ANÁLISE ESTATÍSTICA DE REGISTROS ANEMOMÉTRICOS E SELEÇÃO DE TURBINAS EÓLICAS: UM ESTUDO DE CASO



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Transcrição:

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE REGISTROS ANEMOMÉTRICOS E SELEÇÃO DE TURBINAS EÓLICAS: UM ESTUDO DE CASO José Fracisco Moreira Pessaha UERJ Uiersidade do Estado do Rio de Jaeiro Deartameto de Estatística Istituto de Matemática e Estatística Sala 6028-B Rua São Fracisco Xaier, 524 Maracaã 20550-900, Rio de Jaeiro RJ rofessorjfm@hotmail.com Gisele Ferreira Beltrão Barcelos UERJ Uiersidade do Estado do Rio de Jaeiro Deartameto de Estatística Istituto de Matemática e Estatística gisaot@gmail.com Adréa Vaosasse Cocco Faria UERJ Uiersidade do Estado do Rio de Jaeiro Deartameto de Estatística Istituto de Matemática e Estatística ad@redialet.com.br Vitor Mauel Fragoso Ferreira UERJ Uiersidade do Estado do Rio de Jaeiro Deartameto de Estatística Istituto de Matemática e Estatística itorfragoso@hotmail.com RESUMO Uma etaa imortate a costrução de um arque eólico é a escolha da turbia mais adequada ao aroeitameto eergético. A seleção da turbia eole uma aálise cuidadosa de custos e arâmetros técicos, etre os quais se destaca o fator de caacidade, cujo cálculo é realizado mediate uma aálise estatística de registros aemométricos medidos o local em que se retede istalar o arque eólico. Tomado como exemlo as medições aemométricas coletadas em São Martiho da Serra RS, o resete trabalho descree uma metodologia tradicioalmete utilizada em que o fator de caacidade é o critério de idetificação da turbia mais adequada. PALAVRAS-CHAVES: Eergia eólica, distribuição de Weibull, elocidade do eto. ABSTRACT A imortat ste i buildig a wid farm is to choose the most suitable turbie. The selectio of the turbie ioles a careful aalysis of costs ad techical arameters, amog which stads out the caacity factor, whose calculatio is erformed with a statistical aalysis of aemometric records. Based o wid seed records collected i São Martiho da Serra - RS, this aer describes a aroach traditioally used i that caacity factor is the criterio of idetifyig the most aroriate turbie. KEYWORDS: Wid eergy, Weibull distributio, Wid seed

