UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA WAGNER VIEIRA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA PREVISÃO DE ESTOQUE



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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA WAGNER VIEIRA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA PREVISÃO DE ESTOQUE Palhoça 2013

WAGNER VIEIRA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA PREVISÃO DE ESTOQUE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Prof. Jean Carlos Rossa Hauck, Dr. Palhoça 2013

WAGNER VIEIRA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA PREVISÃO DE ESTOQUE Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Dedico este trabalho à minha família, meus amigos e professores que sempre estiveram presentes em todos os momentos.

AGRADECIMENTOS Prof. Jean Carlo Rossa Hauck, Dr. Ao Prof. Jean Hauck pela orientação deste trabalho, sempre apoiando e dando seus valiosos conselhos durante este ano de pesquisa e elaboração do projeto, além é claro, dos seus ensinamentos como professor. Prof. Maria Inés Castiñeira, Dra. A Prof. Maria Inés pelo apoio para elaboração de cada etapa desde projeto, ensinando passo a passo cada etapa do desenvolvimento do mesmo. Prof. Moacir Fogaça, Dr. Ao Prof. Moacir Fogaça pelo apoio desde o início, participando desde a elaboração do conteúdo até a validação final do projeto. Prof. Simone Keller Fuchter, Dra. A Prof. Simone por ter aceito o convite para participar da banca, bem como pelos valiosos conselhos e correções do trabalho. Prof. Richard Henrique de Souza, Msc. Ao professor Richard por também aceitar o convite da banca e por seus conselhos e correções. Amigos, familiares e demais professores. Também não poderia esquecer da minha família, amigos e demais professores, mesmo não participando diretamente do projeto sempre me apoiaram, mesmo nos momentos de ausência devido a dedicação ao trabalho. Com certeza sem esse apoio não atingiria meu objetivo.

RESUMO A tecnologia vem revolucionando o dia a dia, gerando transformações sociais e culturais. Para gerenciar as demandas decorrentes dessas transformações, são necessárias ferramentas para aumentar a produtividade e a eficiência do controle dos produtos manufaturados da cadeia de produção. Unindo esse avanço tecnológico com o aumento do consumo de produtos, observou-se a necessidade da criação de um sistema para o gerenciamento e previsão de estoques para empresas de produtos manufaturados. Neste sentido, este trabalho é um composto de um Web Service que pode ser utilizado por qualquer tecnologia ou plataforma e um Web Site que acessa somente o Web Service desenvolvido. Foram identificadas fórmulas de previsão e controle de estoque e a partir disto foram levantados os requisitos para o desenvolvimento deste trabalho. Para o desenvolvimento do sistema foi aplicada a Metodologia ICONIX, a UML (Unified Modeling Language) foi utilizada para a modelagem e para o desenvolvimento foram utilizadas tecnologias Microsoft. A tecnologia Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) e Microsoft SQL SERVER para o sistema Web Service e a tecnologia Microsoft MVC (Model View Controller) para o Web Site, e a linguagem de programação utilizada foi C#. A partir da validação dos cálculos e do sistema realizada por um profissional da área de lógista, observou-se que o sistema atende os requisitos e objetivos propostos. Palavras-chave: Previsão de Estoque. Web Service. Logística.

ABSTRACT The technology has revolutionized our day by, creating social and cultural transformations. To manage the demands arising from these changes are necessary tools to increase productivity and efficiency control of manufactured products of the production chain. Joining this technological advancement with increased consumption of products, there was a need to create a system to manage and forecast inventory for companies manufactures. In this sense, this work is a composite of a Web Service that can be used by any technology or platform and a Web site to access only the Web Service developed. Prediction formulas were identified and inventory control and from this were raised requirements for the development of this work. For the development of the system was applied to ICONIX methodology, UML (Unified Modeling Language) was used for the modeling and development were used Microsoft technologies. Technology Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) and Microsoft SQL SERVER to the system and the Web Service technology Microsoft MVC (Model View Controller) to the Web Site, and the programming language used was C #. From the validation of the system and performed by a professional area shopkeeper, it was observed that the system has met the requirements and objectives. Keywords: Stock Forecasting. Web Service. Logistics.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 - Gráfico de tendência de demanda e vendas reais... 27 Gráfico 2 - Gráfico demonstrativo do TR... 30 Gráfico 3 - Curva do custo de armazenagem... 38 Gráfico 4 - Gráfico da Curva ABC... 40 Figura 1 - Arquitetura da proposta de sistema... 49 Figura 2 Arquitetura da proposta de solução... 50 Figura 3 Requisitos Funcionais... 53 Figura 4 Requisitos Não Funcionais... 54 Figura 5 Diagrama de Casos de Uso... 55 Figura 6 Diagrama de Robustez... 57 Figura 7 Diagrama de Sequência Efetua Login... 58 Figura 8 Diagrama de Sequência Efetua Login... 59 Figura 9 Diagrama de Sequência Efetua Login... 62 Figura 10 Modelo MVC... 64 Figura 11 Tela de Login... 69 Figura 12 Tela Inicial... 69 Figura 13 Tela de Listagem de Produtos... 70 Figura 14 Tela de Cadastro de Produtos... 71 Figura 15 Tela de Relatório Curva ABC... 72 Figura 16 Tela de Relatórios e Previsões de Estoque... 73

LISTA DE TABELAS Tabela 1 Exemplo de pesos para média móvel ponderada... 23 Tabela 2 Tabulação dos dados... 25 Tabela 3 Giros de estoque por ano, média das empresas... 35 Tabela 4 Dados de Estoque... 42 Tabela 5 Montagem da Curva ABC... 43 Tabela 6 UC02 CRUD Usuários... 55 Tabela 7 WCF Serviços e Operações... 65

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 12 1.1 PROBLEMA...14 1.2 OBJETIVOS...14 1.2.1 Objetivo Geral...14 1.2.2 Objetivos Específicos...14 1.3 JUSTIFICATIVA...15 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA...16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 18 2.1 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE...18 2.2 CONTROLE DE ESTOQUE...19 2.3 PREVISÃO DE ESTOQUE...20 2.3.1 Método do Último Período (MUP)...21 2.3.2 Média Móvel Simples (MMS)...22 2.3.3 Média Móvel Ponderada (MMP)...22 2.3.4 Método das Médias dos Mínimos Quadrados (MMMQ)...24 2.3.5 Reposição Contínua...27 2.3.6 Reposição Periódica...28 2.4 NÍVEIS DE ESTOQUE...29 2.4.1 Tempo de Reposição (TR)...29 2.4.2 Ponto de Pedido (PP)...30 2.4.3 Estoque de Segurança (ES)...31 2.4.3.1 Método de Grau de Risco (MGR) ou Fórmula Simples... 32 2.4.4 Ruptura de Estoque...32 2.4.5 Estoque Máximo...33 2.4.6 Retorno de Capital...33 2.4.7 Giros de Estoques ou Rotatividade (R)...34 2.4.8 Cobertura de Estoque...35 2.5 LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC)...36 2.6 CUSTOS DE ESTOQUE...37 2.6.1 Custos de Pedido...38 2.6.2 Custos de Manutenção de Estoque...38 2.6.3 Custos por Falta de Estoque...39 2.7 CURVA ABC...39 2.8 UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE)...44 2.9 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING)...44 2.10 CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT)...45 2.11 WEB SERVICE...45 2.12 SOA (SERVICE-ORIENTED ARCHITECTURE)...45 3 MÉTODO... 47 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA...47 3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS...48 3.3 PROPOSTA DE SOLUÇÃO...48 3.4 DELIMITAÇÕES...51

4 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO... 52 4.1 REQUISITOS...52 4.1.1 REQUISITOS FUNCIONAIS...52 4.1.2 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS...53 4.2 CASOS DE USO...54 4.3 DIAGRAMAS DE ROBUSTEZ...56 4.4 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA...57 4.5 DIAGRAMAS DE CLASSE...59 5 DESENVOLVIMENTO... 60 5.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO...60 5.2 TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS...60 5.2.1 C# - A Linguagem de Programação...61 5.2.2 MICROSOFT VISUAL STUDIO...61 5.2.3 SQL SERVER...61 5.2.4 WCF (Windows Communication Foundation)...63 5.2.5 MVC C# (Model View Controller)...63 5.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA...64 5.3.1 WCF/ Web Service...64 5.3.1.1 Segurança/Autenticação... 67 5.3.2 Web Site...68 5.3.2.1 Apresentação do Sistema (Web Site)... 68 5.4 VALIDAÇÃO DO SISTEMA...74 6 CONCLUSÕES E OBJETIVOS ALCANÇADOS... 75 6.1 CONCLUSÕES...75 6.2 TRABALHOS FUTUROS...76 REFERÊNCIAS... 78 APÊNDICES... 81 APÊNDICE A CRONOGRAMA DO PROJETO... 82 APÊNDICE B CASOS DE USO... 84 APÊNDICE C DIAGRAMAS DE CLASSE... 92

