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Transcrição:

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 52750.00099/201-80 Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição Cadastro da empresa Informações diversas Interesse pessoal Informação já disponibilizada Análise da CGU: Informação inexistente / Fora do escopo da LAI Não conhecimento Recomendações da CGU: Impossibilidade de se identificar a autoridade responsável. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC C.M.L.S. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação supostamente pública, com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor Pedido 18/08/201 Solicito ao MDIC qual o procedimento a ser realizado por publicações não autorizadas no google? Solicito informações de como, a EMPRESAS DO BRASIL e a INFOPLEX publicaram estas divulgações com detalhes inseridos no Portal do Empreendedor? Solicito ao MDIC imediato cancelamento do meu registro no Portal do Empreendedor e que este cancelamento seja me comunicado assim que realizado pelo MDIC. Solicito ao MDIC informações sobre as publicações em anexo. Solicito esclarecimento sobre a divulgação destas informações em rede de internet google. Solicito informações sobre quem ou qual órgão autorizou a divulgação desta informações no google. Anexos: Arquivos contendo as informações publicadas no site Empresas do Brasil e Infoplex. 21

Resposta Inicial Recurso à Autoridade Superior Resposta do Recurso à Autoridade Superior 08/09/201 10/09/201 16/09/201 Prezado Sr. C. segue, abaixo resposta do Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI): Prezado Senhor, Em atenção aos seus questionamentos informamos que: - o nível de segurança do Portal do Empreendedor é o mesmo que protege as bases do CNPJ e do CPF, na Receita Federal, pois o mesmo relaciona-se diretamente com essas bases; - quanto aos dados de registro, as informações são públicas, qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, pode solicitar informações de uma determinada empresa. Mas, para tanto, faz-se necessário solicitar Certidão na Junta Comercial. No caso do MEI, as Juntas Comerciais não emitem tal certidão, e o acesso aos dados se dá por meio do Portal, mediante a informação de CPF e data de nascimento (para emissão do CCMEI) ou de CNPJ, CPF e Código de Acesso do Simples Nacional para as demais solicitações (alteração e baixa). - no que diz respeito ao cancelamento do registro, o próprio interessado poderá solicitar a baixa, acessando o Portal do Empreendedor, informando os dados de CNPJ, CPF e Código de Acesso do Simples Nacional; - o Portal do Empreendedor é um sistema onde é possível inscrever, alterar e ou baixar os microempreendedores individuais; emitir a guia de pagamentos do DAS-MEI; enviar a Declaração anual do MEI, dentre outras informações, porém, não contempla informações financeiras. Assim, não podemos informar como estas empresas conseguem os dados mencionados no seu email; - referente aos boletos de cobrança de Associações informamos que trata-se de fraude e que no Portal do Empreendedor, consta um alerta quanto a isso, conforme abaixo: ATENÇÃO! O Microempreendedor Individual - MEI tem como despesas legalmente estabelecidas, APENAS, o pagamento mensal de R$ 36,20 (INSS), acrescido de R$ 5,00 (Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Comércio e Indústria) por meio de carnê emitido através do Portal do Empreendedor, além de taxas estaduais/municipais que devem ser pagas dependendo do estado/município e da atividade exercida. O pagamento de BOLETO não relacionado com as despesas mencionadas acima, é de livre e espontânea vontade do Microempreendedor Individual - MEI. (link: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedorindividual) Atenciosamente. Departamento de Registro Empresarial e Integração - DREI. Cidadão reitera integralmente o pedido inicial. O órgão reapresenta as informações da resposta inicial e acrescenta os trechos abaixo transcritos: (...) O google é uma empresa privada sobre a qual este Ministério não possui gerência. Qualquer pessoa que tenha acesso a qualquer tipo de informação por qualquer meio pode publica-la na internet sem que exista possibilidade de gerência governamental quanto a isso. O que se promove é a proteção das informações pessoais no âmbito governamental, ou seja, esta Secretaria não fornece dados pessoais ou de empresas, a terceiros, ressalvadas as hipóteses legais. Todavia, não há meios para impedir que terceiros obtenham esses dados por outras 22

