UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA MAURÍCIO SILVA ROSA

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA MAURÍCIO SILVA ROSA DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE RECEBENDO RAÇÕES COM DIFERENTES NÍVEIS DE CREATINA CUIABA 2015

i MAURÍCIO SILVA ROSA DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE RECEBENDO RAÇÕES COM DIFERENTES NÍVEIS DE CREATINA Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientador: Prof. Dr. Heder José D Avila Lima CUIABA 2015

Ao meu pai Joice Otano da Rosa (in memorian) À minha mãe Adelina Conceição da Silva À minha irmã Mariana Silva Rosa À Minha namorada Ronyatta Weich Teobaldo Dedico.

AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus, pelas oportunidades concedidas. Ao meu pai, Joice Ottano da Rosa (in memorian), que mesmo não estando mais presente, sempre será um exemplo de humildade e honestidade. Tenho certeza que ele está muito orgulhoso de mim, por estar concluindo essa etapa na minha vida, algo que ele sempre desejou e batalhou duramente para que fosse realizado. Te amo! À minha mãe, Adelina Conceição da Silva, pelo amor e confiança em mim depositados. Por ser mais que uma mãe, e sim uma amiga, sempre acreditando e me apoiando para que eu alcançasse meus objetivos. À minha irmã, Mariana Silva Rosa, pela amizade sem igual, pela força em momentos difíceis, até mesmo pelas brigas quando foram necessárias. Por ser sempre a pessoa que eu confio em buscar conselhos. À minha namorada, Ronyatta Weich, pelo amor, por sempre estar presente nos momentos alegres e nos tristes também, por me fazer querer ser melhor, por ter paciência quando eu precisava, em especial por ajudar nos estudos, nos dias de abate na fazenda, sei que não foi fácil, mas que sempre aguentou tudo ao meu lado (agradeço também aos meus sogros, Ivanir e Jair, por me aguentarem e por terem feito minha namorada). Aos meus tios e tias, Jonodete, Hudson, Garibaldi (in memorian), Janice, João, Miriam que foram mais do que essenciais para que eu concluísse a faculdade, obrigado pela ajuda financeira e pelo exemplo de vida. Ao professor e orientador Heder D Avila, por acreditar em mim, pelas oportunidades dadas, por me ajudar e me apoiar no experimento conduzido (mesmo quando eu fui cabeça dura em trabalhar com corte). Tudo foi de extrema importância para minha formação pessoal e profissional. Aos professores, Vanessa Franzo, por dar a primeira chance de trabalhar na área científica e pela paciência em ensinar. Carlos Eduardo, pela amizade e conselhos em momentos de dúvida e por me aproximar da fé através do grupo Amigos de João. Professora Lisiane, por sempre estar disposta a me ajudar em qualquer momento na coordenação de Zootecnia. Janessa, Vânia, Alexandra,

Nelcino, Maria Fernanda, Sânia, Joadil, Isis, enfim, todos os professores que de algum modo ajudaram na minha formação acadêmica. Muito Obrigado! Aos estagiários do setor de Avilcultura da UFMT, Júlia, Bianca, Andrey, Renata (Renatinha), Laura, Nayara, Luis Guilherme, Ana Carolina e todos os outros, que ajudaram de qualquer forma. Sem eles não seria possível a realização do meu experimento. Aos amigos, Rafael Comachio (Rafão/ Gordo), pois sempre que eu precisei esteve presente, tanto para fazer minhas mudanças (às vezes sozinho), quanto pra assar um costelão tomando umas cervejas e ouvindo as modas mais derramadas. Gustavo Milanello (Guzão) e Agostinho Barros (Guira), irmãos da Toca do Jão. Renata Ropelato (Rê) e Juliana Madruga (Ju), membras do Covil da Lagartixa, Leonardo Fernandes (Léo) e Michel Prates (Mixa), amigos e parceiros da dupla de três Léo & Michel. Flavio Andrade, Marcos Vinicius (Beiço) amigos pra tudo. Daniel Araujo (Méc),Gabriel Cazeiro (Báh), amigos do Texas Walter. Donaldo Jr. (Tukura), Kyron Cabral (Zito), Daniel Monge (Mongão), André Gaban (Déh), Indayá Weich (por fritar ovo), Rafael Guelsi (Rafinha), Milena Rostirola, Igor Leão (Cunhado), Calixto, Ana Maria, Ane Elise, Haryani Ferreira (Hary), Ana Claudia (Paraná), Ana Paula (Bays), Lucas Garrido, Marcos Santana (Sacana), Flavio Mendonça (tio Flavio), Cidinha Fernandes (tia Cida), Amauri Serrou (Baby), Getiele Monteiro (Tiele), Everton Iegros (Pingorá), Bruce Fábio. Enfim, a todos os amigos, por dividirem um lar comigo, emprestar o carro, dar uma carona quando a gasolina acabava, ajudar nos abates do experimento, por emprestar uma grana, e às vezes por esquecer que emprestaram, pelas músicas cantadas, pelos churrascos realizados, pelas cervejas tomadas e pela amizade de todos. Muito obrigado!

