAS: Recebimento de Vendas a Vista Recebimento de Vendas a Prazo Resgate de Aplicações (valor principal) (1) Juros de Aplicações (2) = (A) TOTAL DE ENTRADAS SAÍDAS: Despesas com Vendas Despesas de Pessoal Aluguel Compra de Matéria-Prima Despesas Administrativas Pagamento de Impostos Pagamento de Empréstimos Juros de Empréstimos = (B) TOTAL DE SAÍDAS (C) SUPERÁVIT / (DEFICIT) = (A) (B) (D) Empréstimos (E) Aplicação Financeira = SALDO FINAL = (C) (D) (E) 22 (1) Resgate de aplicações financeiras realizadas (2) Juros obtidos no resgate de aplicações financeiras (D) Empréstimos contraídos no dia (E) Aplicação total ou parcial no mercado financeiro, do superávit do dia.

23 Exemplo: A Sapatos Rio Belo abriu recentemente sua primeira sapataria, em uma das ruas mais exclusivas do Rio. Apesar de os negócios estarem apresentando resultados muito bons, os dois sócios desejam realizar uma programação financeira para os próximos 3 meses, através do fluxo de caixa da empresa. Consultando o mercado, obtiveram a informação de que as taxas negociadas pelos bancos para as operações de empréstimos estavam na média de 3% ao mês, enquanto as taxas praticadas para as aplicações de recursos estavam, também na média, em 1% ao mês. Os prazos de captação e aplicação de recursos, no momento, estão limitados a um mês, ou seja, os valores terão que ser resgatados ou pagos no mês subsequente à aplicação ou captação. Na única loja da empresa, todas as vendas são feitas a vista. No entanto, a Sapatos Rio Belo resolveu conceder um prazo de 30 dias para uma loja em Salvador, que se interessou em distribuir seus sapatos e hoje é responsável por 20% da receita. A Sapatos Rio Belo tem conseguido negociar com seus fornecedores de matéria-prima um prazo de 30 dias para pagamento. O valor do aluguel da loja é de R$2.100 mensais e os sócios fazem uma retirada de R$ cada um. Além desses desembolsos, está previsto para o próximo mês o pagamento, em uma única parcela, no valor de R$8.000, a título de renovação do contrato de aluguel. A receita projetada para o mês em curso é de R$ Para o próximo trimestre, as vendas projetadas são de , e pares de sapatos, enquanto as compras previstas são de neste mês e , e pares nos meses subsequentes. Atualmente, cada par de sapato custa R$40. Como política de venda, a Sapatos Rio Belo utiliza uma margem de lucro, calculada sobre o preço de compra (mark up), de 30%. Margem e preço de compra serão mantidos no próximo trimestre. Além dessas projeções, os sócios da Sapatos Rio Belo definiram como estratégia de gestão do caixa, para o próximo trimestre, a manutenção de um saldo mínimo de caixa de R$ O saldo final de caixa projetado para o final do mês em curso é de R$45.000, valor que será mantido em disponibilidade imediata, ou seja, não será aplicado no mercado. Os pagamentos referentes a salários, luz, gás, telefone, impostos e demais gastos, estão previstos em R$ , R$ e R$ , respectivamente. 23

