INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. Art. 119 a 138 CPC/2015

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1 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Art. 119 a 138 CPC/2015

2 CONCEITO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS É o fenômeno do ingresso de terceiro como parte ou coadjuvante da parte em processo pendente entre outras partes. Tipos de intervenção: Voluntária (espontânea); Provocada.

3 Classificação Conforme iniciativa: Espontânea quando o terceiro procura sua participação na lide por interesse jurídico. Ocorre na Assistência. Provocada promovida pela parte primitiva. Ocorre na Denunciação da lide e Chamamento ao Processo.

4 Assistência Art. 119 a 120, CPC/2015; 121 a 123 (Assistência Simples); 124 (Assistência Litisconsorcial). Se dá quando o terceiro intervém na causa entre outras duas pessoas, tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes.

5 Assistência Simples Assistente coadjuvante. Assistência Litisconsorcial assume a defesa direta de direito próprio. Ex: Espólio é parte numa ação e o herdeiro intervem.

6 Continuação O juiz pode indeferir liminarmente o pedido de assistência Ou intimar as partes que terão prazo comum de 15 dias para se manifestar. Da decisão, caberá o recurso de Agravo de Instrumento.

7 Continuação Poderes e ônus do assistente: Tem atuação auxiliar; Exerce os mesmos poderes e se sujeita aos mesmos ônus da parte. -> Revelia do assistido => haverá substituição pelo assistente.

8 Denunciação da Lide Art. 125 a 129, CPC/2015. É uma forma de intervenção forçada no processo. Consiste em chamar o terceiro para vir responder pela garantia do negócio jurídico.

9 Continuação Casos em que cabe a Denunciação da Lide: O de garantia de evicção; O do direito regressivo de indenização.

10 Continuação Da evicção art. 447 a 457, CC. Chama-se evicção a perda da coisa, por força da sentença judicial, que a atribui a outrem, por direito anterior ao contrário aquisitivo. Nesse caso é importante o adquirente lançar mão da denunciação da lide.

11 Continuação Do direito de regresso de indenização: Ex: Seguro. Cabe denunciação da lide em todas as causas do processo de cognição. NÃO CABE: Ações de reparação de danos oriundos de relação de consumo.

12 Procedimento Denunciação da lide feita pelo autor (artigos 126 e 127, CPC/2015). *O momento oportuno é denunciar na petição inicial -> formará litisconsórcio. Denunciação da lide feita pelo réu -> artigos 128 e 129, CPC/2015.

13 Chamamento ao Processo Art. 130 a 132, CPC/2015. Tem como objetivo o exercício do direito de regresso somente em duas hipóteses específicas: se o direito for decorrente de fiança ou de obrigação solidária.

14 Continuação Obrigação solidária é aquela em que, havendo multiplicidade de credores ou de devedores, cada credor terá direito à totalidade da prestação, como se fosse o único credor, ou cada devedor estará obrigado pelo todo, como se fosse o único devedor (DINIZ, 2000, p. 151).

15 Continuação No caso de o credor promover ação em face do fiador, esse poderá chamar o devedor principal ao processo, caso em que se formará um litisconsórcio passivo. Se o fiador pagar a dívida, poderá cobrar do devedor, em regresso, seu prejuízo, nos mesmos autos. Mas, se o fiador não desejar, ou se esquecer de chamar o devedor ao processo, perderá o benefício de ordem, que consiste na possibilidade de, caso condenado, indicar bens do devedor para serem penhorados. Porém, manterá o direito de regresso, podendo cobrar o prejuízo do devedor em ação autônoma.

16 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica Art. 133 a 137, CPC/2015. Pessoa jurídica é uma realidade autônoma, capaz de direitos e obrigações, independentemente dos membros que a compõem, com os quais somente responderão por seus débitos dentro dos limites do capital social, ficando a salvo o patrimônio individual.

17 Continuação Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

18 Amicus Curiae Art. 138 do CPC/2015. Pode ocorrer por requerimento da parte, de quem deseja se manifestar como amicus curiae, ou por decisão de ofício do juiz. Consiste na participação de uma pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, para atuar no processo, em razão da relevância da matéria, da especificidade do tema objeto da demanda ou da repercussão social da controvérsia.