Recurso à Autoridade Máxima Resposta do Recurso à Autoridade Máxima Recurso à CGU 16/09/201 22/09/201 23/09/201 vias e publiquem na rede mundial de computadores, a qual é alimentada de forma livre e direta por seus usuários. (...) Não é possível determinar, através desta Secretaria, quem promoveu as publicações citadas pelo cidadão. Somente o site em que estão publicadas é que pode informar quem alimentou os dados. Cidadão reitera integralmente o pedido inicial. O recorrido nega provimento ao recurso, pelas razões já apontadas nas respostas anteriores, acrescentando: (...) Não obstante a completa ausência de relação entre algum ato da Administração Pública e a situação relatada pelo Recorrente, e ainda não obstante o fato dos requerimentos formulados escaparem à alçada da Lei de Acesso, demandando procedimentos administrativos próprios, como forma de auxiliar o cidadão em seu intento, e ainda, com o fito de melhor atender aos anseios do mesmo, informamos que o cidadão pode adotar medidas direcionadas ao site em que se encontram veiculadas as informações que entende não ter autorizado. Tais medidas podem ir de uma simples notificação virtual até um processo judicial.isto posto, nega-se provimento ao recurso interposto, reiterando que as informações que se acham publicadas na rede mundial de computadores não foram repassadas por órgãos do governo.(...) O cidadão reclama da ausência de identificação dos responsáveis pelas respostas, faz menção a e-mail expedido pela Ouvidoria do MDIC e também a trechos das respostas recebidas pelo e-sic, solicita informações sobre como as empresas publicaram dados com todos os detalhes contidos no Portal do Empreendedor e, mais uma vez, requer o cancelamento de seu registro. É o relatório. Análise 2. Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 772/2012, in verbis: Lei nº 12.527/2011 23

Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 772/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 3. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.72/2012, observa-se que não consta da resposta que a autoridade que proferiu a decisão, em primeira instância, era a hierarquicamente superior à que adotou a decisão. Do mesmo modo, não consta que a autoridade que proferiu a decisão de segunda instância, foi o dirigente máximo do órgão/entidade.. Preliminarmente, observa-se que o cidadão formulou questionamentos e solicitou providências ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC acerca de publicações não autorizadas de seus dados enquanto Microempreendedor Individual MEI nos portais Empresas do Brasil e Infoplex, bem como no Google, serviço de busca de informações na Internet. 5. O órgão explicitou ao interessado que, apesar de as informações cadastrais dos Microempreendedores Individuais serem públicas, é promovida a proteção das informações pessoais no âmbito governamental, não havendo o fornecimento de dados pessoais ou de empresas a terceiros, ressalvadas as hipóteses legais. Todavia, não há meio para impedir que terceiros obtenham esses dados por outras vias e publiquem na rede mundial de computadores, não havendo relação entre algum ato da Administração Pública Federal e a situação relatada pelo recorrente. 6. Isto posto, nota-se que o MDIC respondeu satisfatoriamente ao pedido, adotando o procedimento descrito no inciso II do Art. 15 do Decreto nº 7.72/2012, qual seja, a pronta comunicação de que não possui a informação: Art. 15. Recebido o pedido e estando a informação disponível, o acesso será imediato. 1 o Caso não seja possível o acesso imediato, o órgão ou entidade deverá, no prazo de até vinte dias: 2

I - enviar a informação ao endereço físico ou eletrônico informado; II - comunicar data, local e modo para realizar consulta à informação, efetuar reprodução ou obter certidão relativa à informação; III - comunicar que não possui a informação ou que não tem conhecimento de sua existência; IV - indicar, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade responsável pela informação ou que a detenha; ou V - indicar as razões da negativa, total ou parcial, do acesso. 7. É importante esclarecer, que os procedimentos definidos pela Lei nº 12.527/2011 destinamse a assegurar o direito fundamental de acesso à informação previsto no inciso XXXIII do art. 5 o da Constituição da República, ou seja, o acesso a dados processados ou não que possam ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato, conforme o disposto no inciso I do art. 3º. 8. Ademais, visando exemplificar o direito de acesso à informação legalmente protegido, o art. 7 o da LAI estabelece que: Art. 7 o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. 9. Assim, fica evidente que a Lei nº 12.527/2011 não ampara, por exemplo, a formulação de consultas, reclamações e denúncias, bem como pedidos de providências para a Administração Pública Federal, sendo recomendável, no caso concreto, que o cidadão dirigisse sua solicitação de providências à Ouvidoria do MDIC, por meio do link http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/faleconosco.php?area=1. 25

10. Logo, ponderando terem sido observadas as disposições da Lei nº 12.527/2011, entende-se que o presente recurso não deva ser conhecido por esta Controladoria, haja vista não preencher os requisitos mínimos de admissibilidade, seja pelo fato de se tratar de informação inexistente, seja pelo fato de parte do pedido constituir-se de solicitação de providências, manifestação não amparada no escopo da LAI. Conclusão 11. De todo o exposto, opina-se pelo não conhecimento do recurso, uma vez que trata de informações inexistentes e de pedido de providências para a Administração Pública Federal. 12. Por fim, observamos que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Nesse sentido, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento competente que reavalie os fluxos internos para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos legais, em especial, que informe em suas respostas ao cidadão o nome e o cargo da autoridade que tomou a decisão, a possibilidade de recurso, o prazo para propor o recurso e a autoridade competente para apreciar o recurso. ISABELLA BRITO Analista Administrativo 26

D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº 52750.00099/201-80, direcionado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 27

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 3788 de 29/09/201 Referência: PROCESSO nº 52750.00099/201-80 Assunto: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 29/09/201 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: c28d2b2_8d1aa2ca8dab831