12 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos a tecnologia vem mudando nossa cultura e nossa sociedade, com isso cada vez mais precisa-se de informações mais rápidas e confiáveis, além disso, o mercado de negócios está cada vez mais competitivo e dinâmico, por isso essa necessidade das informações tão instantâneas e precisas. Com o avanço da tecnologia, os sistemas de informação também vêm modificando a maneira das empresas administrarem seus negócios, tornando-as mais ágeis e competitivas no mercado. Os benefícios com o avanço da tecnologia são inegáveis, hoje a tecnologia está presente em quase tudo ao nosso redor. O Brasil é um dos mercados de software que mais cresce no mundo na atualidade, em um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a IDC (sigla que em inglês significa Conselho Internacional dos Trabalhadores Portuário) no ano de 2011 e publicado recentemente, apontou um crescimento do País de 14,95% em relação a 2010 e um faturamento de US$ 19,5 bilhões, 12% maior ante 2010 (MACHADO, 2012). De acordo com Pereira (2001), outro setor com bastante crescimento na economia brasileira é o setor logístico, responsável por planejar e controlar a movimentação e armazenamento de produtos vive seu melhor momento no Brasil, especialmente por causa da descoberta do pré-sal e pela realização da Copa do Mundo de 2014, ainda complementando estes dois fatores, as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro também ajudará nesse crescimento. Para Ballou (2001, p. 21): Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Dentro da logística, encontram-se o controle de estoque, a previsão de estoque e o gerenciamento da cadeia de suprimentos, temas principais deste trabalho que serão abordados com mais detalhes nos próximos capítulos. O controle de estoque é uma das atividades primárias da Logística, juntamente com transportes e processamento de pedidos, essas atividades são consideradas primárias porque ou elas contribuem com maior parcela do custo

13 total da logística ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística (BALLOU, 1993, p.24). A previsão de estoque, para Dias (2012), é o método que estabelece estimativas futuras de produtos acabados ou vendidos, ou seja, estima-se quais os produtos, a quantidade e quando serão utilizados. Já o gerenciamento da cadeia de suprimentos tem como objetivo maximizar e tornar realidade a integração entre as partes da cadeia produtiva e mantê-las em sinergia, atendendo assim ao consumidor final de forma mais eficiente através da redução dos custos, (POZO, 2004, p.29). Controlar o estoque é muito importante para as empresas, sabe-se que um controle de estoque eficiente e bem gerenciado é um grande diferencial competitivo, principalmente no mercado globalizado em que vivemos nos dias de hoje. Segundo Ballou (1993, p.204) o controle de estoques é a parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Nas últimas décadas houve uma verdadeira revolução nas organizações que deixaram de utilizar sistemas de estoques manuais para utilizar sistemas computadorizados, devido a uma série de vantagens (BALLOU, 1993, p.231), pois os sistemas computacionais facilitam muito o controle e o gerenciamento do estoque, além de fornecer relatórios de forma simples e rápida, onde antes com o controle manual era muito demorado ou até mesmo em alguns casos quase impossível. Fazendo uma breve pesquisa na internet, encontram-se alguns sistemas de controle de estoque no mercado, porém sistemas que além do controle de estoque ofereçam previsão de estoque com técnicas e fórmulas logísticas são difíceis de encontrar e ainda não possuem previsões diferenciadas através de cálculos matemáticos logísticos. Nesse sentido, este trabalho tem como proposta desenvolver um sistema de informação para controle e previsão de estoque, disponibilizando um sistema web de fácil utilização e eficiente no controle e principalmente na previsão de estoque, além de fornecer diversos relatórios para auxiliar as decisões estratégicas das empresas.

14 1.1 PROBLEMA Diversos são os problemas referentes ao controle e a previsão de estoques. Sem um controle de estoque eficiente, os custos com o estoque podem representar uma grande fatia dos gastos das empresas, sendo que no Brasil estes custos giram em torno de 30% (POZO, 2004, p.18), afetando diretamente o desempenho financeiro das empresas, fazendo com que elas gastem dinheiro desnecessário no controle de estoque quando poderiam estar aplicando em outras áreas e ampliando seu negócio. 1.2 OBJETIVOS trabalho. A seguir, são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos deste 1.2.1 Objetivo Geral Desenvolver um sistema de gerenciamento de estoque web que possibilite o cálculo de previsão de estoque, tomando por base técnicas de logística. 1.2.2 Objetivos Específicos A seguir são apresentados os objetivos específicos deste trabalho. Realizar o levantamento bibliográfico do tema proposto. Modelar uma solução para a previsão de estoques baseada em web.

15 Desenvolver um sistema de gestão de estoque utilizando as técnicas de logística. Desenvolver no sistema relatórios e informações através dos dados armazenados no histórico para facilitar e agilizar as tomadas de decisões. 1.3 JUSTIFICATIVA O avanço da tecnologia e a globalização estão tornando o mercado coorporativo muito mais dinâmico e competitivo, com isso se faz necessário ter as informações cada dia mais rápidas e, principalmente, informações precisas com qualidade. Como toda tecnologia, e ou inovação, seu custo inicial costuma ser muito elevado, e com isso, as empresas com maior recurso financeiro tendem a fazer o uso destas inovações antes das pequenas e médias empresas. Mas, com o passar do tempo e, consequentemente, a proliferação da tecnologia e a concorrência fazem com que esse alto custo de uma nova tecnologia diminua, e com os sistemas de informação não é diferente. Hoje está cada vez mais acessível para as empresas, principalmente para as de pequeno e médio porte fazerem o uso de inovações tecnológicas, devido a grande quantidade de fabricantes e a concorrência de mercado. Os custos logísticos tem um valor significativo no preço final do produto, um estudo recente, nos EUA, mostrou que os custos logísticos são de 21% do PNB (Produto Nacional Bruto), e aqui no Brasil giram em torno de 30% (POZO, 2004, p.18), dessa forma, o bom gerenciamento do estoque pode reduzir esses custos e maximizar a qualidade e a eficiência dos serviços das empresas. Para suprir essa carência e ajudar a reduzir o preço final dos produtos, a proposta de desenvolvimento deste sistema proporcionará uma melhor gestão do estoque, e até mesmo uma gestão financeira mais eficiente para as empresas. Também seguindo a tendência e a facilidade tecnológica, foi escolhido o desenvolvimento da proposta em plataforma web, possibilitando assim uma gama de possibilidades e facilidades, tanto de acesso, como de utilização do sistema, podendo ser utilizado através de computadores, tablets ou celulares com acesso à internet.

16 Atualmente no mercado existem alguns softwares de controle de estoque, inclusive alguns gratuitos, porém são sistemas mais simples, apenas controle de entrada e saída de produtos e alguns outros mais robustos desenvolvidos por empresas consolidadas no mercado de software, como IMPACT da IBM (BALLOU, 1993). Além dos famosos sistemas das empresas TOTVS e SAP. O propósito do desenvolvimento deste sistema é fazer um sistema diferenciado, pois como já citado os softwares livres não atendem todas as necessidades destas empresas e os softwares mais completos custam caro, além, é claro, da perspectiva de crescimento do setor logístico e tecnológico nos próximos anos. Para Ballou (1993, p.231) o controle automatizado reduziria o capital investido e ao mesmo tempo melhoraria o nível de serviço e também seria possível elaborar relatórios mais precisos. Percebe-se então, uma grande oportunidade de negócio em duas das áreas que estão entre os setores com grande crescimento no Brasil, Logística e Tecnologia da Informação. A união desses setores tende a aperfeiçoar ainda mais os negócios das empresas no controle e gerenciamento de estoque. 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA Este trabalho está dividido em 6 (seis) capítulos, são estes: Capítulo 1: É apresentada a introdução do tema, a problemática, os objetivos gerais e específicos, bem como a justificativa do trabalho. Capítulo 2: São abordados os conceitos teóricos sobre o controle e a previsão de estoque, o que é o estoque, tipos de estoque, níveis de estoque, estoque de segurança, previsões de estoque, curva ABC de produtos, tempos de reposição de estoque e os fatores mais importantes sobre o tema principal deste trabalho. Capítulo 3: São apresentadas a modelagem, a arquitetura e os detalhes de desenvolvimento da solução deste trabalho. Capítulo 4: São apresentadas as metodologias de desenvolvimento, bem como os diagramas e suas respectivas definições.

17 Capítulo 5: São apresentados o histórico do desenvolvimento, bem como as ferramentas e tecnologias utilizadas. Também serão apresentadas as principais telas do sistema com suas descrições e funcionalidades. Capítulo 6: É apresentada a conclusão e os objetivos alcançados com o desenvolvimento deste trabalho.

