APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS

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Transcrição:

APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS Texto adaptado por Alda Pereira e Lúcia Amante do documento Modelo Pedagógico da Universidade Aberta (documento interno)

A Universidade Aberta definiu e aprovou, no decurso deste ano, um novo modelo pedagógico norteador de uma universidade de ensino a distância no quadro legislativo actual definido pelo Processo de Bolonha. Este modelo assenta em quatro grandes princípios fundamentais, a partir dos quais foram definidas variantes didácticas aplicáveis aos diversos ciclos de estudo e ainda a cursos curtos de extensão cultural ou formação profissional ao longo da vida. Os quatro princípios, entendidos como norteadores das práticas de ensino e de aprendizagem, explicitados de modo sintético no Kit do Estudante Virtual, disponível no site da Universidade, presidem de modo coerente à organização e funcionamento de todas as actividades de ensino e aprendizagem dos cursos oferecidos pela instituição: o Princípio da Aprendizagem Centrada no Estudante, o Primado da Flexibilidade, o Primado da Interacção e o Princípio da Inclusão Digital. De acordo com este modelo e com os princípios que o fundamentam, o ensino e a aprendizagem na Universidade Aberta assumem as características típicas do ensino online, recorrendo de modo sistemático e permanente à comunicação mediada por computador, podendo o estudante aceder a partir de qualquer lugar e a qualquer momento às actividades lectivas. Neste documento explicitam-se apenas as características da variante didáctica aplicável ao 2º Ciclo de estudos (mestrados e pós-graduações) e as condições APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 2

específicas que devem ser observadas actualmente no que se refere à natureza das actividades de aprendizagem e ao processo de avaliação das aprendizagens. Organização São frequentemente apontados como pontos fracos da comunicação mediatizada por computador a limitada interacção humana por ausência de contacto social e as limitações em determinados domínios do saber que exigem a visualização de processos, o contacto físico ou a manipulação directa de elementos do real. Por outro lado, é comummente aceite como grande vantagem da comunicação mediada por computador o facto de possibilitar o acesso à formação a populações geograficamente dispersas, bem como a flexibilidade temporal permitida a populações que sem esta flexibilidade dificilmente poderiam comprometer-se em processos de aprendizagem demasiado rígidos para serem compatíveis com horários de trabalho, horários familiares, etc. O primeiro tipo de desvantagens tem sido largamente desmentido, quer pela prática, quer pela investigação empírica; a comunicação mediada por computador apresenta uma coloração sócio-emocional muito forte, em muitos aspectos não inferior à comunicação face-a-face e deve ser hoje concebida mais como uma comunicação entre humanos, mediada por computador, do que como uma comunicação humano-máquina. As comunidades online de aprendizagem, energizadas pelos benefícios da comunicação em rede e alimentadas por princípios de aprendizagem colaborativa são beneficiárias dos fortes componentes sócioafectivos, cognitivos e motivacionais da Web, sendo hoje pouco razoável justificar a necessidade de um ensino misto em função de uma suposta pobreza relacional dos cursos online. Já as dificuldades em promover, a distância, a aquisição de determinadas competências em domínios que exigiriam um contacto físico real, com pessoas ou com instrumentação e procedimentos, tem gerado inovações no domínio das Simulações, dos Laboratórios Virtuais e dos Laboratórios de Controlo Remoto, que são de todo o interesse para a Educação a Distância. Todavia, estas inovações requerem ainda grandes investimentos e, nalgumas situações, como é o caso no domínio de algumas actividades artísticas, a existência de sessões presenciais ou a utilização do sistema de videoconferência pode ser ainda uma necessidade para complementar a educação online. APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 3

