Universidade Federal de Pelotas Instituto de Química e Geociências Departamento de Bioquímica BÁSICA EM IMAGENS

Documentos relacionados
Outros terpenos. q Cada grama de gordura è 9 kcal. q Fonte de ácidos graxos essenciais q Maior reserva energética

os lipídeos não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica

Lipídios. Prof Karine P. Naidek Setembro/2016

QBQ Lipídeos e Membranas

Aula de Bioquímica I. Tema: Lipídeos. Prof. Dr. Júlio César Borges

Semana 4 Os Lipídeos. Os Lipídeos. Prof. Saul Carvalho. Substâncias pouco solúveis em água e extremamente solúveis em solventes orgânicos (acetona)

Profa. Alessandra Barone.

Lipídeos e Membranas Biológicas

Conceito. São um grupo heterogêneo de substâncias, amplamente distribuídas em animais e vegetais, cuja característica comum:

LIPÍDEOS, LIPÍDIOS OU LÍPEDOS AULA 3

BIOQUÍMICA. ácidos nucléicos, vitaminas. - Inorgânicos: água e sais minerais. - Orgânicos: lipídios, carboidratos, proteínas,

Lipídios. 1. Importância: 2. Lipídios de armazenamento: São as gorduras e óleos 25/11/2012. Aula 2 Estrutura de. Lipídios

LIPÍDEOS ESTRUTURAS QUÍMICAS BIOQUÍMICA. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Definição: Lipídios são substâncias solúveis em solventes apolares. Classes de Lipídios mais abundantes no ser vivo

22/11/2012 CONCEITO. - São compostos orgânicos heterogêneos (átomos de carbono), de origem animal ou vegetal.

Dra. Kátia R. P. de Araújo Sgrillo.

Metabolismo dos Lipídios

Fontes e Requerimentos de Gordura. Importância dos Lipídeos como Constituintes da Dieta. Importância dos Lipídeos como Constituintes da Dieta

Estrutura, classificação e propriedades dos lipídeos. Bioquímica e Metabolismo Animal Carla Maris Bittar

Funções biológicas variadas

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

MACRONUTRIENTES LIPÍDIOS

Introdução à Bioquímica. Lipídeos. Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física.. UNESP. www.

Definições básicas. Bom X Mau. Onde encontramos: São compostos orgânicos heterogêneos, de origem animal ou vegetal;

Bioquímica PROFESSOR GILDÃO

LIPÍDIOS, ÁCIDOS GRAXOS E FOSFOLIPÍDEOS

Prof André Montillo

LIPÍDIOS. vol. 04 e 06 frente A módulo 03

NOVAFAPI NUTRIÇÃO - BIOQUIMICA DA NUTRIÇAO PROFA: ANDRÉA FERNANDA LOPES DOS SANTOS ESTUDO DOS LIPÍDIOS

Membrana Plasmática Estrutura e Função

Lipídeos de importância fisiológica. Visão geral do metabolismo dos lipídeos. Fundamentos de Bioquímica em Peixes

Metabolismo de Lipídios. Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga

Bromatologia Mônica Cristine P Santos (Doutoranda) PPGAN - UNIRIO

09/05/2013. Izabelle Auxiliadora Molina de Almeida Teixeira Departamento de Zootecnia Estágio docência: Msc. Amélia K. Almeida

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

/belan.biologia. /fbelan. Carboidratos. Prof. Fernando Belan - CMCG

A química dos lipídios. Ácidos Graxos e Fosfolipídios

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Lipídeos

25/08/2009. Saturado (Animal) HDL LDL. Saturada (semi sólida) Hidrogenação. Mesmo conteúdo calórico

Definição: Lipídios são substâncias solúveis em solventes apolares. Classes de Lipídios mais abundantes no ser vivo

Os lípidos biológicos são um grupo variado de compostos que têm em comum a sua insolubilidade em água (apolares).

