Quimiorradioterapia Definitiva em Câncer de Pulmão não Pequenas Células

Documentos relacionados
IMUNOTERAPIA NO CPNPC: PARA ONDE VAMOS?

Qual a melhor combinação de quimioterapia quando associada à radioterapia para tumores localmente avançados (pulmão)?

Tratamento combinado nos tumores localmente l avançados: Qual o melhor esquema? Juvenal Antunes Oliveira Filho Oncocamp, Campinas, SP

Tratamento Sistêmico de Primeira Linha do Câncer de

Terapia anti-her2 em pacientes com CA de mama

Adjuvância. Doença Irressecável

Câncer de Pulmão Pequenas Células. Clarissa Mathias Núcleo de Oncologia da Bahia Hospital Português

William N. William Jr. Assistant Professor Department of Thoracic / Department of Thoracic He

Câncer de Ovário (Epitelial)

IMUNOTERAPIA PARA CPNPC: MITOS & VERDADES

Imunoterapia no tratamento do câncer de mama avançado - Dados atuais e perspectivas

CHICAGO, 06 JUNHO DE 2017 ASCO 2017

30/05/2016. Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante?

NOVAS ESTRATÉGIAS DE RADIOTERAPIA NO TUMOR ESTADIO III DE PULMÃO. PAULO LÁZARO DE MORAES Abril 2013

Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células

QUIMIOTERAPIA DE SEGUNDA LINHA NO CÂNCER DE PRÓSTATA REFRATÁRIO À CASTRAÇÃO (CPRC): QUANDO INDICAR? Igor A. Protzner Morbeck, MD, MSc

QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE NO CÂNCER DE ENDOMÉTRIO. QUANDO HÁ EVIDÊNCIAS E QUANDO COMBINÁ-LA COM A RADIOTERAPIA

Tratamento Sistêmico Câncer Gástrico

Câncer de pulmão não pequenas células: tratamento. Clarissa Mathias. Núcleo de Oncologia da Bahia Hospital Português

Terapia Alvo versus Imunoterapia: Qual a melhor opção? Helena de Andrade Oncologista Clínica

André P. Fay, MD, PHD

Imunoterapia em Outras Neoplasias Torácicas. Carolina Kawamura Haddad Oncologia Clínica

O PAPEL DOS ANTIANGIOGÊNICOS NO TRATAMENTO DOS ADENOCARCINOMAS DE PULMÃO NA SEGUNDA LINHA

câncer de esôfago e estômago Quais os melhores esquemas?

Indicações de quimioterapia intra-peritoneal com catéter nas pacientes com câncer de ovário avançado. Aknar Calabrich

10. Congresso Unimed de AUDITORIA EM SAÚDE. Curso Pré-Congresso Oncologia e MBE Bevacizumab no câncer de pulmão NPC

IIIa-N2: Papel para Cirurgião no Tratamento Multidisciplinar

- Papel da Quimioterapia Neo e

Discussão de Casos - Mutações ALK. Eduardo Cronemberger Oncologia clínica/ Pesquisa clínica PRONUTRIR e CRIO GBOT/LACOG Fortaleza-Ceará

Update Imunoterapia no Câncer de Mama

CANCER DE BEXIGA Quimioterapia neo-adjuvante racional, indicações e complicações. Luiz Flávio Coutinho. Tiradentes 13/08/2016

Imunoterapia em pacientes com CPNPC EGFR mutados

CEC de Pulmão: O que há de novo? Clarissa Mathias NOB e Hospital Português

Radioterapia e SBRT para doença oligometastática. Rodrigo Hanriot Radio-oncologista Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Carcinoma renal NÃO células claras Qual a melhor terapia? Daniel Herchenhorn, MD, PhD

Jornadas ROR Sul. Workshop Tumores Urológicos. Cancro da BEXIGA. Gabriela Sousa IPO COIMBRA

CASOS CLÍNICOS IMUNOTERAPIA SUCESSOS E INSUCESSOS

CABEÇA E PESCOÇO. GILBERTO DE CASTRO JUNIOR Hospital Sírio-Libanês, São Paulo Serviço de Oncologia Clínica, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Câncer de pulmão. Ellias Magalhães e Abreu Lima Março 2015

A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES LOCALMENTE AVANÇADOS TRATADOS COM RADIOQUIMIOTERAPIA É MELHOR DO QUE NAQUELES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL?

