Proteínas Essenciais para o funcionamento das células vivas e, juntamente com os carboidratos e lipídios, constituem a alimentação básica dos animais.

Documentos relacionados
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS

UFABC Bacharelado em Ciência & Tecnologia

23/03/2015. Moléculas orgânicas - Carboidratos

Proteínas. As proteínas são o centro da acção em todos os processos biológicos. Voet & Voet Biochemistry

Proteínas. Enzima que Colagénio Insulina degrada a insulina (hormona)

Proteínas. - Revisão - Prof a. Dr a. Elisa d Avila Costa Cavalcanti. Bromatologia EN/UNIRIO

COAGULAÇÃO DE PROTEÍNAS DO LEITE

O QUE SÃO SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS? QUAL A FUNÇÃO BIOLÓGICA DE CADA UMA?

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

A Importância dos Alimentos. Prof.: Andrey Oliveira Colégio Sete de Setembro Disciplina: Educação Física

LEITE UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CURSO DE GRADUAÇAO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA DIETÉTICA I CONCEITO

Análise de Proteínas. Prof. Eduardo Purgatto Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF USP. Curso de Graduação Disciplina de Bromatologia Básica

Profa. Joyce Silva Moraes

VEGESOY ISOLATED. Proteína Isolada da Soja. Informações Técnicas

Biologia Molecular (Parte I)

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

Aminoácidos não-essenciais: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina.

Cap. 4: Componentes orgânicos celulares As moléculas multifuncionais. Equipe de Biologia

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL FREDERICO GUILHERME SCHMIDT Escola Técnica Industrial. Disciplina de Biologia Primeiro Ano Curso Técnico de Eletromecânica

Para que serve o alimento?

Aminoácidos FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Aminoácidos AMINOÁCIDOS, PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS. Universidade Federal de Mato Grosso Disciplina de Bioquímica H2N C COOH

A base molecular da vida Constituintes da matéria-viva

Quem come bem vive melhor. Hábitos alimentares

REVISÃO: ENADE BIOQUÍMICA - 1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos Departamento de Tecnologia de Alimentos

14/02/2017. Genética. Professora Catarina

Dossiê proteínas. 58 FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº História das proteínas

AS PROTEÍNAS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Aminoácidos peptídeos e proteínas

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS

CURSO DE GASTRONOMIA Disciplina : matérias primas Conceito e Tipo de Matéria Prima

Aminoácidos. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física. UNESP São José do Rio Preto. SP.

CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: BIOQUÍMICA HUMANA PROF. WILLAME BEZERRA. Aminoácidos. Prof. Willame Bezerra

ESTRUTURA E BIOQUÍMICA

13/08/2018. Escala de ph. Escala de ph. Crescimento básico. Crescimento ácido. Neutro. básico

Proteínas: aspectos gerais

BÁSICA EM IMAGENS. Aminoácidos, peptídeos e proteínas

Matéria Orgânica do solo (m.o.s)

- Apresentam uma fórmula básica: um átomo central de carbono onde se ligam:

Estrutura tridimensional de proteínas. Prof. Dr. Fernando Berton Zanchi

Bioinformática. Conceitos Fundamentais de Biologia Molecular. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel

Proteínas na alimentação de monogástricos

Composição química celular

SUSPENSÕES E SOLUÇÕES

Profª Eleonora Slide de aula

Em termos comparativos a chlorella possui proporcionalmente mais proteínas do que a soja, a carne bovina e o trigo.

Semana 8 As Proteínas

Nome do Produto: 100% Whey Protein Gold Standard - Optimum Nutrition

Professor Carlos - Proteinas

SUMÁRIO MÓDULO 6 ALIMENTOS E NUTRIENTES ATIVIDADE 1 (PÁGINA 221)

5º Aula Proteínas. Nutrição Ciência e Profissão FACIPLAC

Formulações de Adjuvantes Agrícolas

Carla Bittar Bioquímica e Metabolismo Animal

Aminoácidos e Peptídeos. Profa. Alana Cecília

OS ÁTOMOS E MOLÉCULAS DOS SERES VIVOS

Apresentação. O que significam os itens da Tabela de Informação Nutricional dos rótulos

- Ácido ribonucléico (ARN ou RNA): participa do processo de síntese de proteínas.

