6 - Funções Empresariais e Sistemas de Informação



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Transcrição:

6 - Funções Empresariais e Sistemas de Informação Prof.: Érico Oda 1. AS EMPRESAS E OS SIG S Um dos grandes desafios dos profissionais de gestão na Sociedade do Conhecimento é o de solucionar o paradoxo de estabelecer uma estrutura empresarial sólida e confiável e ao mesmo tempo ágil e flexível, para competir com qualidade e produtividade em um ambiente econômico e social em permanente mudança e evolução. 1.1. A nova ordenação empresarial Para dotar as suas estruturas com os requisitos de confiabilidade, agilidade e flexibilidade, que assegurem a sua competitividade no ambiente atual de negócio, as empresas e organizações têm que rever as suas visões tradicionais de estruturas, hierarquias e da gestão em geral, antes estabelecidas por conjuntos de trabalho seqüenciados linearmente e regidos por métodos normalizados por procedimentos rígidos e padronizados. A adoção de Tecnologias de Informação (TI s), principalmente na automatização das tarefas produtivas e administrativas, com ênfase às repetitivas e que envolvem tratamento complexos e/ou de grandes volumes de dados, proporcionam a agilidade e flexibilidade exigidas das empresas, pelas suas possibilidades de ofertar múltiplas opções de parametrização. Este novo contexto operacional, somada à possibilidade de obter informações com velocidade adequada para alimentar os processos de decisão, estabelece uma nova visão não hierárquica de organização por processos e do trabalhador do conhecimento. 1.1.1. A Gestão por processo Os processos administrativos empresariais podem automatizados em seus fluxos e métodos por sistemas integrados, formalizando a execução de cada uma de suas atividades componentes mediante a adoção de suas melhores práticas (best pratices) nas regras e parâmetros expressos nos programas que compõe o conjunto da solução informatizada. Os fluxos informatizados de trabalho (work-flows) podem ser configurados com desdobramentos múltiplos, compostos de comandos e atividades paralelas e simultâneas, com potenciais de flexibilidade e de velocidade muito superiores aos fluxos tradicionais, manuais e seqüenciais. Os fluxos integrados de trabalho criam, então, uma nova relevância à dimensão dos processos empresariais que transpassam e permeiam todas as áreas da organização, formalizando métodos digitais sincronizados e precisos de execução e controle das atividades, privilegiando os seus resultados e os atendimentos a clientes internos e externos dos mesmos. Ex: desenvolvimento de produtos com técnicas de Engenharia Simultânea Os sistemas informatizados que estruturam estes fluxos e automatizam as tarefas dos níveis operacionais das áreas funcionais, também geram os dados que, devidamente tratados, resultam nas informações necessárias ao nível gerencial, e direcionam o comportamento e tendências dos rumos da empresa.

1.1.2. O trabalhador do conhecimento A mão de obra menos qualificada, anteriormente admitida e treinada para a execução das tarefas burras e repetitivas do nível operacional, foi substituída por equipamentos e softwares que automatizam estas tarefas e transações rotineiras, executando-as com muito mais precisão, velocidade e flexibilidade, suportando grandes volumes de trabalho. Ex: Cálculo da folha de pagamento de milhares de funcionários, faturamento e cobranças As organizações passaram a ter que contratar e treinar colaboradores, mais técnicos e especializados, em cada uma das funções empresariais (Marketing, Produção, RH e Finanças), e capacitados para implementar, supervisionar e controlar resultados dos sistemas/módulos que automatizam as tarefas operacionais de cada função, gerando mais um nível organizacional, o do trabalhador do conhecimento. 1.2. Funções, Níveis e Objetivos Os processos e requisitos principais contemplados pelos Sistemas de Informação Gerencial e seus módulos, nas quatro funções empresariais fundamentais e nos seus diferentes níveis organizacionais, são direcionados a atingir os seguintes objetivos: Nível Operacional => Eficiência: execução das operações e transações de forma precisa, ágil e confiável, com capacidade de atender grandes volumes e quantidades, com facilidade e conforto; Trabalho do Conhecimento => Essencialidade: desenvolvimento e aplicação de competências essenciais que, segundo Prahalad (1995), são habilidades dominadas pela empresa e difíceis de imitar por parte dos concorrentes; Nível Gerencial => Eficácia: capacidade de atingir metas e objetivos, direcionando as decisões corretas com informações confiáveis, ágeis e precisas Nível Estratégico => Efetividade: garantia de permanência da empresa no mercado, com diferenciais que assegurem a sua competitividade e perenização. Estes atributos são específicos a cada mercado, empresas e seu ramo de atuação e podem variar bastante a depender das características e especificações dos produtos/serviços da empresa. FIGURA 1: Atributos e Objetivos dos Sistemas nas Funções e seus Níveis

Estratégico - Efetividade Perenização da empresa com Diferenciais Competitivos Tatico/Gerencial Eficácia Decisões corretas para atingir Metas e Objetivos Conhecimento Essencialidade Capacidades e Competências Essenciais Transacional Eficiência Precisão, agilidade, volume, segurança, conforto Comercial Produção/ Recursos Finanças Operacao Humanos Fonte: o autor 2. COMERCIAL: MARKETING E VENDAS Os sistemas da área comercial de uma empresa devem apoiar a construção e implementação das estratégias mercadológicas, planejando, executando e controlando a realização das suas transações comerciais junto aos clientes efetivos e potenciais. 2.1. Sistemas do Nível Estratégico em MKT e Vendas No nível estratégico os sistemas devem fornecer informações para a modelagem de cenários de atuação mercadológica, visando facilitar a elaboração de análises comparativas de potenciais comerciais de regiões de interesse da empresa, considerando variáveis demográficas, sócio-econômicas e ambientais. Devem possibilitar o acompanhamento de atuação da empresa no mercado, com a monitoração da concorrência e da evolução do market-share (parcela da divisão/participação no mercado). O planejamento, registro e acompanhamento de estratégias comerciais, contendo os graus de realização das metas e objetivos mercadológicos deverão ser disponibilizados pelos sistemas aos dirigentes da empresa. 2.2. Sistemas do Nível Tático em MKT e Vendas Como ferramentas de fornecimento de informações para decisões do nível tático/ gerencial da área Comercial, os sistemas de informação devem prover informações a respeito de: Retornos de Esforços de Marketing: com a monitoração dos retornos de campanhas e ações de divulgação e promoção, bem como de pesquisas de satisfação de clientes e de prestígio da marca, para apoiar os projetos que proporcionem o aumento da efetividade do marketing da organização;

