Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.



Documentos relacionados
Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra resposta incorreta ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação

PRESIDENCIA DA REPUBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Fundação Universidade de Brasília UNB. RELATÓRIO Data Teor

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

PARECER Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra resposta incompleta e reclamação. Sem restrição.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

PARECER Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União. Recursos contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão de pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Referência: / , / e /

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrições.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União. Banco do Brasil S.A. BB

P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

caput do art. 16 da Lei nº /2011; Súmula nº 1/2015 CMRI:

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

PARECER Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão a pedido de acesso à informação.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Relação de Consumo Informação incorreta Canal alternativo;

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

P A R E C E R Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União. Não se trata de solicitação de informação

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Encaminhar à CGCID Denúncia/Reclamação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União DESPACHO

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Estratégia corporativa conhecido e desprovido.

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação.

Transcrição:

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 23480.003488/2015-61 Assunto: Restrição de acesso: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição. Ementa: Avaliação Acadêmica Frequência Interesse Pessoal Documento Desaparecido Informação Inexistente Acata-se a argumentação do recorrido. Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro A.B.F. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação com base na Lei nº 12.527/2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data TEOR Pedido Cidadão solicita fornecimento das listas de frequência 04/03/20 que teriam motivado sua reprovação na disciplina de 15 Semiologia. Resposta Inicial 17/03/20 15 A recorrida inicia esclarecendo que o cidadão abriu demanda idêntica junto à Ouvidoria da Universidade buscando esclarecimentos da mesma natureza. Em seguida transcreve a resposta dada através de seu protocolo: Manifestação: A disciplina de semiologia médica da Escola de Medicina e Cirurgia da UNIRIO em 2014.2 definiu arbitrariamente minha presença 21

(A.B.F.) e a Escola negou-se a deferir pedido de revisão de frequência. O professor da disciplina lançou o número de "-17.78%" (menos dezessete ponto setenta e oito porcento) no sistema, configurando dado claramente não fidedigno. A falta de controle de frequência e subsequente reprovação não comprovada de estudante determinam violação da LDB e ataque ao direito líquido e certo de matricular-me nas disciplinas do período seguinte. Por conta de denúncias de irregularidades na escola e ter sido o único estudante que fez as provas a ter sido reprovado por falta, fica configurado claro cenário de tentativa de coibir denúncias e perseguição política." Segue-se então a resposta da Escola de Medicina: Para responder à solicitação, consultamos os professores da disciplina de semiologia, professor Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo (responsável pela disciplina de Semiologia) e Professor Luiz Eduardo da Motta Ferreira, coordenador das atividades práticas de semiologia da 8ª enfermaria, onde estava lotado o estudante A.B.F. Os professores relatam que no início do semestre letivo, todos os alunos são informados sobre a avaliação de frequência através de folha de registro. Onde constam assinaturas e carimbos dos preceptores e monitores da disciplina por cada dia de atividade (segue anexo com as orientações entregues aos discentes no primeiro dia de aula). Também, que ao findar o semestre letivo, devem entregar a mesma para que sejam computadas as presenças, sendo assim, alertam os estudantes sobre a importância do cuidado de tal ficha e normas curriculares referentes à 22

disciplina. Ao longo do semestre letivo, o estudante foi alertado verbalmente pelo coordenador da semiologia na 8ª enfermaria, por apresentar frequência insuficiente, com risco de reprovação. Afirmam que o estudante não frequentava as aulas e mesmo mediante o aviso prévio de risco para reprovação, não modificou sua baixa frequência. Para melhor dimensão dos fatos, o estudante faltou a três das cinco avaliações teórico-práticas da disciplina, sem ter solicitado segunda chamada, obtendo nota prática final 3,9. Ao final do semestre letivo, conforme o estabelecido de plano, todos os estudantes deveriam entregar sua ficha de frequência, entretanto, o estudante A.B.F. não entregou, assim como não procurou o professor para justificar. Após ter sido reprovado, por não apresentação do documento, o estudante finalmente procurou o professor, alegando que sua mochila onde supostamente se encontrava a referida ficha havia sido roubada. Os professores mantiveram o grau de reprovação por entenderem que o prazo já havia se esgotado e insuficiência da alegativa do discente. Acrescentam que o estudante não foi o único reprovado por falta e não há qualquer referência à perseguição política, apenas cumprimento de normas curriculares. Sendo assim, resta claro que não há documento a ser apresentado pela Escola, cumprindo-nos apenas a obrigação de fundamentação e esclarecimentos dos fatos aqui expostos. (todos destaques nossos) Recurso à 17/03/20 O solicitante, insatisfeito com a resposta 23