TURMA DE REVISÃO - EMESCAM 1º SEMESTRE QUÍMICA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

Aminoácidos (aas) Prof.ª: Suziane Antes Jacobs

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : (Frutas vermelhas) (Abacaxi)

Como nosso corpo está organizado

PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS PIGMENTOS DA CARNE. DEFEITOS EM CARNE PSE e DFD

Técnico em Alimentos UFRPE. Bioquímica. Sandro do Nascimento Silva Carlos Roberto Rosa Silva. Universidade Federal Rural de Pernambuco

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula Genética

Introdução. Estrutura dos Aminoácidos e Proteínas. Aminoácidos componentes de proteínas. Aminoácidos componentes de proteínas 10/02/2012.

Tecnologia de leites e derivados Prof. Andréa Matta Ristow PROCESSAMENTO DO IOGURTE

CARDÁPIOS SUBSTITUTOS. Prof a - Andréa Araújo

MEDICINA PREVENTIVA HÁBITOS ALIMENTARES

WHEY PROTEIN CONCENTRADO

Criado e Desenvolvido por: RONNIELLE CABRAL ROLIM Todos os direitos são reservados

Multi Star Adulto 15kg e 5kg

Serviço Especial de Genética Ambulatório de Fenilcetonúria - HC Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico - NUPAD Faculdade de Medicina / UFMG

Você tem ninho de ovos de ouro?

Você não é o que come. Você é o que absorve!

AMINOÁCIDOS. - Os aminoácidos são os elementos constituintes de peptídeos, proteínas; - Precursores de hormônios, neurotransmissores, nucleotídeos;

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

Disciplina de Proteômica. Caroline Rizzi Doutoranda em Biotecnologia -UFPel

Proteínas A U L A 04 - TEÓRICA PROF. DÉBORA CHRISTINA

Limite máximo (g/100g ou g/100ml) Legislação. Mistela composta R 04/88

TEORES DE PROTEÍNA SOLÚVEL E AMINOÁCIDOS LIVRES EM FARINHA DE SOJA HIDROLISADA COM ENZIMAS

BIOENGENHARIA I UFPB CT DEQ Prof. Sharline Florentino de Melo Santos

Água e Solução Tampão

treinofutebol.net treinofutebol.net

03/01/2016. Proteína INTRODUÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE CADEIA PROTÉICA FUNÇÕES FUNÇÕES BIOLÓGICAS

Conceitos e aplicações dos adjuvantes

PRODUTOS DERIVADOS DO LEITE. Ângela Maria Fiorentini

B-PROTEIN. Proteína Isolada da Carne Hidrolisada

RMN em proteínas pequenas

Alimentação da vaca leiteira

Aminoácidos e Proteínas

95% de água, 3% de substâncias orgânicas e 2% de sais minerais. uma secreção serosa outra secreção mucosa

Palavra chave: controle

VALOR NUTRITIVO DA CARNE

Aula: 16 Temática: Estrutura dos aminoácidos e proteínas parte I. Iremos iniciar o estudo da estrutura dos aminoácidos e proteínas.

Transcrição:

Proteínas Essenciais para o funcionamento das células vivas e, juntamente com os carboidratos e lipídios, constituem a alimentação básica dos animais. Exercem várias funções biológicas: proteínas contráteis (miosina, actina); proteínas estruturais (colágeno, queratina); biocatalisadoras (enzimas); hormonais (insulina, glucagon, hormônios da tireóide); de transporte (hemoglobina transporte de O 2, transferrina transporte de Fe); de reserva (ovoalbumina, caseína); e de defesa (anticorpos).