24 Com base nas informações anteriores, elabore o fluxo de caixa da Sapatos Rio Belo para o próximo trimestre. Resolução: 1. Mapa Auxiliar: Mapa auxiliar de projeção Contas Mês atual Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Vendas Recebimentos Rio Salvador , ,00 0, , , ,00 Compras , ,00 Pagamento de compras , , , , , , , , ,00 0, , , , ,00 2. Fluxo de Caixa: Contas Mês 1 Mês 2 Mês 3 Saldo inicial , , ,00 Entradas: Vendas Rio Vendas Salvador Juros aplicação Resgate aplicação , ,00 0,00 0, , , , , , , , ,00 Total de entradas , , ,69 Saídas Pró-labore Aluguel Luvas Compras Outras despesas (40.000,00) (2.100,00) (8.000,00) ( ,00) ( ,00) (40.000,00) (2.100,00) 0,00 ( ,00) ( ,00) (40.000,00) (2.100,00) 0,00 ( ,00) ( ,00) Total de saídas ( ,00) ( ,00) ( ,00) Superávit/(deficit) , , ,69 (aplicação)/captação , , ,69 SALDO FINAL 2.000, , ,00 1 A DOAR deixou de ser uma demonstração obrigatória para as sociedades anônimas e limitadas de grande porte a partir da Lei /2007 que alterou a Lei 6.404/76, conhecida como Lei das S/A, entretanto sua estrutura é útil para análise financeira das empresas. Método indireto Esse demonstrativo é elaborado com base nos mesmos conceitos empregados na elaboração do Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) 1. Na realidade, é um instrumento financeiro que procura ampliar a 24

25 utilidade da informação contábil, demonstrando a forma como os recursos financeiros de curto e longo prazo foram empregados no processo de gestão da empresa. Apesar dos conceitos básicos empregados na elaboração do fluxo de caixa pelo método indireto serem os mesmos da DOAR, ela apresenta as origens e as aplicações de recursos realizados em um determinado período, e portanto não deve ser confundido com o fluxo de caixa. O demonstrativo de origens e aplicações de recursos apresenta a forma como o capital de giro aumentou ou diminuiu, a partir da utilização dos fundos que permitiram à empresa realizar aplicações. O fluxo de caixa, por outro lado, apresenta a projeção de entradas e saídas de caixa efetivas, independentemente das datas em que ocorreram os fatos geradores desses eventos. Antes de apresentarmos a composição do fluxo de caixa pelo método indireto, precisamos entender o que significa um balanço quando o analisamos sob o ponto de vista da geração e aplicação de recursos. A representação do balanço sob esse ponto de vista é a seguinte: Ativo Aplicações Passivo Fontes A partir da percepção do ativo como aplicação de recursos gerados pelas fontes passivas, precisamos lembrar que: O passivo representa a dívida da empresa, isto é, as obrigações com sócios e terceiros. Isso significa que as fontes de recursos utilizadas são originárias do passivo, sendo, portanto, representadas pelo lado direito do balanço. Para realizarmos qualquer tipo de aplicação, precisamos primeiramente obter uma fonte de recursos no passivo, ou seja, além de não existir ativo sem um passivo, o passivo surge na empresa antes do ativo. No ativo são representados todos os bens e direitos da empresa que estão legalmente em seu nome, isto é, as aplicações realizadas com os recursos obtidos no passivo. Ativo Bens Direitos Passivo Obrigações 25

26 A análise dos aspectos mencionados anteriormente nos leva a concluir que: toda vez que uma conta do passivo aumenta, a empresa está gerando uma fonte de recursos; toda vez que uma conta do ativo aumenta, a empresa está gerando uma aplicação de recursos. As fontes e aplicações de recursos não se limitam, no entanto, a essa definição, uma vez que tanto as contas do ativo quanto as contas do passivo podem diminuir de tamanho. Analisando todos esses efeitos, ou seja, aumentos e diminuições no ativo e passivo, podemos concluir que: Aumento de ativo = APLICAÇÃO ATIVO APLICAÇÕES PASSIVO FONTES Aumentos de passivo = FONTE Agnaldo Santos Pereira. Redução de ativo = FONTE Redução de passivo = APLICAÇÃO Exemplos de Fontes e Aplicações: Fontes do Passivo: obtenção de um novo financiamento, aumento de capital, aumento das compras de fornecedores; Fontes do Ativo: venda de uma máquina, recebimento de uma duplicata, venda de estoque; Aplicações do Ativo: compra de matéria-prima, compra de uma nova máquina, aplicação de recursos no mercado financeiro; 26 Aplicações do Passivo : pagamento de um financiamento, pagamento de dividendos, pagamento de débitos com fornecedores;

