Subsídios técnicos para a agenda brasileira de bioetanol



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Conjuntura Anual do Sorgo em 2008 e um possível cenário para 2009.

Transcrição:

Subsídios técnicos para a agenda brasileira de bioetanol Oficina Sustentabilidade do Bioetanol 25 e 26 de fevereiro de 2010 Brasília Miguel Taube Netto UniSoma Luis Franco de Campos Pinto UniSoma

Estudo das dinâmicas de integração do bioetanol e pecuária no Brasil Solos Canaviais Reformas com rotação de culturas (Soja, milho, amendoim, outros) Usina (Açúcar, Álcool, Energia, Ração) Pastos Confinamento Bovinos Lotes para Venda Adubo Esterco Biodigestor Biogás

Objetivo 1ª Fase (concluído) Dada uma área de 100.000 ha, ocupada por pecuária tradicional de bovinos, é possível instalar uma destilaria com 28.000 ha e ainda produzir a mesma quantidade de carne? 28.000 72.000 Pasto Destilaria

Perguntas Como é possível aumentar a produção de carne apenas com as interações entre a destilaria e a pecuária? Como garantir a viabilidade financeira desta mudança na região? Quais os benefícios para o pecuarista com a instalação da destilaria na região? Qual metodologia pode ser usada para analisar os interesses dos agentes da integração?

Objetivo 2ª Fase (em andamento) Qual o nível de integração ótimo entre a destilaria e a pecuária? Qual o impacto dessa interação para a destilaria? Como integrar interesses da destilaria (venda de energia elétrica) e do pecuarista (compra de ração)? E do frigorífico (suprimento garantido e certificado)? E para clusters de destilarias?

Metodologia: dinâmica de lotes

Metodologia: dinâmica de crescimento

Metodologia: dinâmica de preços

Pecuária Tradicional (recria e engorda) Baixa ocupação 0,7 UA/ha Desfrute reduzido 30% Idade de abate avançada 36 a 48 meses Produção de carne pouco expressiva 70 a 160 kg/ha/ano

Destilaria Padrão 2 Milhões de toneladas de cana por ano 85 litros de etanol / tonelada de cana 280 kg de bagaço úmido / tonelada de cana 28.000 hectares de área agrícola» (Projeto Etanol -NIPE/UNICAMP)

Interações Usina-Pecuária Solos Canaviais Reformas com rotação de culturas (Soja, milho, amendoim, outros) Usina (Açúcar, Álcool, Energia, Ração) Pastos Confinamento Bovinos Lotes para Venda Adubo Esterco Biodigestor Biogás

Ração para bovinos 2 opções de rações foram consideradas Suplementação em pasto Confinamento 98% da composição das rações tem origem na Usina Bagaço in natura ou hidrolisado Levedura Grãos produzidos na reforma

Ração para suplementação de bovinos em pasto Fornecida durante o período de seca (180 dias) para evitar perdas de peso. Pode proporciona ganhos entre 0,19kg até 0,3kg por dia. Ingredientes Bagaço hidrolisado Uréia % na matéria seca 98 2 kg/cabeça 8,00 0,08

Ração para bovinos em confinamento Fornecida por 3 meses (90 dias) para a terminação do animal. Fábrica de ração com funcionamento durante período de seca (180 dias). Proporciona ganhos médios de peso entre 1,0kg até 1,5kg por dia variando conforme raça, peso inicial, idade, composição da ração, etc.

Ração para bovinos em confinamento Ingredientes Bagaço hidrolisado Bagaço in natura Levedura úmida Melaço Milho grão Farelo de soja Uréia Sal mineral Rumensin % na matéria seca 50,47 4,23 10,58 2,75 20,95 7,61 0,77 2,64 0,027 kg/cabeça 11,93 0,9 4,89 0,39 2,53 0,91 0,08 0,28 0,0029 Fonte: Avaliação do desempenho e características de carcaça de bovinos confinados na Usina Vale do Rosário em 2001 Associação Brasileira de Criadores de Caracu [http://www.flavito.com/artigo4.htm]

Interações Usina-Pecuária Solos Canaviais Reformas com rotação de culturas (Soja, milho, amendoim, outros) Usina (Açúcar, Álcool, Energia, Ração) Pastos Confinamento Bovinos Lotes para Venda Adubo Esterco Biodigestor Biogás