18 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo, são apresentadas as fundamentações teóricas deste trabalho, visando dar sustentação científica ao mesmo. São assuntos fundamentais para o desenvolvimento e entendimento do trabalho. Aqui são abordados os principais temas para previsão de estoque, assunto principal deste trabalho, iniciando com uma abordagem geral do gerenciamento do estoque e chegando até aos assuntos mais específicos como cálculos e métodos estatísticos. Por fim são apresentados alguns conceitos relevantes quanto ao desenvolvimento do sistema. 2.1 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE Segundo Pozo (2004), cabe ao setor de gerenciamento de estoque fazer o controle das disponibilidades e das necessidades do processo produtivo, esse processo envolve desde a matéria-prima, passando pelos setores intermediários, almoxarifado até chegar aos produtos acabados. Nesse sentido, Dias (2012) descreve: O principal objetivo de uma empresa é maximizar o retorno sobre o capital investido. O capital normalmente é investido em fábricas, equipamentos, funcionários, financiamentos, reservas de caixa e estoques. Para conseguir o máximo retorno, ela deve usar o capital da melhor maneira possível para que este não permaneça inativo. Os estoques, em si, não geram retorno, mas também não significa que aumentando os estoques provoca o aumento das vendas nem de lucros. O investimento em estoques é importante, são essenciais para a produção e o bom atendimento das vendas. Por outro lado, a insuficiência em estoque pode comprometer o ritmo de produção e limitar as vendas. Sendo assim, observa-se que a principal função do gerenciamento de estoques é maximizar o uso dos recursos logísticos da empresa (POZO, 2004).

19 2.2 CONTROLE DE ESTOQUE As razões pelas quais uma empresa mantém estoque vão desde estratégias comerciais a possíveis faltas de produto num futuro próximo. A sincronização perfeita entre a oferta e a demanda seria o ideal. (BALLOU, 1993). Manter um estoque serve para: Melhorar o nível de serviço; Incentivar economias na produção; Permitir economias de escala nas compras e no transporte; Agir como proteção contra aumentos de preços; Proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento; Servir como segurança contra contingências. Dentro da logística, o termo controle de estoque está em função da necessidade das empresas estipularem os diversos níveis de materiais e produtos que elas devem manter num parâmetro econômico viável. (POZO, 2004, p. 38). razões básicas: Segundo Ballou (2001), as empresas estocam produtos e materiais por quatro Reduzir custos de transporte e produção; Coordenar oferta e demanda; Auxiliar no processo de produção; Ajudar no processo de marketing. O objetivo do controle de estoque, é otimizar o investimento, aumentar o uso eficiente dos meios financeiros e minimizar as necessidades de capital investido em estoques (DIAS, 2012, p.7). Para Ballou (1993), o objetivo é balancear os custos de manutenção de estoque, aquisição de produtos e a falta de produtos em estoque. De acordo com Dias (2012), para manter um setor de controle de estoques organizado, existem alguns pontos fundamentais, que são: a) Número de itens: determinar o que deverá permanecer em estoque; b) Periodicidade: determinar quando deverá ser reabastecido o estoque; c) Quantidade de compra: determinar quanto de estoque será necessário para um período; d) Solicitação de compra: departamento de compras executa aquisição de compras;

20 e) Receber, armazenar e guardar materiais de acordo com as necessidades; f) Controlar estoques em termos de quantidade e valor; g) Manter inventários periódicos para avaliação das qualidades e estados dos materiais estocados; h). Identificar e retirar do estoque itens obsoletos e danificados. Em vista do apresentado, percebe-se que a principal função do controle de é maximizar as vendas e ajustar o planejamento de produção, simultaneamente minimizar o capital investido em estoques. 2.3 PREVISÃO DE ESTOQUE A previsão de estoques é vital para as empresas, porque fornece as entradas básicas para o planejamento e o controle de todas as áreas das empresas, incluindo logística, marketing, produção e as finanças. (BALLOU 2001). A previsão de estoques, geralmente, é fundamentada nas informações fornecidas pela equipe de vendas, onde são elaborados os valores de demandas de mercado. (POZO, 2004). A previsão de estoque, para Dias (2012), estabelece estimativas futuras de produtos acabados e vendidos, ou seja, estima-se então, quais os produtos, a quantidade dos produtos e quando serão comprados pelo cliente. Segundo Dias (2012), as informações básicas que permitem decidir qual será a demanda e a distribuição no tempo da demanda de produtos está dividida em duas categorias: quantitativas e qualititivas. As informações quantitativas são referentes a volumes e decorrentes de condições que podem afetar a demanda [...] (POZO, 2004, p. 51), por exemplo: Influência das propagandas; Evolução das vendas no período de tempo; Variações decorrentes de modismos; Variações decorrentes a economia; Crescimento populacional. Já as informações qualitativas, segundo Pozo (2004, p. 51), é a busca de informes mediante pessoas com grande conhecimento do assunto e especialistas., tais como:

21 Opinião de gerentes; União de vendedores; União de compradores; Pesquisa de mercado. São diversos os métodos utilizados para previsão de estoque, a seguir são apresentados os principais deles. 2.3.1 Método do Último Período (MUP) Este modelo é o mais simples de todos, não utiliza fundamentos matemáticos e consiste em apenas utilizar o valor do último período como previsão para o próximo período. (POZO, 2004, p. 54). Ainda o mesmo Pozo (2004) exemplifica da seguinte forma: A Empresa Fabricadora de Peças S.A. teve neste ano o seguinte volume de vendas para seu produto Bomba Injetora YZ : janeiro, 2.500; fevereiro, 2.200; março, 2.650; abril, 2.800; maio, 2.850; junho, 2.900; julho, 3.000. Calcule a previsão de demanda para agosto. P agosto (MUP). = O último período foi julho, 3.000 unidades, então, a previsão para agosto será de 3.000 unidades. O procedimento é pegar a demanda do último mês e utilizar para o mês seguinte; no caso, a demanda do último mês (julho) foi de 3.000 unidades, e é o que utilizaremos para agosto: 3.000 unidades. Conforme exemplificado, este modelo usa como previsão para o próximo período o valor do período anterior.

22 2.3.2 Média Móvel Simples (MMS) No método da média móvel simples ou também conhecido como método da média aritmética, a previsão do próximo período é obtida calculando a média aritmética do consumo dos períodos anteriores (POZO, 2004). Complementando, Dias (2012) descreve que para calcular a previsão do próximo período, deve ser calculada a média de consumo nos n períodos anteriores. Fórmula: MMS = C 1 + C 2 + C 3 +... C n...(1) n Onde: MMS = Consumo Médio C = Consumo nos Períodos Anteriores n = Número de Períodos Por exemplo, os volumes consumidos entre janeiro e julho de determinado ano foram, respectivamente: 2.500, 2.200, 2.650, 2.800, 2.850, 2.900, 3.000. Qual seria a previsão para o mês de agosto: Exemplo: 2.500 + 2.200 + 2.650 + 2.800 + 2.850 + 2.900 + 3.000 MMS agosto = = 2.700 7...(2) Resultado: A previsão para abril é de 2.700 unidades. 2.3.3 Média Móvel Ponderada (MMP) Esse método é parecido com o anterior, à diferença é que os valores dos períodos mais próximos tem um peso de importância maior do que os períodos mais anteriores. (DIAS, 2012). Fórmula:

23 P pp (MMP) = n...(3) C i x P i i = 1 Simplificando: P pp (MMP) = (C 1 x P 1 ) +(C 2 x P 2 ) +...(C n x P n )...(4) Onde: P pp (MMP) = Previsão do Próximo Período C 1, C 2, C n = Consumo nos Períodos Anteriores P 1, P 2, P n = Ponderação/Peso de Importância dada a cada Período A determinação da ponderação deve ser de tal ordem que a soma seja 100% (DIAS, 2012). Tabela 1 - Exemplo de pesos para média móvel ponderada. Período Quantidade/Consumo Peso Quantidade Ponderada 1 2 3 4 5 6 7 2.500 2.200 2.650 2.800 2.850 2.900 3.000 1 2 3 4 5 6 7 2.500 4.400 7.950 11.200 14.250 17.400 21.000 8 28 78.700 Fonte: O Autor, 2013. MMP agosto = 78.700 / 28...(5) MMP agosto = 2.811 Agora um exemplo de média móvel ponderada com valores definidos. Determinar o consumo previsto para 2008 utilizando o método da média móvel ponderada com os seguintes pesos:

24 2004 72 (5%) 2006 63 (25%) 2005 60 (20%) 2007 66 (50%) Resolução: P 2008 = 0,50 x 66 + 0,25 x 63 + 0,20 x 60 + 0,05 x 72 = 64,35...(6) Resultado: A previsão para 2008 é de 2.811 unidades. 2.3.4 Método das Médias dos Mínimos Quadrados (MMMQ) Esse método é um processo de ajuste que tende a se aproximar dos valores existentes, ou seja, minimizando as distâncias entre cada consumo. (POZO, 2004). Segundo Dias (2012), esse é um modelo utilizado para determinar a melhor linha de ajuste, que passa perto de todos os dados coletados, desta forma, minimiza as diferenças entre os dados observados. Pozo (2004) ainda complementa, que a vantagem deste modelo é que ele baseia-se na Equação da Reta [Y = a + bx] para calcular a previsão de demanda, com isso torna-se possível tracejar uma tendência bem realista, para calcular. Fórmula: P pp (MMMQ) = a + bx...(7) Pozo (2004, p. 60) descreve, para calcularmos os valos de a e b, é necessário tabular os dados existentes para preparar as equações normais, dadas por: y = (n x a) + ( x x b) (1) xy = ( x x a) + ( x 2 x b) (2)...(8)