. Itrodução A eergia ciética do eto ou eergia eólica é um recurso atural limo, abudate e iesgotáel e o seu aroeitameto ara rodução de eergia elétrica é uma das alteratias mais romissoras ara reduzir as emissões dos gases do efeito estufa e mitigar os efeitos de crises o mercado de combustíeis fósseis, sobretudo os aíses em que a geração de eergia elétrica é redomiatemete termelétrica. A coersão da eergia eólica em eergia elétrica é realizada or turbias eólicas, máquias que lembram os atigos moihos de eto, mas que atualmete se ecotram em um eleado estágio de maturidade tecológica resultate de rogressos técicos e orgaizacioais que ermitiram a redução dos custos or kwh e a utilização da geração eólica em larga escala ara rodução de eletricidade em diersos aíses (GOLDEMBERG & VILLANUEVA, 200). As estatísticas aresetadas o World Wid Eergy Reort 2009 (WWEA, 200) mostram a ráida exasão da caacidade istalada da geração eólica o mudo, assado de 24.22 MW em 200 ara 59.2 MW em 2009, sedo a maior arte a Euroa (76.28 MW), a Ásia (9.96 MW, dos quais 26 GW estão a Chia) e a América do Norte (8.748 MW, dos quais 5.59 MW estão os Estados Uidos). No Brasil, a caacidade istalada em geração eólica totalizou 600 MW em 2009. No caso do Brasil, embora o aís teha uma matriz elétrica redomiatemete hidráulica, ortato, lima e reoáel, o aroeitameto do otecial eólico do aís, aaliado em 4,5 GW a 50 metros de altura do solo (AMARANTE et al., 200), oferece um imortate comlemeto ao regime de geração hidrelétrica os eríodos de estiagem, cotribuido ara assegurar a seguraça eergética do aís e diersificar a matriz eergética brasileira. A distribuição do otecial eólico o território brasileiro é aresetada a Tabela, ode se ode erificar a grade cocetração do otecial eólico a região Nordeste. Tabela Distribuição esacial do otecial eólico brasileiro Região Potêcia GW Eergia TWh/ao Nordeste 75 44, Sudeste 29,7 54,9 Sul 22,8 4, Cetro-Oeste, 5,4 Norte 2,8 26,4 Brasil 4,5 272,2 Fote: Atlas do Potecial Eólico Brasileiro (AMARANTE et al, 200) Embora o Atlas do Potecial Eólico Brasileiro seja uma aliosa fote de iformações e ermita idetificar as áreas mais adequadas ara aroeitametos eólicos, iclusie com estimatias das riciais características dos etos (direções redomiates e arâmetros estatísticos da distribuição de freqüêcia da elocidade do eto), a decisão de imlatar um emreedimeto eólico em uma determiada localidade dee ser recedida or uma aálise estatística dos registros aemométricos mesurados o local em que se retede istalar o arque eólico. A aálise estatística das medições aemométricas forece uma estimatia mais recisa do otecial eólico, ermitido assim uma melhor aaliação da iabilidade ecoômica, além de forecer iformações fudametais ara a seleção da turbia eólica mais adequada ao comortameto do eto o local ode se retede costruir o aroeitameto eólico. Este trabalho tem como objetio descreer uma metodologia ara aálise estatística de registros aemométricos, tradicioalmete utilizada a aaliação do otecial eólico de uma localidade e a seleção do tio de turbia eólica mais adequado a um determiado aroeitameto (JANGAMSHETTI & RAU, 999; JANGAMSHETTI & RAU, 200; PINHO et al, 2006; HU & CHENG, 2007, JOWDER, 2009). Para ilustrar a alicação da metodologia cosiderou-se o muicíio de São Martiho da Serra situado a região cetral do Rio Grade do Sul (Figura a), ode está localizada uma das

estações de referêcia do rojeto SONDA (Sistema Nacioal de Dados Ambietais ara o setor de eergia) deseolido elo Istituto Nacioal de Pesquisas Esaciais (INPE) e coordeado elo Cetro de Preisão de Temo e Estudos Climáticos (CPTEC). A estação de referêcia de São Martiho do Sul ecotra-se a 489 metros de altitude a 29º26 de latitude sul e 5º49 de logitude oeste (MARTINS et al, 2005; MARTINS et al., 2007). (a) Muicíio de São Martiho da Serra Fote: Wikiedia (b) Velocidade média aual a 00 m Fote: Atlas eólico do Rio Grade do Sul htt://www.seifra.rs.go.br/atlas/00.swf Figura Diisão admiistratia e Atlas eólico do Rio Grade do Sul PES et al (2005) aresetam uma descrição relimiar do comortameto da direção e da elocidade do eto a região de São Martiho da Serra ara o eríodo de Agosto de 2004 a Julho de 2005. Os resultados obtidos or PES et al (2005) reelam que as direções redomiates dos etos a 25 e 50 metros de altura corresodem a 45% dos etos icidetes a região, com médias de 7,652 m/s a direção Nordeste e 7,095 a região Sudeste a 50 metros de altura. Porém, coforme ilustrado a Figura b, outras localidades do Rio Grade do Sul aresetam oteciais eólicos sueriores ao de São Martiho da Serra. A oção or este muicíio dee-se a existêcia de uma base de dados disoibilizada a ágia do rojeto SONDA (htt://www.ctec.ie.br/soda) com os registros de elocidade e direção dos etos a Região de São Martiho da Serra ara as alturas de 25 e 50 metros e com resolução temoral de 0 miutos. O artigo está orgaizado em sete seções. A seguir, a seção 2 é aresetada a cura de otêcia tíica de uma turbia eólica. Na seqüêcia, a seção, são aresetadas algumas estatísticas obtidas a artir da aálise da base de dados de elocidade e de direção do eto disoibilizado elo rojeto SONDA. Os resultados aresetados este trabalho referem-se ao eríodo de º de Jaeiro de 2005 a de Dezembro do mesmo ao. Na seção 4 são aresetadas as distribuições de Weibull (CUSTÓDIO, 2009; SANSIGOLO, 2005) que melhor descreem o comortameto das elocidades do eto a 25 e 50 metros de altura. A exressão ara o cálculo do fator de caacidade de uma turbia eólica é defiida a seção 5. A lista de turbias aaliadas e a idetificação da melhor turbia são descritas a seção 6. Por fim, a seção 7 são aresetadas as riciais coclusões do trabalho. 2. Cura de otêcia da turbia eólica A otêcia elétrica P gerada or uma turbia eólica aria com o cubo da elocidade do eto trasersal à área A arrida elas ás da turbia:

