LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 277 Junho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

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5 de dezembro de 2014/ nº 24

PREÇO AO PRODUTOR ATINGE NOVO RECORDE; CENÁRIO INDICA MUDANÇA NA TENDÊNCIA

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COM ESTOQUES ALTOS, PREÇO AO PRODUTOR RECUA FORTES 4%

O Mercado de grãos. Em meio à alta do dólar e incertezas econômicas e clima. Rafael Ribeiro Zootecnista, mestrando em Administração

CONJUNTURA ECONÔMICA

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 14 - Nº170 - Setembro de 2008

Transcrição:

BOLETIM DO LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 24 nº 277 Junho - 2018 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP JUNHO 2018

Por Natália Grigol Baixa oferta e desabastecimento no pós-greve sustentam movimento de alta LEITE AO PRODUTOR A greve dos caminhoneiros no final de maio estabeleceu um novo marco em termos de perspectivas para o setor lácteo. Antes, ainda havia dúvidas sobre a continuidade da valorização do leite ao produtor em junho e julho, por conta da demanda enfraquecida. Após a paralisação, no entanto, a expressiva diminuição da oferta já vem pesando no processo de formação de preços no campo e deve garantir a sustentação do movimento altista nos próximos meses. O bloqueio de rodovias e o desabastecimento de combustíveis prejudicaram o fornecimento de insumos para a produção e também o transporte do leite para as indústrias. Assim, a oferta no campo, já impactada pelo clima desfavorável, foi ainda mais reduzida com o descarte de leite no campo. Em recente estudo, o Rabobank estimou que a captação recuou 20% no País apenas em maio, o que deve diminuir a oferta em 6% no segundo trimestre, na comparação anual. Em relação ao mesmo período de 2017, o banco estima queda de 9%. Sem matéria-prima, as atividades industriais estiveram limitadas ou suspensas entre o final de maio e início de junho. Ao longo dos 11 dias de paralisações, o transporte de derivados para os canais de distribuição e as negociações também foram significativamente comprometidos. Como resultado, os estoques tanto da indústria como do varejo se reduziram expressivamente e de forma homogênea. Ou seja, no pós-greve, as empresas tiveram que lidar com a situação conjunta de desabastecimento, produção limitada, matéria-prima cara e esvaziamento de estoques, fatores que impulsionaram as cotações dos derivados entre o final de maio e a primeira quinzena de junho mesmo diante da demanda enfraquecida. Apenas nos últimos 15 dias úteis (de 25/05 a 15/06), o preço do leite UHT (longa-vida) comercializado entre indústrias e atacado do estado de São Paulo registrou alta acumulada de 29,3%, saltando de R$ 2,45/litro para R$ 3,15/l. O aumento expressivo nos valores ocorreu como única saída para as empresas recomporem seus estoques e poderem, assim, normalizar seus negócios o que deve ocorrer até o final de junho. Vale lembrar que as negociações do UHT servem como termômetro para o setor, visto que o derivado é um importante formador de preços do leite no campo. Segundo agentes de mercado, a diminuição da produção e a necessidade das empresas em recompor estoques de lácteos elevaram ainda mais a competição de laticínios para garantir o fornecimento de matéria-prima antes do pico da entressafra. Desse modo, o preço do leite ao produtor deve registrar a quinta alta consecutiva em junho, podendo, inclusive, superar o maior preço verificado em 2017. Mesmo com o início da safra no Sul do País, a pressão da baixa oferta para os próximos meses ainda é forte, tento em vista o atraso das chuvas no Sul, a elevação dos preços dos grãos e o grande número de produtores que deixaram a atividade no último ano. Além disso, o racionamento da dieta dos animais, por conta da escassez de insumos durante a greve, também pode comprometer o funcionamento fisiológico dos animais, os picos de lactação e a produtividade nos próximos meses. Assim, é possível que a menor oferta continue a pesar na precificação do leite e sustente a valorização também em julho. Mas é importante lembrar: o poder de compra do consumidor segue enfraquecido diante da estagnação econômica. Isso significa que a absorção das recentes altas ocorreu em função do cenário crítico de desabastecimento, mas sua continuidade é bastante incerta depois da normalização dos negócios e reabastecimento de estoques e gôndolas. Diante disso, é possível que a estabilidade que antecede a queda de preços tipicamente observada em setembro possa, neste ano, se adiantar. EXPEDIENTE Equipe Leite: Natália Salaro Grigol - Pesquisadora do Projeto Leite Equipe de Apoio Caio Monteiro, Ana Carolina Vettorazzi e Munira Nasrrallah, Ivan Barreto e Juliana Cristina dos Santos Editora Executiva: Natália Salaro Grigol Pesquisadora do Projeto Leite Jornalista Responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 Editores Científicos: Prof. Geraldo Sant Ana O Boletim do Leite pertence ao CEPEA - Centro de Estudos Avançados Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos de Camargo Barros e Prof. Sergio De Zen em Economia Aplicada - ESALQ/USP Equipe de Apoio André Sanches, Débora Kelen Pereira da Silva, Revisão: A reprodução de conteúdos publicados neste informativo é permitida Isabela Rossi, Carolina 2 Sales, Raphaela Spolidoro, Márcia Ferreira, Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea Sarah Lima, Marcella Rena e Alexia Mayra de Oliveira CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA e APLICADA a devida data - ESALQ/USP de publicação. Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 Contato: (19) 3429-8834 leicepea@usp.br Endereço para correspondência: Av. Centenário, 1080 Cep: 13416-000 Piracicaba/SP

Tabela 1 - Índice de Captação do Leite do Cepea (ICAP-L) VARIAÇÃO MENSAL NA CAPTAÇÃO abr-17-1,10% mai-17 0,76% jun-17 6,81% jul-17 4,42% ago-17 4,92% set-17 4,11% out-17-1,76% nov-17 1,32% dez-17 0,23% jan-18-2,17% fev-18-1,22% mar-18-7,22% abr-18-1,46% Acumulado dos 12 meses 7,01% Acumulado 2018-11,65% Gráfico 1 - Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/18) 1,65 MÉDIA BRASIL PONDERADA LÍQUIDA (BA, GO, MG, SP, PR, SC, RS) VALORES REAIS - R$/LITRO (Deflacionados pelo IPCA de maio/18) 1,55 1,45 R$/Litro 1,35 1,25 1,15 1,05 0,95 Maio/18 1,2545 2015 Média 2005 a 2017 2017 2016 2014 0,85 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 3

Tabela 2 - Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em ABRIL/18 referentes ao leite entregue em MARÇO/18 RS SC PR SP MG GO BA Preço Bruto Inclusos frete e CESSR (ex-funrural) Preço Líquido Mesorregião MÍnimo Médio Máximo Mínimo Médio Máximo % % Noroeste 1,2171 1,3566 1,6073 1,0911 1,2286 1,4738 11,24% 12,28% Centro-Oriental 1,1596 1,1996 1,2453 1,0648 1,1042 1,1492 3,52% 4,86% Média Estadual - RS 1,1801 1,3143 1,5375 1,0614 1,1936 1,4122 9,83% 10,35% Oeste Catarinense 1,0910 1,3220 1,4803 0,9918 1,2193 1,3753 8,97% 8,91% Norte Catarinense/Vale do Itajaí 0,9169 1,1993 1,3554 0,7907 1,0689 1,2227 7,94% 5,60% Média Estadual - SC 1,0917 1,3129 1,4634 0,9910 1,2089 1,3571 8,56% 8,38% Centro Oriental Paranaense 1,1767 1,3725 1,3606 1,0987 1,2915 1,2784 1,65% 0,06% Oeste Paranaense 1,1110 1,3106 1,3932 1,0513 1,2480 1,3295 7,46% 9,66% Norte Central Paranaense 1,3117 1,4202 1,6015 1,1623 1,2692 1,4478 10,29% 11,27% Sudoeste Paranaense 1,2522 1,4015 1,5144 1,1247 1,2718 1,3831 8,10% 8,07% Média Estadual - PR 1,2057 1,3503 1,4379 1,1029 1,2454 1,3316 6,47% 6,55% São José do Rio Preto 1,1894 1,3990 1,5141 1,0759 1,2824 1,3958 5,18% 5,18% Campinas 1,2604 1,4616 1,5499 1,1197 1,3180 1,4050 6,61% 7,05% Vale do Paraíba Paulista 1,2836 1,3919 1,4555 1,2125 1,3191 1,3818 5,44% 5,43% Média Estadual - SP 1,2255 1,3810 1,4793 1,1251 1,2783 1,3752 6,60% 7,10% Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba 1,2783 1,5084 1,6855 1,1489 1,3757 1,5501 9,79% 8,29% Sul/Sudoeste de Minas 1,2278 1,4103 1,5186 1,1218 1,3016 1,4083 5,99% 5,85% Vale do Rio Doce 1,2089 1,3182 1,4091 1,0911 1,1988 1,2884 4,50% 3,87% Metropolitana de Belo Horizonte 1,2069 1,3865 1,5881 1,0999 1,2768 1,4754 6,30% 6,56% Zona da Mata 1,2051 1,3367 1,4299 1,0793 1,2090 1,3009 8,36% 8,33% Média Estadual - MG 1,2453 1,4127 1,5623 1,1257 1,2907 1,4381 7,15% 6,77% Centro Goiano 1,3261 1,4071 1,5720 1,2037 1,2835 1,4460 10,31% 10,82% Sul Goiano 1,2266 1,3906 1,5744 1,1038 1,2653 1,4464 5,05% 5,37% Média Estadual - GO 1,2492 1,3962 1,5611 1,1260 1,2708 1,4333 7,28% 7,67% Centro Sul Baiano 1,1150 1,2165 1,2673 1,0000 1,1000 1,1500 6,98% 7,51% Média Estadual - BA 1,3191 1,3218 1,3298 1,1926 1,1952 1,2031 - - MÉDIA NACIONAL - Ponderada 1,2142 1,2866 1,3445 1,0696 1,1414 1,1979 7,12% 8,56% Var% Bruto Var% Líquido LEITE AO PRODUTOR Tabela 3 - Preços em estados que não estão incluídos na média Brasil RJ, MS, ES e CE RJ MS ES CE Sul Fluminense 1,0164 1,2362 1,3606 0,9667 1,1808 1,3028 1,47% 1,43% Centro 1,2952 1,4216 1,4510 1,1732 1,2977 1,3267 7,85% 6,22% Média Estadual - RJ 1,1121 1,2835 1,3713 1,0354 1,2035 1,2898 6,31% 5,89% Leste 0,8420 1,0280 1,1151 0,7354 0,9187 1,0045-3,68% -2,36% Sudoeste 1,0711 1,2392 1,3811 0,9253 1,0909 1,2313 5,82% 7,92% Média Estadual - MS 0,9840 1,1472 1,2813 0,8489 1,0096 1,1420 1,73% 2,85% Sul Espírito-santense 1,1574 1,3073 1,4639 1,0725 1,2202 1,3745 12,39% 12,30% Média Estadual - ES 1,1315 1,3320 1,4586 1,0230 1,2205 1,3453 6,26% 7,60% Sertões Cearenses 1,1572 1,2740 1,3591 1,1093 1,2244 1,3082-0,45% -1,30% Metropolitana de Fortaleza 1,2029 1,3285 1,3682 1,1827 1,3064 1,3455-0,04% -0,04% Centro Sul Cearense 1,0716 1,1535 1,2763 1,0537 1,1344 1,2554 0,01% 0,05% Média Estadual - CE 1,1376 1,2775 1,3512 1,0922 1,2300 1,3026-1,28% -1,61% 4