25 Por exemplo, uma empresa fabricadora de peças, teve no ano o seguinte volume de vendas de Bomba Injetora YZ : janeiro, 2.500; fevereiro, 2.200; março, 2.650; maio, 2.850; junho, 2.900; e julho, 3.000. Calcule a previsão para agosto. (POZO, 2004, p. 60). Primeiro passo: tabular os dados. Tabela 2 Tabulação dos dados. n Qtd. Períodos Períodos y x x 2 xy 1 2 3 4 5 6 7 janeiro fevereiro março abril maio junho julho 2.500 2.200 2.650 2.800 2.850 2.900 3.000 0 1 2 3 4 5 6 0 1 4 9 16 25 36 0 2.200 5.300 8.400 11.400 14.500 18.000 7 18.900 21 91 59.800 Fonte: POZO, 2004. Segundo passo: montar as equações normais. y = (n x a) + ( x x b) xy = ( x x a) + ( x2 x b) Onde, (1) 18.900 = 7a + 21b (2) 59.800 = 21a + 91b Terceiro passo: resolver as incógnitas a e b. Primeiro, para resolver este exemplo iguala-se o coeficiente de a multiplicando toda a equação (1) por -3. 18.900 = 7a + 21b (-3)

26 59.800 = 21a + 91b -56.700 = -21a 63b Agora com o resultado obtido, somam-se as equações. -56.700 = -21a 63b 59.800 = 21a + 91b 3.100 = 28b Agora uma incógnita está resolvida, a seguir a resolução: 3.100 = 28b b = 3.100/28 b = 110,7 Após encontrar a primeira incógnita, calcula-se a outra. 18.900 = 7a + 21b 18.900 = 7a + 21(110,7) 18.900 2.324,7 = 7a 16.575,3 = 7a a = 16.575,3/7 a = 2.367,9 Obtendo os valores de a e b, e como se observa o valor de x, que é a quantidade de períodos, pode-se então, calcular a previsão de agosto com a fórmula dada: P pp (MMMQ) = a + bx...(9)

27 a = 2.2367,9 b = 110,7 x = 7 P agosto (MMMQ) = 2.367,9 + (110,7 x 7) P agosto (MMMQ) = 2.367,9 + 774,9 P agosto (MMMQ) = 3.142,8 (como não se vende meia peça, arredonda-se) P agosto (MMMQ) = 3.143 Resultado: A previsão para agosto é de 3.143 unidades. Gráfico 1 Gráfico de tendência de demanda e vendas reais Fonte: Adaptado de POZO, 2004. 2.3.5 Reposição Contínua Esse método, também conhecido como sistema de ponto de pedido se dá na avaliação da quantidade de estoque sempre quando houver um consumo ou retirada de

28 produto a fim de identificar se é o momento de fazer a reposição do produto. (BERTAGLIA, 2005). Fórmula: Pe = Qe + Rp - Qa...(10) Onde: Pe = Posição de estoque em unidades Qe = Quantidade disponível em estoque Rp = Recebimentos programados Qa = Quantidades comprometidas ou alocadas Ainda para o mesmo Bertaglia (2005), as verificações são mais frequentes do que contínua, pois se escolhe um período para avaliação, podendo este ser diário ou semanal, dependendo do produto e o consumo. 2.3.6 Reposição Periódica Este método, diferentemente do anterior, consiste numa revisão fixa e regular dos estoques e no final do período é realizado um novo pedido para repor o estoque. (BERTAGLIA, 2005, p. 333). Bertaglia (2005), também descreve que as revisões podem variar de acordo com a classificação dos itens, especialmente os itens prioritários podem ser revisados mais frequentemente. Porém neste método deve-se ter cuidado com o período, pois a demanda pode oscilar e consequentemente podem ocorrer rupturas de estoque.

29 2.4 NÍVEIS DE ESTOQUE Determinar os níveis de estoque mais econômicos para a empresa é um importante problema, pois os custos de estoque são influenciados por muitos fatores, como volume, disponibilidade, movimentação, mão de obra e o próprio recurso financeiro. (POZO, 2004). 2.4.1 Tempo de Reposição (TR) Tempo de Reposição (TR) para Dias (2012, p. 45), [...] é o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto ate a chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa.. Complementando, Pozo (2004), afirma que quando efetua-se um pedido de compra junto ao fornecedor até o produto ser entregue, decorre um espaço de tempo que vai desde a solicitação no almoxarifado, o pedido de compra, a fabricação do produto até o momento do recebimento do pedido. O TR é composto de três elementos básicos, são eles: 1. Tempo para elaborar e confirmar o pedido junto ao fornecedor; 2. Tempo que o fornecedor leva para processar e entregar o pedido; 3. Tempo para processar a liberação do pedido na fábrica. TR = 1 + 2 + 3...(11) As variáveis 1 e 3 são dependentes de ações da empresa, esse pode ser reduzido ao máximo possível, porém a variável 2 depende do fornecedor, esse tempo depende de uma boa negociação para reduzir ao menor tempo possível. (POZO, 2004).

30 Gráfico 2 Gráfico demonstrativo do TR Fonte: Adaptado de DIAS, 2012. 2.4.2 Ponto de Pedido (PP) A definição de Ponto de Pedido (PP) segundo Pozo (2004, p. 64), é a quantidade de peças que temos em estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra [...]. Segundo Dias (2012), o ponto de pedido é quando o estoque atinge uma quantidade de produtos que juntamente com o tempo de reposição indica que deverá ser reposto o material, de tal forma que a quantidade do estoque suporte durante o tempo de reposição. Fórmula: PP = (C x TR) + ES...(12) Onde: PP = Ponto de Pedido C = Consumo normal de produtos TR = Tempo de Reposição ES = Estoque de Segurança

31 Para melhor compreender o cálculo, observa-se o e exemplo de Pozo (2004, p. 65), Determinada peça é consumida em 2.500 unidades mensalmente e sabemos que seu ponto de pedido é de 45 dias. Então, qual é seu ponto de pedido (PP), uma vez que seu estoque de segurança é de 400 unidades. PP = (C x TR) + ES C = 2.500 unidades por mês TR = 45 dias = 1,5 mês...(13) ES = 400 unidades PP = (2.500 x 1,5) + 400 PP = 3.750 + 400 PP = 4.150 unidades Resultado: O Ponto de Pedido (PP) é 4.150 unidades. 2.4.3 Estoque de Segurança (ES) Estoque de Segurança (ES), segundo Pozo (2004, p. 66), [...] é uma quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema [...]. Ainda para Pozo (2004), é uma medida de precaução por alguns fatores que podem ocorrer, como: atrasos no tempo de reposição pelo fornecedor, rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto, de tal forma que não afete o meio de produção ou as vendas. Segundo Dias (2012, p. 50), estoque de segurança [...] é a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem o risco de faltas. Existem alguns cálculos para o estoque de segurança, mas será apresentado apenas um deles, o Método de Grau de Risco (MGR), também conhecido como Fórmula Simples.

32 2.4.3.1 Método de Grau de Risco (MGR) ou Fórmula Simples Esse modelo é simples e fácil de utilizar, o modelo usa um fator de risco em porcentagem que é definido pelo administrador através de sua sensibilidade com o mercado e com as informações obtidas junto ao setor de vendas (POZO, 2004, p. 67). Fórmula: ES = C x K...(14) Onde: ES = Estoque de Segurança C = Consumo Médio Mensal K = Fator de segurança com o qual se deseja garantir contra um risco de ruptura O fator K, é arbitrário, ele é proporcional ao grau de atendimento desejado para um determinado item. Dias (2012), exemplifica da seguinte forma: se desejar que uma peça tenha um grau de atendimento de 90%, ou seja, deseja-se que somente em 10% das vezes o estoque esteja zerado, sabendo que o consumo mensal é 60 unidades, o estoque de segurança será: ES = 60 x 0,9 ES = 54 Resultado: O Estoque de Segurança (ES) é de 54 unidades. 2.4.4 Ruptura de Estoque Ruptura de Estoque ocorre quando a quantidade de produtos em estoque chega a zero e dessa forma, não se pode atender uma necessidade de consumo, uma requisição ou até mesmo uma venda. (DIAS, 2012).

33 2.4.5 Estoque Máximo Estoque máximo é a soma do Estoque de Segurança mais o Lote Econômico de Compra, ou seja, é o nível máximo de estoque, onde o volume armazenado ultrapassa a somatória do estoque de segurança com o lote de compra. (POZO, 2004). Fórmula: Emax = ES + LEC...(15) Onde: Emax = Estoque Máximo ES = Estoque de Segurança LEC = Lote Econômico de Compra 2.4.6 Retorno de Capital Retorno de Capital é o cálculo do lucro das vendas anuais sobre o capital investido em estoque. Como resultado do cálculo, o coeficiente deve ser maior do que 1, e quanto maior esse coeficiente melhor será o retorno do capital. (POZO, 2004). Fórmula: RC = L / C...(16) Onde: RC: Retorno de Capital L: Lucro C: Capital em Estoque Avaliando o retorno de capital de uma empresa, por exemplo, seu lucro anual é de R$65.000,00 e tem armazenado em estoque um total de R$35.000,00, calcule o retorno de capital. (POZO, 2004).