Biodisponibilidade de Lipídios. Prof. Dra. Léa Silvia Sant Ana UNESP - Botucatu Faculdade de Ciências Agronômicas

β -oxidação ADIPÓCITOS

Controle de qualidade físico-químico de alimentos fontes de lipídeos

Lipids E N V I R O. Hypertension. Obesity. Diabetes. Diet. Vascular disease Age E T I C. Smoking E N. Gender Family history T A L. Sedentary lifestyle

LIPÍDEOS, ÁCIDOS GRAXOS E FOSFOLIPÍDEOS

Metabolismo de Lipídeos. Profª Eleonora Slide de aula

Lípidos e proteínas como componentes das membranas biológicas

Lipídios simples (gorduras neutras)

Disciplina Biologia Celular. Profª Cristina Lacerda Soares Petrarolha Silva Curso de Agronomia FISMA / FEA

QUÍMICA MINERAL. Para continuarmos a aula, será necessária uma noção sobre reação de esterificação, ou seja, reação entre ácido e álcool.

Compostos orgânicos Lipídios. Professor Thiago Scaquetti de Souza

Bioquímica. Aula 02-Lipídios. alexquimica.blog. Prof: Alex

Química da Vida. Compostos Orgânicos

Conjunto muito heterogêneo de biomoléculas cuja característica distintiva, porém nao exclusiva em geral, é sua insolubilidade em água.

10/04/2014. Os lipídios são produto de reações orgânicas, portanto acontecem em organismos vivos. São também conhecidos como triglicerídeos.

Nutrientes. Leonardo Pozza dos Santos

BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011

Funções biológicas variadas

Lípidos. -) de pelo menos 8 átomos de carbono. Constitui uma excepção a esta regra o ácido butírico (C4) Exemplos:

Composição química. Profª Maristela. da célula

Prof André Montillo

BIOQUÍMICA CELULAR. Ramo das ciências naturais que estuda a química da vida. Prof. Adaianne L. Teixeira

As gorduras são triglicerídeos de cadeia média a longa contendo mais ácidos graxos saturados que os óleos.

Classificação LIPÍDIOS

Aula 9 A QUÍMICA DOS LIPÍDIOS

Membranas biológicas

Exercícios de Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos

Como as células são estudadas? Métodos de Estudo da Célula Biomoléculas:Estrutura e Função 28/03/2017. Microscópio. Robert Hooke (1665): Termo Célula

Bio. Monitor: Carolina Matucci

Maio/2014. Me. Aylan Kener Meneghine Doutorando em Microbiologia Agropecuária

Prof André Montillo

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. A química da vida Parte 3. Professor: Alex Santos

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I

UFABC Bacharelado em Ciência & Tecnologia

BÁSICA EM IMAGENS. Aminoácidos, peptídeos e proteínas

BIOLOGIA Biologia Molecular 1ª parte

Química D Extensivo V. 6

Disciplina HNT Composição dos alimentos. Gabarito Lista de exercícios Lipídeos

Lipídeos, Membranas e Transporte

ALIMENTOS FONTE DE LIPÍDEOS

Constituintes básicos de uma célula - Biomoléculas. Biomoléculas

STRYER, L.; TYMOCZKO, J.L.; BERG, J.M.

Fundamentos da Bioquímica I: Água, a Molécula que viabilizou a vida terrestre. Água: Aspectos estruturais e físicoquímicos

Cap. 3: Componentes orgânicos celulares As moléculas energéticas. Equipe de Biologia

Bioquímica I. Profa Eduarda de Souza

farmácia Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E mail:

Constituintes químicos dos seres vivos

CH 2 H H. β-galactose α-frutose β-ribose (gomas das plantas, parte pegajosa) (açúcar das frutas) (parte do RNA, ácído ribonucléico) H 4.

BIOLOGIA MOLECULAR. Água, Sais Minerais, Glicídios e Lipídios. Biologia Frente A Laís Oya

De onde vem essa energia?? Como a célula obtém essa energia??

Classes de Lipídeos. I. Ácidos Graxos: Estrutura

DISLIPIDEMIAS PROF. RENATA TORRES ABIB BERTACCO FACULDADE DE NUTRIÇÃO - UFPEL

Membranas Biológicas

Metabolismo de Lipídios

Lipídeos. Carboidratos (Açúcares) Aminoácidos e Proteínas

Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Morfologia Biologia Celular BIOMEMBRANAS

Biologia 1 IFSC Módulo 1 - A Ciência e os Blocos Construtores da Vida. Parte 4: Gorduras. Professor: Iury de Almeida Accordi

Transcrição:

Universidade Federal de Pelotas Instituto de Química e Geociências Departamento de Bioquímica 03 BÁSICA EM IMAGENS - um guia para a sala de aula Lipídeos

Hierarquia estrutural na organização molecular das células Nível 4: Célula e organelas Nível 3: Complexos Supramoleculares Nível 2: Macromoléculas Nível 1: Unidades Monoméricas Cromossomos DNA Nucleotídeos Membrana Plasmática Aminoácidos Proteínas Celulose Lipídeos Parede Celular Glicídeos

1. Introdução lipídeos Conceito Características APOLARIDADE HIDROFÓBICAS Solubilidade

Principais funções lipídeos Lipídeo Glicerol Ác. Graxo Membrana Fosfolipídeo Citoplasma Reserva de Energia Isolamento térmico Mitocôndria Bicamada lipídica Estrutural Outras funções dos lipídeos - Proteção e impermeabilização - Transporte de elétrons - Regulação do metabolismo - Componentes de moléculas complexas

Principais funções lipídeos

lipídeos Classificação a) Ácidos graxos b) Lipídeos Complexos Acilgliceróis Fosfoacilgliceróis Esfingolipídeos Ceras c) Lipídeos Simples Terpenos Esteróides Eicosanóides

lipídeos Classificação - Lehninger Lipídeos de armazenamento Lipídeos de membrana Fosfolipídeos Glicolipídeos Triacilgliceróis Glicerolipídeos Esfingolipídeos Esfingolipídeos AG AG Glicerol AG AG Glicerol Esfingosina Esfingosina AG AG AG álcool colina Mono ou oligossacarídio

2. Ácidos Graxos lipídeos Conceito Características Cauda apolar Cabeça polar Ácido graxo

2.1. Classificação ácidos graxos a) Quanto ao tipo de ligação (C-C) ID Saturados Insaturados n C presença, n e posição ligas simples Monoinsaturados 1 Poliinsaturados 2 ou mais b) Quanto à síntese (animais) Essenciais Não essenciais Poliinsaturados linoléico (ω-6) linolênico (ω-3) Saturados Monoinsaturados Palmítico, esteárico, oléico

ácidos graxos AGs Saturados e insaturados Grupo carboxila Cadeia hidrocarbonada

ácidos graxos 2.2. Exemplos, nomenclatura e fontes Exemplos Araquídico 20:0 Esteárico 18:0 Erúcico 22: 1 13 Oléico 18: 1 9 Palmítico 16:0 Araquidônico 20: 4 5,8,11,14 Linoléico 18: 2 9,12 Linoléico 18: 3 9,12,15

Exemplos Nome do AG Fórmico Acético Propiônico Butírico Valeriânico Capróico Caprílico Cáprico Láurico Mirístico Palmítico Esteárico Oléico Linoléico Linolênico Araquídico Araquidônico Behenico Erúcico Lignocérico Nervônico N de C n posição ligas duplas ID Não estão presentes nos lipídeos complexos + comuns 16-18C 8-32 C > 200 AGs ácidos graxos Essenciais na nutrição humana

ácidos graxos Nomenclatura a) Nome usual (numeração α) Ácido palmítico 16:0 Ácido oléico 18: 1 9 Ácido linoléico18: 2 9,12 Ácido linolênico 18: 3 9,12,15 b) Nome sistemático Ácido n-hexadecanóico Ácido cis-9-octadecenóico Ácido cis-cis-9-12- octadecatrienóico Ácido all-cis-9-12-15- octadecatrienóico c) Nome conforme a numeração ω ω 3 ω 6

ácidos graxos Fontes Saturados gordura de origem animal (manteiga, carnes, queijos, creme de leite) óleo de palma óleo de coco Mono insaturados nozes, castanhas, amendoim azeite de oliva óleo de canola Poli insaturados linoléico (ω-6) óleos vegetais (soja, algodão, girassol, linhaça e milho) linolênico (ω-3) peixes marinhos de região geladas e profundas (bacalhau, salmão e sardinhas)

ácidos graxos Fontes Composição em AGs ác idos de óleos graxos e dos gorduras dif erentes de diferentes óleos e gordu origens ras utilizados no consumo humano e de uso industrial Fonte Gordura (óleo ou óleo ou gordura) Canola Cártamo Azeite Amendoim Banha 1 12 Gordur a Bovina Coco 14 33 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% colesterol Saturada Ômega-6 Ômega-3 Monoinsatura da

ácidos graxos Fontes Animais Percentagem aproximada de AGs em alguns óleos e gorduras comuns Saturados Insaturados Manteiga Toucinho Gordura humana Óleo de baleia Vegetais Milho Semente de algodão Semente de linho Oliva Amendoim Girassol Gergelim Soja Ponto de fusão C Láurico Mirístico Palmítico Esteárico Oléico Linoléico Linolênico

2.3. Propriedades físicas dos AGs ácidos graxos a) Solubilidade Moléculas anfipáticas Cauda apolar Cabeça polar Importância: membranas Micelas

ácidos graxos Solubilidade Lipídeos polares em sistemas aquosos formam as seguintes estruturas: Representação de uma molécula de AG Cabeça hidrofílica Cauda hidrofóbica Película superficial de AGs

ácidos graxos Solubilidade Lipídeos polares em sistemas aquosos formam as seguintes estruturas: Unidades individuais em forma de cunha (seção transversal da cabeça é maior que a da cadeia lateral) Unidades individuais são cilíndricas (seção transversal da cabeça é igual à da cadeia lateral) Bicamada Micela Cavidade aquosa Lipossomo

N C Ácidos Graxos Nome comum Nome sistemático Estrutura ácidos graxos Ponto de fusão C Saturados Láurico Mirístico Dodecanóico Tetradecanóico b) Ponto de fusão Insaturados Palmítico Esteárico Araquídico Palmitoléico Oléico Linoléico Linolênico Hexadecanóico Octadecanóico Eicosanóico cis-9-hexadecanóico cis-9-octadecanóico cis,cis,9,12- Octadecadienóico todo cis-9,12,15- Octadecatrienóico Araquidônico EPA todo cis-5,8,11,14- Eicosatetraenóico todo cis-5,8,11,14,17- Eicosapentaenóico

ácidos graxos Ponto de fusão Pontes de H Forças de Van der Waals Formação de pontes de H e forças de Van der Waals entre moléculas de AGs saturados

ácidos graxos Ponto de fusão AGs Saturados Mistura de AGs saturados e insaturados

ácidos graxos Ponto de fusão Animais Percentagem aproximada de AGs em alguns óleos e gorduras comuns Saturados Insaturados Manteiga Toucinho Gordura humana Gordura de baleia Vegetais Milho Semente de algodão Semente de linho Oliva Amendoim Girassol Gergelim Soja Ponto de fusão C Láurico Mirístico Palmítico Esteárico Oléico Linoléico Linolênico

ácidos graxos 2.4. Propriedades químicas dos AGs a) Saponificação Detergência (fenômeno de estabilização de emulsões) AG: insolúvel em água ácido + base forte sal + H 2 0 sabão: solúvel em água Detergentes: substâncias capazes de estabilizar emulsões de moléculas apolares em meios polares

ácidos graxos b) Hidrogenação (H 2 ) H 3 C (H 2 C) n H 2 C HC HC C H 2 H 3 C (H 2 C) n H 2 C HC HC C H H O OH O OH c) Halogenação (I 2 ) Halogenação (I 2 ) H 3 C (H 2 C) n H 2 C HC HC C H 3 C (H 2 C) n H 2 C HC HC C I I I 2 O OH OH

ácidos graxos d) Oxidação (O 2 ) direta H 3 C (H 2 C) n H 2 C HC HC C R O 2 peróxidos R HC HC C O O O OH O OH aldeídos R C H O substâncias aldeídicas O ácidas C C O H OH ácidos R C OH O O HO diácidos C C O OH

ácidos graxos d) Oxidação (O 2 ) indireta R C β α C C C C 1 O O OH R C O β α C C C C 1 O OH R C C C C cetonas CO 2

2.5. AGs cis e trans ácidos graxos Isômero cis Região apolar Região polar Liga dupla cis- 9 COOH dissociado em ph fisiológico Oleato (18:1;9) (a) Representação completa (modelo bola e bastão) (b) Representação simplificada Estrutura do Ácido oléico

3. Lípídeos complexos lipídeos TAGs EsfLs FAGs Ceras

3.1. Acilgliceróis lipídeos Conceito Tipos MAG glicerol Triacilglicerol DAG ácido graxo TAG Esterificação

3.1.1. Triacilgliceróis TAGs lipídeos Conceito Função glicerol glicerol triacilglicerol 1-estearoil,2-linoleoil, 3- palmitoil glicerol

Adipócito triacilgliceróis

Classificação a) quanto à composição em AG α triacilgliceróis Glicerol Ácido graxo saturado (palmítico) Ácido graxo saturado (palmítico) + H 2 O β α' ID Ácido graxo saturado (esteárico) + H 2 O - Tipo de AG - Posição no glicerol esterificado Molécula de TAG Ácido graxo monoinsaturado (oléico) + H 2 O TAGs complexos: R = R' R'' R R' = R'' R R' R'' Ex: R= R' ác.palmítico e R'' = ác. oléico α, α' dipalmitato β oleato de glicerina TAGs simples: R = R' = R'' Ex: se R = ácido palmítico: tripalmitoilglicerol ou tripalmitina

Classificação triacilgliceróis b) quanto ao estado físico em temperatura ambiente (PF) Sólidos (gorduras) Líquidos (óleos) Semi-Sólidos

triacilgliceróis Estado físico físico em temperatura ambiente (PF) Animais Percentagem aproximada de AGs em alguns óleos e gorduras comuns Saturados Insaturados Manteiga Toucinho Gordura humana Gordura de baleia Vegetais Milho Semente de algodão Semente de linho Oliva Amendoim Girassol Gergelim Soja Ponto de fusão C Láurico Mirístico Palmítico Esteárico Oléico Linoléico Linolênico

triacilgliceróis Estado físico em temperatura ambiente (PF) Composição em ácidos graxos de três gorduras alimentares naturais Estado físico à Ácidos graxos (%)** temperatura ambiente (25 C) Saturados Insaturados Óleo de oliva C 4 -C 12 C 14 C 16 C 18 C 16 + C 18 Líquido <2 <2 13 3 80 Manteiga Sólido (macio) 11 10 26 11 40 Gordura bovina Sólido (duro) <2 <2 29 21 46 * Misturas de TAGs, diferindo em suas composições em AG, e portanto em seus PF ** % do total de AGs