P = C ρ 2 η m ηg A () ode η m é o redimeto mecâico da caixa de trasmissão, η g é o redimeto do gerador, ρ é a desidade do ar e C é o coeficiete de otêcia da turbia, que exressa a arcela (%) da otêcia disoíel o eto que é extraída ela turbia (CUSTÓDIO, 2009). A relação etre a otêcia elétrica gerada ela turbia e a elocidade do eto é ormalmete aresetada a forma da cura de otêcia ilustrada a Figura 2. P Potêcia elétrica gerada kw 0 c Velocidade do eto a altura do rotor em m/s Figura 2 Cura tíica de otêcia de turbias eólicas Coforme idicado ela cura de otêcia a Figura 2, a coersão de eergia eólica em eergia elétrica se dá a artir de uma elocidade míima deomiada elocidade de artida (cut-i wid seed), usualmete alores de elocidade da ordem de 2,5 - m/s, abaixo desses alores o coteúdo eergético do eto ão justifica aroeitameto (AMARANTE et al, 200). A otêcia da turbia é limitada ao alor omial P, à elocidade omial (rated wid seed), tiicamete elocidades etre 2 e 5 m/s. Para elocidades etre e a otêcia elétrica gerada ela turbia eólica cresce com o cubo da elocidade de acordo com a equação (). A artir da elocidade omial o cotrole de elocidade da turbia matém a otêcia gerada costate até que ara elocidades sueriores à elocidade de corte c (cut-out wid seed), em geral 25 m/s, a turbia é retirada de oeração com a fialidade de reserá-la de esforços mecâicos excessios (CUSTÓDIO, 2009).. Base de dados aemométricos A elocidade do eto é uma ariáel aleatória e, ortato, a aaliação do otecial de um aroeitameto eólico exige uma aálise robabilística, cujo requisito básico e idisesáel é a existêcia de séries temorais com registros da elocidade e da direção do eto, em elo meos duas alturas distitas, referetes ao local ode se retede istalar o arque eólico. A base de dados aemométricos aalisada cotém registros de elocidade e de direção do eto tomados de 0 em 0 miutos as alturas de 25 e 50 metros. Os dados referem-se ao eríodo de º de jaeiro de 2005 a de dezembro do mesmo ao. A seguir, a Tabela 2 são aresetadas algumas estatísticas descritias da elocidade do eto em 25 e 50 metros. Tabela 2 Estatísticas descritias da elocidade do eto Estatísticas Altura 25 metros Altura 50 metros Número de obserações 52.560 52.560

Média m/s 5,5 6,50 Mediaa m/s 5,8 6,5 Moda m/s 5,4 6,76 Desio-adrão m/s 2,07 2,5 Amlitude m/s 20,6 22,87 Míima m/s 0,0 0,0 Máxima m/s 20,64 22,88 º quartil m/s,94 4,69 2º quartil m/s 5,8 6,5 º quartil m/s 6,70 8,28 As difereças etre as estatísticas descritias calculadas em 25 m e 50 m refletem o fato da elocidade do eto crescer com a altura (CUSTÓDIO, 2009). Embora a localidade estudada ão aresete um eleado otecial ara a geração eólica, as alturas de 25 m e 50 m a elocidade média situa-se acima da elocidade de artida (em geral etre 2,5 e m/s), coforme idicado a Tabela 2. A seguir, a Figura são aresetadas as médias mesais e horárias da elocidade do eto em 25 e 50 metros de altura. A Figura a mostra que a elocidade do eto ao logo do ao ão é costate, sedo máxima o mês de agosto, equato a Figura b reela que a disoibilidade do otecial eólica ão é uiforme ao logo do dia e cocetra-se o eríodo da mahã. (a) Médias mesais (b) Médias horárias Figura Velocidades médias do eto em São Martiho da Serra frequêcia relatia acumulada 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0, 0,2 0, 0 0 5 0 5 20 25 elocidade do eto m/s Figura 4 Distribuição acumulada da elocidade do eto a 50 m de altura Na Figura 4 é aresetada a distribuição de freqüêcia acumulada da elocidade do eto em São Martiho da Serra a 50 metros de altura. A distribuição acumulada reela que a maior arte do temo a elocidade do eto a 50 m ão ultraassa 0 m/s.

A relação etre as elocidades e 2 as alturas h e h 2 ode ser aroximada ela lei da otêcia (CUSTÓDIO, 2009): 2 h = h ode α é o exoete de otêcia (adimesioal) que ode ser estimado a artir das elocidades médias a 25 e a 50 metros, resectiamete 25 e 50 (JANGAMSHETTI & RAU, 999): 2 α 50 50 α = l l () 25 25 Assim, a seguite equação ermite calcular a elocidade do eto em uma altura h em fução da elocidade medida a 50 metros de altura: ( 50) α (2) = h 50 (4) Por meio da relação etre a altura e a elocidade do eto, dada ela lei da otêcia, foram estimadas as elocidades de eto ara diferetes alturas (74m, 80m, 95m, 00m 05m, 9m e 25m), com resolução temoral de 0 miutos. Nas alturas selecioadas situam-se os rotores de diferetes modelos de turbias eólicas, segudo as esecificações iformadas o catálogo de um grade fabricate de aerogeradores. Os resultados desta extraolação ecotramse resumidos as estatísticas descritias aresetadas a Tabela, cujos alores crescetes com a altura da torre refletem o fato da elocidade do eto aumetar com a altura (equação 4). Coforme idicado elo desio-adrão a tabela a ariabilidade da elocidade do eto também aumeta com a altura. Tabela Estatísticas descritias da elocidade do eto ara diferetes alturas Modelo da turbia A B C D E F G Altura do rotor 74 m 80 m 95 m 00 m 05 m 9 m 25 m Média m/s 7,24 7,9 7,75 7,86 7,97 8,25 8,6 Mediaa m/s 7,27 7,4 7,79 7,90 8,00 8,28 8,40 Moda m/s 7,52 7,69 8,06 8,7 8,28 8,57 8,69 Desio-adrão m/s 2,8 2,87.02.06.0.2.25 Amlitude m/s 25,47 26,02 27,28 27,67 28,04 29,02 29,42 Míima m/s 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Máxima m/s 25,48 26,0 27,29 27,68 28,05 29,0 29,4 º quartil m/s 5,22 5, 5,59 5,67 5,75 5,95 6,0 2º quartil m/s 7,27 7,4 7,79 7,90 8,00 8,28 8,40 º quartil m/s 9,22 9,42 9,87 0,0 0,5 0,50 0,65

(a) 25 metros Figura 5 Rosa dos etos (b) 50 metros Coforme ilustrado a Figura 5, as direções redomiates dos etos em 25 e 50 metros de altura são Nordeste e Sudeste. 4. Distribuição de Weibull As distribuições de Weibull ou de Rayleigh são os modelos robabilísticos que melhor descreem a distribuição de freqüêcia da elocidade do eto (CUSTÓDIO, 2009). A fução desidade de robabilidade da distribuição de Weibull é descrita a seguir: f () = k c c k e k c (5) ode é a ariáel aleatória elocidade do eto em m/s ( 0), k é o arâmetro de forma (adimesioal e ositio) e c é o arâmetro de escala (c> e exresso em m/s). A distribuição de Rayleigh é a distribuição de Weibull com arâmetro de forma (k) igual a 2. Como a distribuição de Rayleigh é um caso articular da distribuição de Weibull, cosiderou-se aeas esta última distribuição o deseolimeto deste trabalho. Ressalta-se que a Euroa é comum descreer a rodução de eergia aual de uma turbia eólica com base a distribuição de Rayleigh (SCHMID & KLEIN, 99). A seguir, o alor eserado μ e ariâcia σ 2 da distribuição de Weibull são exressos em fução dos arâmetros de forma e de escala, ode Γ é a fução Gama. = Γ + 2 μ c (6) = 2 2 k Γ + Γ 2 σ c + (7) k k Valores maiores de k idicam maior costâcia dos etos, com meor ocorrêcia de alores extremos. Em geral, as distribuições auais da elocidade do eto o arâmetro k situase etre 2 e. Excecioalmete, o arâmetro k da distribuição mesal da elocidade do eto ode atigir alores sueriores a 6 em regiões de etos alísios, como o Nordeste brasileiro (AMARANTE et al, 200). Por sua ez, o fator de escala c tem relação com a elocidade média. Os arâmetros de forma (k) e de escala (c) odem ser estimados or diersos métodos (CUSTÓDIO, 2009), orém este trabalho foi utilizado o método da máxima erossimilhaça (COHEN, 965), o qual eole a solução da seguite equação or rocedimetos iteratios (or

