Ergonomia Cognitiva Métodos e ferramentas Parte 2 (ii) Pós-Graduação em Ergonomia Profª Rosimeire Sedrez Bitencourt, Drª Eng 10 e 11 de Abril de 2010 Ergonomia Cognitiva: conteúdo Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte 5 Histórico e conceitos básicos de Ergonomia Cognitiva. i. Percepção e Processamento de Informação Detecção e percepção de sinais Formação do Conhecimento Carga mental de trabalho Processo Decisório ii. Métodos e ferramentas Comunicação e Dispositivos de Informação Erro Humano, Acidentes e Sistemas Complexos Interação Humano-Computador Definições e Conceitos Concepção de Projetos de Software e Ergonomia Usabilidade Aplicações: Simulação Computacional e Realidade Virtual Métodos para avaliação da Carga Mental São quatro os principais tipos de medidas para a carga mental de trabalho: Método das medidas fisiológicas: mede as respostas fisiológicas relacionadas com as mudanças nos níveis das cargas mentais; : buscam as respostas subjetivas para as experiências relacionadas com a carga mental de trabalho, freqüentemente administrada por meio de questionários aplicados ao final da realização da tarefa. Método das tarefas primárias: relacionado diretamente com o desempenho da tarefa em si; Método das tarefas secundárias: visa identificar o nível da carga através do uso de duas tarefas, uma tarefa primária mais sofisticada e uma segunda tarefa menos sofisticada e com um nível de carga já conhecido. Estes 2 últimos também são denominados de Medidas Comportamentais. 1
Método das medidas fisiológicas Buscam pelos efeitos da Sobrecarga ou Subcarga Mental de Trabalho em alguns parâmetros fisiológicos. Costuma-se mensurar: Freqüência Cardíaca Transpiração Movimentos dos Olhos Atividade Cerebral através do EEG, etc. As variáveis fisiológicas não são confiáveis como única avaliação da Carga Mental. As medidas Fisiológicas podem ser utilizadas como um suporte para as medidas obtidas por métodos Subjetivos ou Comportamentais. Método das medidas fisiológicas Instrumentos Características Aplicação e Dificuldades Case exemplo Basicamente, pergunta-se ao indivíduo sobre a Carga Mental que o mesmo experimenta ao realizar uma tarefa. Normalmente, são aplicados testes psicológicos que procuram quantificar e qualificar a Carga Mental. Os métodos subjetivos tiveram um notável desenvolvimento histórico. 2
Incluí-se nesta categoria o instrumento LEST usado nos trabalhos de Laurell e Noriega (1989). Embora ele seja um instrumento genérico para Análise do Trabalho, inclui medições da Carga Mental de Trabalho. Foi formulado originalmente pelo Laboratório de Economia e Sociologia do Trabalho (França). Existem diversos instrumentos para a avaliação subjetiva da Carga Mental. Entre os mais conhecidos estão: 1. NASA TLX desenvolvido por Hart: dá uma medida personalizada da Carga Mental de trabalho. Ou seja, a cada troca de operador ou modificação na atividade, o método tem de ser reestruturado e reaplicado. i. Ferramenta ii. Nasa Justiça iii. Paper iv. Tese 2. SWAT(Subjetive Workload Assessment Techinic) desenvolvido por Reid: pode ser aplicado a diversas pessoas sem nenhuma modificação em sua estrutura. Miyake (2000) tenta desenvolver uma ponderação estatística entre os resultados obtidos através dos dois métodos. Há outras linhas de pesquisa que procuram correlações estatísticas entre diversas variáveis e os resultados obtidos através de um único instrumento. Assim relacionam-se os resultados de Carga Mental com duração da jornada de trabalho, idade, sexo, características da personalidade, escolaridade, sintomas dolorosos, etc. Existem diversos outros métodos entre os quais destacamos a AMT. Método (27p) Exemplo Resultados Exemplo (59p) 3
Instrumentos Características Aplicação e Dificuldades Medidas Comportamentais De modo geral, o principal método relacionado a esta Classe de Carga é o método da Tarefa Secundária. Basicamente, durante a execução de uma determinada tarefa, apresenta-se ao operador uma tarefa secundária. Da execução desta tarefa secundária faz-se uma inferência sobre a Carga Mental da tarefa primária. Contabilizam-se os erros, tempo de execução, dificuldades apresentadas na tarefa secundária Técnica importante para a determinação do design em sistemas Humano Máquina e sua aplicação não é simples. Medidas Comportamentais Instrumentos Características Aplicação e Dificuldades 4
Critérios de Validade para medida da Carga Mental de Trabalho Segundo Najmedin, Hancock e Rahimi (1990) uma medida de carga mental deve atender a certos critérios mínimos para ser apropriada. 1 Validade: A escolha da medida de Carga Mental deve satisfazer três critérios de validade: conteúdo, predibilidade e coerência. 2 Confiabilidade: a medida deve Ter resultados estáveis e repetitivos após inúmeras administrações. 3 Sensibilidade: sensibilidade refere-se à capacidade da técnica para discriminar variações significativas nos níveis de carga impostos por uma tarefa ou um grupo de tarefas. 4 Diagnosticidade: refere-se à capacidade da técnica para discriminar o total de carga imposta sobre as diferentes capacidades resultantes do operador em ação. Critérios de Validade para medida da Carga Mental de Trabalho 5 Intrusão: a técnica para mensurar a Carga Mental não pode interferir no desempenho da tarefa. 6 Foco: a técnica para medir a Carga Mental deve refletir somente as alterações nos níveis de carga e não refletir alterações ambientais que não sejam pertinentes. 7 Facilidade de Utilização: A técnica e seu instrumental devem ser robustos e práticos o suficiente para serem utilizados em ambientes de trabalho. 8 Aceitação do Operador: o sucesso da técnica depende muito da aceitação e cooperação do operador. Isto implica na necessidade de entendimento dos critérios e empatia com a técnica. Carga mental do trabalho e a ISO ISO 10.075: apresenta um guia básico para a elaboração de sistemas de trabalho relacionados a carga mental de trabalho. O padrão foi estruturado de acordo com os conceitos existentes que dizem respeito as cargas mentais de trabalho. De um modo geral, encontra-se nessa norma as definições de estresse e esforço mental, seguido das conseqüências da não observação dos limites desse estresse e desse esforço. Por fim é apresentado um esquema que demonstra as interrelações entre esses termos. 5
Anexo Instrumentos 6
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Leitura CARGA COGNITIVA E DISTÚRBIOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS EM OPERADORES DE SOLDAGEM DO SETOR DE PRODUÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE ESCAPAMENTOS DE CARROS AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DE AMBIENTES INFORMATIZADOS: UM ESTUDO DE CASO AS CONTRIBUIÇÕES DOS MAPAS COGNITIVOS NA ERGONOMIA COGNIÇÃO E PERCEPÇÃO VISUAL AVALIAÇÃO ERGONÔMICA E MENSURAÇÃO DO ESTRESSE EM SALAS DE AULA ANALISE COGNITIVA DI PROCESSO DE TRABALHO EM SISTEMAS COMPLEXOS DE OPERACOES 8