triacilgliceróis Estado físico em temperatura ambiente (PF) Muitos alimentos são misturas de triacilgliceróis C 16 e C 18 saturados C 16 e C 18 insaturados C 4 a C 14 saturados composição em AG Ácidos graxos (% do total) PF Óleo de oliva, líquido Manteiga, sólido macio Banha, sólido duro TAGs naturais a 25 C

triacilgliceróis Hidrólise ácida de TAGs (total) TAG Glicerol 3 AGs

Hidrólise ácida de TAGs (parcial) triacilgliceróis Mono- AcilGlicerol MAG glicerol OH OH + 2 AGs ácido graxo Di- AcilGlicerol DAG glicerol OH + 1 AG ácido graxo

Hidrólise alcalina de TAGs (total) triacilgliceróis TAG NaOH O - Na + O - Na + Glicerol O - Na + Sais de AGs

3.2. Fosfoacilgliceróis lipídeos Conceito Função Glicerol Cabeça polar (Grupo fosfato) Local para esterificação do grupo alcóolico colina etanolamina glicerol Unidade básica AG insaturado AG saturado Ácido Fosfatídico Caudas apolares (AGs)

Principal característica estrutural fosfoacilgliceróis Caudas apolares (AGs) Substituinte Cabeça polar (Grupo fosfato + substituinte) Glicerol Os FAG comuns são DAG unidos a grupos cabeça alcóolicos através de ligações fosfodiéster

Exemplos AG saturado AG insaturado fosfoacilgliceróis Glicerol Ác. fosfatídico Fosfatidiletanolamina Etanolamina Fosfatidilcolina Fosfatidilserina Fosfatidilglicerol Fosfatidilinositol 4,5-bisfosfato Grupo cabeça substituinte Nome do FAG Nome de X Fórmula de X Carga líq. (ph 7) Cardiolipina Colina Serina Glicerol Inositol 4,5- bisfosfato Fosfatidilglicerol X derivado de um álcool

Exemplos fosfoacilgliceróis Colina Fosfatidilcolina Caudas apolares Cabeça polar Fosfato Glicerol Liga dupla cis

fosfoacilgliceróis Exemplos ÁCIDO FOSFÓRICO COLINA GLICEROL ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS cabeça hidrófila cauda hidrofóbica Hidrófila Copyright 2008 Hidrofóbica Chaves & Mello-Farias ISBN 978-85-7192-387-4

Disposição na membrana plasmática fosfoacilgliceróis Colina Grupo PO 4 Glicerol Ácidos Graxos Água Cabeça hidrofílica Cauda hidrofóbica (a) Fosfolipídeo (b) Bicamada de fosfolipídeo

fosfoacilgliceróis Disposição na membrana plasmática cabeça hidrofílica polar molécula de colesterol cauda hidrofóbica apolar molécula de fosfoacilglicerol aumentada

3.3. Esfingolipídeos lipídeos álcool - de 18C -aminadono C 2 -insaturado Unidade básica Ácido Graxo Ceramida Esfingosina +ÁG ligado ao NH 2 do C 2 por ligação amida Conceito Função a um DAG 2 caudas apolares 1 cabeça polar Principal característica estrutural

Esfingolipídeo (estrutura geral) Esfingosina Àcido Graxo esfingolipídeos X grupo cabeça substituinte Esfingolipídeo Nome de X Fórmula de X Ceramida Exemplos Esfingomielina Fosfocolina Glicosilcerebrosídio (um glicolipídeo neutro) Glicose Lactosilceramida (um globosídio) Di, tri ou tetrassacarídio Gangliosídio Oligossacarídio complexo

esfingolipídeos Exemplos (fosfocolina)

Sub-classes esfingolipídeos a) b) c)

esfingolipídeos Exemplos Oligossacarídeos de esfingolipídeos são diferentes nos grupos sangüíneos O, A e B.