Gerenciamento de Vendas: com informações de desempenhos e resultados comerciais das unidades de negócio (filiais, divisões, departamentos), equipes e profissionais de venda, bem como dos produtos e serviços, monitorando a participação individual em cada um destes níveis, para a realização de benchmarking interno de performances, para a melhoria contínua do resultado comercial geral; Gerenciamento e Formação de Preços: fornecendo informações para a determinação das margens de contribuições de cada um dos produtos e/ou famílias, para a formação correta dos preços de venda, em busca de maior competitividade no mercado. 2.3. Sistemas do Conhecimento em MKT e Vendas O trabalho da inteligência comercial deve ser concentrado em análises sistemáticas de desempenhos da empresa nas dimensões de mercados, clientes e produtos Para a dimensão mercados, or sistemas podem fornecer dados e informações para a mensurar permanentemente: A participação da empresa nos mercados onde já atua (market-share), como também os seus potenciais totais de consumo dos produtos/serviços; A divisão de mercados, com as parcelas de participação de empresas concorrentes e seus produtos/serviços; Possíveis novos mercados potenciais, ainda não explorados/produtos e serviços novos da empresa, para a montagem de estratégias e de ações futuras; Na dimensão clientes, os sistemas podem possibilitar o CRM - Customers Relationship Management ou gestão de relacionamento com clientes, com o objetivo de intensificar as relações da empresa com os seus clientes atuais e potenciais, executando e/ou apoiar ações de: Análise de dados de costumes e comportamentos peculiares de cada clientes nas suas transações com a empresa, visando tratá-lo de acordo com os seus gostos e expectativas nas próximas interações; Fidelização de clientes, com mecanismos de controles e concessão de privilégios, pontuação e/ou premiação dos clientes mais assíduos e rentáveis; Divulgação de produtos, promoções e lançamentos, para atração de clientes atuais e aquisição de novos consumidores; Na dimensão produtos, os sistemas devem possibilitar a análise da demanda dos mesmos de acordo com diferentes segmentações, elaborando possíveis relacionamentos de comportamento dos mesmos com variáveis ambientais. Estas segmentações e relacionamentos são realizadas mediante processamentos analíticos (OLAP-Online Analytical Processing), utilizando os dados armazenados pelos sistemas (Datawarehouse), com linguagens de consultas estruturadas (SQL-Structured Query Language), com o intuito de descobrir padrões e regras de correlações, que possam apoiar ações mercadológicas. Ex: sazonalidade de vendas de produtos, em determinadas horas, dias de semana, meses do ano. 2.4. Sistemas do Nível Operacional/Transacionais em MKT e Vendas Estes sistemas/módulos são bastante abrangentes e diversificados, compreendendo a operacionalização e gestão de todas atividades relacionadas às transações de vendas a

clientes, incluindo as tarefas de elaborar orçamentos, formalizar pedidos e de encaminhar a entrega dos produtos aos clientes da empresa. A venda pode ser efetivada por diferentes canais de comunicação com o cliente, a depender do tipo de produto/serviços, modalidade de vendas (atacado ou varejo), valores e meios de pagamentos envolvidos, mercado interno e externo etc: Alguns exemplos de processos de vendas: Vendas de produtos de consumo, em exposição em lojas, mostruários e catálogos. Ex: supermercados, roupas prontas, calçados, bebidas; Vendas de produtos sob encomendas, mediante projeto, com composição de partes existentes ou não. Ex: Máquinas industriais, móveis embutidos, mobiliário de cozinha; Vendas no varejo com o contato direto com o cliente/consumidor, com lojas, escritórios e/ou vendedores volantes; Vendas no atacado, para revendedores e lojistas, com depósitos e/ou catálogos de produtos Televendas no varejo e no atacado, quando o contato é remoto, por meios de comunicações tais como telefone, correspondência (catálogos, formulários) e/ou Internet Vendas por meio de representantes e/ou franqueados terceirizados. Vendas para o exterior, que têm um tratamento específico, pois demandam atividades diferenciadas de negociação, remessa e de trato financeiro. Todos os processos de vendas devem registrar a transação, gerando comprovantes aos clientes, tais como notas fiscais e cupons fiscais na entrega dos produtos/serviços, para apuração de tributos e para transito das mercadorias; Devem, então, ser integrados ao Módulo Financeiro, tanto para controle e consultas à rastreabilidade da transação, como para geração automática de recebíveis originados pelas vendas, considerando os estágios de previsão na confirmação do pedido e de confirmação, na emissão do comprovante fiscal. Também deverão ser integradas ao estoques para sua baixa, e à contabilidade e registros de livros fiscais, mediante parametrizações contábeis e de peculiaridades tributárias, para a geração automática de lançamentos, de acordo com a legislação vigente. No módulo Comercial o sistema deve atender basicamente, então, os seguintes processos e requisitos: 2.4.1. Atendimento a Clientes Esta função do módulo Vendas deve permitir o pleno atendimento de clientes potenciais, normais e preferenciais, identificados por cadastros prévios ou não, com recursos para satisfazer a solicitação dos mesmos, com o objetivo de concretizar vendas, efetuar trocas e até devoluções de produtos. 2.4.2. Consultar produtos e efetivar pedidos de clientes A consulta a produtos tem por finalidade responder a uma solicitação de informações do cliente, a respeito de características de um produto específico e da existência ou não em estoque para entrega imediata de determinado item, podendo relacionar a consulta a produtos similares por tipo, marca, funcionalidades etc. No caso de produtos sob encomenda o sistema deve oferecer recursos para que o vendedor ou o cliente elabore o orçamento do produto/serviço desejado.