Tendo em conta estas distintas realidades e sem prejuízo de futura evolução com a generalização de novas tecnologias específicas para estes casos, a aplicação do Modelo Pedagógico da Universidade Aberta ao 2º ciclo integra duas modalidades de classes: a classe virtual, totalmente online, e a classe mista, com base na virtualidade complementada por sessões de natureza síncrona, nomeadamente presencial. Em qualquer uma destas classes, os estudantes são organizados em grupos de 25, acompanhados e orientados por um professor qualificado da Universidade Aberta, com formação específica no ensino online. Em casos pontuais, e quando tal se justifica, a Universidade Aberta conta ainda com a colaboração de professores de outras universidades, também com formação adequada neste regime de ensino. O elemento estruturante no 2º ciclo de estudos O CONTRATO DE APRENDIZAGEM A aplicação do Modelo Pedagógico da Universidade Aberta ao 2º ciclo de estudos tem em conta que este ciclo tem uma natureza distinta, já que, tratando-se de um percurso pós-graduado, o estudante já desenvolveu alguma autonomia e já possui algumas competências essenciais. Também é de salientar que, no seu percurso de formação, o estudante deverá desenvolver um trabalho com características inovadoras num regime de grande autonomia. Neste contexto, a variante didáctica aplicável a este ciclo repousa num elemento estruturante, o Contrato de Aprendizagem. Este instrumento tem o papel de mediador entre as exigências impostas pela situação académica, própria deste ciclo de estudos, e os interesses e necessidades do estudante. Com efeito, nesse instrumento define-se o nível de estruturação necessária a uma situação de aprendizagem organizada em contexto grupal, mas, ao mesmo tempo, ele comporta um grau de flexibilidade ajustável em função dos estudantes, do seu ritmo e das suas necessidades num momento concreto. O Contrato de Aprendizagem é o documento norteador e central em cada unidade curricular e é elaborado pelo respectivo professor, estabelecendo-se como um marco comunicacional entre professor, por um lado, e estudante individual, por outro, e é socialmente contextualizado pelo grupo. APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 4

O professor, no âmbito da sua unidade curricular, constrói um percurso de trabalho a realizar pelos estudantes, com base em recursos disponibilizados ou bibliografia indicada, organiza e delimita zonas temporais de interacção diversificada, intragrupo geral (turma), intra-pequenos grupos de estudantes ou entre estudantes e professor. Este percurso de trabalho é organizado e orientado com base em actividades previstas antecipadamente e que poderão revestir diversas formas: resolução de problemas, leituras orientadas por questões norteadoras, discussões temáticas com base em tópicos previamente definidos, análise e estudos de caso, simulações, realização autónoma de pesquisas com recurso a fontes de informação que complementam a bibliografia sugerida, elaboração de documentos e de artigos, etc. O Contrato de Aprendizagem é disponibilizado ao estudante no início de cada unidade curricular e deverá ser objecto de negociação entre professor e estudantes, permitindo alguns ajustes em função de necessidades ou questões pertinentes sugeridas por estes. Findo este processo de ajuste, o contrato torna-se um mapa de navegação, quer para os estudantes quer para o professor, embora possa dentro de alguma flexibilidade sofrer pequenas alterações em função de pequenos imprevistos nos percursos pessoais dos estudantes. Deste modo, o estudante poderá, logo no início da unidade curricular, organizar o seu trabalho, definir prioridades e estabelecer um horário pessoal de estudo e de trabalho. Neste ciclo de estudos, qualquer variante a adoptar implica a obrigatoriedade da avaliação contínua, realizada no decurso do processo de aprendizagem, podendo ser complementada por um trabalho final, onde o estudante deverá demonstrar globalmente a aquisição das competências dentro de cada unidade curricular. Este trabalho final não deverá exceder, todavia, um peso máximo de 40% da classificação final. A Classe virtual Uma das modalidades de organização dos cursos de 2º ciclo repousa INTEIRAMENTE ONLINE na formação de turmas completamente virtuais. Tal significa que todas as actividades são realizadas online, com recurso a dispositivos de comunicação que possam integrar diversos recursos comunicacionais, a exemplo das actuais plataformas de elearning (learning management system). Todavia, o recurso a estas plataformas deverá incentivar e usar de forma crescente as tecnologias próprias da Web 2.0, desde já com especial relevo para APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 5