Às vezes, são as pessoas de quem menos esperamos que fazem coisas que ninguém poderia esperar. Alan Turing

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Composição percentual e calculada das rações experimentais na base da matéria natural... 11 Tabela 2. Desempenho de frangos de corte submetido a dietas com e sem creatina monohidratada... 13 Tabela 3. Rendimento de cortes nobres e vísceras comestíveis de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada.. 15 Tabela 4. Rendimento de carcaça de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada... 16

LISTA DE ABREVIATURAS AGA Ácido Guanidínico Acético ADP Adenosina Difosfato ATP Adenosina Trifosfato ATPase Adenosina Trifosfatase g Gramas kg Quilogramas m Metros m² - Metros Quadrado PB Proteína Bruta

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 1 2. OBJETIVO... 3 3. REVISÃO... 4 3.1. Produção Brasileira de Frangos de corte... 4 3.2. Linhagens... 4 3.3. Aminoácidos e Proteínas... 5 3.4. Aditivos... 6 3.5. Creatina... 7 4. MATERIAL E MÉTODOS... 9 4.1. Local... 9 4.2. Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais... 9 4.3. Desempenho das Aves... 11 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 12 6. CONCLUSÕES... 17 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 18 REFERÊNCIAS... 19

RESUMO A maximização no rendimento de cortes nobres é proporcionada com o uso de linhagens de alto rendimento, bem como de programas de alimentação que possibilitem maior desempenho dos animais. O uso de aditivos nas rações tem contribuído para o maior desempenho de frangos de corte por atuarem melhorando a eficiência alimentar. Com isso, a creatina apresenta potencial de uso nas dietas por atuar na produção de energia dos músculos e contribuir para o crescimento muscular. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desempenho zootécnico, características de carcaça e vísceras comestíveis de frangos de corte da linhagem Cobb, submetidos a dietas com e sem inclusão de creatina monohidratada. O experimento foi realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso. Foram avaliados 200 pintainhos de um dia da linhagem Cobb, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos e sete repetições. No tratamento 1 (tratamento controle) não houve a inclusão de creatina. No tratamento 2, houve a inclusão de 0,1% de creatina, em substituição ao farelo de soja, independente da fase de vida. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para os parâmetros de desempenho, de características de carcaça e vísceras comestíveis avaliados, com exceção do peso de peito para abate aos 42 dias. A inclusão de 0,1% de creatina em dietas para frangos de corte proporciona maior peso de peito de aves abatidas aos 42 dias de idade. Palavras-chaves: aditivos, avicultura, proteína..

1 1. INTRODUÇÃO A alimentação de frangos de corte representa 70% dos custos de produção, fator que torna imprescindível a busca por alternativas para maximizar a eficiência de utilização dos alimentos. Além disso, o abate de frangos de corte no Brasil no primeiro trimestre de 2015 apresentou aumento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2014, ao fato que, o peso acumulado de carcaças também apresentou aumento de 2,6% em relação ao mesmo período (IBGE, 2015a). Assim, o aumento no rendimento de cortes nobres, como peito e coxas, torna-se crucial para a indústria, visando o crescimento na comercialização tanto no mercado interno quanto para exportação. Dessa forma, para maximizar o rendimento de cortes nobres, os produtores de frangos de corte têm utilizado linhagens de alto rendimento, bem como programas de alimentação que contribuam para alcançar tal finalidade (WHITAKER et al., 2002). Para isso, as rações são formuladas conforme as exigências recomendadas pelos manuais das linhagens, bem como por tabelas convencionais de exigências. Observa-se ainda, que a redução da idade de abate em consequência dos avanços nos programas de alimentação e nas linhagens utilizadas, reduziu o tempo de permanência das aves nos galpões. A linhagem Cobb tem se apresentado como melhor opção em termos de rendimento de coxa e perna desossada, além de mostrar-se superior em desempenho e rendimento de peito e filé de peito (MURAKAMI et al., 1995). O uso de aditivos nutricionais nas rações tem contribuído para o incremento no desempenho produtivo de frangos de corte, com melhora na eficiência alimentar. Com isso, a creatina, composto orgânico derivado de aminoácidos (SILVA & BRACHT, 2001), apresenta potencial uso nas dietas por atuar no metabolismo energético dos músculos, sendo essencial na produção de energia e por contribuir para o crescimento muscular.