Atendida à consulta, deve permitir a elaboração e confirmação do pedido, pelo vendedor e/ou cliente, com todos os dados a respeito da entrega do produto e das modalidades de pagamento. 2.4.3. Faturamento e Modalidade de Recebimento As vendas são efetivadas mediante o faturamento e entrega do rpoduto/serviço ao cliente, gerando automaticamente dados de baixas em Estoque, altas em Contas a Receber e lançamentos na Contabilidade e Livros Fiscais. Exerce também o controle sobre os custos de embalagens, fretes e transportadoras, integrado aos módulos de compras de serviços, de contas a pagar e contabilidade. As modalidades de recebimentos das vendas em geral, para escolha da mais adequada por parte do cliente, deverão ser previamente cadastradas pela empresa, pois demandarão gerenciamentos e controles diferenciados após os fechamentos das vendas. Conforme o caso deve prever vendas com faturamento à prazo, à vista, em dinheiro ou cheque, cartão de débito ou crédito, com pagamentos posteriores, parcelados ou não. 2.4.4. Função Caixa de Empresas de Varejo No caso de vendas no varejo o sistema deverá apresentar um módulo de caixa das lojas, que deve permitir atendimento ágil e seguro de clientes quanto à identificação automática de códigos (de barras) dos produtos, pagamentos à vista ou parceladas, oferecendo tratamentos diferenciados aos clientes preferenciais e previamente identificados, confirmando e efetuando a baixa do produto no estoque da loja. Fornecerá o relatório de fechamento do caixa da loja, discriminando-o por diversos critérios, tais como seqüências, modalidades de recebimentos e comprovantes, para facilitar a prestação de contas do caixa junto à administração central. Deverá prever a possibilidade de estornos de correções das operações efetuadas, sempre com registros que permitam a rastreabilidade e transparência das transações efetuadas. 2.4.5. Trocas e devoluções de mercadorias As trocas e devoluções de produtos devem ser possibilitadas pelo sistema, permitindo e realizando esta operação, conforme critérios pré-definidos pela empresa, tais como prazo decorrido da venda, valor a maior/menor, modalidade complementar de pagamento/devolução. As devoluções podem ser totais e parciais de produtos faturados e enviados aos clientes, com a entrada de Notas Fiscais de devoluções próprias ou de clientes, vinculadas às operações originais de envio, considerando todos os reflexos em Estoque de Produtos Acabados, Perdas e Refugos, Controle de Qualidade, Contas a Receber do Financeiro, Contabilidade e Livros Fiscais. 2.4.6. Consulta Serviços de Proteção ao Credito O sistema deverá permitir uma integração aos serviços de proteção de crédito tais como Seproc, Serasa (para cheques), preferencialmente por meio da WEB.

3. PRODUÇÃO, OPERAÇÃO E SUPRIMENTOS A função Produção e Operação é a que corresponde à atividade-fim das empresas, isto é, é a responsável pela fabricação do produto e a prestação dos serviços que entrega ao mercado e aos clientes. Os sistemas informacionais desta área são fundamentais para a formatação dos processos e do modelo de negócio com que a organização atenderá aos pedidos dos clientes. 3.1. Sistemas do Nível Estratégico em Produção e Operação No nível estratégico desta função os sistemas devem possibilitar a análise de evolução dos produtos, tecnologias e processos de manufatura, do ramo de atuação da empresa. 3.1.1. Suporte a Pesquisa e Desenvolvimento Pela intensiva aplicação das próprias tecnologias de informação nos produtos da indústria e na agregação de valor aos serviços prestados pelas empresas, os sistemas de gestão estratégica devem propiciar o apoio e o acompanhamento de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de produtos da própria empresa, dos concorrentes e dos substitutos. A pesquisa e desenvolvimento de TI s aplicadas a processos e serviços também deve ser monitorada e auxiliada pelos sistemas de gestão estratégica. 3.1.2. Localização e Dimensionamento de capacidade de Produção Uma das decisões mais estratégicas das empresas é referente à localização e ao dimensionamento da capacidade produtiva, isto é, onde instalar e qual o tamanho do estabelecimento/fábrica. Este problema envolve uma quantidade considerável de variáveis a serem ponderadas, tais como as de mercado consumidor e suas demandas projetadas, fontes de suprimentos e matéria prima e suas disponibilidade, capacitação de mão de obra local, peculiaridades do clima, meios e distâncias de transporte/logística, custos de instalações, fontes de energia e água, legislação tributária regional etc. A sua solução deve ser apoiada por sistemas de simulação e de análise quantitativa de maximização/minimização de variável-objetivo, com testes de variáveis independentes, com o estabelecimento das correlações de variáveis dependentes. 3.2. Sistemas do Nível Tático em Produção e Operação As questões centrais, na gestão de produção na manufatura e de operações em serviços, são as relativas ao planejamento de uso da capacidade produtiva instalada, com o correto dimensionamento e obtenção de recursos produtivos nas dimensões qualitativas, quantitativas e temporais, com as respectivas alocações, controles e avaliações de desempenho/consumo. 3.2.1. MRP I O primeiro MRP-Material Requirement Programming referia-se somente à programação de requisitos materiais necessários à produção, efetuada com a utilização da árvore de composição de produto que consistia na decomposição de projeto do produto, em diversos níveis, até os componentes básicos a serem

adquiridos pela área de suprimentos, na especificação, quantidade e prazos requeridos pelas ordens de fabricação. 3.2.2. MRP II O MRP II Manufactoring Resources Plannig, apesar de utilizar a mesma sigla, tem uma abrangência mais ampla, viabilizada a tempo somente com a utilização de softwares específicos devido à sua complexidade, engloba, além programação dos requisitos materiais, o planejamento de todos os recursos necessários à manufatura do produto em questão, também devidamente especificados, quantificados e cronogramados. Estes recursos complicadores são os relativos à quantidade de mão-de-obra específica a cada tarefa, horas-máquinas necessárias ao processo de fabricação, considerando tempos de preparação (setup s) e ociosidades (folgas), energia, combustíveis, lubrificantes e materiais de consumo. 3.2.3. ERP Com a extensão dos conceitos de planejamento, alocação, controle e avaliação de recursos, aplicados no MRP II, inicialmente relacionados somente aos recursos envolvidos diretamente à produção de bens e prestação de serviços, às demais áreas empresariais, tais como a Comercial, Recursos Humanos, Finanças. Administração etc, estas áreas da empresa também podem usufruir de ferramentas sistematizadas de gestão de suas atividades e objetivos. Esta designação, ERP Enterprise Resources Planning, é a mais utilizada atualmente para a designação de sistemas integrados e abrangentes de informação gerencial, que incluem os arquivos cadastrais de clientes, materiais, produtos e fornecedores, bem como o banco de dados que registram todas as transações internas e externas, comerciais e operacionais da empresa, e dotadas de um rol diversificado de tecnologias para a execução automática das atividades e dos processos. 3.3. Sistemas do Conhecimento em Produção e Operação Para os trabalhos mais técnicos e específicos da área de produção e operação, os sistemas informatizados disponibilizam ferramentas para facilitar e agilizar a execução de atividades e resolução de problemas peculiares à área 3.3.1. CAD, CASE A elaboração de projetos de produtos e processos, com softwares de CAD- Computer Aided Design ou projetos auxiliados por computador, CASE- Computer Aided Software Engeneering, engenharia de software apoiada por computador etc. 3.3.2. CAM Sistemas CAM Computer Aided Manufactoring ou a automação de processos produtivos tem por base a tecnologia de máquinas e equipamentos CNC Computer Numeric Control ou de controles numéricos computadorizados, que podem ser programados para execução automática de atividades produtivas. As máquinas CNC que compõe processos produtivos CAM podem ser programadas, ajustadas de forma integrada aos sistemas CAD, possibilitando a fabricação automatizada e robotizadas de produtos.