Dacarbazina (DTIC)* Dacarbazina: 250 mg/m²/dia IV durante minutos D1 ao D5 a cada 21 ou 28 dias

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS

HighLights ASCO 2017 Câncer de Pulmão

III Simpósio Internacional de Imuno-Oncologia. Tumores Gastrointestinais não-ccr. Ricardo Carvalho

Imunoterapia em Câncer de Mama e Tumores Ginecológicos

Critérios de ressecabilidade

Papel da Quimioterapia Paliativa: até onde ir?

ASCO 2017 CHICAGO, 05 JUNHO DE 2017

Simpósio Latino-Americano de Imuno-Oncologia Atualização em Câncer de Cabeça e Pescoço

Carcinoma de Rim e Carcinoma Urotelial - Imunoterapia. Dr. Fábio A. B. Schutz Oncologia Clínica BP A Beneficência Portuguesa de São Paulo

30/05/2016. Introdução. Declaração de Conflito de interesses

Gustavo Nader Marta, Rachel Riera, Cristiane Rufino Macedo, Gilberto de Castro Junior, André Lopes Carvalho, Luiz Paulo Kowalski

Enquadramento e Racional

Incorporação na tabela Unimed-BH de medicamentos: Docetaxel (Taxotere ) para tratamento do Câncer Metastático de Mama e Pulmão.

Lista completa de autores no final da apresentação. Supressão Ovárica no Tratamento Adjuvante de Cancro da Mama: Avaliação Multicêntrica

CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA. ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG

Carlos Vi Carlos V ta Abreu

EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE EM DOENTES COM ADENOCARCINOMA DO PANCREAS: ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS.

glioblastoma controvérsias Suzana M F Malheiros

MANEJO DO TUMOR DE PULMÃO DE CÉLULAS NÃO-PEQUENAS EGFR MUTADO COM METASTASES EM SNC

CÂNCER DE PULMÃO. Células não-pequenas: doença localizada e localmente avançada. PEDRO AGUIAR JR Oncoterapia, SP

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Radioterapia para câncer de testículo (seminoma) Quando indicar? ANDREIA CARVALHO R3 Radioterapia Hospital do Servidor Público Estadual São Paulo

KEYTRUDA pembrolizumabe

RADIOTERAPIA EM TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO LOCALMENTE AVANÇADOS E IRRESSECÁVEIS (IVB): QUANDO EVITAR TRATAMENTOS RADICAIS?

A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador nã

Estadiamento do câncer de pulmão. Disciplina de Cirurgia Torácica UNIFESP +

Artigo de Revisão Review Article

CARCINOMAS NEUROENDÓCRINOS

Abordagem cirúrgica das metástases hepáticas: qual o limite?

Imuno-Oncologia. PD-L1: testar ou não testar. Amanda Silva, PhD Gerente de Biomarcadores - BMS. Material destinado à profissionais de saúde

Doença Localizada. Radioterapia exclusiva em estádios iniciais: quando indicar? Robson Ferrigno

DIFERENCIAIS DOS INIBIDORES DE TIROSINA KINASE 2ª GERAÇÃO

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico

Câncer de Pulmão. Dra. Rosamaria Cúgola Ventura Mestrado em Física Médica 24/06/2016

AVANÇOS EM IMUNOTERAPIA EM CÂNCER DE PULMÃO PEQUENAS CÉLULAS E MESOTELIOMA

Podemos eliminar os antracíclicos do tratamento adjuvante?

Recentes Avanços no Tratamento do Câncer de Mama HER2 positivo. Ricardo Marques Centro de Oncologia/Hospital Sírio Libanês São Paulo - SP

PÓS S ASTRO 2011 LINFOMA DE HODGKIN. Lívia Alvarenga Fagundes. Médica radioterapeuta do Instituto Mário M. Penna / Hospital Luxemburgo BH

QUAL O PAPEL DA RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA NO LEITO CIRÚRGICO?

Valéria Mika Massunaga Enfermeira do setor da Radioterapia do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein

S R E V R I V Ç I O D E E C IR I URGIA I A T O T RÁCIC I A

Recorrência Bioquímica depois de Prostatectomia Radical. PG em Medicina e Ciências da Saúde FMPUCRS

TUMORES NEUROENDÓCRINOS PULMONARES. RENATA D ALPINO PEIXOTO Hospital Alemão Oswaldo Cruz

IMUNO-ONCOLOGIA: CASO CLÍNICO EM CÂNCER DE PULMÃO

Quimioterapia no tratamento dos gliomas de alto grau: Há algo além do temodal?