Proteínas As proteínas alimentares são digeríveis, não tóxicas e palatáveis. Em alimentos: funções nutricionais, organolépticas, e de textura. Podem ser: o simples (compostas apenas por aminoácidos); o conjugadas ptn + parte não protéica grupo prostético Ex. lipoproteínas, glicoproteínas, metaloproteínas, nucleoproteínas

Os aminoácidos podem ser classificados em: Aminoácidos essenciais São aqueles que não podem ser sintetizados pelo organismo, devendo ser administrados através da alimentação.

Aminoácidos * Condicionalmente essenciais * Essenciais Aminoácidos Símbolos Aminoácidos Símbolos Alanina Ala Leucina Leu Arginina Asg Lisina Lys Asparagina Asp Metionina Met Ácido aspártico Asp Fenilalanina Phe Cisteína Cys Prolina Pro Glutamina Gln Serina Ser Ácido glutâmico Glu Treonina Thr Glicina Gly Triptofano Trp Histidina His Tirosina Tyr Isoleucina Ile Valina Val

Os aminoácidos podem ser classificados em: Aminoácidos não essenciais São sintetizados pelo organismo e, por isso, não precisam, necessariamente, ser ingeridos através da dieta. Aminoácido limitante É aquele encontrado em menor quantidade na composição de uma determinada proteína.

Aminoácido limitante Alimento Trigo Arroz Legumes Milho, cereais Feijão Ovos, frango Lisina Lisina Aminoácido limitante Triptofano Lisina, Triptofano Metionina ou Cisteína Nenhum (proteína de MAIOR valor biológico alta digestibilidade)

Aminoácidos Sólidos, incolores, cristalinos que fundem com decomposição a alta temperatura. Sabor amargo, doce ou sem sabor. Solubilidade em água, ácidos e álcalis; insolúveis em em solventes orgânicos.

Cadeia linear, solúvel em água, não coagulam pelo calor COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS - PROTEÍNAS Peptídeos formados a partir da condensação de 2 ou mais aminoácidos. Classificados segundo o n o de aminoácidos o di, tri e tetrapeptídeo até 10: oligopeptídeo o > 10 aminoácidos: polipeptídeos

Estrutura primária Seqüência linear de aminoácidos, unidos por ligações peptídicas, que compõem uma determinada proteína.

Estrutura secundária Primeiro grau de ordenação da cadeia polipeptídica. Os grupamentos químicos de um aminoácido interagem (por pontes de hidrogênio) com os grupamentos químicos dos outros aminoácidos presentes na seqüência linear. Alfa hélice Folhas beta

Estrutura terciária É o enovelamento da cadeia polipeptídica. Ocorre em proteínas monoméricas (aquelas que apresentam apenas uma cadeia polipeptídica, ou seja, apenas uma subunidade).

Estrutura quaternária Ocorre em proteínas oligoméricas (aquelas que apresentam mais de uma cadeia polipeptídica, ou seja, mais de uma subunidade). É a maneira pela qual as subunidades se agrupam. Cada proteína apresenta uma conformação única, que é determinada pela sua seqüência de aminoácidos.

Propriedades ácido básicas das proteínas possuem pontos isoelétricos característicos (igual número de cargas negativas e positivas). Representa o ph de menor solubilidade protéica. Proteína Ponto isoelétrico (pi) a 25 C Ovoalbumina 4,6 -lactoglobulina 5,2 Caseína 4,6 Mioglobina 7,0 Hemoglobina 6,8

Solubilidade das proteínas sua solubilidade em meio aquoso depende de vários parâmetros, tais como ph, força iônica, temperatura. o Influência do ph o Efeito da força iônica Salting in: sais neutros 0,5 a 1,0mol/L - solubilidade ptns. Água ligada aos íons a solvatação das ptns. Salting out: sais neutros > 1mol/L - solubilidade ptns Precipitação Competição entre ptns e íons pela água.