3.3.3. Bibliotecas Técnicas de Projetos, Roteiros, Padrões Com a grande variabilidade de produtos e processos, demandada das empresas pelos seus consumidores, o volume de documentação de projetos de produtos, de roteiros de produção e de padrões produtivos aumenta significativamente. O acesso ágil e preciso, para consultas e gestão, desta documentação são propiciadas por recursos de GED Gestão Eletrônica de Documentos. 3.3.4. Registros de Produção: Qualidade e Rastreabilidade Dentre os rígidos requisitos atuais de competitividade, os registros de rastreabilidade de processos, componentes e insumos de produção são os que possibilitam a garantia da qualidade. Estes registros são viabilizados e efetuados por sistemas informatizados e integrados nas áreas de suprimentos, produção e expedição. 3.4. Sistemas Transacionais em Produção e Operação As Tecnologias de Informação e Sistemas encontram um campo fértil de aplicação nas atividades da área de Produção e Operação das empresas, devido aos atributos de padronização e repetição, normalmente com grandes volumes de produção e compostas de operações técnica e objetiva demandadas por estas atividades. As aplicações englobam desde a automação de tarefas produtivas, com a robotização e o CAD/CAM, até as necessidades administrativas de planejamento, execução, controle e avaliação dos resultados da área. 3.4.1. Suprimentos e Logística A função Suprimentos e Logística compreende atividades administrativas e técnicas de aquisição, movimentação e utilização de insumos, bem como a entrega final dos produtos e serviços aos clientes. Os sistemas desta área efetuam e/ou apóiam as atividades de : Formação, cadastro e avaliação de fornecedores, para estruturação de Supplychain (cadeia de suprimentos) e parcerias, possibilitando a avaliação dos mesmos mediante registros datados de ocorrências e sistema de pontuação vinculado à qualidade, pontualidade e comportamento financeiro, compras materiais e insumos, de forma integrada com a gestão estoques, executando aquisições econômicas, com recursos para cotação, comparação e execução de aquisições, recepção, movimentação e consumo de componentes e produtos semiacabados, com implementação de kanban (controles visuais de necessidades), embalagens e expedição de produtos acabados, com recursos de maximização da utilização de recursos logísticos. Estas atividades podem utilizar sistemas de diferentes graus de automatização, mediante sistemas de wokflows específicos para a elaboração, tramitação e arquivo de documentos, com a interação direta de fornecedores, transportadores, clientes e das demais áreas da organização. Também são integradas com os outros sistemas/módulos tais como: PCP Planejamento e Controle de Produção, que fornece as necessidades de insumos; Finanças, para gerar contas a pagar; Custos e Contabilidade, para apropriar os valores envolvidos e apurar resultados econômico-financeiros;

Livros Fiscais, para apuração de impostos e tributos; 3.4.2. Estoques Nesta área os sistemas devem desempenhar as várias atividades compreendidas no armazenamento, movimentação, utilização e consumo de matérias-prima, e insumos, com a facilitação de todas as tarefas inerentes à gestão dos seguintes estoques e respectivos itens: Matérias-prima, com estoques próprios e de terceiros, com controles individualizados; Produtos em elaboração, em acabamento, para liberação de CQ, liberados e embalados; Gestão de estoques de materiais de consumo, combustíveis e lubrificantes; Ferramentas de usinagem, peças de reposição, Embalagens, materiais e insumos para acondicionamentos intermediários e finais, tais como contêineres, plásticos, adesivos; EPI s Equipamentos de Proteção Individual e demais itens referentes à Segurança e Medicina do Trabalho; Insumos e Materiais diversos: tintas, acessórios expositores, materiais de escritório etc.; Compreendendo o apoio e facilitação das as atividades referentes às suas boas gestões, tais como : Requisições internas de aplicação e consumo de materiais automatizadas no sistema, mediante recursos de workflow de formulário eletrônico de requisição, com trâmite automático e o registro de seu atendimento. Quando o item não estiver em estoque, em especificação e/ou quantidade necessária, a requisição deverá ser encaminhada automaticamente para Compras.; Reposição de estoques pela solicitação interna manual e/ou automática pelo nível de reposição (segurança) de estoques; Gestão e análise de demanda e consumo, determinação do lote ideal de compra, verificando limites planejados de consumo e de imobilização em estoques dos principais itens, com análise física-financeira de estoque e de consumos, tais como curva de demanda, análise ABC de Pareto etc. Inventário Físico e Financeiro, com disponibilização de recursos e mecanismos de apoio a inventários de estoque de produtos, por diversos critérios de agrupamentos e ordenações estabelecimento, tipo, endereço físico etc. Estes recursos deverão prever levantamentos por contagem e por coletores automáticos de dados (códigos de barras), com as devidas entradas dos dados no sistema Os estoque de matérias prima, insumos, produtos semi-acabados e acabados deverão ser integrados com os sistemas módulos de Compras, Produção e Faturamento, para a efetivação automática de suas movimentações. 3.4.3. PPCP Planejamento, Programação e Controle de Produção Esta função da indústria, justamente com a Supervisão de Produção, utiliza o sistema de informação para a definição do Plano Agregado de produção total de um horizonte para determinar a utilização da capacidade produtiva instalada, a ser utilizado pela empresa. Além disto, o sistema proposto, elabora o Plano Mestre de Produção, com a programação e controle diário de produção por tipo de produto, a partir de pedidos confirmados dos clientes, ou para reposição de estoques de produtos