34 RC = 65.000,00 / 35.000,00 RC = 1,86 Resultado: O retorno de capital é 1,86, é um bom retorno. 2.4.7 Giros de Estoques ou Rotatividade (R) Giros de Estoque ou Rotatividade, segundo Pozo (2004, p. 47), é a avaliação do capital investido em estoques comparado com o custo das vendas anuais, ou da quantidade média de materiais em estoque dividido pelo custo anual das vendas.. Para Dias (2012), é a relação entre o consumo anual e o estoque médio de um produto. Para calcular a Rotatividade, pode ser utilizada a quantidade em produtos ou a quantidade monetária. (POZO, 2004, p. 47). Fórmula: R = CV / E...(17) Onde: R = Rotatividade CV = Custo das Vendas E = Estoque Por exemplo, uma empresa tendo vendas anuais de R$1.200.000,00, com custo anual de vendas em R$780.000,00 e lucro anual de R$65.000,00, e tendo em seu estoque (matéria-prima, auxiliar, manutenção e outros) um investimento de R$240.000,00, qual é a rotatividade de seus estoques? (POZO, 2004) R = 780.000,00 / 240.000,00

35 R = 3,25 Resultado: O estoque gira 3,25 vezes ao ano. Outro exemplo de Dias (2012): o consumo de determinado item foi de 800 unidades no ano, e a quantidade média em estoque foi de 100 unidades, qual seria a rotatividade do estoque? R = 800 / 100 R = 8 Resultado: O estoque gira 8 vezes ao ano. Quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a administração logística da empresa, menores serão seus custos e maior será sua competitividade. (POZO, 2004, p. 49). No Brasil a rotatividade de estoques está em torno de 14 giros por ano, que comparado aos padrões mundiais está muito abaixo. Tabela 3 - Giros de estoques por ano, média das empresas Índices de 97 (Médias) Brasil Mundial (EUA, Europa, Ásia) Japão Rotatividade (giros do estoque) 14 80 160 Fonte: POZO, 2004. 2.4.8 Cobertura de Estoque Segundo Bertaglia (2005, p. 318), a cobertura de estoque está relacionada à taxa de uso do item e baseia-se no cálculo da quantidade de tempo de duração do estoque, caso

36 este não sofra um ressuprimento.. Para Beckedorff (2009), cobertura de estoque indica uma unidade de tempo que o estoque será suficiente para cobrir a demanda média. Fórmula: Cobertura Estoque = Número de dias / Giro de estoque...(18) Beckdorff (2009) exemplifica da seguinte maneira: Calcule a cobertura de estoque para uma fábrica, sendo 180 dias (6 meses) o período de estudo e 17, 34 o giro do estoque no período. Cobertura Estoque = 180 / 17,34 Cobertura Estoque = 10,38 Resultado: A cobertura de estoque é suficiente para 10,38 dias. 2.5 LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC) O lote econômico de compra tem por objetivo determinar o tamanho de um lote de produtos a ser comprado ou produzido, com intenção de minimizar os custos de aquisição e os custos de manutenção de estoque. (BERTAGLIA, 2005). Segundo Pozo (2004), é a determinação do nível de estoque mais econômico para a empresa. Fórmula: LEC = 2 x D x Cp / Cc...(19) Onde: LEC = Lote Econômico de Compra D = Demanda anual Cp = Custo de Pedido Cc = Custo de Manutenção de Estoque

37 Beckdorff (2009) exemplifica da seguinte forma: calcule o LEC com as informações: D= demanda 40.000 unidades por ano Cp= custo de preparação $ 30,00 por pedido Cc= custo de carregamento = $ 0,30 por unidade ano Ci= custos independentes = $ 50,00 por ano. LEC = 2 x 40.000 x 30 / 0,30 LEC = 2.828,43 Resultado: O lote econômico de compras é 2.828,43 unidades. 2.6 CUSTOS DE ESTOQUE Conforme Dias (2012, p. 31), Custo de Estoque é todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos [...]. São eles: Juros; Depreciação; Aluguel; Equipamentos de movimentação; Deterioração; Obsolescência; Seguros; Salários; Conservação; Segundo Ballou (1993), existem três categorias de custos de estoques, são elas: os custos de pedido, os custos de manutenção de estoque e os custos por falta de estoque.

38 Gráfico 3 Curva do custo de armazenagem Fonte: Adaptado de DIAS, 2012. 2.6.1 Custos de Pedido Sempre que um pedido é emitido, incorrem custos fixos e variáveis referentes a ele. Os custos fixos são referentes aos salários dos envolvidos, e os custos variáveis são referentes a todos os demais recursos necessários para solicitar o pedido junto ao fornecedor. (POZO, 2004). Os custos de pedido estão associados ao processo de aquisição de material para reposição de estoques, sendo eles custos fixos e custos variáveis. (Ballou, 1993) 2.6.2 Custos de Manutenção de Estoque São todos os custos necessários para manter certa quantidade de produtos em estoque por um período de tempo. Há uma série de custos, como seguro contra incêndio e roubo, espaço para armazenamento, deterioração e o risco de manter o estoque. (BALLOU, 1993).

39 Segundo Pozo (2004, p. 43): Os custos de manutenção de estoque incorporam também as despesas de armazenamento, tais como: altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistemas de armazenagem e movimentação e pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informação específicos. Temos também custos associados aos impostos e aos seguros de incêndio e roubo decorrentes do material estocado. Além disso, os itens estão sujeitos a perdas, roubos e obsolescência, aumentando ainda mais os custos de mantê-los em estoque.. 2.6.3 Custos por Falta de Estoque São aqueles que ocorrem caso haja demanda por itens em falta no estoque. Conforme a reação do cliente potencial a uma situação de carência pode ocorrer dois tipos de falta: custos de vendas perdidas e custos de atrasos. (BALLOU, 1993, p. 212). Para Pozo (2004), um planejamento e um controle de estoques inadequados, pode acarretar o atraso ou a não entrega de um produto por falta de estoque, e com isso causar alguns transtornos ao cliente, como imagem da empresa, custos, confiabilidade, entre outros. 2.7 CURVA ABC A Curva ABC, ou Curva 80/20, ou também conhecida como Regra de Pareto é um importante instrumento para o administrador, com ela é possível identificar aqueles itens que merecem uma atenção e um tratamento especial na sua administração. (DIAS, 2012). Conforme Pozo (2004, p. 92): O princípio da Curva ABC foi elaborado, inicialmente, por Vilfredo Pareto, na Itália, no fim do século passado, quando por volta do ano de 1897 elaborava um estudo de distribuição de renda e riqueza da população local. Nesse estudo, Pareto notou que grande porcentagem da renda total concentrava-se nas mãos de uma pequena parcela da população, numa proporção de aproximadamente 80% e 20% respectivamente, ou seja, 80% da riqueza local estavam concentrada com 20% da população. Esse princípio geral, mais tarde, foi difundido para outras atividades e passou a ser uma ferramenta muito útil para os administradores.

40 A curva é tradicionalmente dividida em três categorias: 20% dos produtos e clientes com maior lucratividade formam a categoria A ; os próximos 50% formam a categoria B e os 30% finais formam a categoria C. (CHRISTOPHER, 2001, p. 46). Segundo Dias (2012), após a ordenação dos itens por importância relativa, as classes da Curva ABC podem ser classificadas da seguinte forma: Classe A: É o grupo de itens mais importante que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração (DIAS, 2012). Para Pozo (2004, p. 93), É nos itens dessa classe que iremos tomar as primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados em razão de sua importância monetária. Classe B: Conforme Pozo (2004, p. 93), São os itens intermediários e que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A.. Classe C: É o grupo com a maior quantidade de itens, porém com valor monetário muito reduzido, permitindo assim um espaço de tempo maior para análise e tomada de ação. (POZO, 2004). Gráfico 4 Gráfico da Curva ABC Fonte: Adaptado de POZO, 2004.

41 Para Pozo (2004, p. 93), precisa-se processar quatro passos para montar a Curva ABC, são eles: 1. Levantar todos os itens, com os dados de quantidades, preços unitários e preços totais; 2. Colocar todos os itens em uma tabela em ordem decrescente de preços totais e sua somatória total. Esta tabela deve conter as seguintes colunas: item, nome, preço unitário, preço total do item, preço acumulado e porcentagem; 3. Dividir cada valor total de cada item pela somatória total de todos os itens e colocar a porcentagem obtida em sua respectiva coluna; 4. E por fim, dividir todos os itens em classes A, B e C, de acordo com a prioridade e tempo disponível. Por exemplo, uma fábrica de peças para poder negociar com seus fornecedores reduções de preço, isso tem que ser urgente e o tempo disponível é pequeno. A direção, então, solicitou resolver o problema utilizando a Curva ABC da tabela a seguir: (POZO, 2004).