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS

O estado da arte da radioterapia em pacientes idosas com tumores de mama iniciais

Pesquisa Clínica: Estudos em Câncer de Pulmão, Brasil

Luciano Moreira MR3 Radioterapia Liga Norte Riograndense Contra o Cancer, Natal-RN

Benefício da radioterapia neoadjuvante na sobrevida de pacientes com câncer de mama localmente avançado

I. RESUMO TROMBOEMBOLISMO VENOSO APÓS O TRANSPLANTE PULMONAR EM ADULTOS: UM EVENTO FREQUENTE E ASSOCIADO A UMA SOBREVIDA REDUZIDA.

Estado atual da quimioterapia de indução seguida de radioquimioterapianos tumores de cabeça e pescoço

5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 /dia IV D1 a 3 e D29 a 31 seguido de 5-Fluorouracil semanal iniciando no D71 Ref.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Agentes Biológicos e Terapia Alvo em Câncer de Mama Metastático. Antonio C. Buzaid

Protocolo de Preservação de Orgão em Câncer de Cabeça e Pescoço

Atividade dos Inibidores de Checkpoints Imunológicos nas Metástases Cerebrais

Podemos considerar RT hipofracionada da mama para todas as pacientes como padrão? SIM. Erlon Gil 21/06/13

Câncer de Corpo de útero operado: Suprimir Radioterapia é seguro?

Transcrição:

Quimiorradioterapia Definitiva em Câncer de Pulmão não Pequenas Células Gilberto de Castro Junior Professor Colaborador Livre-Docente Faculdade de Medicina da USP Serviço de Oncologia Clínica - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Centro de Oncologia - Hospital Sírio Libanês

Categorias Apoio em participação de eventos de cunho científico Investigador de ensaios clínicos patrocinados Potenciais conflitos de interesse Patrocinadores Roche, AstraZeneca, MSD, BMS, Boehringer-Ingelheim, Novartis, Bayer, Eurofarma Roche, Genetech, AstraZeneca, MSD, BMS, Pfizer, Merck Serono, Boehringer-Ingelheim, Eurofarma, Novartis, Astellas Aulas e apresentações Roche, AstraZeneca, BMS, MSD, Merck Serono, Eurofarma, Pfizer Consultorias científicas Roche, AstraZeneca, MSD, Merck Serono, Eurofarma, Boehringer- Ingelheim, Pfizer

CASO CLÍNICO Sexo feminino, 65 anos, ECOG - PS 0 AP: Ex-tabagista 50 a.m 2015-2016 Tosse crônica progressiva + perda de peso (20Kg em 8m) Março/16 Internação no HC para investigação: Adenocarcinoma de pulmão - ct1bn3m0 EGFR selvagem -06/04/16 RNM encéfalo: SED -03/05/16 PET-CT: 1. Nódulo pulmonar no segmento superior do lobo inferior esquerdo 2. Conglomerado linfonodal infiltrativo no hilo pulmonar esquerdo, envolvendo o brônquio lobar superior esquerdo, invade a artéria e veia pulmonares esquerdas e mantém contato com tronco pulmonar e aorta descendente. 3. Linfonodos mediastinais bilaterais - Considerado irressecável

CASO CLÍNICO Junho- Julho/16 Tratamento definitivo com radioterapia concomitante a quimioterapia: -Cisplatina 50mg/m2 D1, D8, D29 e D36. -Etoposídeo 50mg/m2 --> D1, D8, D29, D36. -20/06/16 a 29/07/16: RDT 3D em pulmão e drenagem acometida com intuito radical com dose total de 60 Gy, em 30 frações. ATUAL Avaliação resposta: Out/16: TC com RP Jan/18: Resposta mantida (DE) Última consulta: 06/04/2018

Overall survival by clinical stage according eighth edition Peter Goldstraw, FRCS et al. Journal of Thoracic Oncology Vol. 11 No. 1: 39-51 2015