acabados, com os desdobramentos em Ordens de Produção (diárias, semanais), comandando e controlando suas passagens pelos diversos setores da Produção. Com base neste plano, prevê a necessidade de Matéria Prima, verificando e compromete estoques, programando máquinas e suas ferramentas e efetuando a alocação das equipes de produção. 3.4.4. Sistemas de Operação e Manutenção de Equipamentos e Processos As ordens de produção e os registros de finalização de lotes de produtos manufaturados e/ou de serviços executados, devem baixar automaticamente o estoque de Matéria Prima e propiciar os registros de produção das equipes, com requisitos para a apropriação dos custos incorridos. Além da Supervisão de serviços produtivos próprios, haverão também serviços terceirizados de acabamentos, embalagens etc. efetuados por fornecedores terceirizados, e que deverão ser controlados na execução por quantidade, qualidade e prazos, para efeito de controles físicos e financeiros, com integração às Contas a Pagar de Fornecedores.. Diversos produtos podem e são fabricados com diferentes graus de automatizações, com processos e tarefas robotizadas e por máquinas seqüenciadas, comandadas e operadas por sistemas computadorizados. A implementação destas tecnologias depende da complexidade, padronização e volumes de produção de cada uma das atividades, submetidas a viabilidade ou não mediante estudos de custo X benefícios. A área de Manutenção industrial tem a responsabilidade de manter o parque de equipamentos da empresa em permanente funcionamento, bem como o controle, racionalização e otimização de consumo de energia, combustíveis e insumos necessários ao funcionamento das máquinas. As ferramentas de gestão desta área deverão estar alinhadas aos princípios de TPM Total Productive Maintenance, como uma série de métodos destinados a garantir que cada máquina em um processo de produção seja sempre capaz de realizar tarefas necessárias para que a produção jamais seja interrompida, através da integração de pessoas, processos e equipamentos. Os Sistemas possibilitam a elaboração de um planejamento de manutenções preventivas e preditivas, com paradas programadas de máquinas, previsão e controle de consumo de peças, lubrificantes e insumos. 3.4.5. Ferramentaria Esta área industrial é responsável pela gestão, uso e manutenção de Ferramentas, peças a serem utilizadas nas máquinas da produção, como ponteiros, buchas, hastes e etc, a serem utilizadas na preparação de diferentes produtos correspondentes e compatíveis. O sistema integrado disponibiliza instrumentos de cadastro e controle de uso destas ferramentas, integrado com a documentação dos processos, e com a previsão e programação de uso das mesmas em PCP. Deverá dispor também de registros de manutenção preventiva e de vida útil, compondo o histórico das mesmas.

3.4.6. Sistemas de Controle de Qualidade de M.P., M.O, Processos e Produtos Acabados A garantia de qualidade de produtos e serviços é um ponto fundamental para a competitividade empresarial. Para tanto, esta área deve atuar em conjunto com a função de projetos e integrada com a área comercial, no desenvolvimento, projeto e aprovação de processos de fabricação novos produtos e serviços gerando documentações técnicas e administrativas. No processo produtivo, a empresa deve exercer as suas atividades com todos os requisitos técnicos e científicos necessários ao seu ramo de atividade, iniciando com a qualidade da Matéria Prima, com integração com Compras e Estoques, mediante inspeções, testes e comprovações da mesma, com utilização de equipamentos específicos, tais como espectrômetros, elaborando laudos, registros de liberações e interdições dos insumos utilizados. O produto acabado deve ser objeto de controle de qualidade antes, durante e após a fabricação. Antes da fabricação são efetuados inspeções e testes de liberação de componentes para fabricação; durante a fabricação são testadas amostras de produtos, com testes visuais, dimensionais e de resistência. Ao final do processo, efetua a gestão de liberação ou interdição de lotes de produtos prontos, estendendo seus serviços com simulação de utilização da peça pelo cliente. Os sistemas devem auxiliar nos planejamentos, controles, registros e análises de todos estes eventos, vinculando-os às ordens de produção/ pedido/ cliente, facilitando a elaboração de laudos vinculados a cada lote fabricado, bem como efetuar o controle de não conformidade, com fornecimento de índices de refugos, por período, produto, tipo etc., e de suas evoluções no tempo, possibilitando os seus tratamentos quantitativos, históricos e estatísticos. 3.4.7. Perdas e Refugos O controle e de análise das causas de Perdas e Refugos é uma atividade diretamente vinculada à área de Qualidade e, pela monitoração permanente da eficiência do processo produtivo registrando suas perdas, reflete diretamente nos custos e conseqüentemente na rentabilidade da Empresa. Para o exercício das atividades desta área, o sistema deverá disponibilizar ainda os dados de projeto de produtos e de processos, especificações técnicocomerciais dos produtos e o plano de produção, de forma a proporcionar condições para ações e registros de melhorias na qualidade e na redução de custos. 4. RECURSOS HUMANOS Por definição, uma empresa é constituída pela associação ou agrupamento organizado de pessoas com a finalidade de produzir bens e/ou prestar serviços, com o objetivo de satisfazer as necessidades da sociedade, das organizações e indivíduos que a compõem. Na Sociedade do Conhecimento, a função Recursos Humanos assume um papel de maior relevância, pois os principais ativos empresariais intangíveis, formados pelos conhecimentos e pela inteligência para utilizá-los, só se concretizam em resultados pela capacitação profissional e na disposição das pessoas que compõem a estrutura da empresa.

Os sistemas informacionais desta área devem proporcionar recursos e ferramentas, para a mobilização dos profissionais de uma empresa em busca de seus objetivos, pelo aprimoramento permanente dos conhecimentos, habilidades e atitudes de seus colaboradores. 4.1. Sistemas do Nível Estratégico de RH Neste nível os sistemas de informação devem possibilitar a análise e o planejamento estratégico da força de trabalho das comunidades onde a empresa se instalar, para compor os quadros de profissionais necessários à organização, com ferramentas de: Análises Demográficas, considerando os perfis etários, renda per capita, nível de escolaridade, qualificações profissionais etc. das populações das comunidades onde a empresa se localiza; Previsão da Quantitativa e Qualitativa da Força de trabalho, de acordo com os dimensionamentos estabelecidos pelo planejamento estratégico empresarial; Planejamento de Desenvolvimento e Aprimoramentos de imagens e expectativas dos recursos humanos, para tornar a empresa uma referência de local de trabalho. 4.2. Sistemas do Nível Tático de RH As diretrizes estabelecidas no nível estratégico devem ser concretizadas por ações corretamente direcionadas e estruturadas pelo nível tático-gerencial da organização. O grande desafio gerencial em RH e de seus sistemas informacionais é a tradução fiel dos principais atributos relativos a pessoas, normalmente qualitativos e subjetivos, tais como inteligência, competência, capacitação, motivação etc., para representações objetivas e escalas quantitativas de indicadores de desempenho, para possibilitar a gestão profissional utilizando sistemas de informação de recursos humanos. Os sistemas desta área, neste nível, devem propiciar mecanismos para: 4.2.1. Planejamento de Quadro de M.O. O planejamento quantitativo, qualitativo e temporal do quadro de profissionais, com as previsões de necessidades da empresa. 4.2.2. Gestão do Plano de Cargos e Salários X Quadro de Pessoal O alinhamento da estrutura de encarreiramento e de remuneração dos cargos é fundamental para a motivação e retenção de talentos, refletindo diretamente na dedicação e produtividade dos profissionais, principalmente em funções que exijam mais desempenhos intelectuais. 4.2.3. Controle de Desempenhos Funcionais A política de análise, mensuração e controle de desempenhos funcionais e profissionais devem ser os mais objetivos, justos e transparentes quanto possíveis, para funcionarem como mecanismos de desafio e motivação dos profissionais da empresa, com os desempenhos atrelados à remuneração correta e justa, tanto para a empresa como para o colaborador.