Uso de bagaço para suplementação Disponibilizando 5% do total de bagaço para a produção de ração, temos 28.000 t Ingredientes Bagaço hidrolisado Uréia kg/cabeça 8,00 0,08 8 kg de bagaço por cabeça de gado dia É possível sustentar 19.450 animais por dia durante 180 dias

Uso de bagaço para confinamento Disponibilizando 5% do total de bagaço para a produção de ração, temos 28.000 t Ingredientes Bagaço hidrolisado Bagaço in natura Levedura úmida Melaço Milho grão Farelo de soja Uréia Sal mineral Rumensin kg/cabeça 11,93 0,9 4,89 0,39 2,53 0,91 0,08 0,28 0,0029 12,83 kg de bagaço por cabeça de gado dia É possível alimentar 12.150 animais durante 180 dias, num total de 24.300 por ano

Interações Usina-Pecuária Solos Canaviais Reformas com rotação de culturas (Soja, milho, amendoim, outros) Usina (Açúcar, Álcool, Energia, Ração) Pastos Confinamento Bovinos Lotes para Venda Adubo Esterco Biodigestor Biogás

Reformas com rotação de culturas 28.000 ha Área agrícola total Culturas condicionadoras 4.200 ha (15%) 2.520 ha (60%) Área para reforma Culturas condicionadoras Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez jan Fev - Mar Cultura de grãos

Reformas com rotação de culturas 2.520 ha (60%) Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev - Mar 1.033 ha (41%) Cultura de grãos 1487 ha (59%)

Uso de terras durante a reformas Outras: 1.680 Cana: 23.800 Reforma: 4.200 Milho: 1.487 Soja: 1.033

Reformas com rotação de culturas Produtividade (kg.ha -1 ) Soja 3.600 Milho 6.600 Produção ( t ) Ingredientes Bagaço hidrolisado Bagaço in natura Levedura úmida Melaço Milho grão Farelo de soja Uréia Sal mineral Rumensin kg/cabeça 11,93 0,9 4,89 0,39 2,53 0,91 0,08 0,28 0,0029 3.719 9.814 3.050 t de farelo de soja e 9.814 t de milho grão O melaço é substituído por milho grão na proporção 1:1 como fonte de energia É possível suprir 18.600 cabeças de gado durante 180 dias, num total de 37.200 por ano

Interações Usina-Pecuária Solos Canaviais Reformas com rotação de culturas (Soja, milho, amendoim, outros) Usina (Açúcar, Álcool, Energia, Ração) Pastos Confinamento Bovinos Lotes para Venda Adubo Esterco Biodigestor Biogás

Dejetos de bovinos confinados Estima-se que 32,5 kg de esterco (até 10% do peso vivo) são produzidos diariamente por cabeça. Considerando 24.300 animais (confinamento máximo anual) existe um potencial de 71.000 t de esterco por ano.

Possibilidade de uso do dejeto Esterco Produção de 1kWh para cada 0,70 m 3 Produção de Biogás Biogás 0,360 m3/cab/dia Efluente para Biofertilizantes Produção de Biofertilizantes Esterco líquido 1,4 kg N; 0,8 kg P 2 O 2; ; 1,4 kg K 2 O M -3 Solo Nutrientes e Condicionante

Biodigestor Pelo uso do biodigestor, é possível produzir biogás e utiliza-lo para produzir energia elétrica (a cada 1m 3 é possível produzir 1,43 kwh). 71.000 t de esterco são equivalentes à 914.480 m 3 de biogás, ou seja, um potencial de 1.305 MWh de energia elétrica durante o período de confinamento. Ainda há a possibilidade de aproveitar o efluente líquido como biofertilizante.