Estudo Tipo Tratamento Resultados SWOG 9019 Albain KS et al JCO 2002 SWOG 9504 Gandara DR et al JCO 2003 HOG Hanna N et al JCO 2008 QRT + CONSOLIDAÇÃO Fase II EC IIIB 50 pts Fase II EC IIIB 83 pts Fase III Randomizado EC IIIA/B 147 pts Cisplatina + Etoposídeo RDT 61 Gy + Cisplatina + Etoposídeo x 2 Cisplatina + Etoposídeo RDT 61 Gy + Docetaxel q21d x 3 Cisplatina + Etoposídeo RDT 59.4 Gy + Docetaxel q21d x 3 X Observação SG: 15m SG 3a: 17%, 5a: 15% Toxicidades G3/4: Neutropenia, Esofagite actínica SG: 15m SG 3a: 17% Toxicidades G3/4: Neutropenia, esofagite, pneumonite. SG: 23,2 x 21,2 SG 3a: 26.1% x 27.1% Maior toxicidade

Estádio III Irressecável : N2 volumosos, N3, T4 irressecável 1994-1998 Fase 3 NSCLC Inop. EC II-IIIB N = 610 R QT-RT sequencial QRT concomitante 1) CDDP 100 mg/m2 D1,D29 + Vinblastina 5 mg/m2 semanal x5 RT 60Gy 2) CDDP 100 mg/m2 D1,D29 + Vinblastina 5 mg/m2 semanal x5 + RT 60Gy 3) CDDP 50 mg/m2 D1, D8, D29, D36 + Etoposideo 50 mg 2x/d VO + RT 69Gy P 0.04 OS Mediana OS 5 anos QT-RT 14,6 10% QRT (2) 17,0 16% QRT (3) 15,6 13% Walter JC et al. J Natl Cancer Inst, 2011

Carboplatina + Paclitaxel: Alternativa? Paclitaxel 200 mg/m2 + Carboplatina AUC 6 q21d x2 -> RDT 63 Gy (7 semanas/34 frações) SG: 13m SG 3a:17% Fase II Randomizado EC IIIA/B FU 39,6m R Paclitaxel 200 mg/m2 + Carboplatina AUC 6 q21d x2 -> Paclitaxel 45 mg/m2/semana + Carboplatina AUC 2 + RDT 63 Gy (7 semanas/34 frações) SG:12,7m SG 3a:15% Paclitaxel 45 mg/m2/semana + Carboplatina AUC 2 + RDT 63 Gy (7 semanas/34 frações) -> Paclitaxel 200 mg/m2 + Carboplatina AUC 6 q21d x2 SG: 16,3m SG 3a: 17% Chandra PB et al. J Clin Oncol, 2005

Retrospectivo 2001-2010 EC III N =1842 EP 1º: OS QRT com Cis-VP QRT com Carbo taxol HR, 1.07; CI: 0.9-1.2; P= 0.42 J Clin Oncol 33:567-574. 2015

PARSIMONY Análise Retrospectiva 5 INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS Cisplatina/ Carboplatina + Etoposídeo/ Paclitaxel/ Vinorelbina + RDT Consolidação x Não Consolidação Endpoint 1º: SG J Global Oncol 2018 (in press)

PARSIMONY Fig. S1 - Overall survival (OS) Fig. S2 Progression-free survival (PFS) curves according to consolidation chemotherapy statu J Global Oncol 2018 (in press)

Cisplatina + Pemetrexede: alternativa? Fase 3, aberto, 2008-2012 Multicentrico Estadio IIIA/B Histologia não-escamosa EP 1º: SG EP 2º: SLP, TR R N= 301 Pemetrexed + CDDP 3 ciclos, concomitante Permetrexed 500mg/m², 21d CDDP 75mg/m² RT 60-66Gy Pemetrexed (4x) N= 297 Etoposideo + CDDP 2 ciclos, concomitante RT 60-66Gy Doublet platina (2x) Etoposideo 50mg/m² D1-5, 28d CDDP 50mg/m² D1,D8, 28d Senan S et al. J Clin Oncol. 2016

Cisplatina + Pemetrexede: alternativa? SOBREVDA GLOBAL SG 3a 40% vs 37% SGm: 26.8m x 25m HR = 0.98, p= 0.8 PFS SLPm: 11.4 X 9.8 m HR = 0.88, p= 0.13 Toxicidades Pemetrexede/Cis Etoposídeo/Cis Graus 3-4 64% 76.8% Trombocitopenia 19.4% 31.3% Neutropenia 42.8% 54.8% Neut. febril 5.7% 10.3% Pneumonite 17% 10.7% Senan S et al. J Clin Oncol. 2016