exemlo, o método de Newto-Rahso) ara estimar k com base as obserações de uma amostra aleatória. k xi l xi i= = k k xi i = l xi Na seqüêcia, a estimatia de k é usada ara estimar a costate c: c kˆ x i i= i= (8) ˆ (9) A seguir, a Figura 6 são aresetados os histogramas da elocidade de eto, jutamete com a fução desidade da distribuição de Weibull que melhor se ajusta às medições em 25 e 50 metros de altura. As estimatias dos arâmetros de escala e de forma são aresetadas a Tabela 4. Figura 6 - Histogramas de freqüêcia aual das elocidades obseradas em 2005 Tabela 4 Fatores de forma e escala da distribuição da elocidade de eto em 25 e 50 metros Meses Velocidade a 25 m Velocidade a 50 m Fator de escala c Fator de forma k Fator de escala c Fator de forma k Jaeiro 5,72,087 6,9940,0045 Feereiro 5,69 2,8922 6,7627 2,95 Março 5,975 2,7700 7,2406 2,8055 Abril 5,8402 2,47 7,0979 2,4777 Maio 5,864 2,98 7,046 2,727 Juho 5,6665 2,755 7,052 2,778 Julho 6,270 2,9029 7,894 2,950 Agosto 6,808,9 8,9,728 Setembro 6,082 2,7290 7,6062 2,7668 Outubro 5,9987 2,7490 7,0820 2,7720 Noembro 5,9272 2,845 7,0682 2,849 Dezembro 5,8695 2,762 7,07 2,7698 Ao de 2005 5,9970 2,777 7,2888 2,7780

Além das distribuições de Weibull ara 25 e 50 metros foram ajustadas distribuições de Weibull ara as alturas dos rotores de diferetes modelos de turbias eólicas: 74m, 80m, 95m, 00m, 05m, 9m e 25m. Cohecedo-se a distribuição de robabilidade da elocidade do eto, a distribuição de robabilidade da otêcia ode ser obtida tomado-se o cubo da elocidade, cuja distribuição é teoricamete Weibull (SANSIGOLO, 2007). Esta roriedade da distribuição de Weibull e o aarete bom ajuste da distribuição aos dados de elocidade do eto (QQ-Plots a Figura 7) idicam que a distribuição de Weibull é adequada. (a) 25 metros 5. Fator de caacidade Figura 7 QQ-Plots (b) 50 metros Há ários modelos de turbias disoíeis o mercado, cada uma com suas rórias esecificações, altura e elocidades características. Portato, a imlatação de um aroeitameto eólico é fudametal idetificar a turbia eólica cujas elocidades características, e c roorcioem a extração mais ecoômica da otêcia disoíel o eto. Tradicioalmete, a escolha da turbia mais adequada baseia-se o fator de caacidade, defiido ela razão etre a rodução média da turbia e a sua rodução otecial, se oerada costatemete a lea caacidade (JANNUZZI & SWISHER, 997). Dado que a otêcia elétrica gerada ela turbia eólica aria com o cubo da elocidade, a cura de otêcia ilustrada a Figura ode ser reresetada da seguite forma: 0 < C m g A < P() = 2 η η ρ (0) C ηm ηg ρ A < c 2 0 > c Assim, o alor eserado da otêcia gerada em uma turbia eólica é defiido ela seguite equação: P média = P() f ()d () 0 ode f() é a fução desidade de Weibull. Cosiderado-se os limites de elocidade da cura de otêcia do aerogerador tem-se que: P média c = C mη gρa f () d + C ηmη gρa f ()d 2 2 η (2)