27 Com base nos conceitos apresentados, podemos desenvolver o modelo de fluxo de caixa pelo método indireto. Esse método é baseado na projeção do resultado da empresa e nas variações dos elementos patrimoniais, obtidos respectivamente do balanço projetado e da demonstração de lucros e perdas projetadas ou nos resultados já obtidos pela empresa, representados por seus demonstrativos contábeis. Existem vários modelos utilizados para o método indireto. Uma das formas de elaboração, utilizando essa metodologia, é chamada de método do lucro ajustado, desenvolvido por José Pereira da Silva (2005). Esse modelo é reproduzido abaixo: Recebimento de clientes Vendas Brutas Duplicatas a Receber (saldo inicial) Duplicatas a Receber ( saldo final) = Total recebimento de clientes (A) Pagamento a fornecedores/despesas Custo dos Produtos Vendidos Estoques (saldo inicial) Estoques (saldo final) Fornecedores (saldo inicial) Fornecedores (saldo final) Impostos sobre Vendas Despesas Administrativas Despesas de Vendas Salários e Encargos (saldo inicial) Salários e Encargos (saldo final) Obrigações Fiscais, exceto I. R. (saldo inicial) Obrigações Fiscais, exceto I. R. (saldo final) Outros Passivos Operacionais (saldo inicial) Outros Passivos Operacionais (saldo final) Pagamento de Imposto de Renda = Total pagamento fornecedores e despesas (B) = Fluxo de caixa operacional (A) (B) / Aumento de Capital Compra de Imobilizado Venda de Imobilizado Aquisição de Investimentos Venda de Investimentos Aumento no Financiamento de Longo Prazo Variação do Realizável de Longo Prazo Pagamento de Dividendos = Caixa após decisões estratégicas (C) 27

28 Tranferências de Empréstimos de L. P. para C. P. Pagamento de Despesas Financeiras Receitas Financeiras Pagamento de Empréstimos de Curto Prazo Baixas em Aplicações Financeiras Novos Financiamentos de Curto Prazo = Fluxo de caixa final (D) Importante: Como o modelo não apresenta o saldo inicial de caixa, o saldo apresentado no item Fluxo de Caixa Final representa a movimentação de recursos ocorrida no período. Para utilizar essa metodologia para projeção do fluxo de caixa, basta adaptar o modelo, incluindo o item saldo inicial. (C) = Fluxo de Caixa Operacional / Aumento de Capital Compra de Imobilizado Venda de Imobilizado Aquisição de Investimento Venda de Investimento Aumento do Financiamento a Longo Prazo Variação do Realizável a Longo Prazo Pagamento de Dividendos = CAIXA APÓS DECISÕES ESTRATÉGICAS (D) = Caixa Após Decisões Estratégicas Transferências de Empréstimos de L.P para C.P. Pagamento de Despesas Financeiras Receitas Financeiras Pagamento de Empréstimos de Curto Prazo Baixas de Aplicações Financeiras Novos Financiamentos de Curto Prazo = FLUXO DE CAIXA FINAL Exemplo: A Indústria de Móveis Colonial produz e comercializa, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, móveis em estilo colonial. No exercício social referente ao ano passado, seus resultados ficaram muito aquém do esperado, acendendo a luz vermelha na sala da presidência. 28