4.3. Sistemas do Conhecimento de RH A prioridade dos técnicos da área do conhecimento de RH são os trabalhos de desenvolvimento da inteligência gerencial e operacional, desde as políticas de recrutamento e treinamento de mão de obra, envolvendo o controle e avaliação profissional, até os mecanismos de retenção e manutenção dos talentos do quadro de pessoal da empresa. As ferramentas de TI podem auxiliar nestas atividades mediante recursos de apoio aos planejamentos, registros e controles de desempenho que permitam estabelecer um ambiente de trabalho desafiador e que motive o trabalhador na sua performance profissional. 4.3.1. Estabelecimento de Indicadores de desempenho Para a empresa manter a sua competitividade é fundamental alinhar o desempenho de seus profissionais com o mercado. Os sistemas de benchmarking para comparar a atuação de profissionais e de seus resultados no exercício cargos são utilizados por diversas áreas empresariais, inclusive para estabelecer a política de remuneração e premiação. Ex: Política de comissionamento de vendas 4.3.2. Planejamento e Controle de Treinamentos e Desenvolvimentos Segundo Kaplan e Norton (1997), a capacidade de uma empresa aprender e inovar permanentemente é o que assegura a sua competência na geração de riquezas futuras que determinarão a sua permanência no mercado. A aprendizagem permanente e, principalmente, a criatividade são atributos exclusivos da inteligência do ser humano e, nas empresas, devem ser sistematizadas e propiciadas com iniciativas e eventos de treinamentos cognitivos e de desenvolvimentos comportamentais, devidamente instrumentalizados com tecnologias de informação voltadas ao aprendizado, e gerenciadas por sistemas de gestão destas atividades. Estabelecem também a viabilização de uso de CBT Computer Based Training, com e-learning (aprendizado eletrônico) que permite automatizar e massificar a própria tarefa de treinamento. (DE SORDI, 2003, pág.48) Ex: Planos e controles de treinamentos, ministrados com utilização de técnicas e ferramentas informatizadas de ensinos programados e à distância. 4.4. Sistemas Transacionais de RH O uso de sistemas e tecnologias de informação nesta área de RH são voltados a facilitar a interação entre a empresa e seus colaboradores, principalmente utilizando a vantagem de poder lidar com grandes volumes de informações envolvidas com quadros de pessoal de diferentes portes. 4.4.1. Recrutamento e Seleção A atividade de recrutamento necessita de canais de comunicação eficazes para a captação de novos talentos para a empresa compor seu quadro. Além dos meios normais de divulgação tais como indicações, anúncios etc, um dos canais permanentes mais utilizados atualmente é a formação do banco de currículos pelo site da empresa na Internet, com links do tipo venha trabalhar conosco, faça parte da nossa equipe.

As vantagens deste canal são a utilização de sistemas que estruturam e automatizam a coleta eletrônica dos dados iniciais necessários à seleção de candidatos a um cargo, mediante o preenchimento de campos em uma ficha, complementados por envios de arquivos contendo o currículo profissionais, pelos candidatos; a formação de um banco de dados de profissionais capacitados e com interesse em trabalhar na empresa, uma vez que a iniciativa de se candidatar é do mesmo; a seleção prévia dos possíveis candidatos a um cargo a ser preenchido, com triagem pelo perfil social e profissional desejado, formação, experiências anteriores, a proximidade de seu domicílio com o da unidade da empresa que está recrutando etc. 4.4.2. Folha de Pagamento A obediência à legislação trabalhista, para o atendimento e controle dos direitos e encargos sociais de cada funcionário, normalmente uma tarefa volumosa e repetitiva, são plenamente automatizados por sistemas de informação. O cálculo da folha de pagamento, com o controle e concessão de adicionais, férias, 13º salário e outros direitos trabalhistas são provisionados e quitados por regras padronizadas pela legislação. 4.4.3. Controle de Benefícios A política de retenção e motivação de pessoal vale-se da concessão de diversos benefícios, além dos previstos em lei como o vale-transporte. Devem ser controlados por sistemas na sua concessão, utilização e expiração, os benefícios como, por exemplo, o vale-refeição, vale-alimentação, planos de saúde médicos e odontológicos, convênios de créditos e compras etc. 4.4.4. Avaliações de Desempenho O estabelecimento de critérios e mecanismos justos de avaliação de desempenho, considerando todos os fatores objetivos, tais como horários cumpridos, produtos fabricados, clientes atendidos, vendas efetuadas, em conjunto com os fatores subjetivos como esforço, colaboração, evolução etc. é um dos maiores desafios da área de RH. As suas corretas definições e utilizações, tanto na ótica da empresa como na perspectiva do avaliado, são fundamentais para criar um ambiente de trabalho transparente e positivo para maximizar os desempenhos dos profissionais e da empresa como um todo. 4.4.5. Controle Funcional Sistema / Módulo do sistema de informação do RH para os registros históricos de desempenhos e eventos funcionais relativos aos funcionários e colaboradores da organização. 5. FINANÇAS E CONTROLADORIA