obtida, recorre nos seguintes termos: Autoridade Superior Resposta do Recurso à Autoridade Superior Recurso à Autoridade Máxima Resposta do Recurso à Autoridade Máxima Corresponde a obrigação da universidade efetuar controle de 15 frequência, nos termos da LDB. Não foi fornecido qualquer documento que subsidie a frequência declarada no SIE, que não é verossímel por conta da frequência em todas as avaliações. Solicito cópia dos diários de classe. - Não há manifestação O cidadão retoma sua solicitação: Não foi fornecida cópia dos diários de classe correspondentes à minha 24/03/20 frequência na primeira solicitação e o 15 recurso não foi respondido no prazo legal. Solicito que seja determinado o fornecimento de cópia da documentação pedida. 25/03/20 O SIC da Universidade se manifesta da 15 seguinte forma: Recebido o recurso, nos compete o indeferimento do mesmo pelas razões já explicitadas na resposta a qual se insurge o solicitante. Frisa-se que não há nenhuma informação de natureza pública demandada na solicitação original que tenha sido negada ao discente, visto que o registro 24

de atividades é de responsabilidade do próprio aluno, que assumidamente estava de posse do mesmo. Apenas para melhor esclarecimento, ressalta-se que o ordenamento jurídico pátrio permite que a escolha acerca do método de controle de frequência seja exercida com base na plena autonomia universitária, o que enseja o melhor controle de atividades em regimes de Hospital-Escola, respeitando-se as particularidades do mesmo. A intenção do legislador em facultar a escolha do método de controle de frequência é preservar a integridade dos cursos de natureza excepcional. Cuida-se a inteligência do ordenamento reconhecer a disparidade entre o controle de frequência de um curso para outro. A dinâmica de aulas de uma disciplina do Direito e Administração, por exemplo, se realiza de forma absolutamente diferente da esmagadora maioria das disciplinas de Medicina ou Geologia, que exigem atividades práticas e de campo, sendo por isso, dentre uma miríade de motivos, inclusive de monitoria e avaliativos, impossível as nivelar. Descabido seria impor uma única forma de controle da frequência acadêmica em 25

cursos tão díspares. Daí faculta-se à autonomia universitária dispor internamente como melhor controlar a frequência em seus variados cursos. Ante o exposto, Recurso à CGU Análise É o relatório. 25/03/20 15 Nega-se deferimento. À CGU o cidadão apresenta o seguinte recurso: Independente da autonomia universitária, prevalecem os princípios da admiministração pública da impessoalidade e transparência. Qualquer seja o método adotado, deve haver documentos que comprovem o alegado. Não pode o servidor público federal juntar dados de sua discrecionaridade a documento público federal, cabendo-lhe respeitar as normas existentes. No caso da UNIRIO, exige-se o emprego de diário de classe emitido pelo sistema. E este documento é o que esta sendo solicitado, pelo entendimento de que o dado lançado pelo professor deve possuir tal subsídio. Ressalta-se ainda que o valor no Histórico Escolar foi alterado 3 vezes sem fornecimento da lista de aulas que foram faltadas. 26

2. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observase que a Universidade deixa de atender ao comando do artigo supracitado quando se omite em responder ao recurso de primeira instância interposto pelo requerente. Assim, a autoridade superior do órgão não apreciou o recurso. A autoridade que julgou o recurso de segunda instância não foi o dirigente máximo do órgão/instituição. 3. No que tange os requisitos de admissibilidade, registre-se que o recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº 12.527/2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7724/2012, nestes termos: Lei nº 12.527/2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 4. Inicialmente, cabe esclarecer que os recursos sobre os quais a CGU tem competência para se pronunciar devem guardar aderência com uma das hipóteses descritas no art. 16 da LAI, que assim dispõe: Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade 27

classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei. (...) 5. Há que se analisar, portanto, se houve, neste caso, negativa de acesso à informação não classificada como sigilosa por parte da instituição de ensino, neste caso, a lista de frequência da disciplina de semiologia. 6. O órgão recorrido informa que o mencionado documento não existe. É o que se depreende da resposta inicial, ratificada pelas demais instâncias: Sendo assim, resta claro que não há documento a ser apresentado pela Escola, cumprindo-nos apenas a obrigação de fundamentação e esclarecimentos dos fatos aqui expostos. 7. Cabe reconhecer, portanto, a impossibilidade de atendimento ao pedido, já que se trata de informação inexistente. Nesse contexto, vale citar a Súmula nº 6/2015, da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, publicada em 27/01/2015: INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÃO A declaração de inexistência de informação objeto de solicitação constitui resposta de natureza satisfativa; caso a instância recursal verifique a existência da informação ou a possibilidade de sua recuperação ou reconstituição, deverá solicitar a recuperação e a consolidação da informação ou reconstituição dos autos objeto de solicitação, sem prejuízo de eventuais medidas de apuração de responsabilidade no âmbito do órgão ou da entidade em que tenha se verificado sua eliminação irregular ou seu descaminho. 8. Quanto a alegação do cidadão de que corresponde a obrigação da universidade efetuar controle de frequência, nos termos da LDB, o art. 47 da referida Lei 9.394/96 diz o seguinte: 1º As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes 28

curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições. (...) 9. Desta forma, justifica-se a resposta fornecida ao cidadão na segunda instância deste recurso. O ordenamento jurídico pátrio permite, de fato, que a escolha acerca do método de controle de frequência seja exercida com base na plena autonomia universitária, desde que apresentado este método antes de cada período letivo. 10. A universidade anexou em sua resposta inicial, a Programação de atividades do 2 semestre de 2014, que teria sido apresentada aos estudantes antes do início do período letivo. Nela cabe destacar seus parágrafos 8 e 9: 8. A folha de presença das atividades práticas é de responsabilidade do aluno, devendo ser entregue ao final do curso. 9. A não entrega da folha de presença acarretará em reprovação por falta. 11. Desta forma entende-se que a Universidade agiu de acordo com critérios pré-estabelecidos anteriormente. Conclusão 12. De todo o exposto, opina-se pelo não conhecimento do recurso interposto, visto que o documento solicitado, objeto do recurso à CGU, é inexistente. 13. Por fim, observa-se que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Dessa forma, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento que reavalie os fluxos internos para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, 29

de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei de Acesso à Informação, em especial recomenda-se: a) Informar, desde a resposta inicial, a possibilidade de recurso, o prazo para propor o recurso e a autoridade competente para apreciá-lo; b) Que a Autoridade responsável por decidir o recurso de primeira instância seja diferente e hierarquicamente superior àquele que adotou a decisão inicial; c) Que a Autoridade responsável por decidir o recurso de segunda instância seja o dirigente máximo da entidade. DANTON BRITO DE SANTANA LOPES Analista de Finanças e Controle 210

D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n. 1.567 da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do Decreto 7.724/2012, no âmbito do pedido de informação nº 23480.003488/2015-61, direcionado à UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. LUÍS HENRIQUE FANAN Ouvidor-Geral da União 211

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 791 de 30/03/2015 Referência: PROCESSO nº 23480.003488/2015-61 Assunto: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação Signatário(s): GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 30/03/2015 Relação de Despachos: aprovo. GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 30/03/2015 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 3242cd89_8d238e016f1a9e0