2 A creatina presente no organismo pode ser advinda da dieta por meio de ingredientes de origem animal. Já a síntese endógena ocorre através de precursores do ácido guanidínico acético (AGA), o qual é o único precursor imediato de creatina no organismo (RODWELL, 1996). Sendo assim, o uso de linhagens que apresentem melhores parâmetros de ganho em peso, além de maiores ganhos em cortes nobres, associado à programas de alimentação que proporcionem melhor eficiência alimentar têm sido alvo de estudos na busca de promover rendimentos de carcaça superiores e redução nos custos de produção. Pelo exposto, objetivou-se avaliar o desempenho e as características de carcaça de frangos de corte alimentados com rações com diferentes níveis de creatina.

3 2. OBJETIVO Avaliar o desempenho zootécnico, de características de carcaça e vísceras comestíveis de frangos de corte da linhagem Cobb 500, alimentados com uma dieta com e sem inclusão de creatina monohidratada.

4 3. REVISÃO 3.1. Produção Brasileira de Frangos de corte Devido à exploração tecnológica no setor avícola nas últimas décadas, as granjas modernas estão sendo consideradas fábricas de proteína animal. Com o passar dos anos o melhoramento genético tem conseguido animais mais pesados, menor tempo de alojamento e com melhor conversão alimentar (SILVA, 2002). O Brasil se encontra na terceira posição no ranking mundial de produção de frangos de corte, com produção de 12.691 milhões de toneladas em 2014, atrás apenas dos EUA e da China com 17.254 e 13.000 milhões de toneladas respectivamente no ultimo ano (ABPA, 2014). No país, os estados com maior evolução de produção de carne de frango são o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em relação ao segundo trimestre de 2014 (IBGE, 2015b), com cerca de 32, 17 e 14% da produção interna respectivamente (ABPA, 2014). 3.2. Linhagens O uso de linhagens na produção de frangos de corte proporciona progresso genético no desempenho dos animais por meio da seleção de características de maior importância econômica. A obtenção de linhagens comerciais inicia com o cruzamento de quatro raças puras, obtendo os bisavós, os avós, as matrizes e posteriormente tem-se as linhagens comerciais. Dessa forma, características de consumo de alimento, ganho em peso, conversão alimentar, rendimento de carcaça e velocidade de crescimento são essenciais para a escolha da linhagem, manejo e nutrição a ser oferecido (SILVA, 2006), proporcionando animais de alta produtividade.

