PRESIDENCIA DA REPUBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União Referência: 99901.00141/201-48 Assunto: Restrição de acesso: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição. Ementa: E-mails Interesse pessoal Coisa julgada administrativa / preclusão Máxima Administrativa conhecido e desprovido, a teor 1, II, 2ª parte do Decreto nº 7.724/2012 c/c art. 6, I e IV da Lei nº 9.784/99. Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Banco do Brasil S/A Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor Pedido Solicito os seguintes documentos: - cópia de todos os meus e-mails, 20/08/201 armazenados em bancos de dados ou impressos, enviados e recebidos pelo meu endereço eletrônico, no período de 08/0/2004 até 04/04/201. Resposta 09/09/201 em atenção a seu pedido de informação esclarecemos que sua solicitação relativa à cópia de e-mails corporativos enviados e recebidos por meio da caixa postal já foi respondida por meio do NUP 9990100120820182, inclusive em Inicial grau de recurso em 2ª instância. Dessa forma, encerramos o presente protocolo, pois trata-se de solicitação duplicada." Inviabilizado de recorrer no PI 9990100120820182, RATIFICO E REITERO minha solicitação de informação. O Banco do Brasil comete ilícito contra a minha pessoa negando informação 09/09/201 disponível, a saber: - cópia de todos os meus e-mails, Superior armazenados em bancos de dados ou impressos, enviados e recebidos pelo meu endereço eletrônico, no período de 08/0/2004 até 04/04/201. Portanto, fica Resposta do Superior 1/09/201 DENUNCIADO o SICBB por ilícito previsto na LAI 12527 (...). Considerando que V.Sa. não recorreu nos prazos legais o (sic) PI 9990100120820182, ocorreu a preclusão da via administrativa. Há, assim, impedimento para sua reanálise, em decorrência da existência de coisa julgada administrativa. A respeito da coisa 21
Máxima Resposta do Máxima Controladoria- Geral da União (CGU) 14/09/201 19/09/201 20/09/201 julgada administrativa, Jacoby Fernandes, afirma que ela ocorre quando não há mais possibilidade de reforma da decisão em âmbito administrativo. O Superior Tribunal de Justiça reconhece a existência da coisa julgada administrativa (RMS 1909/MG). O Supremo Tribunal Federal entende o tema da mesma maneira (RE 578248). O art. 267, V, do CPC, aplicado subsidiariamente no TCE-MT, dispõe que extingue-se o processo, sem resolução de mérito, quando o juiz acolher a alegação de (...) coisa julgada. Desta forma, não se conhece o recurso. RATIFICO E REITERO minha solicitação de informação inicial. Pelo retardamento proposital e criação de dificuldades na entrega do solicitado, fica DENUNCIADO o Sr. B, conforme previsto na LAI 12527/11, sujeitando-se a responsabilização (...). ", segue, em anexo, resposta ao recurso em 2ª instância apresentado por V. Sa. RATIFICO minha solicitação de informação/documentos feita ao SICBB. O Banco do Brasil não apresenta justificativa legal para negar a minha informação solicitada nesse PI 99901.00141/201-48. Portanto, comete ilícita negativa de fornecimento de informação, e DENUNCIADOS ficam os seus agentes Srs. de acordo com o previsto na LAI 12527/11 (...) Resta provada a explícita negativa sem justificativa legal para o fornecimento das informações solicitadas, com argumentos protelatórios para impedir o acesso, querendo confundir propositalmente a análise do pedido e induzir a CGU ao indeferimento do meu pleito. Sem impedimentos legais para o acesso a informação, vale o preceito geral da transparência e publicidade. Análise É o relatório. 2. Registre-se que o Recurso foi apresentado à CGU de forma tempestiva e recebido conforme o disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2012, em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 2 do Decreto nº 7724/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2012 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias (...). 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 22
Art. 2. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso.. Quanto à análise de mérito, impende observar que o Decreto 7.724/12, em seu art. 1, com grifo nosso, veda pedidos de informação: II - desproporcionais ou desarrazoados (...). Segundo a recorrida, o pedido é idêntico ao que dera origem à instauração do Processo nº 9990100120820182, in verbis: 4. Por conseguinte, a repetição do mesmo pedido na mesma instância pela mesma parte atrai a inteligência do art. 6 da Lei do Processo Administrativo Federal, nos seguintes termos, com grifo nosso: O recurso não será conhecido quando interposto: I - fora do prazo; (...) IV - após exaurida a esfera administrativa. Segundo o art. 20 da LAI, a Lei nº 9.784/99 é-lhe subsidiária, sendo, pois, o comando acima aplicável ao caso em análise. A repetição da demanda equivale, com efeito, à reabertura do prazo e à reinstauração de instância, sendo, pois, desarrazoada a pretensão do recorrente. Conclusão 5. De todo o exposto, recomendo o conhecimento e desprovimento do recurso, uma vez que as informações solicitadas, segundo notícia da recorrida, já foram objeto de apreciação administrativa até à segunda instância do NUP nº 9990100120820182, sendo, portanto, legítimo o não conhecimento do mérito pela recorrida, a teor do art. 1, II, 2ª parte do Decreto nº 7.724/2012 c/c art. 6, I e IV da Lei nº 9.784/99. 2
LUÍS SÉRGIO DE OLIVEIRA LOPES Analista de Finanças e Controle DECISÃO No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 201, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo desprovimento do recurso interposto, nos termos do art. 2 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 99901.00141/201-48, direcionado ao Banco do Brasil S/A. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 24
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 212 de 17/12/201 Referência: PROCESSO nº 99901.00141/201-48 Assunto: Recurso em LAI Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 17/12/201 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 965cd746_8d0c96dcd147d92