A otêcia gerada é máxima quado a elocidade do eto alcaça a elocidade omial : Pmáxima = C η m ηg ρ A () 2 O fator de caacidade (FC) é defiido ela razão etre a otêcia média e a otêcia máxima, ou seja: otêcia média Pmédia FC = = (4) otêcia máxima P máxima Substituido as equações (2) e () a equação (4) ecotra-se o seguite resultado (JANGAMSHETTI & RAU, 999): c FC = f () d + f () d (5) Ressalta-se que o fator de caacidade deede aeas das elocidades características da cura de otêcia da turbia eólica (, e c ) e da distribuição de Weibull da elocidade do eto a altura do rotor da turbia. A otêcia elétrica (kw) média gerada ela turbia eólica ode ser calculada elo roduto etre o fator de caacidade da turbia e a otêcia máxima da turbia eólica iformada elo fabricate: otêcia média = FC otêcia máxima (6) A eergia elétrica gerada (kwh) ao logo de um ao (8760 horas) ode ser estimada com base a seguite exressão: 6. Escolha da turbia eólica mais adequada eergia = FC otêcia máxima 8760 (7) A lista de turbias eólicas cadidatas é formada or sete modelos descritos o catálogo de um grade fabricate de turbias eólicas. A artir das alturas idicadas a Tabela 5 foi ossíel emregar a lei da otêcia (equação 4) ara obter a elocidade do eto a altura do rotor de cada modelo e a seqüêcia obter os fatores de forma e de escala da distribuição de Weibull as diferetes alturas. Tabela 5 Parâmetros das turbias cadidatas Modelo da turbia Potêcia (kw) (m/s) (m/s) c (m/s) Altura (m) A 850 4 6 25 74 B 650,5 20 80 C 800 4 2 20 95 D 2000 4 6 25 00 E 000,5 5 25 05 F 000 2 25 9 G 800 4 2 25 25 Fote: Catálogo do fabricate

Com base estes arâmetros e as elocidades características idicadas a Tabela 5 foram calculados os fatores de caacidade (equação 5) aresetados a Tabela 6. O alor médio da otêcia elétrica (equação 6) gerada em cada modelo é aresetado a Tabela 7. Tabela 6 Fator de caacidade Modelo da turbia k c (m/s) (m/s) c (m/s) FC A 2,78 8,2 4 6 25 0,24 B 2,78 8,29,5 20 0,2579 C 2,78 8,70 4 2 20 0,590 D 2,78 8,82 4 6 25 0,68 E 2,78 8,94,5 5 25 0,29 F 2,78 9,25 2 25 0,400 G 2,78 9,8 4 2 25 0,46 Tabela 7 Potêcia média Modelo da turbia Altura (m) Potêcia Máxima (kw) Fator de caacidade Potêcia média (kw) A 74 850 0,24 B 80 650 0,2579 426 C 95 800 0,590 646 D 00 2000 0,68 6 E 05 000 0,29 66 F 9 000 0,400 200 G 25 800 0,46 744 Pelo critério do fator de caacidade a turbia G dee ser a escolhida, ois areseta o maior fator de caacidade (FC = 0,46). No etato, a turbia F tem um fator de caacidade ligeiramete iferior (FC = 0,400) com uma otêcia média suerior (200 kw) e or esta razão ode ser uma escolha tão boa quato a turbia G. 7. Coclusões Uma decisão imortate o rojeto de um arque eólico é a escolha do tio de turbia eólica adequado ao aroeitameto eergético. Esta decisão eole a aálise dos custos e dos arâmetros técicos de diferetes modelos de turbias, sedo que um dos riciais arâmetros ara a tomada de decisão é o fator de caacidade da turbia. Coforme idicado o artigo, ara calcular o fator de caacidade de uma turbia eólica dee-se cohecer a sua cura de otêcia, caracterizada elas elocidades de artida, omial e corte; e aida disor de medições aemométricas coletadas o local em que se retede istalar o arque eólico. O maior fator de caacidade idetifica a turbia eólica com a cura de otêcia que melhor se ajusta à distribuição de robabilidades da elocidade do eto. No exemlo aresetado este artigo há sete modelos de turbias eólicas, todos de um mesmo fabricate. O modelo escolhido (modelo G, altura do rotor 25 m e otêcia omial de 800 kw) tem o maior fator de caacidade (0,46), orém outro modelo (modelo F, altura do rotor 9 m e otêcia omial de 000 kw) também se mostrou iteressate, ois tem um fator de caacidade aaliado em 0,400. Assim, a escolha etre as turbias F e G aida carece de aálises mais detalhadas. Neste caso, o critério do fator de caacidade idetificou as duas melhores turbias etre as sete turbias cadidatas. A artir deste resultado a defiição da melhor turbia dee seguir com a comaração dos custos e dos beefícios das turbias F e G. Para realizar está aálise comaratia deem ser