42 Tabela 4 - Dados de Estoque Custo/Unid. Consumo/Mês Valor Mensal Peça Nome R$ Peças R$ A-1C Eixo 20,00 100 2.000,00 A-1B Porca 0,50 1.000 5,00 A-2A Parafuso 1,00 100 100,00 A-2B Polia 10,00 2.000 20.000,00 C-1A Anel 2,50 1.000 2.500,00 C-1B Anel liso 1,50 50 75,00 A-1A Chaveta 0,50 80 40,00 B-2A Mola 3,00 5.000 15.000,00 C-1C Arruela 0,50 20 10,00 A-1X Eixo 50,00 500 25.000,00 A-1D Eixo 5,00 600 3.000,00 A-2D Placa 1,00 1.000 1.000,00 A-3B Polia 8,00 1.000 8.000,00 C-2A Aro 2,20 400 880,00 C-2B Anel fixo 1,50 100 150,00 A-2A Chave 0,50 100 50,00 B-2A Luva 3,00 150 450,00 C-2C Pino 0,70 200 140,00 Fonte: POZO, 2004 Depois de levantados os dados do estoque, será ordenado de acordo com o valor total de cada item em ordem decrescente, veja tabela a seguir:

43 Tabela 5 - Montagem da Curva ABC I Custo/Unid. P Consumo Valor/Mês R$ Item Peça R$ peças Total Acum. % 01 A 02 03 A-1X A-2B B-2A 50,00 10,00 3,00 500 2.000 5.000 25.000,00 20.000,00 15.000,00 25.000,00 45.000,00 60.000,00 31,7 57,0 76,1 04 B 05 06 07 A-3B A-1D C-1A A-1C 8,00 5,00 2,50 20,00 1.000 600 1.000 100 8.000,00 3.000,00 2.500,00 2.000,00 68.800,00 71.000,00 73.500,00 75.500,00 86,2 90,0 93,2 95,7 08 09 10 11 12 C 13 14 15 16 17 18 A-2D C-2A A-1B B-2A C-2B C-2C A-2A C-1B A-2A A-1A C-1C 1,00 2,20 0,50 3,00 1,50 0,70 1,00 1,50 0,50 0,50 0,50 1.000 400 1.000 150 100 200 100 50 100 80 20 1.000,00 880,00 500,00 450,00 150,00 140,00 100,00 75,00 50,00 40,00 10,00 76.500,00 77.380,00 77.880,00 78.330,00 78.330,00 78.480,00 78.620,00 78.795,00 78.845,00 78.885,00 78.895,00 97,0 98,1 98,7 99,3 99,5 99,7 99,8 99,9 99,94 99,99 100 Total acumulado 78.895,00 100 Fonte: POZO, 2004 Para montagem da Curva ABC foram adotados os critérios anteriormente enunciados para a tomada de decisão a montagem da Curva ABC da tabela anterior. (POZO, 2004). Classe A = 17% dos itens correspondem a 76% do valor total; Classe B = 22% dos itens correspondem a 20% do valor total; Classe C = 61% dos itens correspondem a 4% do valor total.

44 Pozo (2004, p. 95), conclui com este exemplo, que os itens A-1X, A-2B e B-2A correspondem a 76% do dinheiro envolvido em materiais e apenas 17% dos itens a ser negociados. Contudo, a Curva ABC é apresenta uma gama de aplicações, podendo ser utilizada em empresas de pequeno porte, médio e grande porte, ou seja, desde empresas que possuem sistemas informatizados quanto àquelas que fazem seu próprio planejamento. (DIAS, 2012). 2.8 UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE) A UML (Unified Modeling Language que em português se traduz para Linguagem de Modelagem Unificada) é a notação mais utilizada em especificações, não somente para aplicações estruturais, comportamentais e arquiteturais, mas também para modelo de negócios e estrutura de dados (UML, 2012). A notação UML unifica cada etapa de desenvolvimento e integração a partir da modelagem de negócio, através da modelagem de arquitetura e aplicação para o desenvolvimento, implantação, manutenção e evolução dos sistemas (UML, 2012). Segundo Fowler (2005), a notação é o marial gráfico que é visto nos modelos de, ou seja, ela é a sintaxe gráfica da linguagem de modelagem. 2.9 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) O ERP (Enterprise Resource Planning ou planejamento dos recusos corporativos) é um conjunto de sistemas que tem por objetivo otimizar a gestão e auxiliar as empresas a atingir seus objetivos. O ERP é um sistema que utiliza o mesmo banco de dados para e interage com todas as áreas da empresa facilitando o fluxo de informação em todas as áreas da empresa. De tal forma, que é possível monitorar todas as operações em tempo real e de forma integrada (MSBRASIL, 2013).

45 2.10 CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT) Segundo Ascenção (2013), um CRM (Customer Relationship Management ou Gerenciamento de Relacionamento com Clientes) é uma filosofia que permite desenvolver técnicas de gestão de relacionamento com o cliente, visando melhorar sua fidelidade e confiança ao longo do tempo. Com isto, busca-se melhorar a competitividade das empresas e assim melhorar a rentabilidade das empresas, de tal forma que, maximize a taxa de retorno do investimento. 2.11 WEB SERVICE Um Web Service é uma solução utilizada para integrar sistemas entre diferentes aplicações, ou seja, através dela é possivel conectar uma nova solução com um sistema já existente, inclusive de outras plataformas, fazendo assim que sejam compatíveis. Um Web Service traz agilidade e eficiência nos processos de comunicação, além de ser dinâmica e segurança, pois não há intervenção humana no processo. A base de um Web Service são os padrões XML e SOAP, ou seja, os dados são transferidos no formato XML e são encapsulados pelo protocolo SOAP, sendo o transporte normalmente realizado via protocolo HTTP (OFICINA DA NET, 2013). 2.12 SOA (SERVICE-ORIENTED ARCHITECTURE) SOA (Serviço Orientado a Arquitetura) é um dos mais recentes conceitos da informática, SOA é melhor definido como individualização de projetos, ou seja, cada projeto de negócio possui uma flexibilidade e serviços definidos e destintos, além disso, SOA é incremental e permite escalabilidade de sistemas (IBM, 2013).

46 Ainda para IBM (2013), SOA ajuda a criar um grande alinhamento entre a TI (Tecnologia da Informação) e a camada de negócios, pois gera uma grande flexibilidade de serviços, de tal forma que pode ajudar na reutilização de sistemas e fazer uma grande integração entre diferentes sistemas.

47 3 MÉTODO Neste capítulo são apresentados o tipo de pesquisa para a elaboração deste trabalho, bem como o planejamento das atividades, a proposta de solução e suas delimitações. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA Segundo Silva e Menezes (2001) pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo. As pesquisas podem ser classificadas de diversas formas, de acordo com Silva e Menezes (2001), as formas clássicas de classificação são do ponto de vista da sua natureza: pesquisa básica e pesquisa aplicada. E do ponto de vista da forma de abordagem do problema, são classificadas em: pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa. Para este trabalho, quanto à classificação do ponto de vista da sua natureza, será utilizada a pesquisa aplicada, que de acordo com Silva e Menezes (2001), tem por objetivo gerar novos conhecimentos para aplicações práticas dirigidos a solucionar problemas específicos. Quanto à classificação do ponto de vista da forma de abordagem, neste trabalho será utilizada a pesquisa qualitativa, onde não há uso de recursos e técnicas estatísticas para avaliação. (SILVA; MENEZES, 2001).

48 3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS Para o desenvolvimento deste trabalho serão necessárias algumas etapas, cada uma com sua devida importância. A seguir são apresentadas resumidamente as etapas para a elaboração deste projeto. Fundamentação teórica: nesta etapa é realizada a pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico necessário, de tal forma que os assuntos deste trabalho sejam melhor esclarecidos. Para isso foram utilizados livros e artigos. Modelagem: para esta outra etapa, serão utilizados diagramas definidos pela UML (Unified Modeling Language), conforme (UML, 2012) para visualizar o desenho do projeto. Para isso será seguido o processo ICONIX, que é composto pelos principais diagramas, que são: domínio, casos de uso, robustez, sequência e classe. Implementação: após a modelagem, será realizada a implementação do projeto, ou seja, o desenvolvimento do sistema propriamente dito. Nesta etapa o projeto será codificado, testado, implementado e validado por profissionais da área. Documentação final: está é a última etapa, nela serão apresentados os resultados finais obtidos com a implementação do sistema. 3.3 PROPOSTA DE SOLUÇÃO Sistemas de controle de estoque existem vários disponíveis, inclusive alguns gratuitos. Porém, conforme pesquisas realizadas na internet nos sistemas já existentes, percebeu-se que sistemas que além de fazer o controle de estoque, façam a previsão de estoque, possuam relatórios diferenciados, e auxiliem os gestores das empresas a manterem seus estoques sempre num nível mais proveitoso possível ainda são inovadores no mercado brasileiro, por isso o enfoque deste projeto é trazer algo novo e diferenciado. Este trabalho tem como proposta desenvolver um sistema com duas interfaces, um sistema web com interface gráfica que poderá ser acessado a partir de navegadores de

