CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Os direitos básicos do consumidor encontram-se perante o art. 6º, em seus incisos no C.D.C.
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- Isaque Camelo
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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres. 1-) Direitos Básicos do Consumidor: Os direitos básicos do consumidor encontram-se perante o art. 6º, em seus incisos no C.D.C. Vê-se, ainda, que um dos direitos é o da prevenção e reparação dos danos decorrentes das relações consumeristas, conforme o art. 6º, inciso VI, do C.D.C. Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; ATENÇÃO: de lei: Para pedir Tutela de Urgência fundamente nos seguintes artigos Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Art A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do 1
2 direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 2 o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 2-) Responsabilidade Civil nas relações de consumo: a) Responsabilidade por VÍCIO do produto ou do serviço: Pode ser de: Qualidade: O bem/serviço é impróprio para o fim que se destina ou quando há problema que lhe diminua o valor. objetivamente. Os FORNECEDORES respondem todos solidariamente e Previsão está no art. 18 e seguintes do C.D.C. 2
3 OBS: Art. 18 do C.D.C = produtos; Art. 20 do C.D.C = serviços. Para melhor entender segue esquema abaixo. 3
4 Quantidade: Há divergência entre o conteúdo e a informação constante do rótulo/ mensagem publicitária etc. Para melhor entender, segue esquema abaixo. b) Responsabilidade pelo FATO do produto ou Serviço: 4
5 Fato = Defeito Defeito é um vício + um elemento externo danoso. O Fabricante, produtor, construtor, importador = respondem solidariamente e objetivamente. O comerciante responde subsidiariamente e objetivamente, nos termos do art. 13 e incisos do C.D.C. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso. Para melhor entendimento segue esquema abaixo. 5
6 CUIDADO: Repetição do Indébito em dobro somente será possível em se tratando de PAGAMENTO efetivo, não de cobrança. Previsão está no art. 42, parágrafo único do C.D.C. 6
7 Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. c) Responsabilidade do Profissional Liberal: A responsabilidade dos profissionais liberais é SUBJETIVA. Previsão está no art. 14, 4º do C.D.C. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. 5-) Prazos Decadênciais e Prescricionais: a) Reclamação por Vícios: 7
8 Produtos Duráveis = até 90 dias; Produtos Não duráveis = até 30 dias. Se não rsolver o problema do consumidor no prazo, nasce o direito dele de pedir: A substituição do produto ou reexecução do serviço, sem custo adicional e quando cabível; A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; O abatimento proporcional do preço. Previsão econtra-se no art. 26, inciso I, II, III e 1 do C.D.C. Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 1 Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 8
9 Este prazo pode ser reduzido para no máximo 7 dias e aumentado em no máximo 180 dias, sendo estes expressamente ajustados. b) Reclamação por Defeitos: O prazo é de 5 anos, nos termos do art. 27 do C.D.C. Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. CUIDADO: O ÔNUS DA PROVA sempre será do consumidor autor, o juiz PODE inverter se o autor preencher os requisitos: Verossimilhança das alegações; Hipossuficência comprovada. Previsão está no art. 6º, inciso VIII do C.D.C. Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 9
10 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; BONS ESTUDOS!!! Profa. Cristina Anita S. Lereno 10
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