cohecidos os custos de istalação de cada modelo de turbia, a cura de carga da demada que será atedida e as dimesões da área destiada ao aroeitameto eólico (DODDAMANI & JANGAMSHETTI, 2008; HU & CHENG, 2007; WANG et al, 2009). Referêcias bibliográficas Amarate, O.A.C., Brower, M., Zack, J. e Sá, A.L., Atlas do Potecial Eólico Brasileiro, Cetro de Pesquisas de Eergia Elétrica, Brasília, 200. Cohe, A.C. (965), Maximum Likelihood Estimatio i th Weibull Distributio Based o Comlete ad o cesored samles., Techometrics,. 7,. 4, Noember, 579-588. Custódio, R.S., Eergia eólica ara a rodução de eergia elétrica, Rio de Jaeiro: Eletrobrás, 2009. Doddamai, S.S. e Jagamshetti, S.H.J. (2008), Ecoomic idex for selectio of wid turbie geerator at a site, ICSET. Goldemberg, J. e Villauea, L.D., Eergia, Meio Ambiete & Deseolimeto, Edus, 2ª edição, São Paulo, 200. Hu, S.Y. e Cheg, J.H. (2007), Performace ealuatio of airig betwee sites ad wid turbies, Reewable Eergy, 2, 94-947. Jagamshetti, S.H.J. e Rau, V.G. (999), Site matchig of wid turbie geerators: a case study, IEEE Trasactios o Eergy Coersio,. 4,. 4, December, 57-54. Jagamshetti, S.H.J.e Rau, V.G. (200), Otimum sitig of wid turbie geerators, IEEE Trasactios o Eergy Coseratio,. 6,., March,. 8-. Jauzzi, G.M. e SWISHER, J.N.P., Plaejameto itegrado de recursos eergéticos, Editora Autores Associados, Camias, 997. Jowder, F.A.L. (2009), Wid ower aalysis ad site matchig of wid turbie geerators i Kigdom of Bahrai, Alied Eergy, 86, 58-545. Pes, M.P., Guedes, M., Rosetto, J.G., Biazi, L.A., Guarieri,R.A., Martis, F. R., Pereira, E.B. e Schuch, N.J. (2005), Distribuição estatística dos etos a região de São Martiho da Serra or meio da fução de Weibull: dados de agosto de 2004 a julho de 2005. Ciêcia e Natura,. 27, 229-22. Piho, J.T., Samaio, G.F., Blasques, L.C.M. e Sila, A. (2006), Wid resource assessmet ad comaratie aalysis of differet wid turbies for electricity geeratio i the Brazilia coastal regios, Widower 2006. Martis, F.R., Pereira, E.B., Yamashita, C., Pereira, S.V. e Neto, S.L.M. (2005), Base de dados climático ambietais alicados ao setor eergético Projeto SONDA, XII Simósio Brasileiro de Sesoriameto Remoto. Martis, F.R., Guarieri, R.A., Chagas, R.C., Neto, S.L.M., Pereira, E.B., Adrade, E. e Thomaz, C. (2007), Projeto Soda Rede Nacioal de Estações ara coleta de dados meteorológicos alicados ao setor de eergia, I Cogresso Brasileiro de Eergia Solar. Sasigolo C. A. (2005), Distribuição de robabilidade de elocidade e otêcia do eto, Reista Brasileira de Metereologia, 20, 2, 207-24. Schmid, J. e Klei, H.P., Performace of Euroea wid turbies, Commissio of the Euroea commuities, Elseier, 99. Wag, L., Yeh, T.H., Lee, W.J. e Che, Z. (2009), Beefit ealuatio of wid turbie geerators i wid farms usig caacity-factor aalysis ad ecoomic-cost methods, IEEE Trasactios o Power Systems,. 24,. 2, May, 692-70. WWEA - World Wid Eergy Associatio, World Wid Eergy Reort 2009, March, 200. (www.wwidea.org/home/images/stories/worldwideergyreort2009_s.df,)