Biofertilizantes É possível recuperar dos 71.000 t de esterco, através do uso de biofertilizantes, os seguintes nutrientes: 49,0 t de Nitrogênio 45,7 t de Fósforo 49,0 t de Potássio

Biofertilizantes Macro-nutrientes Nitrogênio (N) (1,5% da MS) Fósforo (P 2 O 2 ) (1,4% da MS) Potássio (K 2 O) (1,5% da MS) Retorno Financeiro(US$)* Quantidade de nutrientes 49,0 t 45,7 t 49,0 t Liberação dos nutrientes aplicados na forma orgânica para a forma mineral, em cultivos sucessivos. 1º Cultivo 24,5 t (50%) 27,4 t (60%) 49,0 t (100%) 97.879 2º Cultivo 9,8 t (20%) 9,2 t (20%) - 23.452 3º Cultivo 4,9 t (10%) 9,2 (20%) - 17.719 * Scot consultoria. Com base nos valores: Nitrogênio 1,17 US$ / kg N (base Uréia 44%); Fósforo 1,31 US$ / kg P2O5 (base MAP 48%); Potássio 0,68 US$ / kg K2O (base Cloreto de Potássio 60%)

Modelo Matemático Um Modelo, baseado em Programação Linear, foi desenvolvido para analisar e otimizar o manejo bovino de recria e engorda, de maneira dinâmica ao longo de um horizonte de planejamento. O objetivo é determinar a melhor opção para os lotes, respeitando as condições de contorno do problema e visando o maior retorno financeiro possível.

Modelo Matemático Dados de entrada Custos de aquisição de bezerros Preço de venda de boi gordo Curvas de crescimentos do animais Ocupação máxima em pasto Capacidade de confinamento Custo por manejo Modelo Matemático com objetivo de maximizar a rentabilidade do manejo bovino Análise de múltiplos cenários Resultados Melhor manejo para cada lote de gado Consumo de ração Indicadores pecuários Compra e venda de bovinos

Resultados Cenário inicial com 28.000 t de bagaço úmido Indicadores Área de Pasto (ha) Capacidade Confinado (c.g) Capacidade Suplementação (c.g) Ocupação Média (U.A./ha) Produção de Carne Anual (t) Produção de Carne Média (kg/ha) Rentabilidade Média (R$/ha) Idade Média de Abate (Meses) % de Manejo Tradicional Tradicional 100.000 0 0 0,67 18.663 186,6 118,13 36,6 100% Integrado 72.000 12.130 19.450 0,74 19.324 268,4 145,43 32,4 52,6%

Manejo Ótimo Integrado

Ampliação da oferta de bagaço No cenário avaliado, 53,6% do rebanho teve um tratamento tradicional sem utilização de suplementação ou confinamento. Uma análise de sensibilidade variando de 1% até 10% a quantidade de bagaço disponível para a produção de ração foi avaliado.

Variação dos indicadores zootécnicos 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% Produção de Carne Anual Rentabilidade por Ha Idade Média de Abate % de Manejo tradicional

Resultados Com 10% de bagaço disponível: É possível produzir ~24% a mais de carne anualmente (23.115 t contra 18.663 t) Houve um incremento de ~35% na rentabilidade do negócio (159,45 R$/ha contra 118,13 R$/ha) 62% dos animais são manejados no pasto com suplementação e/ou no confinamento

Caso Real Usina Vale do Rosário: Processa 6 Mt de cana por ano Tem iniciativas para produção de ração e confinamento de bovinos há 22 anos Tem capacidade de confinar mais de 20.000 cabeças de gado

Caso Real É um negócio rentável. Traz a fidelização dos fornecedores de canade-açúcar da região: Cerca de 65%-70% da cana de fornecedores é vinculada a pecuária Número de cabeças na região manteve-se estável ao longo dos anos. O esterco é aproveitado para a fertilização da área agrícola da usina.

Conclusão Mesmo sem considerar outras técnicas de melhoria da pecuária (como adubação do pasto, outros suplementos, etc.) é possível manter a produção de carne mesmo com a expansão da área ocupada pela cana-deaçúcar. Casos reais, como o da Vale do Rosário, evidenciam a viabilidade deste modelo de negócios

Conclusão A integração traz benefícios para ambas as atividades: Melhoria do indicadores zootécnicos pecuários; Adubação com biofertilizantes; Ganhos financeiros (garantindo uma maior resistência da atividade pecuária frente a outras atividades agrícolas); Maior proximidade entre usina e fornecedores de cana

Agradecimento Manfred Folz, Eng. Agrônomo da BoviPlan Regina Margarido, Zootecnista responsável pelo confinamento da Usina Vale do Rosário

taube@unisoma.com.br solismar@unisoma.com.br luis@unisoma.com.br gambaro@unisoma.com.br