1T - FUNDAMENTAÇÃO JUSTIÇA FEDERAL7DF

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Transcrição:

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE 1" INSTÂNCIA SECÀO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL PRIMEIRA VARA SENTENÇA/2012 (TIPO A) PROCESSO: 23907-04.2012.4.01.3400 CLASSE: 1100 - AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA AUTOR: CARLOS AUGUSTO CAPPIO GUEDES PEREIRA ADVOGADO: AUGUSTO FAUVEL DE MORAES RÉ: UNIÃO FEDERAL SENTENÇA I-RELATÓRIO CARLOS AUGUSTO CAPPIO GUEDES PEREIRA propôs a presente Ação Ordinária em face da UNIÃO FEDERAL, objctivando a nulidade do Auto de Infração e Termo de Apreensão e Guarda Fiscal n 0817800/04260/12, revogando-se a pena de perdimento aplicada. Para tanto, alega que procedeu à importação do veículo PORSHCE, modelo Cayenne, Chassi WP1AB2A2XCLA42185, tendo como exportadora a empresa MAYOR CAR SALES, de Miami, Florida/USA. Porem, o veículo foi apreendido sob o argumento de que não se tratava de veículo novo. Informa que, de acordo com o auto de infração lavrado, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil se baseou exclusivamente na orientação da DIANA 8 RF de que a emissão de Certiftcate oftitle caracteriza o veículo como usado. Entende que esse certificado não pode ser utilizado como critério de avaliação de novo ou usado, e sim se a venda foi ou não efetuada para o consumidor final. Diz que a autoridade fazendária: não se escorou na legislação vigente, não realizou os procedimentos devidos e se baseou em critério não jurídico. Inicial devidamente instruída com documentos (fls. 21/100). Custas pagas (fl. 101).

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL AutOS n" 23907-04.2012.4.01 3400 Ca JUSTIÇA FEDERAL7DF t Rubrica Pedido de antecipação de tutela foi indeferido às fls. 103. O autor noticiou a interposição de agravo de instrumento (fl. 107). Cópia do Agravo de Instrumento às fls. 109/129. Às fls. 131/135, o autor pugnou pela juntada de documentos e formulou pedido de reconsideração da decisão. Citada, a União (Fazenda Nacional) apresentou contestação às fls. 144/159, alegando que o Código Brasileiro de Trânsito, bem como a legislação que o integra, considera que o veículo passa a ser usado a partir do momento em que é registrado e licenciado para circulação e que a legislação norte-americana traz conceito semelhante de veículo usado.entende que apenas os chamados "Revendedores Franqueados1" (Franchise Dealers - VF) ou "Revendedores por Atacado" (Wholesale Dealer - VW) podem negociar veículos novos. Diz que os fatos contidos no auto de infração evidenciam uma importação irregular e são suficientes para iniciar processo administrativo tendente à aplicação da pena de perdimento. O autor apresentou réplica às fls. 234/248, bem como formulou pedido de reconsideração da decisão. Pedido de antecipação de tutela deferido às fls. 249/251. A União, às fls. 262, postulou bem reconsideração da decisão e informou não ter provas a produzir. Por sua vez, o autor sustentou que os documentos constantes nos autos são suficientes para o julgamento do feito. É o breve relato. 1T - FUNDAMENTAÇÃO Diante da ausência de questões preliminares, passo à análise do mérito. O autor visa a nulidade do Auto de Infração e Termo de Apreensão e Guarda Fiscal n 0817800/04260/12, revogando-se a pena de perdimento aplicada. No caso dos autos, ratifico a decisão de fls. 249/250, no sentido de que o veículo é novo e a pena de perdimento é ilegítima.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Autos n 23907-04.2012.4.01.3400 Ca JUSTIÇA FEDERAL/DF f Rubrica Assim, tendo sido a matéria bem analisada quando da apreciação do pleito de antecipação de tutela e, por sua atualidade e suficiência, comporta ser reafirmada nesta decisão final. Nesse sentido, acolho a fundamentação da decisão de fls. 249/250 a qual restou assentada nos seguintes termos: Inicialmente, registro que não entrarei aqui em questões relativas à política protecionisia brasileira, porque isso é mais que questão afeta a atos de governo. Mais modernamente, tem-se até admitido a sindicância de atos de governo, entretanto, isso se dá mais em nível doutrinário. Em nível jurisprudência!, trata-sc de tema a ser melhor amadurecido. Assim, se os preços dos veículos aqui cobrados são altos, ou não, a teor de tribulação, custo Brasil etc, isso é questão governamental que transborda aos limites do presente feito. Em relação ao aspecto jurídico em si, penso que a parte autora tem razão. Na minha vida de juiz, lenho mais me atentado à substância das coisas dos que às formas. Não que estas não tenham valor! Pelo contrário, são importantíssimas, porque vão uniformizar e tornar mais transparentes as atividades contratuais e do próprio estado. Não obstante isso, não podemos dar prevalência às questões formais sobre as materiais, porque, em última análise, é o direito material que é fim buscado pelo cidadão. Não é por outra razão que princípios como formalismo moderado e instrumentalidade das formas têm ganhado cada vez mais corpo. O intérprete deve, no caso concreto, verificar ale que ponto a forma engessa o exercício do direito material, de forma a ponderar se aí não há excesso a ser combatido. No caso, parecc-mc que é ponto incontroverso o falo de que o veículo jamais fora usado. A Receita se baseia apenas no fato de que houve uma primeira importação para os EEUA e depois outra importação para o Brasil, esta feita pelo autor. Segundo pondera, se houve um primeiro proprietário, ainda que no exterior, há condição de veículo usado. Discordo desta posição! Como já dito acima, a subslância deve prevalecer sobre a forma. Ora, ainda que o veículo tenha - documentalmente - sido alvo de uma iransferência no exterior (isso documentalmente falando), se não rodou (ou seja, se não foi utilizado para o fim a que se destina), ainda deve ser considerado novo. Ao que penso, meras questões documentais relativas a ordenamentos internos de outros países não devem afastar a conclusão inexorável de que o veículo é novo, porque jamaijí fora utilizado.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL Autos n" 23907-04.2012.4.01.3400 Ca JUSTIÇA FEDERAL/DF f Rubrica Enfim, registro que a Resolução do CONTRAN listada na contestação c voltada apenas para a questão interna brasileira, cujos contornos não parecem se preocupar especificamente com a questão das operações de importação, cuja dinâmica internacional não se prende a lemas afetos à legislação interna brasileira. Além disso, não verifiquei uma definição legal de veículo novo, segundo o Código de Trânsito, nesta minha primeira análise. Em conclusão, tenho que a pena de perdimenlo é ilegítima. (...) Ressalvo que esta decisão só trata mesmo do impedimento ao desembaraço por conta da discussão acerca da condição de veículo novo ou usado, não se aplicando às demais questões formais c tributárias que di/.cm respeito ã importação. III - DISPOSITIVO Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, nos termos do art. 269, inciso I, do Código de Processo Civil para declarar a nulidade do Auto de Infração e Termo de Apreensão e Guarda Fiscal n 0817800/04260/12, revogando-se a pena de perdimento aplicada. Condeno a parte ré no pagamento das custas processuais e de honorários, que fixo em RS 3.000,00 (três mil reais), uma vez que se tratou de feito simples que não exigiu maiores esforços dos advogados. Sentença sujeita ao reexame necessário. Notifique-se o teor dessa sjemença^aqexmo. Senhor Desembargador Relator do agravo. Registre-se. Publique-; Brasília, ^ * de jancii GABRIEL JOSÉ QUEIROZ NETO Juiz Federal SubstitutoAa 1a Vara/DF