5 A produção de carne de aves pode ser afetada pelas mudanças nas preferências dos consumidores, obrigando as empresas de genética avícola atenderem essas demandas por meio do fornecimento de genética cada vez mais especializada e que se torne competitiva no mercado. No entanto, a mudança de linhagem em um plantel não deve ser realizada de forma abrupta, pois cada linhagem utilizada exige instalações, manejo e programas de alimentação diferenciados (BAMPI, 2009). O desempenho produtivo da linhagem Ross mostra-se semelhante ao da linhagem Cobb. No entanto, o crescimento inicial verificado na linhagem Ross é menor quando comparado à linhagem Cobb, obtendo ganho compensatório posteriormente que proporciona pesos ao abate semelhantes. Em função do elevado desempenho produtivo proporcionado pelo maior ganho em peso, a linhagem Cobb apresenta estrutura óssea limitante, ocasionando maior incidência de problemas locomotores (NOWICKI et al., 2011). Os mesmos autores comparando as linhagens Cobb e Ross, observaram que devido ao crescimento inicial acelerado, a linhagem Cobb obteve pior viabilidade, em consequência de mortes por infarto ou descarte em decorrência dos problemas de locomoção, entretanto, apresentaram ganho em peso diário e idade ao abate semelhantes. A linhagem Cobb apresenta maior rusticidade a variadas condições de manejo e possui alta capacidade de deposição de músculo, como peito (LARA et al., 2008). Stringhini et al. (2003) observaram desempenho superior para coxa + sobrecoxa em aves Cobb, comparado a animais da linhagem Avian, com valores médios de 510,2 g e 498,8 g, respectivamente. Aliado a isso, Murakami et al. (1995) observaram que as linhagens Cobb e Ross quando em comparação a linhagem Hubbard, foram superiores em desempenho de peito e filé de peito. Dessa forma, a escolha da linhagem torna-se de essencial importância para a adequação do ambiente de criação, equipamentos, bem como do manejo nutricional utilizado, visando respostas econômicas condizentes ao planejado pelo produtor. 3.3. Aminoácidos e Proteínas A proteína é um polímero de aminoácidos (CHAMPE & HARVEY, 1996) e influencia nos principais parâmetros de produção como a conversão alimentar e

6 ganho em peso, sendo assim um dos principais nutrientes para a nutrição de frangos de corte (SUIDA, 2001). A quantidade, composição e digestibilidade dos aminoácidos são fundamentais para uma eficiente utilização proteica. Comumente, as rações para não ruminantes eram formuladas a partir do conceito de proteína bruta (PB), ocasionando níveis de aminoácidos superiores aos exigidos (COSTA & GOULART, 2010). Esse excesso de nitrogênio é excretado pelos rins com um elevado gasto energético. O mesmo autor ressalta que a melhor utilização da PB fornecida está diretamente relacionada à proximidade da composição de aminoácidos com a exigência do animal, havendo efeitos positivos na utilização de outros nutrientes. Aminoácidos limitantes são aqueles fornecidos na ração em uma quantidade inferior à exigida para os animais alcançarem o potencial de produção máximo. Na grande maioria das rações formuladas para frangos de corte, a metionina é caracterizada como o primeiro aminoácido limitante, seguido da lisina e da treonina (THORNTON, CORZO e PHARR, 2006). Goulart (2010) observou uma redução média de 2% nos níveis de PB quando houve suplementação de aminoácidos industriais como a valina, isoleucina, glicina, metionina, lisina e treonina. Essa redução não influenciou negativamente no desempenho dos animais, o qual foi semelhante ao tratamento controle. 3.4. Aditivos Aditivos alimentares são microrganismos ou substâncias adicionadas intencionalmente na dieta contendo ou não valor nutritivo (SILVA, 2001). Segundo o mesmo autor, os aditivos podem ser divididos em quatro categorias, ou seja: melhoradores de desempenho, melhoradores das características físicas das rações, substâncias profiláticas e aditivos nutricionais. O uso de aditivos nas dietas dos animais tem por objetivo o aumento das taxas de crescimento e eficiência alimentar, melhora na saúde do trato gastrointestinal, além de reduzir as cargas patógenas e produção de dejetos, o que acarreta na minimização de transmissão de patógenos via alimentos (GODOI, 2008). De acordo com Silva (2004) esses aditivos representam cerca de 0,08% de volume com um custo de 2,60% na ração, custo elevado quando comparado a outros

