DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ANÁLISE DOS VÍCIOS DO CONSENTIMENTO E DOS VÍCIOS SOCIAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO.

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1 DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ANÁLISE DOS VÍCIOS DO CONSENTIMENTO E DOS VÍCIOS SOCIAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO.

2 O DOLO Dolo é o artifício empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a terceiro.

3 O dolo É causa de anulabilidade do negócio jurídico vide art. 151 CC. O dolo diz respeito a sugestões ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma das partes a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito ou a terceiro. O dolo, portanto, compromete a manifestação livre da vontade.

4 DOLO E ERRO NÃO SE CONFUNDEM ERRO DOLO Enquanto vício do consentimento, o erro é algo que leva a pessoa a manifestar sua vontade tendo se enganado por si só a respeito de algo envolvendo o negócio jurídico. O dolo é vício do consentimento que macula a liberdade negocial, sendo causado por alguém que se aproveita do engano do outro envolvido no negócio, ou seja, a pessoa é induzida em erro pela astúcia/artifício empregado pela outra parte na relação jurídica, ou por terceiro.

5 Dolo civil / dolo criminal / dolo processual O dolo civil não se confunde com o dolo criminal ou com o dolo processual. Dolo civil, em sentido amplo, é todo artifício empregado para enganar alguém leva a anulabilidade do negócio jurídico. Dolo criminal: diz-se doloso o crime quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (CP, art. 18, I). Dolo processual: decorre de conduta processual reprovável, contrária à boafé, que pode levar a sanções aplicáveis às oartes no processo, como ao pagamento de perdas e danos, custas e honorários advocatícios.

6 Espécies de dolo principal e acidental; dolus bonus e dolus malus; positivo e negativo (omissão dolosa); do outro contratante e de terceiro; da própria parte e do representante; unilateral e bilateral; dolo de aproveitamento.

7 Dolo principal e acidental Dolo principal Dolo acidental Se o negócio é realizado somente porque houve induzimento malicioso de uma das partes para que manifestasse sua vontade, diz-se que este é o dolo principal. (sem o dolo o negócio não teria se realizado). O negócio seria realizado independentemente da malícia empregada pela outra parte ou por terceiro, contudo, seria em condições favoráveis ao agente. Este dolo não anula o negócio cabe perdas e danos.

8 Dolus bonus É o dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade. Dolo comum no comércio, quando os comerciantes exageram nas qualificações de um determinado produto para vende-lo. É um dolo tolerado socialmente, porque as pessoas estão habituadas a ele. O dolus bonus não permite a anulação do negócio jurídico.

9 Dolus malus Consiste em ações astuciosas que objetivam enganar alguém e lhe causar prejuízo. Havendo o dolo mau, o negócio poderá ser anulado se for verificado prejuízo ao induzido e prejuízo ao autor do dolo ou a terceiro. é o revestido de gravidade, exercido com o propósito de ludibriar e de prejudicar. Pode consistir em atos, palavras e até mesmo no silêncio maldoso.

10 Dolo positivo e dolo negativo O dolo pode revelar-se por manobras ou ações maliciosas (condutas comissivas) e em comportamentos omissivos. Daí a classificação em dolo comissivo (positivo) e omissivo (negativo). (o dolo negativo também é denominado omissão dolosa ou, ainda, reticência). - Vide art. 147 do CC - a omissão dolosa é equiparada à ação dolosa, na medida em que sua importância implique no reconhecimento que, sem ela (a omissão dolosa), o ato não se teria realizado.

11 O dolo do outro contratante e o dolo de terceiro O dolo que vicia a vontade para a formação do negócio jurídico pode ser praticado por uma das partes da relação jurídica, em prejuízo da outra, ou por terceiro. O dolo de terceiro, portanto, somente ensejará a anulação do negócio se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento. (vide artigo 148 do CC). se a parte a quem aproveite não soube do dolo de terceiro, não se anula o negócio - o lesado poderá reclamar perdas e danos do autor do dolo (CC, art. 148, segunda parte),

12

13 Dolo da própria parte e dolo do representante O representante de uma das partes age como se fosse o próprio representado é parte no negócio, portanto, e não terceiro. Se o representante atua no limite de seus poderes, considera-se o ato praticado pelo próprio representado. Assim, se o representante induz em erro a outra parte, constituindose o dolo por ele exercido na causa do negócio, este será anulável. (Sendo o dolo acidental, o negócio subsistirá, ensejando a satisfação das perdas e danos).

14 Dolo da própria parte e dolo do representante Vide art CC As consequências do dolo do representante são diversas, a depender da espécie de representação: - o dolo do representante legal só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; - o do representante convencional acarreta a responsabilidade solidária do representado. (Cabível a ação regressiva contra o representante neste último caso).

15 Dolo unilateral e dolo bilateral O dolo, regra geral é unilateral praticado por apenas uma das partes. O dolo bilateral, contudo, é possível, quando ambas as partes agem com dolo na formação do negócio jurídico. Vide Art. 150 CC: Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. ninguém pode valer-se da própria torpeza o fato de ambas as partes desejaram vantagem indevida através do negócio não pode favorecer a elas a anulação do negócio.

16 Dolo de aproveitamento É o elemento subjetivo formador de outro vício do negócio jurídico a lesão. Ocorre este dolo quando alguém se aproveita da situação de necessidade ou da inexperiência do outro contratante para obter lucro exagerado, manifestamente desproporcional à natureza do negócio (vide CC, art. 157).

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