INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS DEZEMBRO/2015
Resumo de desempenho Dezembro 2015 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês mês do ano ano Receita líquida total 5.317,17 84.873,12-17,0-30,9-14,4 Receita líquida interna 2.007,09 56.980,23-43,6-62,7-23,0 Consumo aparente 7.029,41 130.214,19-24,8-39,9-11,7 Variáveis Mês US$ milhões No ano mês Variação percentual mês do ano ano Exportação 855,07 8.030,15 14,1 8,0-16,2 Importação 1.138,05 18.818,40-14,7-40,2-23,3 Saldo -282,98-10.788,24-51,6-74,5-27,9 Variáveis No fim do mês Mil pessoas média no ano mês Variação percentual mês do ano ano Emprego 308,720 335,898-1,9-12,8-8,1 DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
Consumo aparente R$ bilhões constantes* Mês / Mês = -24,8% Mês / Mês do ano = -39,9% Acumulado ano / Acumulado ano = -11,7% 14 12 10 8 6 4 2 0 Receita Líquida Interna (MM3) Consumo aparente mensal Importados (c/ CIF+II) MM3 No mês de dezembro/15 o consumo aparente nacional apresentou retração de 24,8%. No ano de 2015 a queda acumulada foi de 11,7%, apesar da desvalorização da moeda nacional, que no mesmo período inflou em 42% o valor dos bens importados. Desconsiderando o efeito cambial, ou seja, adotando para 2015 cambio igual ao de 2014, o resultado apurado para o consumo aparente passa a ser ainda mais preocupante, queda de 24,1% em 2015. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
Receita Líquida Total R$ bilhões constantes* Mês / Mês = -17,0% Mês / Mês do ano = -30,9% Acumulado ano / Acumulado ano = -14,4% 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Exportação (MM3) Receita Líquida Total (mensal) Receita Líquida Interna (MM3) Receita Líquida Interna (mensal) 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Apesar do efeito cambial que também elevou o valor das exportações, o mercado interno retraído em -23%, resultou em receita líquida total do setor 14,4% menor em 2015. Sem a valorização do dólar a queda da Receita Líquida Total seria de 22,8% A queda de 14,4% das vendas de máquinas e equipamentos registrada em 2015 se soma às quedas de 11,6% em 2014/13 e 5% em 2013/12 e acumula para o setor uma retração da ordem de 30% nas vendas ao longo dos últimos 3 anos. Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 4
Curva de comportamento Receita Líquida Média 2010-2013 vs 2014 e 2015 R$ bilhões 11,0 10,0 9,0 8,0 Média 2010-2013 2015 2014 9,21 7,69 As incertezas políticas combinadas com a política econômica recessiva, onde o custo do capital é incompatível com o retorno dos investimentos, tem inviabilizado qualquer decisão de investimento no país. 7,0 6,0 Os dados do mês de dezembro ratificam este cenário de contração dos investimentos e apontam para mais um ano de queda. 5,0 fev mar mai jun ago set nov dez 5,32 Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
Evolução dos preços A volatilidade do câmbio continua como fator recessivo adicional pois, aumenta os riscos de descasamento entre os preços dos insumos de produção e os preços de venda de máquinas e equipamentos, inibe o esforço exportador e as decisões de investimentos no pais. Fonte: ABIMAQ, IBGE e BCB. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Índice de custo de produção de máquinas e equipamentos. **Outubro/15 DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
Taxa de câmbio real Variação % acumulada base /14 R$ deflacionado (base /14) 50 40 30 20 10 0-10 -20 Câmbio Real /14 = 2,38 Dez/15 = 3,35 R$/US$ Euro/US$ Cesta/US$ (exceto EUA) /14 fev/14 mar/14 /14 mai/14 jun/14 /14 ago/14 set/14 /14 nov/14 dez/14 /15 fev/15 mar/15 /15 mai/15 jun/15 /15 ago/15 set/15 /15 nov/15 dez/15 40,67 24,97 21,65 A depreciação do Real, nestes últimos meses, foi causada por instabilidades políticas e fatores externos e, portanto, não há garantia de que mantenha as vantagens competitivas observadas a partir de agosto de 2015. Mas, no momento é o único instrumento disponível ao setor produtivo na busca por market share no mercado interno, ao substituir bens importados, e no externo. Fonte: LCA. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Cesta: Zona do Euro, China, Argentina, Japão, Chile, Índia, Venezuela, Rússia e México. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
Exportação US$ bilhões FOB Mês / Mês = +14,1% Mês / Mês do ano = +8,0% Acumulado ano / Acumulado ano = -16,2% 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 MM3 Mensal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 As exportações em 2015 de US$ 8,030 bilhões em máquinas e equipamentos, refletem queda de 16,2% nas vendas externas em relação às vendas de 2014. Na ponta, observamos crescimento pelo segundo mês consecutivo, 29,1% em nov/15 e 14,1% em dez/15 e pode ser interpretado como um indício de inversão da curva. A paralisia nos financiamentos à exportação, combinada com a volatilidade cambial, são fatores que continuam dificultando o processo de exportações. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
Exportação por setores ores com sua participação no total Ano Mês/Mês anter. Participação ABIMAQ -16,2 14,1 100% Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para logística e construção civil Infra-estrutura e indústria de base -62,2 Máquinas para petróleo e energia renovável Máquinas para agricultura Máquinas para a indústria de transformação Máquinas para bens de consumo -26,1-34,3-28,5-7,3-4,9-10,3 2,6 22,8 8,3 38,7 20,8 23,4 97,6 28,5% 23,2% 14,5% 9,5% 9,7% 7,8% 6,8% No mês de dezembro, excluindo o setor ficante de máquinas para infraestrutura e indústria de base, todos os setores registraram crescimento nas exportações. No ano, apesar do bom desempenho nos últimos meses, ainda a maioria registrou exportações abaixo do resultado de 2014, com exceção do setor de Infraestrutura e indústria de base que registrou em 2015 crescimento de 8,3%. -80-40 0 40 80 120 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
Exportação por destinos US$ bilhões Participação % no total exportado América Latina Estados Unidos 50,6 48,1 40,9 44,6 45,2 43,2 44,4 40,1 41,6 23,0 19,0 20,4 17,7 18,3 20,9 20,0 21,7 18,7 Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos (M&E) são, pela ordem, América Latina, Europa e Estados Unidos. Europa 18,4 18,9 18,2 14,7 15,1 15,2 16,0 17,3 15,9 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Grupos -Dez 2015 -Dez 2014 Var. % TOTAL GERAL 8.030 9.581-16,2 1 América Latina 3.342 3.833-12,8 Mercosul 1.521 1.712-11,1 2 Estados Unidos 1.458 1.812-19,5 3 Europa 1.505 2.079-27,6 As exportações para a América Latina, incluindo o Mercosul, em 2015 ganharam participação relativa quando comparadas com o ano de 2014 mais em função da queda da Europa do que pelo seu crescimento. Para os EUA, a participação mantem uma trajetória crescente justificada principalmente pela retomada da atividade industrial. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Mercosul Estados Membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
Importação US$ bilhões FOB Mês / Mês = -14,7% Mês / Mês do ano = -40,2% Acumulado ano / Acumulado ano = -23,3% 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 MM3 Mensal As importações que chegaram a US$ 18,818 bilhões no ano de 2015, estão 23,3% inferiores a 2014. Esta queda é coerente com o ambiente recessivo na indústria brasileira de transformação. Infelizmente esta queda não foi compensada pelo aumento das vendas no mercado interno pelos ficantes nacionais e portanto confirma uma forte redução da taxa de investimento sobre o PIB pelo terceiro ano consecutivo, reduzindo a probabilidade de crescimento econômico após o ajuste fiscal. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
Importação por setores ores com sua participação* no total ano mês/mês anter. Participação ABIMAQ Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para a indústria de transformação Máquinas para bens de consumo Infra-estrutura e indústria de base -40,9-23,3-14,7-22,8-19,6-21,2-25,5-21,9-8,6 2,4 100% 28,8% 20,7% 16,4% 15,1% A queda no ano ocorreu simultaneamente em todos os setores de BK, o que confirma as observações es. O fato da importação de componentes evoluir abaixo de 2014, indica continuidade da redução de produção nacional, ao longo dos próximos meses. Máquinas para logística e construção civil Máquinas para agricultura Máquinas para petróleo e energia renovável -33,1-26,6-7,6-4,1-2,3 33,1 15,0% 2,7% 1,3% No mês de dezembro/15, observou-se aumento nas importações de Máquinas para a Indústria de Transformação e também de Máquinas para petróleo e Energia Renovável. -50-25 0 25 50 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
Principais origens das importações Part. % no total importado (US$) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 EUA 21,8% 20,9% Ranking (peso) Alemanha Itália Japão China Coréia 16,8% 15,7% 14,4% 14,1% 9,1% 9,6% 6,3% 5,6% 3,9% 2,7% 2.º 1.º 3.º 4.º 6º 5º A série histórica, a partir de 2012, mostra o fim de um agressivo crescimento do volume de produtos chineses no mercado nacional e uma certa estabilidade no market share entre os principais fornecedores de máquinas e equipamentos no Brasil. Em 2015, pela primeira vez em 10 anos, a China perde participação relativa no mercado brasileiro. Espanha 2,1% 2,3% 7º Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 13
Balança comercial US$ bilhões FOB Mês / Mês = -51,6% Mês / Mês do ano = -74,5% Acumulado ano / Acumulado ano = -27,9% 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0-0,5-1 -1,5 Saldo (MM3) Exportação (MM3) Importação (MM3) A redução do déficit na balança comercial de máquinas e equipamentos, de um patamar da ordem de US$ 1,5 bilhão mensal para perto de US$ 1,0 bilhão resulta, como pode ser observado no gráfico, muito mais da redução das importações do que uma melhora nas exportações. -2 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 14
NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada % Carteira de Pedidos em meses para o atendimento NUCI Carteira de Pedidos Média Anual 90 80 70 60 50 40 86,1 4,4 80,8 4,4 82,3 5,1 Carteira de pedidos -3,9% s/ dezembro 2014 80,8 74,5 75,1 4,0 3,5 3,2 75,4 2,9 68,5 2,7 6 5 4 3 2 1 Em dezembro/15 a indústria brasileira de máquinas e equipamentos mecânicos utilizou 65,8% de sua capacidade instalada. Comparado com o mês (novembro/15, 69,4%) a queda foi de 5,1%, e na comparação com o dezembro de 2014 (dezembro/14 69,3%) a queda chegou a 5,1%. A carteira de pedidos, cresceu 6,5% contra o mês imediatamente e caiu 3,9% comparada com dezembro/14. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 15
Pessoal ocupado (em mil pessoas) 390 350 310 270 Mês / Mês = -1,9% Emprego Mês / Mês do ano = -8,1% O comportamento do 385,92 380,29 353,94 308,72 emprego está acompanhando o desempenho da receita líquida. Desde meados de 2013 o número de pessoas ocupadas na indústria de bens de capital mecânico vem diminuindo, e teve maior intensidade em 2015. 230 190 150 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 O setor encerrou o mês de dezembro de 2015 com 309 mil pessoas empregadas contra mais de 354 mil em dezembro de 2014, que significa o fechamento de aproximadamente 45 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses. Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 16
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