PIAGET E KOHLBERG FORAM OS PRIMEIROS PSICÓLOGOS A SE INTERESSAR PELO DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE NA CRIANÇA E NO HOMEM ADULTO.

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Transcrição:

DESENVOLVIMENTO MORAL - PIAGET E KOHLBERG FORAM OS PRIMEIROS PSICÓLOGOS A SE INTERESSAR PELO DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE NA CRIANÇA E NO HOMEM ADULTO.

Piaget viu que crianças de 0 a 12 anos passam por duas grandes orientações da moralidade: a autonomia e a heteronomia. As crianças menores estão no estádio de heteronomia moral, isto é, as regras são leis externas, sagradas, imutáveis, por que são impostas pelos adultos. As crianças maiores passam aos poucos para um estágio de autonomia, em que as regras são vistas como resultado de uma decisão livre e digna de respeito, aceitas pelo grupo.

Para Piaget, toda a moral é formada por um sistema de regras e a moralidade consiste no respeito que o indivíduo nutre por estas regras. Partindo desse princípio, Piaget propôs estudar esse problema em dois níveis: a consciência (intelecção) que se tem das regras, e a sua colocação em prática. Piaget queria encontrar o grau de correspondência existente entre consciência (conhecimento) e a prática das regras. Piaget escolheu para esse estudo um jogo bem conhecido das crianças, o jogo de bolinhas de gude. um jogo com muitas regras e, relativamente complicadas.

Piaget observava meninos em diversas idades jogando bolinhas e perguntar-lhes: quais eram as regras do jogo? de onde vinham? podiam ser modificadas?

Três questões fundamentais para a moralidade: Conhecimento da lei Origem ou fundamento da lei Mutabilidade ou não da lei

Com relação as regras do jogo Piaget encontrou níveis diferentes tanto de consciência das regras como sobre sua prática. 1º Estágio - crianças até 2 anos Neste estágio as crianças simplesmente jogam, não há nenhuma regra ou lei, é puramente uma actividade motora, não há nenhuma consciência de regras.

2º ESTÁGIO - CRIANÇAS DE 2 A 6 ANOS Neste estádio a criança observa os maiores jogarem e começa a imitar o ritual que observa. A criança percebe que existem regras que regulam a actividade e considera as regras sagradas e invioláveis. Ainda que nesse estádio a criança saiba as regras do jogo, ela não joga "com os outros", ela joga como que sozinha, é uma actividade egocêntrica, ainda que esteja a jogar com outros companheiros. É uma actividade que produz prazer psicomotor.

3º ESTÁGIO - ENTRE OS 7 E 10 ANOS Neste estádio a criança passa do prazer psicomotor dos estádios anteriores ao prazer da competição segundo uma série de regras e um consenso comum. Esse estádio está ainda dominado pela heteronomia moral, as regras são sagradas mas já são reconhecidas como necessárias para bem dirigir o jogo. Há um forte desejo de entender as regras e de jogar respeitando o combinado. As crianças vigiam-se mutuamente para se certificarem de que todos jogam respeitando as regras.

4º ESTÁGIO - ENTRE 11 E 12 ANOS É a passagem para a autonomia moral. O adolescente desenvolve a capacidade de raciocínio abstracto e as regras já são bem assimiladas. Há um grande interesse em estudar as regras em si mesmas, discutem muitas vezes sobre quais as regras que vão ser estabelecidas para o jogo. Para Piaget o desenvolvimento da moralidade dá-se principalmente através da actividade de cooperação, do contacto com iguais, da relação com companheiros e do desenvolvimento da inteligência.

Kohlberg professor rafael prado

Para Kohlberg existem seis estágios no desenvolvimento moral, dividido em três níveis. Piaget estudou somente a vida moral até a adolescência e Kohlberg até o desabrochar pleno da maturidade e da vida moral. Kohlberg não dá muita importância ao comportamento moral externo. Por exemplo, um adulto e um adolescente que roubam uma maçã, o comportamento externo é o mesmo, mas as razões, a moralidade interna, o nível de maturidade moral é diferente nesses casos. Kolhberg baseia a sua classificação no nível de consciência que se tem das regras e normas, das suas razões e motivações, da consciência da sua utilidade e necessidade.

1º NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL A moralidade da criança é marcada pelas consequências dos seus actos: punição ou recompensa, elogio ou castigo, e baseia-se no poder físico (de punir ou recompensar) daqueles que estipulam as normas.