7 ingredientes da ração, como o milho, que representa cerca de 65,5% de volume e custo de 38,0%. 3.5. Creatina A creatina é um composto produzido a partir de alguns aminoácidos (arginina, glicina e metionina) conhecida como ácido metil guanidina-acético (GREENHAFF, 1995), sendo 95% encontrada no tecido esquelético e os outros 5% distribuídos em outros órgãos como cérebro e coração (BALSOM, 1993), podendo ser produzida pelo próprio organismo em quantidades suficientes. Da creatina encontrada nos tecidos esqueléticos cerca de 65% está na forma fosforilada (WILLIAMS, KREIDER e BRANCH, 2000). No organismo a síntese da creatina acontece em duas etapas. Primeiramente, por transaminase, ocorre a transferência do grupo amino da arginina para a glicina, formando o guanadinoacetato, o qual é transportado dos rins para o fígado, onde a metionina fornece um grupo metil para o guanadinocetato formando por fim creatina (RODWELL, 1996). Outra fonte de creatina seria a obtenção através da alimentação, na qual alimentos de origem animal como carne e peixe são uma boa fonte desse composto, enquanto uma parcela insignificante pode ser obtida de produtos de origem vegetal (McARDLE; KATCH; KATCH, 1992). Todavia, animais alimentados com quantidades reduzidas de PB na dieta podem apresentar pequena deficiência de creatina no organismo (LEMME, 2007). Sendo assim, a suplementação desse composto eleva as concentrações musculares agindo como agente ergogênico nutricional (MACHADO, 2009), que no caso de aminoácidos, promove o desenvolvimento e crescimento de tecidos corporais (CASTRO, 2013). Todas as células do organismo utilizam ATP como fonte de energia imediata. Essa energia é derivada dos estoques musculares de ATP, sendo liberada pela enzima ATPase, resultando em uma molécula de ADP e um fósforo livre (WILLIAMS, KREIDER e BRANCH, 2000). Aliado a isso, estes autores afirmam que as energias advindas de ATP são limitadas, podendo ser regeneradas por outro processo metabólico nas células. A creatina é vital nesse processo pelo fato de dois terços de seu estoque estar na forma fosforilada.

8 O mecanismo de influência da creatina sobre o metabolismo protéico não é totalmente esclarecido. No entanto, Williams, Kreider e Branch (2000), afirmam que a creatina estimula a síntese protéica promovendo a retenção intracelular de fluido e pressão osmótica celular. Concomitante a isso, Harris et al. (1992) afirma que pelo fato da creatina ser osmoticamente ativa, ela pode carrear água para o interior da célula, contribuindo para a síntese proteica.

9 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Local O experimento foi realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio de Leverger MT. 4.2. Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais As aves foram alojadas em galpão experimental de alvenaria, telhado em telha de cerâmica, piso concretado, paredes laterais teladas com cortina de proteção externa, equipado com aspersores de teto e ventiladores. Os animais recémchegados ao galpão foram inicialmente alojados em um círculo de Eucatex, aquecidos com campânulas elétricas, com água e alimentação ad libitum em todas as fases, fornecidas em bebedouros de copo de pressão e comedouros de bandeja na fase inicial, respectivamente. Posteriormente, na fase final foram substituídos por bebedouros pendulares e comedouros tubulares. Foram avaliados 196 pintainhos de um dia da linhagem Cobb 500, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em 14 boxes, com dois tratamentos e sete repetições. Foram formuladas quatro tipos de dietas, pré-inicial, inicial, crescimento e terminação, conforme as fases de vida e exigências das aves apresentadas em Rostagno et al. (2011). Todas as dietas foram produzidas a base de milho e farelo de soja (Tabela 1). No tratamento 1 (tratamento controle), não houve inclusão de creatina. No tratamento 2, houve a inclusão de 0,1% de creatina, em substituição ao farelo de soja, independente da fase de vida. A densidade dos boxes era de 1,93 aves/m², com 14 animais por box, sendo cada box com dimensões de 2,22 m de largura e 3,27 m de comprimento. O experimento teve duração de 49 dias dividido em 4 fases, sendo a primeira de 1 a 7 dias, a segunda de 8 a 21 dias, a terceira de 9 a 35 dias e a quarta fase de

10 22 a 49 dias de vida, com fornecimento de luz natural durante todo o período experimental. O manejo das aves foi realizado de forma convencional à criação de frangos de corte. O monitoramento da temperatura ambiente e umidade relativa do ar dentro das instalações foi feito através de termômetro digital da marca Incoterm, sendo os dados registrados uma vez ao dia, às 16 horas. As médias de temperatura e umidade máximas e mínimas em cada fase de vida foram, respectivamente: 31,91, 78,57%, 22,57, 50,86% para fase de 1 a 7 dias; 35,04, 73,71%, 21,91, 36,43% para fase de 8 a 21 dias; 33,37, 73,07%, 19,35, 37,07% para fase de 22 a 35 dias; 31,69, 71,75%, 20,40, 41,13% para fase de 36 a 49 dias. No final do período experimental foram realizados dois abates, aos 42 e aos 49 dias, foi feita insensibilização por deslocamento cervical e sangria por degola. Todos os procedimentos de abate foram aprovados pelo comitê de ética da Universidade Federal de Mato Grosso em 16 de junho de 20015 (protocolo número 23108.088835/2015-75).