Por Munira Nasrrallah Após três meses de alta, UHT recua em maio Após três meses de altas consecutivas no mercado atacadista de São Paulo, o preço do leite UHT recuou 0,38% entre abril e maio, fechando a R$ 2,3986/litro, em média, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de maio/18) frente a maio de 2017, a baixa é de 10,77%. Os dados foram levantados por meio das pesquisas diárias realizadas pela equipe do Cepea com o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). De acordo com colaboradores do Cepea, na primeira quinzena de maio, os preços começaram a recuar, devido à baixa demanda pelo leite longa vida. Assim, a prática de promoções ganhou força e a concorrência entre empresas aumentou. Na segunda quinzena, os preços continuaram em queda, devido à paralisação dos caminhoneiros, que comprometeu tanto o fornecimento de matéria-prima quanto o transporte de derivados nos canais de distribuição, travando as negociações. Quanto ao queijo muçarela, o preço permaneceu em alta pelo terceiro mês consecutivo, fechando a R$ 16,88/kg, em média, em valores reais, elevação de 6,97% quando comparada ao valor de abril/18 e de 3,69% frente a maio/17. A baixa oferta de matéria-prima no campo e a procura aquecida levou ao cenário de aumento nas cotações. A pesquisa quinzenal de derivados lácteos também verificou a valorização dos queijos em maio, com aumento de 2,81% no preço da muçarela e 2,25% no do queijo prato, em relação ao mês anterior, fechando a R$ 16,09/kg e R$ 16,59/kg, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de maio/18), respectivamente - considerando-se a média nacional (inclui GO, MG, PR, RS e SP). Para os outros derivados, houve variações menores que 1%. DERIVADOS Variações em termos reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2018) Cotação diária - atacado do estado de São Paulo Média de preços em maio/18 Fonte: Cepea-Esalq/USP e OCB. Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias. Variação (%) em relação a abril/18 Variação (%) em relação a maio/17 Leite UHT R$ 2,40/litro -0,38% -10,77% Queijo muçarela R$ 16,88/kg 6,97% 3,69% Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados no mercado atacadista e as variações no mês de maio em relação a abril de 2018 Produto GO MG PR RS SP Média Brasil Abr Mai % Abr Mai % Abr Mai % Abr Mai % Abr Mai % Abr Mai % Leite pasteurizado 2,24 2,23-0,79% 1,96 1,95-0,63% 1,90 1,91 0,30% 2,32 2,29-1,18% 2,26 2,28 0,85% 2,14 2,13-0,30% Leite UHT 2,51 2,49-0,75% 2,28 2,29 0,23% 2,42 2,42 0,05% 2,38 2,44 2,52% 2,39 2,43 1,68% 2,40 2,41 0,73% Queijo prato 17,15 17,34 1,15% 19,38 19,69 1,62% 14,79 15,33 3,66% 15,03 15,48 3,03% 16,61 16,96 2,15% 16,59 16,96 2,25% Leite em pó int.(400g) 13,99 14,42 3,03% 16,03 15,59-2,72% 14,59 14,21-2,60% 15,62 15,36-1,67% 13,94 14,13 1,33% 14,83 14,74-0,63% Manteiga (200g) 24,37 24,69 1,33% 24,90 25,31 1,63% 23,05 23,27 0,95% 23,99 24,11 0,52% 25,72 25,44-1,13% 24,41 24,56 0,64% Queijo muçarela 15,78 16,32 3,43% 17,50 18,38 5,00% 15,53 15,13-2,61% 16,04 16,11 0,43% 15,59 16,77 7,57% 16,09 16,54 2,81% Nota: Valores reais, deflacionados pelo IPCA de maio/2018. 5