1º NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL Estádio 1 Orientação para a punição e obediência O que determina a bondade ou maldade de um acto são as consequências físicas do acto (punição). Respeita-se a ordem apenas por medo à punição, e não se tem consciência nenhuma do valor e do significado humano das regras. Estádio 2 Individualismo e troca instrumental A acção justa é aquela que satisfaz as minhas necessidades, a que me gera recompensa e prazer, e, ocasionalmente aos outros. As relações humanas são vistas como trocas comerciais. Mais ou menos assim "Tu gratificas-me e eu gratifico-te". A pessoa tenta obter recompensas pelas suas ações.

2º NÍVEL CONVENCIONAL Neste nível a manutenção das expectativas da família, do grupo, da nação, da sociedade é vista como válida em si mesma e sem muitos questionamentos ou porquês. É uma atitude de conformidade com a ordem social, mas também uma atitude de lealdade e amor à família, ao grupo, ao social.

2º NÍVEL CONVENCIONAL Estágio 3 - Expectativas interpessoais mútuas, relacionamento e conformidade interpessoal É bom aquele comportamento que agrada aos outros e por eles é aprovado. De certa forma, é bom o que é socialmente aceito, aquilo que segue o padrão. O comportamento é muitas vezes julgado com base na intenção, e a intenção torna-se pela primeira vez importante. É a busca do desejo de aprovação familiar e social. Estágio 4 Sistema e consciência social, manutenção da lei e da ordem Há o desenvolvimento da noção de dever, de comportamento correto, de cumprir a própria obrigação. Há o desejo de manter a ordem social especificamente pelo desejo de mantê-la, isto é, por que isso é justo.

3º NÍVEL PÓS-CONVENCIONAL Há um esforço do indivíduo para definir os valores morais, para definir consciente e livremente o que é certo e o que é errado, e porquê... Prescinde-se muitas vezes da autoridade dos grupos e das pessoas que mantém a autoridade sobre os princípios morais.

Estágio 5 Contrato social professor ourafael direitos prado individuais democraticamente aceitos É a tomada da consciência da existência do outro, da maioria, do bem comum, dos direitos humanos... A ação justa é a ação que leva em conta os direitos gerais do indivíduo, isto é, o bem comum. Valores pessoais são claramente considerados relativos, é a lei da maioria e da utilidade social. Estágio 6 Princípios éticos universais O justo e o correto são definidos pela decisão da consciência de acordo com os princípios éticos escolhidos e baseados na compreensão lógica, universalidade, coerência, solidariedade universal. 3º NÍVEL PÓS-CONVENCIONAL Guia-se por princípios universais de justiça, de reciprocidade, de igualdade de direitos, de respeito pela dignidade dos seres humanos, por um profundo altruísmo, pela fraternidade. Os padrões próprios de justiça têm mais peso do que as regras e leis existentes na sociedade.

Conclusão A moralidade humana e o seu desenvolvimento são essencialmente dialéticos. Tanto no modelo de Piaget como no de Kohlberg, a moralidade de um indivíduo depende tanto de fatores psicológicos e biológicos (quem é a pessoa, quem são os seus pais, qual a sua bagagem genética...), como de elementos sociais e culturais (onde nasceu, em que época, quem são os seus vizinhos, amigos, mestres, grau de instrução, condição financeira...). Torna-se claro que diferentes situações sociais, culturais, psicológicas e biológicas irão propiciar diferentes comportamentos, diferentes moralidades.

ERIK ERIKSON ( 1902-1994 ) Teoria Psicossocial TEORIA DA PERSONALIDADE.

Erikson apresentou os estágios em termos de qualidade básica do ego que surge em cada estágio, discutiu as forças do ego que surgem nos estágios sucessivos e descreveu a ritualização peculiar de cada um. A formação da identidade inicia-se nos primeiros quatro estágios, e o senso desta negociado na adolescência evolui e influencia os últimos três estágios.

Cada estágio contribui para a formação da personalidade total (princípio epigenético), sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exacta a cada estágio. O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.

Oito estágios de desenvolvimento: 1ª Idade: Confiança Básica vs Desconfiança Básica Nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta está muito relacionada com a relação entre o bebé e a mãe. A confiança básica é demonstrada pelo bebé na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de forma relaxada. Devido à confiança do bebé e à familiaridade com a mãe, que adquire com situações de conforto por ela proporcionadas, atinge uma realização social, que consiste na aceitação em que ela pode ausentar-se e na certeza que ela voltará.

2ª Idade: Autonomia vs Vergonha e Dúvida Durante este estádio a criança vai aprender quais os seus privilégios, obrigações e limitações. Há por ela, uma necessidade de auto-controle e de aceitação do controle por parte das outras pessoas, desenvolvendo-se um senso de autonomia. O versus negativo deste estádio é a vergonha e a dúvida quando perde o senso de auto-controle, os pais contribuem neste processo ao usarem a vergonha na repressão da teimosia.

3ª Idade: Iniciativa Vs Culpa Relativamente ao terceiro estádio estipulado por Erikson, equivale ao estádio psicossexual genital-locomotor, é o da iniciativa. Uma era de crescente destreza e responsabilidade. Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a nível físico como mental. É a capacidade de planear as suas tarefas e metas a atingir que a define como autónoma e por consequência a introduz nesta etapa.

4ª Idade: Diligência vs Inferioridade Nesta fase a criança necessita controlar a sua imaginação exuberante e dedicar a sua atenção à educação formal. Ela não só desenvolve um senso de aplicação como aprende as recompensas da perseverança e da diligência. O prazer de brincar, o interesse pelos seus brinquedos são gradualmente desviados para interesses por algo mais produtivo utilizando outro tipo de instrumentos para os seus trabalhos que não são os seus brinquedos. Também neste estágio existe um perigo eminente que se caracteriza pelo sentimento de inferioridade aquando da sua incapacidade de dominância das tarefas que lhe são propostas pelos pais ou professor.

5ª Idade: Identidade Vs Confusão de papéis Esta 5ª idade localiza-se usual e aproximadamente dos 12 aos 18/20 anos, ou seja, na adolescência, puberdade, precisamente na idade em que na vertente positiva, o adolescente vai adquirir uma identidade psicossocial, isto é, compreende a sua singularidade, o seu papel no mundo.

6ª Idade: Intimidade vs Isolamento Este estágio caracteriza-se pelo facto de pela primeira vez o indivíduo poder desfrutar de uma genitalidade sexual verdadeira, mutuamente com o alvo do seu amor. Tal situação deve-se à realidade de que o indivíduo nos estágios anteriores limitavase à demanda da identidade sexual e a um anseio por intimidades efémeras. É então a idade de jovem adulto que, com uma identidade assumida, possibilita o estabelecer de relações de intimidade com os outros, em que o amor é a virtude dominante do universo, pois apesar de estar presente nos estágios anteriores, neste ganha nova textura. A força do ego depende do parceiro com que está preparado para compartilhar situações tão peculiares como a criação de um filho, a título exemplificativo.

7ª Idade: Generatividade vs Estagnação É um dos mais extensos estádios psicossociais e resume-se no conflito entre educar, cuidar do futuro, criar e preocuparse exclusivamente com os seus interesses e necessidades. Usualmente dá-se desde os 30 aos 60 anos, não havendo porem uma idade comum a todas as pessoas. A questão chave na 7ª idade pode formular-se de várias formas: «Serei bem sucedido na minha vida afectiva e profissional?»; «Produzirei algo com verdadeiro valor?»; «Conseguirei contribuir para melhorar a vida dos outros?».

8ª Idade: Integridade vs Desespero A última idade do desenvolvimento psicossocial é marcada por um olhar retrospectivo, que faz com que, ao aproximarmonos do final vida sentamos a necessidade de aquilatar o que dela fizemos, revendo escolhas, realizações, opções e fracassos. Nesta etapa da vida a questão que se coloca é «Teve a minha vida sentido ou falhei?». Esta última idade ocorre frequentemente a partir dos 60 anos. Ler mais: http://caminhodapsicologia.webnode.com.pt/erik-erikson/ Crie o seu website grátis: http://www.webnode.pt

Enquanto Kohlberg estudava o julgamento moral a partir de transgressão, Eisenberg investiga a moralidade em funções de ações pró-sociais como comportamentos de ajuda. O modelo teórico de desenvolvimento moral pró-social de Eisenberg-Berg (1979a) modificou essa situação, produzindo um novo enfoque no estudo da moralidade. Esse modelo teve como base empírica entrevistas que incluem questões sobre dilemas morais concernentes a ações prósociais e conflitos entre os desejos de dois indivíduos - o potencial benfeitor e o potencial receptor de ajuda. A análise das respostas de crianças norte-americanas possibilitou estabelecer os níveis de desenvolvimento moral pró-social