CETUXIMABE 2007-2011 Fase III Randomizado 1:1:1:1 EC IIIA/B inoperáveis R QT + RT 60 Gy QT + RT 74 Gy QT + RT 60 Gy + Cetuximabe QT + RT 74 Gy + Cetuximabe Consolidação: Paclitaxel 200 mg/m 2 + Carboplatina AUC 6 x2 q3 semanas Consolidação: Paclitaxel 200 mg/m 2 + Carboplatina AUC 6 x2 q3 semanas + Cetuximabe QT: Paclitaxel 45 mg/m2 + Carboplatina AUC 2 semanal Bradley JD et al. Lancet Oncol 2015; 16: 187 99

CETUXIMABE Radioterapia: FUp: 22.9m SGm: 28,7 vs 20,3m (HR 1,38 IC 95% 1,09-1,76) P: 0,004) Cetuximabe: FUp: 21.3m SGm: 25,0 vs 24,0m (HR 1,07 IC 95% 0,84-1,35) P: 0,29) Não houve benefício em sobrevida global com radioterapia em doses mais altas ou acréscimo de Cetuximabe ao tratamento padrão. Bradley JD et al. Lancet Oncol 2015; 16: 187 99

PACIFIC Study Design Phase III, Randomized, Double-blind, Placebo-controlled, Multicenter, International Study Patients with stage III, locally advanced, unresectable NSCLC who have not progressed following definitive platinum-based ccrt ( 2 cycles) Durvalumab 10 mg/kg q2w for up to 12 months N=476 Co-primary endpoints PFS by BICR using RECIST v1.1* OS 18 years or older WHO PS score 0 or 1 Estimated life expectancy of 12 weeks Archived tissue was collected All-comers population 1 42 days post-ccrt R 2:1 randomization, stratified by age, sex, and smoking history N=713 Placebo 10 mg/kg q2w for up to 12 months N=237 Key secondary endpoints ORR (per BICR) DoR (per BICR) Safety and tolerability PROs *Defined as the time from randomization (which occurred up to 6 weeks post-ccrt) to the first documented event of tumor progression or death in the absence of progression. ClinicalTrials.gov number: NCT02125461 BICR, blinded independent central review; ccrt, concurrent chemoradiation therapy; DoR, duration of response; NSCLC, non-small cell lung cancer; ORR, objective response rate; OS, overall survival; PFS, progression-free survival; PROs, patient-reported outcomes; PS, performance status; q2w, every 2 weeks; RECIST, Response Evaluation Criteria in Solid Tumors; WHO, World Health Organization Antonia et al. NEJM 2017

PFS probability PACIFIC PFS Stratified hazard ratio, 0.52 (95% CI,0.42 0.65) Two-sided P<0.0001 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 Durvalumab Placebo (N=476) (N=237) Median PFS (95% CI), months 16.8 (13.0 18.1) 5.6 (4.6 7.8) 12-month PFS rate (95% CI) 55.9% (51.0 60.4) 35.3% (29.0 41.7) 18-month PFS rate (95% CI) 44.2% (37.7 50.5) 27.0% (19.9 34.5) Placebo Durvalumab 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 No. at risk Time from randomization (months) Durvalumab 476 377 301 264 159 86 44 21 4 1 Placebo 237 163 106 87 52 28 15 4 3 0 BICR, blinded independent central review; CI, confidence interval; ITT, intention-to-treat; PFS, progression-freesurvival Antonia et al. NEJM 2017

PACIFIC PFS Antonia et al. NEJM 2017

% patients (95% CI) PACIFIC Antitumor Activity Objective Response Durvalumab (N=443)* Placebo (N=213)* Treatment effect (HR [95% CI]) 35 30 25 20 15 10 5 0 (24.28 32.89) 28.4 Durvalumab (N=443)* P<0.001 (11.31 21.59) 16.0 Placebo (N=213)* Treatment effect (RR [95% CI]) : 1.78 (1.27 2.51) Best overall response, n (%) Complete response 6 (1.4) 1 (0.5) Partial response 120 (27.1) 33 (15.5) Stable disease 233 (52.6) 119 (55.9) Progressive disease 73 (16.5) 59 (27.7) Non-evaluable 10 (2.3) 1 (0.5) Duration of response, months Median (95% Cl) NR 13.8 (6.0 NR) 0.43 (0.22 0.84) Ongoing response at data cutoff,% At 12 months At 18 months 72.8 72.8 56.1 46.8 Antonia et al. NEJM 2017