29 Preocupada com esses resultados, a diretoria da empresa decidiu, pela primeira vez, iniciar um processo de planejamento financeiro, de forma a verificar os resultados de seus planos para o ano em curso. Para tanto, desenvolveu algumas premissas com relação a algumas variáveis macroeconômicas, e também com relação a alguns fatores que poderiam ser definidos por decisões internas, como preço de venda, por exemplo. Com base nos resultados apresentados para o exercício anterior e nos demonstrativos projetados para o próximo exercício, determine a movimentação do caixa, utilizando o Método do Lucro Ajustado. BALANÇO PATRIMONIAL R$000 S Circulante Caixa e Bancos Duplicatas a Receber Estoques Não Circulante Investimentos Imobilizado Depreciação Acumulada ATIVO REAL PROJETADO ( ) ? ( ) TOTAL DO ATIVO Circulante Fornecedores Financiamentos Obrigações Fiscais Imposto de Renda PASSIVO REAL PROJETADO Não Circulante Cias. Ligadas Patrimônio Líquido Capital Reservas Lucros/(Prejuízos) Acumulados TOTAL DO PASSIVO ² Para facilitar a compreensão, optou-se por manter a conta Lucros Acumulados, entretanto, de acordo com a Lei /2007, os balanços das Sociedades por Ações e sociedades limitadas de grande porte não poderão apresentar saldo credor na conta Lucros Acumulados, sendo que estes deverão ser destinados à compensação de prejuízos anteriores, ao uso, distribuição ou formação de reservas. Quanto aos prejuízos, quando for o caso, permanecem acumulados. 29

30 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS R$000 s Receita de Vendas Impostos sobre Vendas Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto Despesas Operacionais Comerciais Gerais e Administrativas Depreciação e Amortização Despesas Financeiras Lucro Operacional Resultado de Equivalência Patrimonial Lucro antes IR Provisão para IR Lucro Líquido do Exercício REAL ( ) ( ) (67.935) ( ) (4.790) (47.920) (33.814) (25.324) 0 (25.324) PROJETADO ( ) ( ) (77.520) (94.430) (15.311) (42.753) (4.134) Resolução: Recebimento de clientes Vendas Brutas Duplicatas a Receber (saldo inicial) Duplicatas a Receber ( saldo final) (80.531) = Total recebimento de clientes (A) Pagamento a fornecedores/despesas Custo dos Produtos Vendidos Estoques (saldo inicial) Estoques (saldo final) Fornecedores (saldo inicial) Fornecedores (saldo final) Impostos sobre Vendas Despesas Administrativas Despesas de Vendas Salários e Encargos (saldo inicial) Salários e Encargos (saldo final) Obrigações Fiscais, exceto I. R. (saldo inicial) Obrigações Fiscais, exceto I. R. (saldo final) Outros Passivos Operacionais (saldo inicial) Outros Passivos Operacionais (saldo final) Pagamento de Imposto de Renda ( ) ( ) (27.770) = Total pagamento fornecedores e despesas (B)

31 = Fluxo de caixa operacional (A) (B) (85.465) / Aumento de Capital Compra de Imobilizado Venda de Imobilizado Aquisição de Investimentos Venda de Investimentos Aumento no Financiamento de Longo Prazo Variação do Realizável de Longo Prazo Pagamento de Dividendos = Caixa após decisões estratégicas (C) (85.465) Transferências de Empréstimos de L. P. para C. P. Pagamento de Despesas Financeiras Receitas Financeiras Pagamento de Empréstimos de Curto Prazo Baixas em Aplicações Financeiras Novos Financiamentos de Curto Prazo 0 (42.753) 0 (74.247) = Fluxo de caixa final (D) Saldo inicial = Saldo final de caixa ª Etapa: análise dos resultados Analisada a qualidade das informações recebidas das várias áreas da empresa, passo fundamental para que os dados contidos no fluxo de caixa sejam confiáveis, e com o fluxo preparado com base na utilização de uma das metodologias de projeção dentre aquelas apresentadas, podemos iniciar uma das etapas mais importantes no processo de fazer o fluxo de caixa: a análise dos resultados obtidos. Essa é a fase em que nosso conhecimento sobre as relações de causa e efeito, dentro da estrutura financeira da empresa, é de fundamental importância. Isso significa, conforme já mencionamos, o conhecimento necessário para responder a duas questões básicas, geradas por situações que podem ocorrer como resultantes do processo de elaboração do fluxo : quando o fluxo de caixa apresentar uma situação de superávit de caixa por que só isso? quando o fluxo de caixa apresentar deficits de caixa por que tudo isso? 31