Exportação tem volume mais baixo desde 2010 Por Ana Vettorazzi, Laura Medeiros e Juliana Santos Em maio, o volume de lácteos vendido pelo Brasil ao mercado internacional chegou ao menor patamar desde 2010, totalizando 2,4 milhões de litros em equivalente leite. Entre abril e maio, a baixa é de 55,1% e, frente a maio de 2017, de 65,4%. Os embarques mais baixos são resultado da menor produção brasileira de leite, intensificada pelo início da entressafra, além do desestímulo de produtores frente aos baixos preços no início de 2018. Os lácteos mais exportados pelo Brasil foram os queijos, com 52,8% de participação no total, seguidos do leite condensado, com 41,1%. Os principais destinos dos produtos brasileiros foram o Chile, Paraguai e Rússia, com participações de 22,3%, 20,1% e 13,8%, respectivamente. Em contrapartida, a Argentina, que normalmente está entre os principais compradores de lácteos do Brasil, ficou em novo lugar em maio, com apenas 3,8%. Quanto às importações, o Brasil adquiriu 102 milhões de litros em equivalente leite em maio, 13,8% maior Tabela 1 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ - MAIO/18 Produto Volume (mil litros de leite) Maio/18 - Abril/18 Participação no total importado em maio/18 Maio/18 - Maio/17 Total 101.789 13,8% - -14,9% Leite em pó (integral e desnatado) 76.812 15,1% 75,5% -8,5% Queijos 22.701 10,3% 22,3% -31,5% Manteiga 777-31,7% 0,8% -60,8% Leite modificado 1.402 53,4% 1,4% 438,9% Total acumulado jan-mai/2018 frente ao mesmo período de 2017: -35,3% do que em abril, mas 14,9% menor do que em maio de 2017. Os principais produtos importados continuaram sendo o leite em pó, com 75,5% de participação no total e os queijos, com 22,3%. A Argentina e o Uruguai continuaram liderando as vendas de lácteos ao Brasil, com 50,3% e 40,7% de representação no total, respectivamente. A importação de leite em pó aumentou 15,1% se comparado a abril, mas recuou 8,5% frente a maio do ano passado. As compras brasileiras de queijos, por sua vez, foram 10,3% maiores em relação às do mês anterior; porém, estiveram 31,5% menores em relação a maio de 2017. Assim, considerando-se as importações de lácteos em geral, houve queda de 35,3% no volume total acumulado de janeiro a maio de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. Com o aumento das importações e a diminuição das exportações, a balança comercial se manteve negativa em 99,4 milhões de litros de leite, ou 42,1 milhões de dólares. Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ - MAIO/18 Produto Volume (mil litros de leite) Maio/18 - Abril/18 Participação no total exportado em maio/18 Maio/18 - Maio/17 Total 2.414-55,1% - -65,4% Leite em pó (integral e desnatado) 53-8,8% 2,2% 84,2% Leite condensado 992-44,5% 41,1% -70,9% Queijos 1.275-42,2% 52,8% -55,1% Leite modificado 25-83,4% 1,1% -89,5% Total acumulado jan-mai/2018 frente ao mesmo período de 2017: -56,2% MERCADO INTERNACIONAL Notas: (1). Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea. 1 A categoria leites em pó considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 4021010; 4022110; 4021090. ² A categoria queijos considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04061010; 04061090; 04062000; 04063000; 04064000; 04069010; 04069020; 04069030; 04069090. 6

Custo de produção sobe em maio pelo 5º mês seguido Por Caio Monteiro e Ivan Barreto CUSTOS DE PRODUÇÃO Os custos de produção da pecuária leiteira seguiram em alta em maio pelo quinto mês consecutivo. O Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os gastos correntes da propriedade, se elevou em 0,73% de abril para maio na média Brasil (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). De janeiro a maio, o COE registra alta de 4,26%. O aumento do COE esteve atrelado à elevação de 1,8% no preço do concentrado em maio, principal insumo da atividade. Segundo levantamentos da Equipe de Insumos Pecuários do Cepea, a valorização do concentrado reflete a alta nos preços dos grãos, em especial do milho. Por outro lado, os preços de insumos de suplementação mineral registraram estabilidade em maio (-0,03%), num momento importante para a atividade. Com o início do período de seca, redução da qualidade das forragens e diminuição da duração dos dias, o produtor recorre à suplementação mineral, visando assegurar a disponibilidade de nutrientes na dieta para garantir produtividade e sanidade do rebanho. RELAÇÃO DE TROCA Com a menor oferta no campo, o preço do leite recebido por produtores se elevou em 8,4% de abril para maio e registrou alta acumulada de 24,2% desde janeiro. Com a elevação da receita, o poder de compra do pecuarista cresceu em 4,4% para o milho e em 24,9% para o sal mineral. Enquanto em abril eram necessários 31,6 litros de leite para comprar uma saca de 60 kg de milho e 57,55 litros de leite para adquirir um saco de 30 kg de fósforo 65g, em maio, foram necessários 30,2 litros e 43,21 litros para adquirir os mesmos insumos, respectivamente. Esse cenário favorece a nutrição adequada do rebanho no período de seca e, consequente, melhor desempenho produtivo. No entanto, é importante destacar que a alta mais intensa na receita e as relações de troca mais favoráveis em maio não significam lucratividade no campo. Há cerca de um ano, os preços do leite estavam despescando e a grande volatilidade da receita desestimulou muitos produtores, que investiram menos ou saíram da atividade. De modo geral, o segmento produtivo enfrenta grandes desafios relacionados à capitalização e dificuldades em cobrir os custos com depreciação, que asseguram a atividade no longo prazo. 7