11 Tabela 1. Composição percentual e calculada das dietas experimentais na base da matéria natural Composição das dietas experimentais quantidade % 1 a7 dias 8 a 21 dias 22 a 33 dias 34 a 49 dias Alimento T1 T2 T1 T2 T1 T2 T1 T2 Milho moído 52,97 52,97 56,90 56,90 59,70 59,70 63,25 63,25 Farelo de soja (45%) 39,93 39,83 36,00 35,90 33,50 33,40 30,50 30,40 Óleo de soja 2,03 2,03 2,04 2,06 2,05 2,05 2,05 2,05 Calcário calcítico 1,30 1,30 1,30 1,30 1,00 1,00 0,65 0,65 Fosfato bicálcico 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,10 1,10 Sal Comum 0,47 0,47 0,44 0,44 0,45 0,45 0,45 0,45 Núcleo inicial¹ 1,13 1,13 3,16 3,16 2,00 2,00 2,00 2,00 Creatina Monohidratada 0,00 0,10 0,00 0,10 0,00 0,10 0,00 0,10 Composição calculada das dietas Energia Metabolizável Kcal/kg 2.950 2.950 3.000 3.000 3.100 3.100 3.150 3.150 Proteína (%) 22,20 22,20 20,80 20,80 19,50 19,50 18,00 18,00 Cálcio (%) 0,200 0,200 0,819 0,819 0,732 0,732 0,638 0,638 Fósforo Disponíel (%) 0,470 0,470 0,391 0,391 0,342 0,342 0,298 0,298 Fósforo Digestivel (%) 0,395 0,395 0,343 0,343 0,313 0,313 0,273 0,273 Sódio (%) 0,220 0,220 0,210 0,210 0,200 0,200 0,195 0,195 Lisina Digestível (%) 1,310 1,310 1,174 1,174 1,078 1,078 1,010 1,010 Met+Cis Digestível (%) 0,944 0,944 0,846 0,846 0,787 0,787 0,737 0,737 Treonina Digestivel (%) 0,852 0,852 0,763 0,763 0,701 0,701 0,656 0,656 Triptofano Digestivel (%) 0,223 0,223 0,200 0,200 0,194 0,194 0,182 0,182 Fibra Bruta (%) 3,070 3,070 2,930 2,930 2,840 2,840 2,740 2,740 ¹ Fornece por kg do produto: Cálcio (máx) 210g, Cálcio (min) 170g, Fósforo (min) 50g, Metionina (min) 22g, Vitamina A (min) 120000 U.I., Vitamina D3 (min) 30000 U.I., Vitamina E (min) 400 U.I., Tiamina (B1) (min) 35mg, Riboflavina (B2) (min) 130mg, Piridoxina (B6) (min) 60mg, Vitamina B12 (min) 300mg, Vitamina K3 (min) 30mg, Biotina (min) 1,6mg, Ácido fólico (min) 20mg, Niacina (min) 680mg, Pantotenato de Cálcio (min) 200mg, Colina (min) 400mg, Sódio (min) 26g, Manganês (min) 1600mg, Zinco (min) 1380mg, Cobre (min) 160mg, Ferro (min) 630mg, Iodo (min) 20mg, Selênio (min) 6mg, Fitase (min) 10000 F.T.U., Avilamicina 200mg, e Narasina+Nicarbazina 1000mg+1000mg. 4.3. Desempenho das Aves As variáveis estudadas foram obtidas pelo acompanhamento de consumo de ração, mortalidade e pesagens de todas as aves contidas nas unidades experimentais ao final de cada fase: a) Consumo Médio de Ração: Calculado pela diferença entre o peso da ração fornecida no início e as sobras obtidas ao final de cada fase.