32 Antes de começar a responder às perguntas anteriores, precisamos lembrar que uma empresa pode apresentar saldo negativo no fluxo de caixa em um determinado momento, apesar de manter saldo positivo na geração operacional de caixa (entradas menos saídas de caixa, oriundos da atividade fim da empresa), fato este causado pelo pagamento de remuneração aos proprietários. O mesmo pode acontecer quando a empresa encontra-se em um processo de montagem de uma nova fábrica, por exemplo, e se não se analisar essa informação de forma adequada, poderemos chegar a conclusões completamente equivocadas, com relação ao seu nível de liquidez. Esses exemplos demonstram a importância de conhecermos profundamente a origem das fontes e aplicações de recursos, para que possamos saber se as relações entre as mesmas estão adequadas, em termos de casamento, entre os prazos ativos e passivos, e de custo, entre as fontes passivas e as aplicações ativas. Sabemos que todos os recursos utilizados por uma empresa em seus ativos (financeiramente definidos como as aplicações de recursos) têm sua origem no passivo (representado sob o ponto de vista financeiro, como as fontes de recursos), composto de fundos pertencentes a seus proprietários e a terceiros. Isso significa que a totalidade das aplicações de recursos, aí incluída o caixa, também contabilizada no ativo, pertence aos titulares das fontes de recursos, compostos por fundos pertencentes aos proprietários e a terceiros. Sabemos também, exceto em situações pontuais, que a rentabilidade auferida líquida de impostos nas aplicações financeiras, item pertencente ao grupamento das disponibilidades financeiras da empresa, não é superior ao custo dos recursos componentes das fontes, sejam recursos próprios ou de terceiros. Conceitos básicos como o entendimento de que o caixa é uma dívida para com as fontes de recursos passivos e a rentabilidade líquida obtida com uma aplicação financeira é inferior ao custo das fontes passivas, são fundamentais para determinarmos em que situações a empresa deve ou não manter saldos elevados de caixa. Claro que, sob o ponto de vista da maximização de seus resultados, uma empresa deveria idealmente manter um saldo de caixa nulo, buscando re- 32

33 cursos junto às fontes de recursos sempre que houvesse necessidade de efetuar pagamentos, devolvendo esses recursos juntamente com sua respectiva remuneração, sempre que dele não mais necessitasse. A manutenção de saldos positivos de caixa obriga as empresas a desenvolverem políticas para que, ao mesmo tempo em que procuram manter um determinado nível de liquidez como parte de sua estratégia global, possam aumentar a rentabilidade dos recursos dos proprietários, podendo dessa forma crescer de forma sustentada, ao mesmo tempo em que se mantêm competitivas. Claro está que quanto maior o saldo de caixa mantido pela empresa, maior será o nível de liquidez imediato e menor o grau de rentabilidade apresentado (se a empresa consegue rentabilizar seus recursos através de aplicações financeiras a uma taxa superior à rentabilidade do negócio principal, seus proprietários deveriam fechá-la e aplicar esses recursos nessa alternativa), sendo a recíproca também verdadeira, ou seja, quanto menor o nível do caixa, menor a liquidez imediata e maior a rentabilidade (nesse caso, os recursos das disponibilidades estariam aplicadas na atividade fim da empresa). É importante frisar que em situações muito específicas essa regra pode não prevalecer. De qualquer forma, o nível final do caixa, além de ser função das entradas e saídas de recursos resultantes da atividade da empresa, também leva em consideração o perfil de risco dos administradores da empresa. Empresas com políticas operacionais mais conservadoras tendem a manter um nível de caixa maior do que as empresas operacionalmente mais agressivas. Outro aspecto muito importante, com relação ao nível de recursos mantido em disponibilidade imediata por uma empresa, é a função do nível de relacionamento bancário mantido pela organização. Dependendo da qualidade dessa relação, será possível viabilizar as necessidades de captação de recursos para fazer frente às necessidades de desembolsos, a aplicação das sobras de recursos gerados pela diferença entre as entradas e saídas de caixa e a utilização de serviços proporcionados pelas instituições como, por exemplo, a atividade de cobrança. Além da qualidade de seus ativos e de sua administração, o desempenho individual e do setor em que a empresa atua, o nível de endividamento de recursos de terceiros, comparado com a utilização de recursos próprios (estrutura de capital), o histórico de resultados obtidos e de relacionamento 33