blogs, wikis, e-portefólios, agregador de notícias e outros sistemas de software social que incentivam a partilha do conhecimento (personal learning environments). Esta variante virtual assume-se como uma variante tipicamente assíncrona, consentânea com o máximo grau de flexibilidade, situação esta considerada a mais adequada para estudantes geograficamente dispersos. Por conseguinte, a eventual existência de sessões presenciais, como é o caso de reuniões para apresentação do programa do curso, adquirem um carácter facultativo. O mesmo motivo justifica a adopção de modalidades de avaliação inteiramente online, quer recorrendo à plataforma usada, quer recorrendo ao email do professor. O modelo de ensino-aprendizagem a adoptar estrutura-se do seguinte modo: cada unidade curricular é delineada com base em sequências que integram uma fase de trabalho autónomo por parte dos estudantes, com momentos de discussão e de resolução de diversas tarefas por equipas, de modo assíncrono, através dos fóruns, liderados e organizados pelos próprios estudantes, culminando em discussões assíncronas moderadas pelo professor, sobre temáticas previamente definidas. Neste contexto, o modelo privilegia uma perspectiva de aprendizagem acentuadamente colaborativa. A gestão dos tempos de ensino e de aprendizagem deverá atender aos modos de apropriação individual dos estudantes e aos ritmos desejáveis de interacção entre docente e estudantes e entre os próprios estudantes. Assim, a integração de experiências de aprendizagem autónoma, de experiências de aprendizagem guiada pelo professor e, ainda, de experiências colaborativas, deverá acolher a diversidade e especificidade dos processos de aprendizagem de cada um dos estudantes. A Classe mista No quadro da especificidade da Universidade Aberta, instituição vocacionada para o Ensino a Distância, a componente face-a-face de um curso misto é considerada como meramente secundária. A introdução de sessões PREDOMÍNIO DA COMPONENTE VIRTUAL presenciais justifica-se como momento laboratorial, residencial, com sessões concentradas, ou como uma forma de assumir presencialmente, numa modalidade de sessões distribuídas, um conjunto de funções como: apresentação inicial de estudantes e professores, apresentação e discussão de regras e procedimentos, discussão de APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 6

trabalhos e projectos, realização de tarefas práticas, respostas a questões e dúvidas dos estudantes, apresentação e discussão de projectos e de trabalhos finais. Neste contexto, e tendo em conta a identidade e os condicionalismos espaciais da Universidade Aberta, a modalidade de classe mista que configura a variante do 2º ciclo tem como pressuposto base que a maioria das actividades de ensino e aprendizagem se organiza de modo virtual, podendo haver lugar a sessões presenciais até um máximo de 50 horas/ano. Como referido, as sessões poderão ser organizadas de forma distribuída, cabendo uma fracção delas a cada uma das unidades curriculares ou poderão ser concentradas num único período temporal determinado, sendo neste caso dedicadas apenas a algumas unidades curriculares. Confirmada a necessidade de sessões presenciais, a presença dos estudantes nestas é considerada obrigatória, pelo que a natureza das mesmas é explicitada nos respectivos Contratos de Aprendizagem. Partindo da premissa já enunciada, para o 2º ciclo de Estudos, da obrigatoriedade de avaliação contínua, podendo esta ser complementada por um trabalho final, a modalidade de classe mista poderá prever a existência de instrumentos de avaliação final de natureza presencial, como a discussão face a face de trabalhos previamente elaborados. Eventuais sessões presenciais dedicadas a avaliação são consideradas no cômputo das horas presenciais do curso. Todavia, é excluído o recurso a exames presenciais como modo de avaliação a utilizar neste ciclo de estudos. APLICAÇÃO DO MODELO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE ABERTA AO 2º CICLO DE ESTUDOS 7