Solubilidade das proteínas (continuação) o Efeito da temperatura a maioria das proteínas são solúveis a temperatura ambiente temperatura 40-50 C solubilidade > 50 C desnaturação solubilidade temperaturas muito baixas desnaturação solubilidade precipitação

Classificação das proteínas em função da solubilidade Albumina: solúveis em água, em soluções fracamente ácidas ou alcalinas; coagulam pela ação do calor. Ex. Ovoalbumina (clara do ovo), Lactolbumina (leite). Globulinas: pouco solúveis ou insolúveis em água. Coagulam pelo calor. Ex. Miosina (músculo), ovoglobulina e ervilhas (legumina).

Ex: colágeno e queratina. COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS - PROTEÍNAS Classificação das proteínas em função da solubilidade Glutelinas: encontradas somente em vegetais. Insolúvel em água, soluções salinas e de etanol. Solúveis em soluções ácidas e alcalinas diluídas. Ex. Glutenina (trigo). Prolaminas: encontrada somente em vegetais. Insolúveis em água e em soluções salinas, e solúveis em soluções de etanol. Ex. Gliadina (trigo e centeio), Zeína (milho, Hordeína (cevada). Escleroproteínas: alto grau de insolubilidade, estrutura fibrosa.

Desnaturação de proteínas Representa qualquer modificação na sua conformação (alterações das estruturas secundárias, terciárias ou quaternárias), sem o rompimento das ligações peptídicas envolvidas na estrutura primária. Ex. Adicionar gotas de limão ao leite (formação do coalho). Efeitos da desnaturação: o solublidade o mudança da capacidade de ligar água o perda da atividade biológica (ex. enzimas) o suscetibilidade ao ataque por proteases.

Desnaturação de proteínas o Agentes físicos calor (a velocidade de desnaturação depende da temperatura) alguns tratamento mecânicos muito severos (ex. batimento) o Agentes químicos ph do meio mudanças de solventes, de força iônica

espumas, formação de películas. COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS - PROTEÍNAS Propriedades funcionais das proteínas Podem ser modificadas por agentes físicos, químicos e biológicos, nos processos de obtenção ou isolamento da proteína. o Propriedades de hidratação: absorção e retenção de água, molhabilidade, formação de gel, adesividade, dispersabilidade, solubilidade, viscosidade. o Propriedades relacionadas com interações ptn-ptn: formação de gel, coagulação, formação de estruturas como fibras e glúten. o Propriedades de superfície: emulsificação, formação de

Propriedades funcionais de proteínas requeridas em vários alimentos Alimento Funcionalidade Bebidas Sopas, molhos Produtos de panificação Derivados de leite (sorvetes, iogurtes) Substitutos de ovos Produtos cárneos (embutidos, presunto) Coberturas Produtos de confeitaria Fonte: Fennema, 1986. Solubilidade em diversos valores de ph, estabilidade térmica, viscosidade. Viscosidade, emulsificação, retenção de água. Propriedades viscoelásticas, coesão, desnaturação térmica, formação de gel, absorção de água, emulsificação, aeração. Emulsificação, retenção de gordura, viscosidade, aeração, formação de gel, coagulação. Aeração, formação de gel. Emulsificação, gelificação, coesão, absorção de água e gordura, retenção de água Coesão, adesão. Dispersibilidade, emulsificação.

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do Leite o Caseína Fosfoproteína encontrada na forma de sal de cálcio coloidal 80% das proteínas do leite a,, g e K-caseína Coagula por: (não coagula pelo calor ) ph (lactobacilos naturais ou starter - fermentação da lactose em ácido lático): envolvido na confecção do queijo, iogurte, queijo tipo ricota

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do Leite o Caseína Coagula por: (não coagula pelo calor ) ação da renina ou quimosina obtida a partir de células epiteliais do estômago de bezerros: formação do coalho (proteases fúngicas, pepsina suína) Coalhada ph; firmeza da massa corte em pequenos pedaços para extração do soro adição de sal (remoção do soro residual reprimir crescimento MOs prensa maturação.

