Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC

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Transcrição:

Imagiologia Mamária Manuela Gonçalo Serviço de Radiologia HUC Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves

Imagiologia Mamografia (M. Digital) (referência) Diagnóstico Rastreio Ecografia R.M. Galactografia TAC, PET, Cintigrafia

Mamografia

Digital Mamografia Digital

Mamografia Não detecta 7-30% dos C.M. Limitações próprias da técnica Técnica inadequada Erro de percepção Lesão atípica Ecografia Principal complemento da mamografia 1ª linha (jovem, grávida )

CAD

Tomossíntese 12

Ecografia ELASTOGRAFIA

Ecografia ABVS (automatizada)

Ecografia ABVS (automatizada)

RRastreio de CM (LPCC) Mamografia (2 incidências) Dirigido a mulheres saudáveis (45-69A) 2-2 anos Reduz mortalidade por C.M. (20-40%) 16

Rastreio: dupla leitura cega 17

Rastreio 18

19

Mamas acessórias

Mamografia Semiologia Nódulos Lesões espiculadas Calcificações / microcalcificações Distorções arquitecturais Assimetrias de estrutura

Nódulo Morfologia Densidade Contornos Limites

Nódulo bem definido 23

Nódulo bem definido

Nódulo bem definido

Nódulo bem definido

Nódulo bem definido

Nódulo bem definido

Nódulos bem definidos

Nódulos bem definidos

Nódulo mal definido

Nódulo mal definido evolução

Nódulo Sugere malignidade Morfologia globosa Densidade elevada Contornos irregulares Limites mal definidos Crescimento (menopausa)

Lesão espiculada

Calcificações Morfologia Distribuição Benignas Malignas Indeterminadas >>>Erros de interpretação Principal forma de apresentação do CDis

Calcificações

Calcificações 38

Microcalcificações

Distorção da arquitectura >>> Erros de percepção

Distorção arquitectural

Distorção da arquitectura

Distorção da arquitectura

Assimetria global de densidade

Assimetria de densidade

Assimetria com alterações difusas

com redução global da Mama

Assimetria focal de densidade Nódulo bem definido

2012 Assimetria focal de densidade 2010

Assimetria focal de densidade em crescimento

C. M. Oculto

MASTECTOMIA DTA POR C.M. PRÓTESE

No homem 57

Eco-Doppler Diagnóstico diferencial (sól/líq.) (civ) Controlo da resposta tumoral à quimioterapia

Eco-Doppler

Eco-Doppler Controlo de Quimioterapia

RM Alta sensibilidade (C. invasivo) - Estadiamento local (multifocalidade) - Boa correlação do tamanho com AP Estudo da mama operada Tumor residual//recidiva/fibrose cicatricial Controlo da resposta a quimioterapia Estudo da mama com prótese Estudo da mulher com alto risco de CM Pesquisa de tumor oculto

RM

RM

RM

RM

RM-Espectroscopia

RM Desvantagens: Baixa especificidade Sensibilidade variável nos C. in situ Não detecta microcalcificações Muito dispendiosa Demorada Pouco disponível >> Não tem indicação no DD como substituição da citologia/biópsia

Grande variabilidade de apresentações do C. M. Frequente sobreposição dos aspectos imagiológicos entre patologia benigna e maligna. Necessidade de diagnóstico (B/M) >>> TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO (orientadas por Imagiologia)

Intervenção por Imagiologia Técnicas de intervenção diagnósticas Galactografia Citologia Biópsia (agulha grossa/vácuo) Arpão (lesões infra-clínicas)pré-cirurgia (Bióp/Terap) Clips de marcação >> Ecografia >> Estereotaxia >> RM

Galactografia

Patologia ductal - Galactografia 71

72

PATOLOGIA DUCTAL Ecografia

74

75

Citologia

Citologia Orientada por ecografia lesões nodulares

Citologia /punção de quisto Orientada por ecografia

Biópsia

Biópsia com Estereotaxia vácuo

Biópsia Orientada por ecografia

Estereotaxia

Biópsia orientada por estereotaxia

Biópsia orientada por estereotaxia

Arpão com orientação por ecografia

Arpão orientado por estereotaxia

Arpão orientado por estereotaxia

Arpão orientado por estereotaxia

Marcação com clip Antes da quimioterapia 89

Gânglios axilares

Gânglios axilares Gânglios axilares

Gânglios axilares - Citologia

Conclusões A patologia mamária é cada vez mais frequente. Nos últimos anos verificou-se aumento considerável da incidência de C.M. O diagnóstico precoce do C.M. melhora francamente o prognóstico (imag) Há por vezes sobreposição dos aspectos imagiológicos entre patologia benigna e maligna, necessário diagnóstico definitivo (imag/interv) O estadiamento correcto permite melhor escolha da estratégia terapêutica (imag)

Conclusões É fundamental uma correcta abordagem imagiológica Integração com a clínica Integração das diferentes técnicas Controlo evolutivo Controlo evolutivo Técnicas de intervenção

Conclusões Relatório da imagiologia BI-RADS 0: Inconclusivo 1: Exame normal 2: Alterações benignas 3: Alt. provavelmente benignas (<3% p. mal) 4: Alt. suspeitas A: Suspeição baixa (3 a 30%) B: Suspeição intermédia (30 a 65%) C: Suspeição moderada (65 a 95%) 5: Alt. Sugestivas de malignidade (>95%) 6: Diagnóstico de malignidade