PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS
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- Stefany da Rocha
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1 COBRANÇA DE DÍVIDAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor
2 Artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor Quando o fornecedor for cobrar algum débito do consumidor, não poderá expô-lo ao ridículo, constrangê-lo ou ameaçá-lo.
3 Artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
4 A cobrança de dívida é legítima. Se o devedor não cumprir sua obrigação, o credor poderá inscrever o nome do devedor nos órgãos de restrição de crédito. A ilegitimidade da cobrança de uma dívida repousa nos excessos cometidos. Exemplos: ligações telefônicas constantes, ameaças, cobrança no trabalho etc.
5 Abuso de direito - artigo 187 do Código Civil Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
6 Abuso de Direito Ameaça, coação, constrangimento físico ou moral. Afirmação falsas, incorretas ou enganosas
7 Exposição do consumidor a ridículo. Interferência no trabalho, descanso ou lazer do consumidor.
8 ATENÇÃO O fornecedor tem por obrigação informar ao consumidor a inscrição de seu nome dos órgãos de restrição de crédito.
9 Artigo 940 do Código Civil Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houve cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
10 Artigo 941 do Código Civil As penas previstas nos artigos 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.
11 "A aplicação da sanção civil do pagamento em dobro por cobrança judicial de dívida já adimplida (cominação encartada no artigo do Código Civil de 1916, reproduzida no artigo 940 do Código Civil de 2002) pode ser postulada pelo réu na própria defesa, independendo da propositura de ação autônoma ou do manejo de reconvenção, sendo imprescindível a demonstração de má-fé do credor.
12 Pedido: Dano moral e restituição em dobro do que se está cobrando.
13 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC/73) - RECONVERSÃO EM AÇÃO MONITÓRIA - DÍVIDA JÁ PAGA - REPETIÇÃO DE INDÉBITO EM DOBRO - DECISÃO MONOCRÁTICA NEGANDO PROVIMENTO AO RECLAMO. IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR. 1. Conforme a jurisprudência consolidada no âmbito deste Superior Tribunal de Justiça, a repetição em dobro do indébito requer a demonstração de má-fé na cobrança. Precedentes. Incidência da Súmula 83/STJ. 2. Tribunal a quo que, com base no acervo fático-probatório dos autos, asseverou inexistir má-fé do credor. Incidência do óbice da súmula 7/STJ no ponto. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp /MS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 01/08/2017)
14 INDENIZAÇÃO DANO MORAL DEVEDOR EXPOSIÇÃO AO RIDÍCULO COBRADOR QUE EXTRAPOLA OS LIMITES PERANTE COLEGAS DE TRABALHO DO DEVEDOR - CONSTRANGIMENTOS - OFENSAS À HONRA - CDC ARTIGO 42 - AÇÃO PROCEDENTE EM PARTE. Nasce a obrigação de indenizar danos morais, a conduta do cobrador que extrapola o exercício de direito de cobrança, não respeitando a intimidade do devedor no local de trabalho. TJSP; Apelação Cível ; Relator (a): Clóvis Castelo; Órgão Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santos - 6ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 27/02/2012; Data de Registro: 28/02/2012)
15 Seguro. Ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais. Ausente prova de contratação do serviço na forma cobrada. Débito declarado inexigível. Pleito de devolução em dobro. Rejeição. A aplicação da regra contida do parágrafo único do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor pressupõe má-fé do credor, o que não se identifica na espécie. Presume-se a boa-fé, competindo à parte que alega má-fé produzir prova de sua alegação. Dano moral. Ausência. Mera cobrança indevida e desconto indevido em conta corrente, efetuada sem emprego de qualquer expediente vexatório, acarreta apenas aborrecimento comum aos dias cotidianos, incapaz de desencadear obrigação de indenizar. Recurso não provido. (TJSP; Apelação Cível ; Relator (a): Cesar Lacerda; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Foro de São Bernardo do Campo - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento: 16/04/2019; Data de Registro: 16/04/2019)
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