A função Finanças é a responsável pelo planejamento, execução, controle e avaliação de resultados da utilização dos recursos econômico-financeiros de uma empresa. Na economia de mercado capitalista e globalizada, estes resultados são os principais indicadores do grau de sucesso das organizações privadas com fins lucrativos, pois representam o nível de riqueza gerada pelas mesmas e devem ser geridos com extremo cuidado pela velocidade e volatilidade das mudanças ambientais. 5.1. Sistemas do Nível Estratégico de Finanças No nível estratégico os sistemas devem propiciar conhecimentos necessários para possibilitar o correto direcionamento dos investimentos mais produtivos para a empresa, e que resultem em maior retorno em termos econômicos e sociais. Os sistemas deste nível deverão, então, possibilitar: 5.1.1. Análises de Mercado Financeiro e Econômico Análises holísticas, abrangentes e inteligentes que permitam a elaboração de cenários futuros do comportamento econômicos são fundamentais para que a empresa não seja penalizada em sua atuação. Neste universo de informações macro-econômicas, devem ser considerados indicadores e tendências globais do negócio da empresa, com informações de comportamento de seus mercados de atuação, países e regiões abrangidas, políticas e seus regimes e econômicos. Na análise de mercados financeiros, devem propiciar o conhecimento sobre as melhores origens e destinos dos recursos financeiros da organização, para a otimizar a rentabilização dos recursos gerados e captados nos diferentes mercados. 5.1.2. Planejamento Estratégico da Empresa Os objetivos e metas planejadas pela organização são expressos em valores monetários pelo Orçamento Empresarial, abrangendo determinados horizontes temporais. A elaboração, execução, monitoração e avaliação comparativa, com o que foi efetivamente realizado deste plano orçamentário, que espelha as entradas, os fluxos e as saídas de capital, devem ser automatizadas por integrações diretas com os sistemas (módulos) de informação das demais áreas da empresa, onde ocorrem os eventos e fatos geradores das origens e destinos dos recursos financeiros, 5.1.3. Gestão Legal e Gerencial da Rentabilidade Um dos objetivos centrais de uma empresa em um regime econômico capitalista é o Lucro. A atratividade de uma empresa como agente de desenvolvimento e geradora de riquezas é determinada pela sua atuação progressiva e inovadora no mercado, mas é fundamental que se preocupe também com o tratamento dispensado aos seus stakeholders, ou detentores de interesses, tais como acionistas, funcionários, clientes, parceiros, fornecedores e a comunidade de influência. A principal tradução desta preocupação é formada pelos corretos direcionamentos da distribuição dos resultados da rentabilidade de sua atuação.

Estes resultados podem ser direcionados e distribuídos como dividendos a acionistas, bonificação de funcionários, melhores preços a clientes, remuneração de parceiros e fornecedores e investimentos sociais na comunidade. Sistemas devem gerenciar este correto direcionamento para garantir a imagem da empresa perante estas entidades com que se relaciona. 5.2. Sistemas do Nível Tático de Finanças Este nível é responsável pela gestão correta do fluxo de capital, para a concretização dos resultados econômico-financeiros pela empresa, controlando e monitorando os desempenhos previstos no planejamento estratégico e orçamentário das demais áreas da empresa. 5.2.1. Sistemas Planejamento, Execução e Controles Orçamentários O sistema integrado de Planejamento e Orçamento empresarial é a principal ferramenta do gerente financeiro, espelhando de forma monetária, as previsões e concretizações das receitas (entradas), aplicações (fluxos) e destinos (saídas) de capital da empresa. Deve ser um instrumento de gestão dinâmica e integrada, nas previsões, provisões, revisões e realizações de recebíveis, exigíveis e de investimentos da organização, para permitir a ciência e tomada de decisões a respeito da situação financeira e econômica da mesma. Com base em históricos da Contabilidade Gerencial, e com a mesma estrutura de contas (em nível sintético), o sistema deverá possibilitara a implementação de um Orçamento Empresarial para a previsão estratégica e conseqüente acompanhamento de desempenhos da empresa, permitindo o estabelecimento e o controle de realização cenários futuros planejados. Deverá ser dotado de recursos de comparação crítica e de análise de desvios entre o planejado (Orçamento) e o realizado (Contabilidade Gerencial), permitindo revisões orçamentárias estruturadas. Este mecanismo permitirá a delegação, aos gerentes, de autonomias de decisão e ação até os limites orçamentários aprovados pela diretoria, liberando esta das decisões operacionais. 5.2.2. Sistemas de Custos A rentabilidade de produtos e serviços ofertados aos clientes pela empresa é vital para a sua competitividade em mercados concorridos. O cálculo correto da rentabilidade de um produto/ serviço é resultante do total das receitas obtidas com o mesmo, subtraído do total dos custos diretos e indiretos incorridos na manufatura e/ou prestação dos serviços respectivos. A apropriação correta destes valores deve ser assegurada por sistemas informatizados e integrados, que levem em consideração todos os recursos produtivos consumidos, e os rateios corretos dos custos e despesas comerciais e administrativos necessários à concretização. 5.2.3. Auditorias, Controles e Avaliações de Resultados Financeiros Os sistemas de gestão financeira devem efetuar e manter registros de todas as operações, para possibilitar a rastreabilidade necessária à auditoria, controle e avaliação dos resultados financeiros.

Devem operar e registrar os fatos geradores de receitas e despesas tanto em regimes de competência (data referência do fato gerador) como de caixa (data de execução dos efeitos financeiros), com o conceito de data base, isto é, com técnicas de cumulatividade temporal de dados para possibilitar retroagir a situação econômico-financeira da empresa a datas passadas, sem prejuízo aos registros posteriores. 5.2.4. Sistemas de Análise Tributária Os tributos incidentes sobre as operações e sobre a lucratividade da empresa são significativos, e podem ser gerenciados de forma legal e proativa com uma engenharia tributária, atuando sobre as considerações contábeis possibilitadas pela análise da complexa legislação vigente. A classificação contábil correta e mais adequada das operações da empresa, tais como isenções e substituições tributárias, custos de depreciações e alienações de ativos, diferimentos e postergações de operações podem reduzir, de forma legal e ética, a base de cálculo de impostos a recolher ao governo. Os sistemas de registros e auditorias contábeis devem possibilitar estas análises e considerações legais a respeito da tributação. 5.3. Sistemas do Conhecimento de Finanças A execução e controle das ações derivadas das decisões financeiras estratégicas são operadas por técnicos que dominam e/ou conhecem o comportamento das variáveis externas do mercado e das variáveis internas da organização que interferem nos resultados. Para exercer estas atividades estes profissionais devem contar com ferramentas que dêem apoio em: 5.3.1. Análises de Portfólios Para maximizar os resultados da empresa, esta deve se valer de fontes baratas de capital e de alta remuneração para os destinos dos seus recursos financeiros. Os sistemas devem prover uma monitoração permanente de taxas de juro de captações e de remuneração de aplicações, para as decisões mais corretas a respeito dos seus recursos financeiros 5.3.2. Gestão de acionistas, debêntures A capacidade e potencial de uma empresa se desenvolver dependem da sua atratividade de novos capitais que financiem o seu crescimento. A fonte mais adequada e justa para a captação de novos recursos para investimentos necessários ao desenvolvimento da empresa é o mercado de ações, pois remunera os acionistas proporcionalmente o resultado apresentado pela empresa, e não por taxas financeiras de empréstimos, que fixam a remuneração devida, independentemente da empresa apresentar lucro ou prejuízo. A atratividade da empresa aos possíveis acionistas, como investimento financeiro, é a política de remuneração do capital investido, seja em ações ou de debêntures lançados no mercado financeiro. Esta remuneração deve apresentar uma previsibilidade e transparência, proporcionada por sistemas e tecnologias que estabeleçam um canal de comunicação confiável com o mercado financeiro.

