Programas Sociais A recente experiência paulistana
Mapa da fome no Brasil na década de 1950 Fonte: Banco Central do Brasil Fonte: CASTRO, Josué. Geografia da Fome. São Paulo: Brasiliense, 1957
10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 PIB per capita brasileiro, 1947-2004 em R$ de 2004 1947 1950 1953 1956 1959 1962 1965 1968 1971 1974 1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 Fonte: IPEADATA
Índice de Exclusão Social 2000
A dificuldade de crescer e distribuir a. metade da relação média dos países industrialaiza dos; b. crescimento médio do PIB/hab nos países industrializad os; c. participação do grupo no PIB regional. Período: 1965-84 Crescimento do PIB Habitante < 2,4% 2,4% b Equidade = Bolívia Chile Perú Venezuela Costa Rica < 0,4 El Salvador Guatemala Honduras Nicarágua Haití 15,% BRASIL Colômbia México Equador Panamá Paraguai Rep. Dominicana Σ da renda dos 40% mais pobres Σ da renda dos 10% mais ricos a c 72,6% c Argentina Uruguai 0,4 V A Z I O Período: 1970-84 11,5% c Fonte: FAJNZYLBER, Fernando. Industrialización en América Latina: de la caja negra al casillero vacio. Santiago: CEPAL, 1990
20 18 16 14 12 10 8 6 Taxa de desemprego total na RMSP, 1984-2005 em % Fonte: IPEADATA 1984 12 1985 10 1986 08 1987 06 1988 04 1989 02 1989 12 1990 10 1991 08 1992 06 1993 04 1994 02 1994 12 1995 10 1996 08 1997 06 1998 04 1999 02 1999 12 2000 10 2001 08 2002 06 2003 04 2004 02 2004 12
Rendimento real dos ocupados por setor de atividade na RMSP, 1995-2004 média 1985=100 Fonte: DIEESE/SEADE
Produtividade da indústria de transformação e rendimento real do trabalho no setor, 1991-2006 (janeiro/1995=100) 160 140 Plano Real 120 100 80 60 dez/91 dez/92 dez/93 dez/94 dez/95 dez/96 dez/97 dez/98 dez/99 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 Produtividade da ind de transfomação Índice de rendimento médio real trimestral dos assalariados do setor privado na Ind de transformação Fonte: Banco Central do Brasil/DEPEC (produtividade) e SEADE/DIEESE (rendimento real médio)
Evolução da Classe Média 35 (% da PEA urbana) 31,7 30 25 22,7 25,4 27,1 20 15 12,3 13,5 15,2 10 5 0 1872 1900 1920 1940 1960 1980 2000 Fonte: IBGE - Censos demográficos (elaboração própria, a partir da tipologia de Quadros, 2003)
70 60 50 40 30 20 10 0 Dívida líquida do Setor Público, 1982-2003 (em % do PIB) Fonte: Banco Central do Brasil Fonte: Banco Central do Brasil 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999* 2000 2001 2002 2003 Total Dívida Interna Dívida Externa
Taxas de lucro de setores escolhidos, 1984-2004 (em porcentagem) 40 35 30 25 Plano Real 20 15 10 5 0-5 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004-10 Taxa de lucro do capital bancário Taxa de lucro do capital produtivo Fonte: Gonçalves (2006: 41)
Movimento das famílias ricas pelos estados 1980 2000 Região Brasil Brasil São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Rio Grande do Sul 100% 100% 37,8% 58,0% 19,3% 8,7% 9,0% 5,8% 7,0% 4,2% Mun. São S o Paulo 23,4% 38,2%
Índice de Pobreza
Índice de Violência
Os pobres são as maiores vítimas Índice de Pobreza Índice de Violência
DIAGNÓSTICO (2001-2004) A cidade possuía mais de um milhão de desempregados, perdendo mais e mais postos de trabalho Na época, o desemprego concentrou-se nas faixas de 18 a 24 anos e acima dos 40 anos O tempo médio de procura de emprego era recorde: 55 semanas
DIAGNÓSTICO (2001-2004) Dos 3 milhões de chefes de família, 589 mil estavam abaixo da linha da pobreza 311 mil chefes de família viviam sem renda Nos distritos mais populosos, 1 em cada 4 chefes de família era pobre Na década de 1990, o número de mortes violentas cresceu 15% no município
O problema em São Paulo Inexistia institucionalidade municipal para tratar do desenvolvimento econômico e social Havia fragmentação de ações e multiplicação de gastos A visão do combate a pobreza era assistencialista e clientelista
As políticas sociais no Brasil Exclusão social não era tratada na sua totalidade Ações são setorializadas e sobrepostas Havia paternalismo, assistencialismo e clientelismo que reproduzem a exclusão social Pior: privatizava-se o público
Estratégia Paulistana de Inclusão Social
Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade Assistência Social Outras...
