Por Marcelo Câmara
texto Introdução:
texto Sumário:
1 -texto Defeitos nos negócios jurídicos: 1.1 - Estado de Perigo: 1.2 - Lesão: 1.3 - Fraude contra credores:
texto Desenvolvimento:
1 -texto Defeitos nos negócios jurídicos:
1.1texto - Estado de Perigo: Conceito legal: No estado de perigo e na lesão, não há propriamente erro da vítima no declarar a vontade negocial, o que se passa é o quadro de perigo enfrentado no momento do aperfeiçoamento do negócio que coloca a pessoa numa contingência de necessidade premente de certo bem ou valor e, para obtê-lo, acaba ajustando preços e condições desequilibradas.
1.1texto - Estado de Perigo: Conceito legal: O contrato, em tais circunstâncias, se torna iníquo, porque uma das partes se aproveita da conjuntura adversa para extrair vantagens injustas à custa da necessidade da outra.
1.1texto - Estado de Perigo: Conceito legal: No estado de perigo, o que determina a submissão da vítima ao negócio iníquo é o risco pessoal (perigo de vida ou de grave dano à saúde ou à integridade física de uma pessoa).
1.1texto - Estado de Perigo: Conceito legal: Seção IV - Do Estado de Perigo Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
1.1texto - Estado de Perigo: Conceito legal: Seção IV - Do Estado de Perigo Art. 156. (...) Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
1.2 texto Lesão art. 157 do CC: Como já dito na lesão, não há propriamente erro da vítima no declarar a vontade negocial, o que se passa é o quadro de perigo enfrentado no momento do aperfeiçoamento do negócio que coloca a pessoa numa contingência de necessidade premente de certo bem ou valor e, para obtê-lo, acaba ajustando preços e condições desequilibradas.
1.2texto - Lesão art. 157 do CC: Na lesão, o risco provém da iminência de danos patrimoniais, como a urgência de honrar compromissos, de evitar a falência ou a ruína dos negócios.
1.2texto - Lesão: Seção V - Da Lesão Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
1.2texto - Lesão: Seção V - Da Lesão Art. 157. (...) 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
texto OBS: A diferença entre os arts. 156 e 157 é que naquele (estado de perigo) a pessoa que negocia sabe do estado em que se encontra o declarante. Já neste não (lesão).
OBS: texto O estado de perigo e a lesão são aspectos da chamada usura real em contraposição à usura financeira. A usura financeira se caracteriza pela cobrança de juros a taxas superiores ao que seria legal ou honestamente aceitável nos empréstimos de dinheiro;
OBS: texto Já a usura real se refere a qualquer prática não equitativa que transforma o contrato bilateral em fonte de prejuízos exagerados por uma das partes e de lucros injustificáveis para a outra. É uma anomalia verificável nos contratos bilaterais onde o normal seria um razoável equilíbrio entre as prestações e contraprestações.
OBS: texto Critério jurisprudencial para se chegar ao conceito de juros abusivos: Processo: AgRg no REsp 884379 RS 2006/0198323-7 Relator(a): Ministro ARI PARGENDLER Julgamento: 03/09/2007 Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA Publicação: DJ 22.10.2007 p. 258
OBS: texto Ementa: Civil. Relação De Consumo. Conceito De Juros Remuneratórios Abusivos. As taxas de juros praticadas no país são inequivocamente altas, mas resultam diretamente da política econômica do governo; do ponto de vista jurídico, são abusivos apenas os juros que destoam da média do mercado sem estarem justificados pelo risco próprio do negócio. Agravo regimental não provido.
1.3texto - Fraude contra credores: Artifício ardil utilizado pelo devedor com o intuito de burlar o recebimento do credor. Consiste na alienação de bens capazes de satisfazer a pretensão legítima do detentor do crédito. É todo ato praticado pelo devedor com a intenção de defraudar os seus credores do que lhes é devido.
1.3texto - Fraude contra credores: Seção VI - Da Fraude Contra Credores Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
1.3texto - Fraude contra credores: Seção VI - Da Fraude Contra Credores Art. 158. (...) 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
1.4texto - Credor quirografário: "É o credor que não possui qualquer título de garantia ou preferência, em relação aos bens do devedor, devendo, por isso, ser pago segunda a força dos bens livres do devedor."
1.4texto - Credor quirografário: Devedor insolvente: "É o devedor que deve mais do que possui, é aquele que não paga suas dívidas na data aprazada".
1.4texto - Credor quirografário: Podemos ao analisar certo contrato presumi-lo como fraudulento, por exemplo: - se este ocorre na clandestinidade, se há continuação da possa de bens alienados pelo devedor; - se há falta de causa do negócio; - se há parentesco ou afinidade entre o devedor e o terceiro; - se ocorre a negociação a preço vil e - pela alienação de todos os bens.
1.5texto - Ação pauliana: É a ação que pode socorrer os credores em caso de fraude é a ação pauliana ou revocatória e, pode incidir não só nas alienações onerosas, mas igualmente nas gratuitas (doações). Visa prevenir a lesão aos direitos dos credores, e acarreta anulação do negócio.
1.5texto - Ação pauliana: Embora maior parte da doutrina defenda que ocorra ineficácia relativa do negócio se demonstrada a fraude ao credor, então a sentença declara a ineficácia do ato fraudatório perante o credor, permanecendo o negócio válido entre os contratantes.
1.5texto - Ação pauliana: - É importante esclarecer que a ação pauliana não é ação real, nem quando referir-se aos bens imóveis; trata-se de ação pessoal, pois visa anular o negócio fraudulento restaurando o status quo ante do patrimônio do devedor. - Não se pode confundir a fraude aos credores com fraude à execução.
1.5texto - Ação pauliana: Conforme o art. 593 do CPC: Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens: I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real; II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência; III - nos demais casos expressos em lei.
texto Conclusão:
texto Que a Força esteja com Todos! Vida Longa e Próspera: