INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS
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- Débora Faria Leveck
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1 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS ABRIL/2015
2 Resumo DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
3 Consumo aparente mensal R$ bilhões constantes* Mês / Mês anterior = -5,6% Mês ano / Mês do ano anterior = -0,5% Acumulado / Acumulado ano anterior = +2,2% A estabilidade do consumo aparente em 2015, com R$ 47,405 bilhões no quadrimestre, está nos mesmo níveis de 2014, mas é muito mais um efeito cambial do que uma realidade. De fato, com o câmbio constante, mantido ao mesmo nível do 1º quadrimestre de 2014, o consumo aparente cai 7,2%. Por outro lado a queda nas importações e no consumo interno nos levam a prever, em 2015, uma nova redução no consumo aparente brasileiro, após cair 14,4% em 2014/2013. Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
4 Faturamento Líquido mensal R$ bilhões constantes* Mês / mês anterior = -14,6% Mês / Mês do ano anterior = -6,2% Acumulado / Acumulado ano anterior = +4,5% O efeito câmbio nas exportações do setor estão ajudando a manter uma aparente estabilidade no faturamento, com R$ 23,547 bilhões no quadrimestre. Entretanto, a queda nos últimos dois meses nas vendas no mercado interno e uma exportação menor, quando medida em dólares nos levam a projetar, em 2015 nova redução do faturamento da Indústria de Bens Capital Mecânicos pelo terceiro ano consecutivo. Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 4
5 Comportamento do faturamento Média vs 2014 e 2015 A instabilidade e volatilidade do ambiente econômico tornam difícil fazer projeções sobre o comportamento do ano, mas abril já indica um desempenho do faturamento abaixo de 2014 confirmando a previsão de uma queda na produção e na venda da indústria fabricante de Bens de Capital. Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
6 Evolução dos preços A volatilidade do câmbio, com variações da ordem de 10% em prazos da ordem de 30 dias, é um fator recessivo adicional pois essa instabilidade aumenta os riscos de descasamento dos custos com os preços de venda. Assim apesar da depreciação do Real, esta volatilidade inibe, na prática, os esforços de aumentar nossas exportações bem como o Market Share do produto nacional no mercado interno. Fonte: ABIMAQ, IBGE e BCB. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Índice de custo de produção de máquinas e equipamentos. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
7 Taxa de câmbio nominal Variação % acumulada base dez/13 A depreciação do Real foi interrompida a partir de março 2015, com o resultado de que os ganhos de competitividade ficaram limitados ao Dólar enquanto com relação ao Euro e à cesta de moedas os resultados são claramente insuficientes. O Banco Central aparentemente teve uma recaída na utilização do câmbio como âncora inflacionária levando a SELIC a um nível que garante ganhos superiores ao retorno do investimento produtivo e mantendo, ainda que parcialmente a rolagem, dos swaps cambial. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
8 Exportação mensal US$ bilhões FOB Mês corrente / Mês anterior = -32,2% Mês ano corrente / Mês do ano anterior = -22,9% Acumulado ano corrente / Acumulado ano anterior = -15,6% As exportação de US$ 2,633 bilhões, no quadrimestre, estão em forte queda de aproximadamente 16%. Mas o preocupante é a tendência, visível no gráfico, apesar das oscilações mensais. Isto confirma que o câmbio ainda não está competitivo e o quadro é agravado, ainda mais, pela paralisia nos financiamentos à exportação. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
9 Exportação por setores Setores com sua participação no total Participação 100% 24,3% 14,7% 24,5% 13,4% 6,5% 9,2% Todos os setores, com exceção das máquinas para infraestrutura e indústria de base, apresentam suas exportações em 2015 abaixo dos resultado de O fato de todos o setores apresentarem comportamento assemelhado sinaliza que dificilmente haverá ao longo do ano reversão da tendência de queda apresentada até aqui. 7,4% Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
10 Exportação por destinos US$ bilhões América Latina Estados Unidos Europa Grupos Var. % TOTAL GERAL 2,633 3,119-15,6 1 América Latina 1,119 1,216-7,9 Mercosul 0,408 0,481-15,1 2 Estados Unidos 0,543 0,582-6,8 3 Europa 0,512 0,643-20,4 Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos são, pela ordem, América Latina, Estados Unidos e Europa. As exportações para a América Latina, incluindo o Mercosul, tiveram uma queda relativa preocupante a partir de 2011 ainda que no 1º quadrimestre de 2015 passem a apresentar leve crescimento na participação quando comparadas com o ano de Os EUA, segundo maior destino de nossas exportações, mantém uma trajetória de recuperação desde 2011, justificado pela retomada da atividade industrial americana. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
11 Importação mensal US$ bilhões FOB Mês corrente / Mês anterior = -2,8% Mês ano corrente / Mês do ano anterior = -17,0% Acumulado ano corrente / Acumulado ano anterior = -16,6% A diminuição nas importações que somam US$ 7,130 bilhões no quadrimestre, é coerente com o ambiente recessivo na indústria brasileira de transformação e deve se manter, ao longo de 2015, com queda da ordem de dois dígitos. Infelizmente esta queda não é compensada pelo aumento das vendas no mercado interno dos fabricantes nacionais e portanto antecipa uma forte redução na FBCF sobre o PIB, pelo segundo ano consecutivo reduzindo a probabilidade de crescimento econômico após o ajuste fiscal. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
12 Importação por setores Setores com sua participação* no total Participação 100% 28,5% 15,0% 20,6% 15,3% 17,0% 1,5% A queda nas importações ocorre simultaneamente em todos os setores de BK, o que confirma nossas observações anteriores. O fato da importação de componentes evoluir abaixo de 2014, pelo quarto mês consecutivo, registra a tendência da continuidade, na redução da produção nacional, ao longo dos próximos meses. 2,1% Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
13 Principais origens das importações Part. % no total importado (US$) Ranking (peso) EUA Alemanha Itália China 2.º 1.º 3.º 4.º A série histórica, a partir de 2012, mostra o fim de um agressivo crescimento das exportações chinesas e uma certa estabilidade na Market share dos principais fornecedores de BKMs para o Brasil, nos últimos quatro anos. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 13
14 Balança comercial US$ bilhões FOB Mês corrente / mês anterior = +24,9% Mês ano corrente / Mês do ano anterior = -13,6% Acumulado ano corrente / Acumulado ano anterior = -17,1% A redução do déficit na balança comercial de BKM, de um patamar da ordem de US$ 1,5 bilhões mensais para perto de US$ 1,0 bilhão mensal resulta, como o gráfico aponta, muito mais da redução das importações do que uma melhora nas exportações. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 14
15 NUCI (%) e Carteira de Pedidos (em meses para o atendimento) Média Anual Carteira de pedidos -4,3% s/ março ,3 2,8 Em abril/15 a indústria brasileira de máquinas e equipamentos mecânicos utilizou 68,2% de sua capacidade instalada. Comparado com o mês anterior (março/15) houve uma queda de 1,8%, e na comparação com o mesmo mês de 2014, a queda chega a 11,5%. A carteira de pedidos também registrou queda em abril/15 na comparação com o mês de mar/15 (4,3%), e na comparação com o mesmo mês de 2014 recuou 12,7%. Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 15
16 NUCI (%) e Carteira de Pedidos (em meses para o atendimento) por setores NUCI (%) Seriados Pesada 69,13 64, Pesada Seriados CARTEIRA (meses) A utilização da capacidade instalada está em nível bastante preocupante, tanto na indústria de bens seriados como na de bens sob encomenda. Em bens seriados, o setor atinge o seu pior nível da série. Em bens sob encomenda, apesar da melhora pontual ocorrida em fevereiro/15, o setor volta a reduzir sua utilização de capacidade ,25 4 1,61 0 A carteira de pedidos sofreu redução em abril/15 em comparação com março/15, sendo de 1,7% em bens seriados e 10,7% em bens sob encomenda Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 16
17 Pessoal ocupado (em mil pessoas) Mês corrente / mês anterior Emprego = -1,3% Mês ano corrente / Mês do ano anterior = -5,9% O comportamento do emprego confirma a tendência de queda no faturamento do setor. A partir de 2011, o número de pessoas ocupadas na indústria de BKM, mostra um declínio contínuo que se acentua em Nos últimos doze meses de abril/14 a abril/15 o setor fabricante de BKM, reduziu em 4,5% o emprego no setor o que representa , postos de trabalho Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 17
18 DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística
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