34 com seus credores, aspectos que serão analisados pelas instituições financeiras, é necessário que a empresa defina o tipo de necessidade (recursos e serviços) que pretende captar e as instituições existentes no mercado que podem atendê-la. É fundamental, também, lembrar que existem fatores internos e externos que, em maior ou menor escala, irão impactar a gestão financeira da empresa e que estarão refletidos no fluxo de caixa. Dentre esses elementos destacamos alguns, começando pelos fatores internos. Fatores Internos Expansão descontrolada das vendas, implicando um volume maior de compras e custos operacionais. Aumento no prazo de vendas, concedido pela empresa como forma de aumentar seu grau de competitividade ou aumentar sua participação no mercado. Compras em volume incompatíveis com as projeções de vendas. Diferenças acentuadas no giro das contas a pagar e a receber, em decorrência dos prazos médios de recebimento e pagamento. Ciclo de produção extremamente longo e incompatível com o prazo médio concedido pelos fornecedores. Giro do estoque lento, significando o carregamento de produtos obsoletos ou de difícil venda, imobilizando recursos da empresa no estoque. Baixa ocupação do ativo fixo. Distribuição de lucros em volumes incompatíveis com a capacidade de geração de caixa. Custos financeiros elevados, em decorrência da utilização de capital de terceiros de forma excessiva, aumentando o nível de endividamento. Política salarial totalmente incompatível com o nível de receitas e demais despesas operacionais. Aumento do nível de inadimplência. 34

35 Fatores Externos Redução nas vendas, causada por retração do mercado. Aumento da concorrência, em decorrência da entrada de novos concorrentes no mercado. Alterações nas alíquotas de impostos sobre a venda interna e/ou sobre a importação de produtos concorrentes. Aumento geral do nível de inadimplência, causada por fatores como, por exemplo, o aumento das taxas de juros. Como pudemos observar durante o estudo deste capítulo, fluxo de caixa é um instrumento de fundamental importância para a gestão de qualquer tipo de empresa, independentemente da caracterização de seu segmento de atuação e de seu tamanho, qualquer que seja a métrica utilizada para essa quantificação. É através da elaboração e, principalmente, da análise do fluxo de caixa que a empresa poderá verificar a evolução da geração de caixa (diferença entre as entradas e saídas de caixa operacionais projetadas), indicador fundamental para analisar a solvabilidade de qualquer tipo de negócio. Ampliando seus conhecimentos Diz o banqueiro: cuidado com o fluxo de caixa Certa vez, numa noite escura, enquanto refletia fraco e cansado, Sobre um grande volume de folclore contábil, Buscando saídas para aproveitar alguma nova brecha fiscal, Subitamente ouvi alguém bater à minha porta, Somente isso, e nada mais. De repente, senti um calafrio, e ouvi o caixa tilintar. Enquanto entrava um aterrorizante banqueiro que jamais vira. Seu rosto era verde como o dinheiro, e em seus olhos podia ver, Cifrões que brilhavam enquanto ele anotava. Fluxo de Caixa, disse o banqueiro, e nada mais. Sempre pensara que era bom ter um lucro positivo. Mas o banqueiro disse com voz ressoante: Não. (BAILEY, JR; HERBERT, S., 1975) 35

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