PRINCÍPIOS Superar o caráter compensatório, com emancipação socioeconômica Integrar e universalizar as ações Priorizar a atuação em bolsões de pobreza e violência Incentivar a cidadania, com conceitos de pertencimento, ativação e protagonismo Gerar inclusão social
Choque distributivo e de desenvolvimento Nove programas foram criados e implantados no município Em 2001, 2002 e 2003, R$ 540 milhões foram investidos nos programas sociais Cerca de 320 mil famílias foram beneficiadas pelos programas, representando 1 milhão e 400 mil pessoas atendidas
Estratégia Paulistana de Inclusão Social Programas Redistributivos Renda Mínima Bolsa Trabalho Operação Trabalho Começar de Novo Programas Emancipatórios Capacitação Ocupacional Oportunidade Solidária São Paulo Confia Programas de Apoio ao Desenvolvimento Local Desenvolvi/o Local São Paulo Inclui
Critérios de atendimento Concentração de pobreza Altos índices de violência Maior presença de crianças e jovens Baixa alfabetização
Índice de Exclusão Social para São Paulo
Regiões beneficiadas em 2001
Regiões beneficiadas em 2001 e 2002
Regiões beneficiadas em 2001, 2002 e 2003
Avaliação do Impacto dos Programas Sociais
Rendimento médio e complementação média de renda dos beneficiários dos programas sociais (em R$ - dezembro de 2001) 400 350 354,44 300 250 200 150 100 50 0 226,10 Linha de pobreza (R$ 264,60) 128,34 Rendimento médio Complementação média Rendimento médio total
Tipo de gasto dos benefícios dos programas sociais (em % - 2002) 80 70 70,1 60 50 40 30 20 10 7,1 4,1 3,5 2,4 1,3 3,8 7,7 0 Alimentação Roupas e Pagamento Remédio Material Material de Outros Não sabe sapatos de contas escolar Construção gastos
Percepção dos agentes econômicos nos distritos beneficiados sobre os impactos dos programas sociais no aumento das vendas (em % - 2002) 80 70 72,2 60 50 40 30 20 10 50,0 48,8 0 Aumentaram as vendas Vendas estabilizadas Diminuiram as vendas
Variação das taxas de evasão escolar, repetência e aprovação ensino fundamental em distritos atendidos (em %) 0-10 2,39 2,91 2,03 13 DA atendidos desde 2001 37 DA atendidos desde 2002 Demais distritos -20-30 -40-50 -60-42,65-43,26-37,00-48,19-51,83-57,93 Evasão Repetência Aprovação
Variação das mortes violentas nos distritos atendidos desde 2001 (bloco 01) e 2002 (bloco 02) (em % - 2001 a 2003) -10-12 Variação 2001/2003-14 -16-18 -20-16,5-15,9-22 -24-21,7 Bloco 01 Bloco 02 Demais Distritos
Para retomar o crescimento econômico é preciso : Investimento público; Distribuição secundária da renda; Planejamento de longo prazo. Reconstruir o Estado
A dificuldade é Essa reconstrução afeta, de diferentes maneiras, diferentes grupos As finanças nacionais e internacionais Poderosos grupos internos Pensamento dominante e a mídia
Então, o dilema é: Como superar a resistência e retomar as políticas públicas pródesenvolvimento?