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Durante a maturação... armazenamento em baixas temperaturas por um tempo considerável enzimas do coalho e outras proteases de origem microbiana grau limitado de proteólise textura, odor e sabor final do queijo. Proteínas do Leite (continuação) o Lactoalbumina: 0,5% das proteínas do leite Solúvel em água Coagula pelo calor

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Valores típicos proporcionais das várias proteínas do leite desnatado Proteínas do leite desnatado (%) Quantidade no leite (g/l) Caseínas (total) 80 27 a-caseína 40 14 -Caseína 24 8 -Caseína 12 4 g-caseína 4 1 Proteínas do soro (total) 20 7,0 Lactoalbumina 12 4,2 Lactoglobulina 5 1,8 Imunoglobulinas 2 0,7 Outras 1 0,3

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do Ovo o Clara do ovo (67% do peso total do ovo) Ovoalbumina (50%): desnaturada por agitação; coagula por aquecimento. Conalbumina: coagula pelo calor abaixo 60 o C. Avidina: se liga à biotina, impedindo a ação dessa vitamina quando consumida crua.

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do Ovo o Clara do ovo (67% do peso total do ovo) Lisozima (3% da clara do ovo): ação nas paredes celulares de algumas bactérias; inativada facilmente pelo calor.

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Principais proteínas da clara do ovo Teor (%) total de proteínas Ovoalbumina 54 Conalbumina 12 Ovomucóide 11 Ovomucina 1,5 3,5 Lisozima 3,4 Ovoglobulinas 8

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do ovo (continuação) o Gema do ovo (32% do peso total do ovo) Lipovitelina Fosfovitina Fosfolipídio: 10% de fósforo e 12% de nitrogênio 80% das proteínas da gema

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas da clara e da gema AGENTES TENSOATIVOS Diminui a tensão superficial entre a água e uma fase hidrofóbica (ex.azeite) Agregação na interface formando grandes partículas

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Exemplo: Água e óleo batidos em liquidificador EMULSÃO INSTÁVEL X Gema do ovo e óleo batidos em liquidificador EMULSÃO ESTÁVEL Proteínas da gema

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS o Formação de emulsão Proteínas da gema quando adicionadas de óleo e submetidas ao batimento formam emulsões (fosfolipídios lipoproteínas proteínas). Ex. molho de maionese o Formação de espuma Proteínas da clara (pp. A fração globulina interface ar/água), quando submetidas ao batimento incorporam, inicialmente, grandes borbulhas de ar que, posteriormente, diminuem de tamanho. * A adição de sal, ácido ou açúcar (pequenas quantidades) estabilidade da espuma.

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS o Desnaturação e Coagulação Ocorre com as proteínas da clara e da gema quando submetidas ao calor. Relação entre tempo e grau de coagulação das proteínas do ovo Tempo (minutos) Grau de coagulação Preparação 3 1/3 clara Escaldado ou quente 5 Toda clara Mole 8 Toda gema Cozido 10 Toda gema Cozido duro

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas do pão (farinha de trigo) o Gliadina (1/3) e glutenina (2/3) + água glúten extensibilidade viscosidade elasticidade tenacidade o Glúten substância elástica e aderente, insolúvel em água Textura da massa de pães fermentados A baixas temperaturas: não é desnaturado, desde que não fique muito tempo Temperatura de ebulição: desnaturação rápida

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS GLÚTEN GLIADINA GLUTENINA

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas da carne o representam cerca de 16 a 22% da massa muscular. o São classificadas em: Sarcoplasmáticas: mioglobina (confere a cor característica da carne) Miofibrilares: actina, troponina, miosina, proteína C, proteína M

PROTEÍNAS IMPORTANTES EM ALIMENTOS Proteínas da carne o representam cerca de 16 a 22% da massa muscular. o São classificadas em: Ptns do tecido conjuntivo (estroma): elastina, colágeno (solubilizado forma gelatina solúvel em água quente e forma géis por resfriamento). Amplamente utilizada como agente gelificante, particularmente em confeitaria, sobremesas e produtos cárneos.