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Transcrição:

Resumo: Regra da cadeia, caso geral Teorema Suponha que u = u(x 1,..., x n ) seja uma função diferenciável de n variáveis x 1,... x n onde cada x i é uma função diferenciável de m variáveis t 1,..., t m. Então u é uma função diferenciável de t 1,..., t m e para cada i = 1, 2,..., m. Como lembrar do resultado: u = u x 1 + u x 2 +... + u x n t i x 1 t i x 2 t i x n t i 1

Laplaciano em coordenadas polares Exercício Suponha z = f (x, y) onde x = r cos θ e y = rsenθ. Calcule o Laplaciano de f com as variavéis r, θ. Derivadas parciais em relação a r, θ: 2

Laplaciano em coordenadas polares, II Derivada parcial u/ r: Segunda derivada parcial 2 u/ r 2 : 3

Laplaciano em coordenadas polares, III Derivada parcial u/ θ: Segunda derivada parcial 2 u/ θ 2 : 4

Laplaciano em coordenadas polares, IV Agora, vamos calcular e simplificar (1/r 2 ) 2 u/ θ 2 lembrando da formula de u/ θ: Soma (1/r 2 ) 2 u/ θ 2 + 2 u/ r 2 : Fim do calculo: 5

Teorema da função implicita Teorema Seja F definida numa bola aberta U contendo (a, b) onde F(a, b) = 0, F y (a, b) = 0 e F x e F y são funções contínuas em U, então a equação F(x, y) = 0 define y como uma função de x perto de (a, b), i.e y = f (x) e a derivada de f é dada por: dy dx = F x. F y Teorema Seja F definida numa bola aberta U contendo (a, b, c) onde F(a, b, c) = 0, F z (a, b, c) = 0 e F x, F y, F z são funções contínuas em U, então a equação F(x, y, z) = 0 define z como uma função de x, y perto de (a, b, c), i.e z = f (x, y) e as derivadas parciais de f são dadas por: F z x = x F z F z y = y F z 6

Derivação implicita Exercício Calcule as derivadas e derivadas parciais: 7

Derivadas direcionais Caso particular: a derivada direcional de f em (x 0, y 0 ) na direção do vetor unitário i = (1, 0) f é simplesmente x (x 0, y 0 ). Caso particular 2: a derivada direcional de f em (x 0, y 0 ) na direção do vetor unitário j = (0, 1) f é simplesmente y (x 0, y 0 ). Outras direções: Definição A derivada direcional de f em (x 0, y 0 ) na direção do vetor unitário u = (a, b) é f (x 0 + ha, y 0 + hb) f (x 0, y 0 ) D u f (x 0, y 0 ) = lim, h 0 h se esse limite existir. 8

Derivadas direcionais 9

10 Derivadas direcionais II Relação com a diferencial: quando f é diferenciável, calcular uma derivada direcional é facil: Teorema Seja f uma função diferenciável de x e y, então f tem derivada direcional na direção de qualquer vetor u = (a, b) e D u (x, y) = f x (x, y)a + f y (x, y)b Exercício Determine a derivada direcional de f no ponto dado e na direção indicada pelo ângulo θ,i.e na direção de u = (cos θ, senθ): 1 f (x, y) = x 2 y 3 y 4, em (2, 1), com θ = π/4 2 f (x, y) = xsen(xy) em (2, 0) com θ = π/3.

11 Derivadas direcionais III Relação com a diferencial: quando f é diferenciável, calcular uma derivada direcional é facil: Teorema Seja f uma função diferenciável de x e y, então f tem derivada direcional na direção de qualquer vetor u = (a, b) e Exercício D u (x, y) = f x (x, y)a + f y (x, y)b Determine a derivada direcional de f no ponto dado e na direção de v:

Vetor Gradiente Definição Seja f uma função de x e y, então o gradiente de f é a função f definida por f (x, y) = (f x (x, y), f y (x, y)) = f x i + f y j Gradiente e derivada direcional: Isso implica immediatamente: Caso de 3 variavéis: mesma definição. 12

13 Interpretação do gradiente Teorema Seja f uma função diferenciável de 2 ou 3 variáveis. O valor máximo da derivada direcional D u f ( x) é f ( x), e ocorre quando u tem a mesma direção que f ( x). Demonstração: D u f = f. u = f. u cos θ = f cos θ, onde θ é o ângulo entre u e f.

Gradiente e superfícies de nível Caso de z = f (x, y): 1 O gradiente f (x, y) indica a direção de maior crescimento da função f. 2 O gradiente f (x, y) é ortogonal às curvas de nível. Demonstração: seja t r(t) = (x(t), y(t)) uma curva dentro de f (x, y) = k = constante. Então d dt f (x(t), y(t)) = 0 = f (x(t), y(t)).(x (t), y (t)). 14

Gradiente e superfícies de nível Caso de f (x, y, z): 1 O gradiente f (x, y, z) indica a direção de maior crescimento da função f. 2 O gradiente f (x, y, z) é ortogonal às curvas de nível. Demonstração: seja t r(t) = (x(t), y(t), z(t)) uma curva dentro de f (x, y, z) = k = constante. Então d dt f (x(t), y(t), z(t)) = 0 = f (x(t), y(t), z(t)).(x (t), y (t), z (t)). 15

16 Plano tangente à superfície de nível Equação do plano tangente: é o plano passando por (x 0, y 0, z 0 ), ortogonal a f (x 0, y 0, z 0 ) Equação da reta normal: é a reta passando por (x 0, y 0, z 0 ), na direção de f (x 0, y 0, z 0 ) Equação paramétrica: (x, y, z) = (x 0, y 0, z 0 ) + t. f (x 0, y 0, z 0 ), t R

17 Caso particular:plano tangente ao gráfico de z = f (x, y) O gráfico z = f (x, y) pode ser visto também como uma superfície de nivél ( G(x, y, z) ) = 0 para a função G(x, y, z) = f (x, y) z cujo gradiente f é x, f y, 1 Equação do plano tangente: é o plano passando por (x 0, y 0, z 0 ), ortogonal a f (x 0, y 0, z 0 ) ( f x, f ) y, 1.(x x 0, y y 0, z z 0 ) = 0 Equação ( da reta ) normal: é a reta passando por (x 0, y 0, z 0 ), na direção f de x, f y, 1

18 Gradiente: exercícios Exercício Determine a taxa de variação máxima de f no ponto dado e a direção onde ocorre.