49 internet, popularmente conhecidos como browsers, e um sistema padronizado de comunicação web baseado em XML, SOAP, WSDL e outras tecnologias denominado Web Service (WORLD WIDE WEB CONSORTIUM, 2012) que poderá ser integrado a sistemas já existentes ou até mesmo serem desenvolvidos outros sistemas a partir dele. A figura 1 mostra uma visão geral da arquitetura tecnológica proposta. O sistema web será desenvolvido utilizando a tecnologia Microsoft e utilizando a linguagem de programação orientada a objetos Microsoft C# (OFICINA DA WEB, 2012), o Web Service será desenvolvido utilizando a tecnologia Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) que fornece um modelo unificado de programação para construção de aplicações distribuídas orientadas a serviço (SOA), com servidor de aplicações Microsoft Windows Server que é líder de mercado e controla os maiores datacenters (MICROSOFT WINDOWS SERVER, 2012). Como banco de dados será utilizado o Microsoft SQL Server, um servidor abrangente, com alto nível de desempenho, disponibilidade e segurança (MICROSOFT SQL SERVER, 2012). Figura 1 Arquitetura da proposta de sistema Fonte: O Autor (2012) Na aplicação web será possível realizar: cadastros, edições e exclusões de usuários, fornecedores, clientes, produtos, categorias de produtos, entrada e saída de produtos. Também serão disponibilizados relatórios, gráficos, serão exibidas mensagens de alerta e serão enviados emails alertando alguma anormalidade com o estoque, por exemplo: o estoque mínimo de determinado produto foi atingido. Já no módulo de Web Service serão disponibilizados todos os cadastros e relatórios, assim como na aplicação, porém não serão enviados emails nem serão

50 disponibilizados os gráficos. Com isso, o Web Service torna-se totalmente independente e a partir dele podem ser desenvolvidos outros sistemas ou acoplados a sistemas já existentes, como ERPs, CRMs e os próprios sistemas das empresas, dessa forma, facilitando a integração com os sistemas que uma determinada empresa já utiliza. A figura 2 mostra o detalhamento da arquitetura de solução técnica, já apresentando alguns dos componentes do sistema. Figura 2 Arquitetura da proposta de solução Fonte: O Autor Como pode ser percebido na figura 2, o sistema terá três principais funcionalidades: cadastros, relatórios e alertas com avisos por email e avisos em tela. O acesso ao sistema será realizado de forma protegida por meio de login e senha, após isto o usuário terá acesso a essas funcionalidades de acordo com o seu perfil de acesso e, portanto, terá acesso as funcionalidades do sistema.

51 3.4 DELIMITAÇÕES Como visto, o sistema terá seu foco na previsão de estoque, controle de produtos e relatórios. Contudo, alguns tópicos não serão abordados neste projeto e serão descritos a seguir. Por se tratar de um sistema de previsão e controle de estoque, nesse primeiro momento o sistema não contará com controle de custos e transações financeiras, tal como juros, impostos e tributações. Além disso, não será implementada compra e venda de produtos, apenas entrada e saída de produtos, isso tudo devido ao tempo disponível para o desenvolvimento do projeto.

52 4 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO Neste capítulo são apresentados as metodologias de desenvolvimento, bem com as modelagens para o desenvolvimento do sistema de previsão de estoque. 4.1 REQUISITOS Esta etapa corresponde a compreensão do problema aplicado ao desenvolvimento do software, tendo como principal objetivo o entendimento que usuários e desenvolvedores tenham a mesma visão do problema a ser resolvido (BEZERRA, 2002). Ainda segundo Bezerra (2002), os requisitos podem ser definidos em duas categorias: requisitos funcionais e requisitos não-funcionais. A seguir serão apresentados estes requisitos. 4.1.1 REQUISITOS FUNCIONAIS Os requisitos funcionais definem as funcionalidades do sistema, ou seja, quais serão as funcionalidades práticas (BEZERRA, 2002). Na figura a seguir são apresentados os requisitos funcionais.

53 Figura 3 Requisitos Funcionais Fonte: O Autor (2012) 4.1.2 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS Os requisitos não-funcionais indicam as características de qualidade que o sistema deve possuir e que estão diretamente ligados às suas funcionalidades, essas características são tais como: segurança, desempenho, portabilidade (BEZERRA, 2002). A seguir são apresentados os requisitos não-funcionais.

54 Figura 4 Requisitos Não Funcionais Fonte: O Autor (2012) 4.2 CASOS DE USO Segundo Bezerra (2002), caso de uso é a especificação de uma sequência passo a passo de interações entre sistemas e agentes externos, definindo uma parte da funcionalidade do sistema. Os casos de uso são muito reconhecidos e com uma parte importante na UML. Os casos de uso servem para descrever as interações típicas entre os usuários de um sistema e o próprio sistema, fornecendo uma narrativa de como o sistema é utilizado. Eles representam uma visão externa do sistema, os casos de uso são uma ferramenta valiosa para ajudar no entendimento dos requisitos funcionais de um sistema. Para o desenvolvimento deste projeto, os casos de uso foram modelados para atender os requisitos e mostrar uma visão de como será o sistema e suas funcionalidades, na figura a seguir é apresentado o diagrama de casos de uso.

55 Figura 5 Diagrama de Casos de Uso Fonte: O Autor (2012) E na tabela a seguir é apresentado o caso de uso UC02 CRUD Usuários, este caso de uso mostra os fluxos de cadastro, edição, exclusão e listagem de usuários do sistema. Tabela 6 UC02 CRUD Usuários Caso de Uso Descrição Pré Condições Pós Condições Fluxo Principal UC02 CRUD Usuários Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de usuários no sistema UC01 Efetua Login Gerenciar os usuários do sistema 1. O usuário clica no link usuários no menu do sistema 2. O sistema exibe uma lista com os usuários cadastrados no sistema 3. O sistema exibe as seguintes opções na tela: 3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1] 3.2 Editar [Fluxo alternativo 2] 3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3] Fluxos Alternativos 1 Cadastrar 1.1 O sistema apresenta uma página com as

56 Fonte: O Autor (2012) informações para cadastro 1.2 O usuário digita as informações nos campos requeridos 1.3 O sistema faz uma requisicão para o webservice cadastrar as informações 1.4 O webservice armazena as informações no banco de dados 1.5 O sistema exibe uma mensagem de cadastro realizado com sucesso. 2 Editar 2.1 O sistema apresenta uma página com as informações para cadastro 2.2 O usuário digita as informações nos campos requeridos 2.3 O sistema faz uma requisição para o webservice atualizar as informações 2.4 O webservice atualiza as informações no banco de dados 2.5 O sistema exibe uma mensagem de cadastro atualizado com sucesso. 3 Excluir 3.1 O sistema faz uma requisição para o webservice excluir o registro 3.2 O webservice exclui o registro do banco de dados 4.3 DIAGRAMAS DE ROBUSTEZ O Diagrama de Robustez não existe na UML (Unified Modeling Language), porém é utilizado em processos ICONIX e geralmente é um diagrama de estereótipos entity, boundary e control. É um diagrama que tem por função verificar se o texto de caso de uso está correto e verificar de forma preliminar o conjunto de objetos que irão participar do caso de uso (DELFIM, 2008). Na figura a seguir, o diagrama de robustez para o desenvolvimento do sistema, está dividido entre a aplicação web e o web service e foram desenvolvidos genericamente atendendo os requisitos de todos os casos de uso.

57 Figura 6 Diagrama de Robustez Fonte: O Autor (2012) 4.4 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA Os diagramas de sequência geralmente apresenta o comportamento de apenas um cenário, mostrando exemplos de objetos e mensagens que são passadas entre os objetos de um caso de uso (FOWLER, 2005). No diagrama de sequência a seguir, é exibida a sequência dos fluxos de mensagens e objetos do fluxo de efetuar login do sistema, onde os demais fluxos seguem o mesmo raciocínio.

58 Figura 7 Diagrama de Sequência Efetua Login Fonte: O Autor (2012)

59 4.5 DIAGRAMAS DE CLASSE De acordo com Fowler (2005), diagrama de classes descrevem quais objetos e os tipos de objetos presentes no sistema e os relacionamentos estáticos entre eles, além disso, mostram as propriedades e as operações de uma classe. As propriedades representam as características estruturais da classe, em outras palavras, as propriedades correspondem aos campos de uma classe. E a notação atributos descreve uma propriedade como uma linha de texto dentro da caixa de classe (Fowler, 2005). Figura 8 Diagrama de Classe Usuários Fonte: O Autor (2013)

60 5 DESENVOLVIMENTO Neste capítulo são apresentados o histórico de desenvolvimento com um breve resumo de cada etapa, as tecnologias e ferramentas que foram utilizadas com uma descrição de cada uma delas, a descrição e as principais telas do sistema e por fim a validação do sistema. 5.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO Primeiramente foi realizada uma pesquisa na internet avaliando os atuais sistemas de previsão de estoque no mercado, foram levantados os prós, os contras, e principalmente o que ainda não existia e o que poderia ser melhorado. A partir desta pesquisa e seguindo a metodologia ICONIX que foi escolhida como metodologia de desenvolvimento, foram levantados os requisitos do sistema, em sequência foram criados os diagramas e por fim o desenvolvimento do sistema. 5.2 TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS Para o desenvolvimento da proposta de solução, serão utilizadas diversas tecnologias e ferramentas (softwares) que são especificados a seguir.