5.4. Sistemas Transacionais de Finanças Os sistemas financeiros deste nível são responsável pelo controle transparente e seguro das disponibilidades, recebíveis e exigíveis da organização e suas realizações (Tesouraria e Fluxo de Caixa), fornecendo a visão futura (previsão) e de registros passados, em uma estrutura de Contabilidade Gerencial retratando o desempenho previsto e realizado da empresa, e projeções de comportamentos dos mesmos. Todos os processos que envolvam operações financeiras deverão ser rastreáveis até o fato gerador, com todas as responsabilidades (usuários) explicitadas e documentações vinculadas, com conceitos de contabilidade de custos (centro de custos), para permitir o exercício de auditorias física, financeira e operacional. O sistema deverá contar também com processos relativos às atividades de Cobrança, vinculadas a agentes financeiros e empresas especializadas. Para tanto, os sistemas compreenderão os processos de: 5.4.1. Contas a Receber As operações de vendas normalmente são realizadas à prazo com recebimentos futuros, nas suas várias modalidades, e deverão ter tratamentos específicos, pois cada tipo de recebível tem regras próprias e diferenciadas de operação. No caso de maior variabilidade, como em lojas de varejo, os sistemas devem controlar: a) Vendas a prazo - com parcelamentos de valores pré-estabelecidos pela empresa e vencíveis em datas programadas, pagáveis nas caixas das lojas e por bloquetos na rede bancária; b) Cheques à vista encaminhados para depósito conforme relação já elaborada pelos caixas da loja nos terminais de leitura CMC-7, devendo ser conferidos nas suas quantidades e totalizações. c) Cheques pré-datados serão tratados pela Tesouraria, e custodiados ao Banco, que providencia o depósito dos mesmos nas datas compromissadas. Os casos de devoluções serão devolvidos pelo Banco e tratados pela Cobrança. d) Cartões de débito são recebimentos verificados pelos caixas e confirmados pela Tesouraria na conciliação de extratos bancários. e) Cartões de Crédito são controlados em contas-corrente por bandeiras de cartão, compensados pelos créditos bancários nas datas de vencimentos. Em todos os casos que envolvam serviços de terceiros (Banco, Empresas de Cartões de Crédito, Empresa de Cobrança etc) sujeitos à cobrança de taxas, devese considerar, para efeito de Contabilidade Gerencial, o valor bruto na conta de receitas e as taxas nas contas de despesas com cada um dos cartões ( bandeiras ), para possibilitar a análise posterior de custos destes serviços. 5.4.2. Contas a Pagar de fornecedores As contas a pagar de fornecedores deverão ser tratadas como exigíveis em dois estágios: a) Provisão logo após o registro e confirmação de um pedido de compra, o sistema deve fazer um empenho dos valores negociados, nos valores e datas acordadas. b) Obrigação integrado aos processos referentes à recepção dos produtos adquiridos, serve de confirmação da dívida pelo recebimento efetivo dos produtos adquiridos, sujeitos a alterações de valor (aceitação parcial dos

produtos) e datas de vencimentos (atrasos nas entregas) constantes nas Provisões respectivas. Deverá ser possível a geração mais de um tipo (modalidade) de pagamentos em cada pedido/compra. A confirmação dos exigíveis (quando transformados em Obrigação), com valores e vencimentos firmes, deverá dar origem às Autorizações de Pagamento, documentos em formato de bloquetos internos, um para cada parcela e vencimento, contendo todas as informações do débito original, com visto do responsável na aprovação do débito, para ser guardado em follow-up para servir de lembrete e apresentação para confirmação da dívida na data de sua liquidação. 5.4.3. Contas a pagar diversas O sistema deverá também registrar, tratar e controlar as Obrigações originárias de outras operações que resultem em desembolsos da Empresa, tais como folha de pagamentos, impostos, taxa financeiras, despesas com instalações (aluguéis, energia, água), equipamentos, serviços diversos, investimentos em Marketing, despesas correntes e de expediente. Poderão, a depender da sua natureza, valor e prazos de vencimentos, ser tratados nos dois estágios (Provisão e Obrigação) e emitir ou não as AP s (Autorizações de Pagamento) respectivas. 5.4.4. Gerenciamento de disponibilidades: Tesouraria e Fluxo de Caixa Similarmente ao tradicional Livro Caixa, as operações de quitações de recebíveis e de exigíveis, e os controles de disponíveis deverão ser realizadas e registradas neste processo. Tanto as quitações de recebimentos concretizados de Contas a Receber, como as dos pagamentos de Contas a Pagar, nos seus vencimentos, deverão ser preparados com a antecedência (pelo menos 1 dia), determinando o destino e origens dos disponíveis envolvidos. Para tanto, o sistema fornecerá relatórios de vencimentos de Contas a Receber por data, segmentados diversos critérios, tais como tipo, modalidades de recebimentos e carteiras, para facilitar a conferência e prestação de contas do caixa junto à administração central. O mesmo deverá ser possibilitado em Contas a Pagar, permitindo o preparo antecipado dos meios de pagamentos e origens das disponibilidades para a quitação dos mesmos (cheques, débitos em contas, transferências, DOC s etc), com a junção das AP s e títulos para certificação do fidelidade do pagamento. Estas transações financeiras deverão estar codificadas (nas suas origens) com as contas da Contabilidade Gerencial em que serão lançadas. Deverá prever a possibilidade de estornos de correções das operações efetuadas, sempre com registros que permitam a rastreabilidade e transparência das transações efetuadas (sem deleção ). 5.4.5. Cobrança Este processo se destina a controlar os recebíveis em atraso, com controles para cobrança em carteira, por empresa de cobrança, em cobrança judicial, devendo permitir repactuações de dívidas de clientes, sem perda de rastreabilidade.