MILHO: Com maior oferta, cotações recuam 12% na parcial de junho Por Carolina Camargo Nogueira Sales MILHO E FARELO DE SOJA Os preços do milho recuaram na primeira quinzena de junho, interrompendo o movimento de alta observado desde o final de abril. A pressão vem, sobretudo, da maior disponibilidade do cereal no período. Na primeira semana de junho, compradores se mantiveram afastados do mercado, aguardando a regularização das entregas, após a greve dos caminhoneiros. Já na segunda semana, com o início da colheita e a regularização das entregas, produtores começaram a ceder nas ofertas. Assim, a comercialização esteve limitada a lotes pontuais. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o preço da saca de 60 quilos do milho recuou 6,6% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e, no disponível (negociação entre empresas), 7,7% no acumulado do mês (entre 1º e 15 de junho). Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&F registrou queda mais intensa no mesmo período (12,7%), devido à maior pressão compradora, fechando a R$ 40,04/saca de 60 kg no dia 15. Quanto à colheita brasileira, ainda está no início no interior paulista, Goiás e Minas Gerais. No Paraná, até 11 de junho, a colheita estava em 1% da área total, e as condições das lavouras seguiam inferiores às da temporada anterior, com apenas 33% em boas condições. Em Mato Grosso, a colheita chegou a 2,03% até o dia 8. Refletindo a maior oferta nos próximos meses, na BM&FBovespa, os contratos futuros de milho tiveram fortes reajustes. Os vencimentos Jul/18 e Set/17 recuaram 10,6% e 8,2% no mês, ao fecharem o pregão do dia 15 a R$ 38,88/sc e R$ 37,3/sc, respectivamente. FARELO DE SOJA: Demanda externa firme mantém preço em alta Por Raphaela Spolidoro As cotações do farelo de soja seguiram em alta na primeira quinzena de junho, impulsionadas pela demanda externa firme. As negociações no mercado brasileiro, no entanto, estiveram lentas no período, visto que algumas indústrias estavam recebendo lotes fechados antes da greve de caminhoneiros. Dados da Secex apontam que, em maio, o Brasil enviou ao exterior 1,65 milhão de toneladas de farelo de soja, o maior volume em dois anos. Em 2018, o Brasil já exportou sete milhões de toneladas. Já na primeira quinzena de junho, o volume embarcado se reduziu, com a média diária em 31,5 mil toneladas, 60% abaixo da de maio/18 e 52% inferior à de junho/17, ainda de acordo com a Secex. Essa diminuição no ritmo dos embarques pode estar atrelada à greve dos caminhoneiros no final de maio e à indefinição da nova tabela de frete rodoviário. Embora o Brasil tenha expectativa de conseguir maior fatia das exportações de farelo de soja neste ano, por conta da quebra na safra argentina, indústrias nacionais estão preocupadas com a demanda doméstica, especialmente por parte do setor de aves. Segundo a Equipe de Aves do Cepea, após perdas acumuladas ao longo de vários meses, agentes da cadeia de avicultura de corte se preocupam, agora, com as incertezas relacionadas às transações no mercado internacional. Recentemente, a China, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, colocou em vigor sobretaxas provisórias sobre a proteína de frango brasileira. (R$/sc de 60 kg) janeiro 32,70 fevereiro 34,76 março 41,37 abril 39,92 maio 42,69 1ª quinzena 42,77 de junho (R$/tonelada) janeiro 1.004,88 fevereiro 1.115,87 março 1.211,72 abril 1.292,72 maio 1.396,71 1ª quinzena de 1.413,65 junho/2018 8 ENVIE SUAS DÚVIDAS E SUGESTÕES: PARA RECEBER O BOLETIM DO LEITE DIGITAL: Contato: leicepea@usp.br Encaminhe-nos um e-mail para Acompanhe mais informações sobre o mercado de leite leicepea@usp.br com os seguintes dados: em nosso site: www.cepea.esalq.usp.br/leite nome, e-mail para cadastro, endereço completo e telefone