PACIFIC Incidence of New Lesions Durvalumab Placebo New lesion site* (N=476) (N=237) Any new lesion, n (%) 97 (20.4) 76 (32.1) Lymph nodes 27 (5.7) 27 (11.4) Brain 26 (5.5) 26 (11.0) Lung 56 (11.8) 41 (17.3) Liver 9 (1.9) 8 (3.4) Adrenal 3 (0.6) 5 (2.1) Bone 8 (1.7) 6 (2.5) Other 9 (1.9) 5 (2.1) *A patient may have had more than one new lesion site. Includes lesions in: abdominal wall, biliary tract, breast, chest wall, kidney, ovary, pancreas, pericardium, peritoneal fluid, peritoneum, retroperitoneum, skin, spleen, uterus and other (unspecified). Antonia et al. NEJM 2017

Probability of death or distant metastasis PACIFIC Time to Distant Metastasis or Death 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 Durvalumab Placebo 1 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 Time from randomization (months) No. at risk Durvalumab 476 407 336 288 173 91 46 22 4 1 0 Placebo 237 184 129 106 63 32 16 5 4 0 0 Stratified hazard ratio, 0.52 (95% CI, 0.39 0.69) Two-sided P<0.0001 Median time (95% CI), months Durvalumab Placebo 23.2 (23.2 NR) 14.6 (10.6 18.6) BICR, blinded independent central review; ITT, intention-to-treat Antonia et al. NEJM 2017

PACIFIC Safety Summary Durvalumab (N=475) Placebo (N=234) Any-grade all-causality AEs, n (%) 460 (96.8) 222 (94.9) Grade 3/4 142 (29.9) 61 (26.1) Grade 5 21 (4.4) 13 (5.6) Leading to discontinuation 73 (15.4) 23 (9.8) Any-grade treatment-related AEs, n (%) 322 (67.8) 125 (53.4) SAEs, n (%) 136 (28.6) 53 (22.6) Any-grade immune-mediated AEs, n (%) 115 (24.2) 19 (8.1) Grade 3/4 16 (3.4) 6 (2.6) Antonia et al. NEJM 2017

PACIFIC Most Frequent AEs Durvalumab (N=475) Placebo (N=234) Event Any Grade Grade 3 or 4 Any Grade Grade 3 or 4 Any event, n (%) 460 (96.8) 142 (29.9) 222 (94.9) 61 (26.1) Cough 168 (35.4) 2 (0.4) 59 (25.2) 1 (0.4) Pneumonitis/radiation pneumonitis 161 (33.9) 16 (3.4) 58 (24.8) 6 (2.6) Fatigue 113 (23.8) 1 (0.2) 48 (20.5) 3 (1.3) Dyspnea 106 (22.3) 7 (1.5) 56 (23.9) 6 (2.6) Diarrhea 87 (18.3) 3 (0.6) 44 (18.8) 3 (1.3) Pyrexia 70 (14.7) 1 (0.2) 21 (9.0) 0 Decreased appetite 68 (14.3) 1 (0.2) 30 (12.8) 2 (0.9) Nausea 66 (13.9) 0 31 (13.2) 0 Pneumonia 62 (13.1) 21 (4.4) 18 (7.7) 9 (3.8) Arthralgia 59 (12.4) 0 26 (11.1) 0 Pruritus 58 (12.2) 0 11 (4.7) 0 Rash 58 (12.2) 1 (0.2) 17 (7.3) 0 Upper respiratory tract infection 58 (12.2) 1 (0.2) 23 (9.8) 0 Constipation 56 (11.8) 1 (0.2) 20 (8.5) 0 Hypothyroidism 55 (11.6) 1 (0.2) 4 (1.7) 0 Asthenia 51 (10.7) 3 (0.6) 31 (13.2) 1 (0.4) Back pain 50 (10.5) 1 (0.2) 27 (11.5) 1 (0.4) Antonia et al. NEJM 2017

Conclusões NSCLC estadio III, não candidato a cirurgia com intenção curativa QRT concomitante baseada em cisplatina, sem QT de consolidação parece ser a melhor alternativa de tratamento A seleção dos pacientes candidatos é crítica Durvalumabe por 1 ano após o final da QRT aumenta PFS Tratamento bem tolerado Melhor controle de doença a distância Novo padrão de tratamento