61 5.2.1 C# - A Linguagem de Programação A linguagem de programação C# (se lê C Sharp) é uma linguagem simples, porém poderosa e também ideal para desenvolver aplicações web com o ASP.NET. É uma linguagem evoluída do C e C++, que além de utilizar muitas características do C++, como declarações, expressões e operadores, possui um mecanismo chamado Garbage Collector (Coletor de Lixo), que de forma automática gerencia a memória utilizada das aplicações facilitando o desenvolvimento (LOTAR, 2007). Ainda segundo Lotar (2007), C# é uma linguagem orientada a objetos, sendo assim, existe a capacidade de uma classe herdar características ou métodos de outras classes. Todos os programas desenvolvidos em C# devem ser compilados e geram arquivos com a extensão DLL ou EXE. E assim compilados, tornam a execução dos programas mais rápidas do que as linguagens de script que geralmente são utilizadas na internet. 5.2.2 MICROSOFT VISUAL STUDIO De acordo com a MSDN (2013): O Visual Studio é um pacote de ferramentas de desenvolvimento de software baseadas em componentes e outras tecnologias para a criação de aplicativos avançados de alto desempenho. Além disso, o Visual Studio é otimizado para projeto, desenvolvimento e implantação em equipe usando Team Foundation Service ou Team Foundation Server. 5.2.3 SQL SERVER Banco de dados é um conjunto de informações relacionadas a determinado objeto ou assunto, sendo as informações armazenadas em tabelas. Tabelas é um conjunto de dados sobre um tópico específico, onde são armazenados dados em colunas (campos) e em registros (linhas) (LOTAR, 2007).

62 Ainda segundo Lotar (2007), para realizar as consultas e transações no banco de dados, é utilizada a linguagem de consulta estruturada SQL (Structed Query Language), que se divide em: Linguagem de consulta de dados (DQL Data Query Language) Linguagem de manipulação de dados (DML Data Manipulation Language) Linguagem de definição de dados (DDL Data Definition Language) O Microsoft SQL Server é um servidor de banco de dados abrangente, pronto para as cargas de trabalho corporativas mais exigentes (MICROSOFT SQL SERVER, 2012). Na figura abaixo é apresentado o diagrama de entidade-relacional (ER) do banco de dados utilizado pelo sistema. Figura 9 Diagrama Entidade Relacionamento Fonte: O Autor (2013)

63 5.2.4 WCF (Windows Communication Foundation) Windows Communication Foundation (WCF) é um modelo de programação unificada da microsoft para contrução de Serviços Orientados à Arquitetura (SOA). Permite desenvolvedores criarem soluções seguras, confiáveis e negociadas. Além do mais, pode interagir com todas as plataformas, seguindo o conceito de interoperabilidade (MSDN, 2012). 5.2.5 MVC C# (Model View Controller) MVC C# é um modelo usado para aplicações web, ele é dividido em 3 camadas. A Model é a camada que representa os dados da aplicação, as regras de negócio do acesso e modificadores dos dados, a camada View é a responsável por renderizar as informações e enviar para a camada de controle as ações do usuário, ela também acessa os dados do controlador (controller) determinando como os dados devem ser manipulados, a camada Controller é onde fica a regra de negócio do sistema, ela interpreta as ações dos usuário (View) e as mapeia para as chamadas do modelo (Model) (LEMOS, 2013).

64 Figura 10 Modelo MVC Fonte: Lemos (2013) 5.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA Conforme planejado, foram desenvolvidos dois sistemas, um sistema Web Service que se comunica somente com o Banco de Dados e um outro sistema Web que utiliza apenas o Web Service como fonte de dados. A seguir são apresentados cada um desses sistemas. 5.3.1 WCF/ Web Service O serviço WCF de controle e previsão de estoque desenvolvido neste projeto, é um serviço disponibilizado na web que poderá ser acessado por qualquer outro sistema por requisições HTTP através de métodos GET ou POST e é exposto para consumo através do endpoint (MSDN WCF, 2013).

65 Através da interoperabilidade do serviço WCF, ele poderá ser acoplado em qualquer sistema já existente, podendo ser aplicado nos ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e inclusive nos próprios sistemas internos de cada empresa. Com isso, torna-se mais fácil, barato e acessível fazer o uso dos serviços disponibilizados nesse projeto. Para fazer uso deste serviço WCF, o cliente precisa criar um proxy para se comunicar com o serviço WCF, após isso, deverá referenciar o serviço em seu código como faria com qualquer outro objeto (MSDN WCF, 2013). A seguir, veja um exemplo de utilização na linguagem C#. private void Button1_Click(Object sender, eventargs e) { ProductWCF.ProductClient client = new ProductWCF.ProductClient(); client.saveorupdate(txtsession.text, GetProduct()); } O serviço WCF é semelhante aos conhecidos sistemas Web Service, só que com a grande vantagem de poder trabalhar diretamente com um objeto e não precisar fazer manipulação de XML para fazer cada transação serializando e desserializando as mensagens em string. Sem contar as outras vantagens, como: objetos tipados, tempo de comunicação, tempo de desenvolvimento, entre outras. Para este projeto, foram desenvolvidos os seguintes serviços e suas operações: Tabela 7 WCF Serviços e Operações Nome do Serviço Operação/Função Endereços - PesquisaPorID; - SalvarOuAtualizar; Marcas - PesquisarTodas; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Excluir; Cidades - PesquisarTodas; - PesquisarPorId;

66 Empresas Países Categorias de Produtos Entrada de Produtos Saída de Produtos Produtos Relatórios Estados - SalvarOuAtualizar; - PesquisarTodas; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Excluir; - PesquisarTodos; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - PesquisarTodas; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Excluir; - ObterEntradasMensal; - PesquisarEntradasPorEmpresa; - PesquisarEntradasPorCategoriaProduto; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Excluir; - ObterTotalDeVendasMensal; - PesquisarSaidasPorEmpresa; - PesquisarSaidarPorCategoriaProduto; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Excluir; - PesquisarProdutosPorEmpresa; - PesquisarProdutosPorCategoria; - PesquisarProdutoPorId; - SalvarOuAtualizar; Excluir - ObterLista; - ObterRelatorios; - ObterRelatorioCurvaABC; - PesquisarTodos;

67 Usuários Fonte: O Autor (2013) - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - PesquisarTodos; - PesquisarPorId; - SalvarOuAtualizar; - Login; - Excluir; Como descrito anteriormente, com o serviço WCF é possível qualquer aplicação já existente integrar ao seu sistema e usufruir dos recursos deste projeto, e também, novas aplicações podem fazer a utilização do sistema. Podendo ser aplicado em qualquer linguagem que aceite requisições HTTP, podendo ser utilizado em aplicações JAVA, PHP e muitas outras linguagens por exemplo. 5.3.1.1 Segurança/Autenticação Para acessar cada serviço e suas respectivas operações, é obrigatório enviar um token/chave de segurança para fazer a autenticação do usuário no sistema. Para obter o token é necessário fazer a operação de Login, veja a seguir um exemplo de como deverá ser feito o login na linguagem de programação C#: private void Login_Click(Object sender, eventargs e) { UserWCF.UserClient client = new UserWCF.UserClient(); string token = client.login(txtusername.text, txtpassword.text); } Após feito o login, deve-se guarder o token de segurança e deverá ser enviado em cada transação dos serviços WCF desenvolvido, dessa forma, sabe-se qual usuário está realizando cada transação, caso contrário, não será possível efetuar a transação requerida.

68 5.3.2 Web Site Além do sistema WCF apresentado anteriormente, também foi desenvolvido para este projeto um Web Site que utiliza somente os serviços do sistema WCF/Web Service criado, sem acesso à banco de dados ou qualquer outra fonte de dados, ou seja, o web site que será apresentado a seguir só utiliza como fonte de dados o serviço WCF de controle e previsão de estoque criado. A seguir, serão apresentadas as principais telas do sistema e suas devidas funcionalidades. 5.3.2.1 Apresentação do Sistema (Web Site) A seguir, são apresentadas as principais telas do sistema com uma breve descrição das funcionalidades de cada uma delas. O acesso ao Web Site se dá através de login e senha previamente cadastrados no banco de dados. A figura a seguir apresenta a tela de login do sistema, nela o usuário deverá digitar seu login e sua senha e em seguida clicar no botão Enviar.

69 Figura 11 Tela de Login Fonte: O Autor (2013) A figura 12 representa a tela inicial do sistema com os menus disponíveis. Figura 12 Tela Inicial Fonte: O Autor (2013)