lipídeos de membrana Fosfatidilcolina (Fosfoacilglicerol) Esfingomielina (Esfingolipídeo)

lipídeos de membrana Grupo cabeça hidrofílico Micela lipídica Cauda hidrofóbica Bicamada lipídica

lipídeos de membrana Fosfatidilcolina Fosfatidiletanolamina Colesterol

lipídeos de membrana Domínio lipídico desprovido de proteínas Domínio lipídico fluido com proteínas de membrana agregadas Cadeias laterais de oligossacarídeos de glicoproteínas Exterior da célula Plano central da bicamada lipídica Bicamada lipídica Interior da célula (citoplasma) Proteína periférica de membrana Proteína integral de membrana Proteína periférica de membrana Proteína ancorada a lipídeo

3.4. Ceras lipídeos Conceito Funções Álcool miricílico (Triacontanol) Ácido palmítico ESTERIFICAÇÃO Palmitato do miricila (Triacontanol palmitato) principal componente de cera de abelha

Exemplos ceras

lipídeos 4.1.Terpenos Conceito Funções Isopreno Geraniol (feromômio) Exemplos Fitol (clorofila) Esqualeno (colesterol) β-caroteno (pró-vitamina A) Copyright 2008 Chaves & Mello-Farias ISBN 978-85-7192-387-4

terpenos Exemplos

Exemplos terpenos Fitol (clorofila)

Exemplos terpenos timol (bergamotas) citral (limão) eugenol (plátano) vanilina (baunilha) Substâncias odoríferas

Exemplos terpenos Vit E Vit K Vitaminas lipossolúveis A, E, K Quinonas: ubiquinona, plastoquinona Borracha (politerpeno)

terpenos Classes Classificação dos terpenos N C Classificação N C Classificação monoterpenos sesterterpenos sesquiterpenos triterpenos diterpenos tetraterpenos

4.2. Esteróides lipídeos Conceito Estrutura básica geral CICLOPENTANO PERIDROFENANTRENO ESTERÓIS Funções Reg. do metabolismo Comp. de membranas Metab. de lipídeos HORMÔNIOS SUPRA RENAIS Estrutura básica HORMÔNIOS SEXUAIS Estrutura básica Exemplos

esteróides Exemplos

esteróides Exemplos Hormônios sexuais Testosterona (testículo) Estradiol (ovário e placenta) Hormônios córtex adrenal Cortisol (reg. met. glicídios) Aldosterona (reg. excr. salina) Drogas antiinflamatórias Prednisolone Prednisone

esteróides Exemplos Cadeia lateral alquila Cabeça polar Colesterol Núcleo esteróide

Frações de lipoproteínas esteróides Tipo Densidade g/ml Proteínas % TAGs % Fosfolipídeos % Colesterol % Quantidades relativas de TAGs e proteínas Quilomícrons Densidade muito baixa (VLDL) Densidade baixa (LDL) Densidade alta (HDL)

Frações de lipoproteínas 50-200 nm 28-70 nm Quilomícrons Densidade muito baixa (VLDL) 20-25 nm 8-11 nm Densidade baixa (LDL) Densidade alta (HDL) esteróides

4.3. Eicosanóides lipídeos Conceito Classes *

eicosanóides Exemplos

eicosanóides Classes, estrutura e funções Prostaglandinas Tromboxanas Leucotrienos - anel de 5 C (C8-C12) - anel de 6 átomos com 1 grupo éter (oxigênio) 3 = conjugadas regulam: -contração de músculo liso -fluxo sangüíneo em alguns órgãos -ciclo de sono -sensibilidade de tecidos a outros hormônios -síntese de camp - participam na coagulação sangüínea e reduzem o fluxo de sangue ao sítio do coágulo. - poderosos sinalizadores biológicos; - secretados por leucócitos; - contração de músculo liso nos dutos de pulmão; - a superproducão de leucotrienos pode causar ataques asmáticos e alergias contra drogas como penicilina e venenos como a apitoxina.

5. Resumo lipídeos

5. Resumo lipídeos