Aula Introdução às Obrigações Solidárias: Por Marcelo Câmara

Transcrição

1 Por Marcelo Câmara

2 texto Sumário:

3 texto 3. Introdução às Obrigações Solidárias: 3.1. Conceito: 3.2 Natureza jurídica: 3.3. Princípios Gerais: 3.4 Espécies de obrigações solidárias:

4 texto Desenvolvimento:

5 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Lei de 2002: Art. 264 a Capítulo VI - Das Obrigações Solidárias Arts. 264 a 266 Disposições gerais Arts. 267 a Solidariedade ativa Arts. 265 a Solidariedade passiva

6 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Lei de 1990: Art. 7, parágrafo único 18; 19; 20; 25 1º e 2º; 28 3º e 34.

7 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Lei de 2015: Art. 130, III; 509, único.

8 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Tratam-se, também, de obrigações complexas com multiplicidade de sujeitos. As obrigações solidárias são comuns no Direito brasileiro, sendo certo que a solidariedade é na verdade, um artifício técnico utilizado para reforçar o vínculo, facilitando o cumprimento ou a solução da dívida.

9 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito ou com responsabilidade pela dívida toda, como se fosse o único, art. 264, CC:

10 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Art Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

11 3. Introdução às Obrigações Solidárias: Assim, internamente serão tantos vínculos quantos forem os sujeitos, mas, externamente, aparecem como se fossem um único credor ou um único devedor responsabilidade.

12 3. Introdução às Obrigações Solidárias: "A obrigação será solidária quando a totalidade do seu objeto puder ser reclamada por qualquer dos credores ou qualquer dos devedores" (Silvio de Salvo Venosa), caracterizando-se, dessa forma, pela necessária coincidência de interesses entre os sujeitos.

13 3.1 Conceito: A obrigação solidária é aquela na qual sendo plural a composição do polo credor e/ou do polo devedor, cada um dose seus integrantes tem direito ao todo, com se fosse o único credor, ou deve o todo, como se fosse o exclusivo devedor.

14 3.2. Natureza jurídica: a) Tese unitária: Considera que entre credores e devedores solidários há uma espécie de mandato tácito e recíproco. A aceitação desta tese implica que se impossibilitando a prestação por culpa de um dos coobrigados, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente e os juros de mora e para o culpado a responsabilidade pelas perdas e danos.

15 3.2. Natureza jurídica: Tácito Que está subentendido, não é expresso / escrito. É aquele em que as partes, sem declarar ou mencionar suas intenções, agem de forma consonante ao longo do tempo, de maneira que dessa relação passam a existir direitos e obrigações. Ex: obrigação moral de pensionar alguém que não se tem obrigação jurídica.

16 3.2. Natureza Jurídica: Art Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

17 3.2. Natureza Jurídica: b) Tese pluralista: Reconhece que cada credor ou devedor solidário age em nome e no interesse próprio e, por isso, há tantos vínculos quantos forem os sujeitos, permitindo-se que a obrigação seja pura e simples para um e condicional para outra.

18 3.2. Natureza Jurídica: b) Tese pluralista: Portanto, a solidariedade só se manifesta nas relações externas, o que explica a desnecessidade de constituição de litisconsórcio.

19 3.2. Natureza Jurídica: b) Tese pluralista: Nesta modalidade de obrigação o efeito fundamental é o mesmo das obrigações indivisíveis, mas nesse caso a possibilidade de reclamar a totalidade não deriva da natureza da prestação, mas da vontade das partes ou da lei. Vejamos art. 265 do Código Civil.

20 b) Tese pluralista: 3.2. Natureza Jurídica: Art A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

21 3.3. Princípios Gerais: a) Unidade da prestação Qualquer que seja o número de credores ou devedores, a prestação é única. Então a quitação dada por um dos credores, ou o pagamento integralmente feito por um dos devedores, extingue a obrigação. Art. 283.

22 3.3. Princípios Gerais: a) Unidade da prestação: Art O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.

23 3.3. Princípios Gerais: b) Pluralidade e independência do vínculo: A prestação pode ser pura e simples para algum dos devedores e pode estar sujeita à condição, ao prazo ou encargo para outros segundo (art. 266, CC).

24 3.3. Princípios Gerais: Art A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.

25 3.3. Princípios Gerais: JDC/CJF - Enunciado Art. 266: A solidariedade admite outras disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do Código Civil.

26 3.3. Princípios Gerais: c) Co-responsabilidade entre os sujeitos passivos: Existe responsabilidade passiva em face de um ou mais sujeito. Art. 275.

27 3.3. Princípios Gerais: c) Co-responsabilidade entre os sujeitos: Art O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

28 3.3. Princípios Gerais: d) Intransmissibilidade. Morrendo um dos credores ou devedores, a solidariedade não se transmite aos seus herdeiros cujos direitos e deveres se restringirão ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. Art. 276:

29 d) Intransmissibilidade Princípios Gerais: Art Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.

30 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: A solidariedade não se presume, decorre da vontade das partes ou da lei. Art. 265: Art A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

31 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Art Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.

32 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Art Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.

33 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Art Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes.

34 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Art São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

35 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Art Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

36 3.3. Princípios Gerais: e) Presunção de não solidariedade: Obs: A solidariedade não pode decorrer de sentença, uma vez que o juiz não pode condenar solidariamente se esta não era preexistente.

37 Obs: 3.3. Princípios Gerais: Art O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. (Artigo com redação dada pela Lei nº , de 16/3/2015, publicada no DOU de 16/3/2015, em vigor 1 ano após a publicação)

38 3.4 Espécies de obrigações solidárias: a) Solidariedade ativa (arts. 267 a 274, CC): pluralidade de credores, cada um com direito à integralidade da dívida. b) Solidariedade passiva (arts. 275 a 285, CC): pluralidade de devedores, cada um respondendo pela integralidade da dívida. c) Solidariedade mista: pluralidade de credores e devedores.

39 texto Conclusão:

40 texto Que a Força esteja com Todos! Vida Longa e Próspera:

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