12 b) Ganho em Peso Médio: Semanalmente foi realizado o cálculo de ganho em peso de todas as aves. Ao final de cada fase, o peso do lote foi dividido pelo número de animais, determinando a média de ganho em quilogramas (kg). c) Conversão Alimentar: A conversão alimentar por fase foi obtida através da razão entre o consumo de ração e o ganho em peso no período. d) Viabilidade: A viabilidade foi obtida através da percentagem de sobreviventes em relação ao número inicial de aves. e) Rendimento de carcaça: Foi avaliado pela razão de cortes nobres (peito, coxas e asas) e vísceras comestíveis (fígado, moela e coração) em relação ao peso vivo de abate. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não foram observados efeitos significativos (P>0,05) para os dados de desempenho avaliados (Tabela 2). Carvalho et al. (2013) trabalhando com frangos da linhagem Avian 48 e dietas contendo ou não creatina monohidratada com níveis de 0,00 a 0,06%, não encontraram diferenças significativas (P>0,05) para consumo de ração aos 42 dias de vida. O consumo foi 5,94% maior, numericamente, para animais suplementados com creatina, semelhante ao presente estudo.

13 A adição de creatina não influenciou significativamente o ganho em peso em nenhuma das fases do período experimental, porém, numericamente o ganho em peso foi superior para animais suplementados com creatina. As variáveis peso final e conversão alimentar não apresentaram diferenças significativas (P>0,05). Vale ressaltar que a conversão alimentar na fase pré inicial (1 a 7 dias) foi numericamente melhor no tratamento 1, com diferença de 320g de matéria seca consumida para cada kg de ganho em peso. A mesma observação para essa variável foi encontrada em tratamentos semelhantes com o uso de creatina monohidratada, onde não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) para ganho em peso (XIA, 2012). Para viabilidade não foi encontrada diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos, com média de 99,87% como apresentado na tabela 2. Resultados semelhantes foram encontrados por Caires et al. (2009), onde não se obteve efeito significativo (P>0,05) em nenhuma das variáveis quando foram comparados tratamentos sem e com adição de creatina. Os mesmos autores observaram viabilidade de 80,66% aos 42 dias de vida, valor numericamente inferior ao encontrado no presente estudo, no qual foi observado viabilidade de 100% no tratamento com 0,10% de inclusão de creatina monohidratada. Tabela 2. Desempenho de frangos de corte submetido a dietas com e sem creatina monohidratada Parâmetros Fase de 1 a 7 dias creatina (%) 0,00 0,10 Consumo de Ração (g/animal/dia) 13,50 14,00 Ganho de Peso (g/animal/dia) 9,39 9,46 Peso Final (g/animal) 112,00 112,50 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,43 1,75 Viabilidade (%) 100 100 Fase de 8 a 21 dias Consumo de Ração (g/animal/dia) 59,20 58,10 Ganho de Peso (g/animal/dia) 37,10 37,24 Peso Final (g/animal) 638,00 633,29 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,60 1,56 Viabilidade (%) 100 100 Fase de 22 a 35 dias Consumo de Ração (g/animal/dia) 134,5 131,4 Ganho de Peso (g/animal/dia) 81,3 82,7 Peso Final (g/animal) 1772,43 1792,29 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,65 1,59

14 Viabilidade (%) 100 100 Fase de 36 a 42 dias Consumo de Ração (g/animal/dia) 189,10 190,40 Ganho de Peso (g/animal/dia) 85,90 89,50 Peso Final (g/animal) 2373,86 2405,14 Conversão Alimentar (kg/kg) 2,21 2,18 Viabilidade (%) 100 98,97 Fase de 43 a 49 dias Consumo de Ração (g/animal/dia) 191,10 186,20 Ganho de Peso (g/animal/dia) 72,10 72,40 Peso Final (g/animal) 2818,57 2926,29 Conversão Alimentar (kg/kg) 2,66 2,61 Viabilidade (%) 100 100 Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância ** Os parâmetros para cortes nobres e vísceras comestíveis são demonstrados na tabela 3. As variáveis coração, moela e fígado não tiveram efeito significativo (P>0,05) em nenhum dos abates realizados. Além disso, foi observado que aos 42 dias essas variáveis tiveram peso maior para o tratamento com inclusão de creatina monohidratada, mesmo sem efeito significativo (P>0,05). No entanto, o contrário foi observado aos 49 dias, onde o coração, a moela e o fígado tiveram maior peso nas aves que receberam dieta sem a inclusão de creatina. Para rendimento de carne de peito aos 42 dias, observou-se um efeito significativo (P<0,01) entre os tratamentos. O tratamento 2 obteve ganho em peso 10,09% superior ao tratamento 1 (sem adição de creatina). Pavan et al. (2003) trabalhando com aves das linhagens Cobb 500 e Ross 508, encontraram resultados semelhantes, onde aves da linhagem Cobb tiveram rendimento de peito superior aos 42 dias de idade quando comparadas com animais da linhagem Ross. Contrário a isso, Carvalho (2013) trabalhando com dietas com inclusão de 0,06% de creatina, não encontraram diferenças para variável carne de peito em animais da linhagem Cobb Avian. Isso pode ser explicado pelo fato dessa linhagem ser geneticamente desenvolvida para fortalecimento do tecido ósseo. Em contrapartida, a linhagem Cobb, que foi utilizada no presente estudo, tem maior desenvolvimento muscular. No entanto, Mendonça et al. (2008) não observaram diferenças na deposição de proteína das aves quando testadas com diferentes níveis de energia metabolizável. Esses autores afirmam ainda que somente a genética pode

15 influenciar a deposição proteica em aves, independente da quantidade de energia ingerida. Segundo Caires et al. (2009) existem duas hipóteses para o efeito positivo da inclusão da creatina para essa variável, a promoção de maior retenção líquida intracelular, e a hipótese da suplementação realmente promover a síntese proteica. Para os demais parâmetros de cortes nobres observados na tabela 3, não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) em nenhuma fase independente do tratamento fornecido. Tabela 3. Rendimento de cortes nobres e vísceras comestíveis de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada Parâmetros 42 dias Cortes Nobres (kg) creatina (%) 0,00 0,10 Peso vivo 2,359 2,502 Peso de carcaça 1,751 1,866 Peito 0,579 * 0,644 * Coxas 0,524 0,541 Asas 0,181 0,180 Vísceras Comestíveis (g) Coração 11,824 12,536 Moela 35,440 38,884 Fígado 39,741 40,742 49 dias Cortes Nobres (kg) Peso vivo 2,87 2,85 Peso de carcaça 2,18 2,17 Peito 0,77 0,78 Coxas 0,65 0,63 Asas 0,21 0,21 Vísceras Comestíveis (g) Coração 13,60 a 13,04 a Moela 32,89 a 33,79 a Fígado 45,30 a 41,92 a Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância ** Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) para rendimento de carcaça nos tratamentos experimentais como apresentado na Tabela 4. Aos 42 dias de vida observou-se maior rendimento quando houve inclusão de creatina, com 0,30% de diferença entre os tratamentos. Resultado contrário foi encontrado aos 49

16 dias, onde o tratamento 1 obteve superioridade numérica, com aumento de 0,43% em relação ao segundo tratamento. Halle et al. (2006) encontraram resultado semelhante, não havendo diferença significativa (P>0,05) para rendimento de carcaça em dietas à base de milho e farelo de soja com inclusão de diferentes níveis de creatina (1g,2g,5g,10g/kg). Tabela 4. Rendimento de carcaça de frangos de corte submetidos a dietas com diferentes níveis de creatina monohidratada Rendimento de Carcaça Fase de vida creatina (%) 0,00 0,10 42 dias 74,31 a 74,61 a 49 dias 76,26 a 75,93 a Médias com letra diferente diferem pelo teste f ao nível 1% de significância* e 5% de significância ** Os efeito esperado com a suplementação de creatina como aumento de massa muscular, podem não ser detectados mesmo se usada corretamente. Esse fato pode ser explicado pela variabilidade na absorção individual de cada ave, transporte e armazenamento intramuscular (WYSS & KADDURAH-DAOUK, 2000).

17 6. CONCLUSÕES A adição de 0,1% de creatina monohidratada, em substituição ao farelo de soja, em rações para frangos de corte proporcionou maior ganho em peso de peito em aves abatidas com 42 dias de idade.

18 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho utilizando a inclusão de creatina em rações para frangos de corte proporcionou verificar o desempenho desses animais em cada fase de crescimento submetidos a diferentes dietas. Com isso, foi possível o desenvolvimento de um trabalho ainda não realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso até o momento. Com o presente trabalho foi possível verificar as lacunas de conhecimento que necessitam ser exploradas, sugerindo novos experimentos a serem realizados no setor, além de agregar conhecimento prático ao teórico desenvolvido durante o curso de graduação em Zootecnia. A realização do experimento possibilitou não apenas crescimento profissional, mas também crescimento pessoal ao liderar a equipe executora do projeto.

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