Prticidde que trplh Estmos no início do período reprodutivo d soj e o momento pr plicções de fungicids contr ferrugem siátic se proxim. N busc por um mior prticidde no cmpo, um prátic que tem se torndo comum entre os sojicultores é mistur de fungicids pr controle d ferrugem com inseticids pr controle de percevejos. Entretnto, o uso dos inseticids n cron dos fungicids sem um vlição precis do número de percevejos n lvour tem trzido resultdos desstrosos pr o mnejo de prgs, lém de celerr o processo de seleção de populções resistentes desses insetos os inseticids utilizdos. É importnte slientr que plicção de qulquer inseticid precis ser rcionl e econômic sendo, portnto, somente justificável qundo densidde populcionl d prg estiver em níveis reconhecidmente que mecem lucrtividde d lvour. Aplicções de inseticids relizds preventivmente não trzerem bons resultdos gronômicos, umentm o custo de produção, lém de colocr em risco súde do homem e meio mbiente. Além disso, plicção de lguns grotóxicos podem umentr os problems com prgs secundáris e de difícil controle como lgrt fls-medideir, lgrts-prets e ácros. Atulmente, s infestções com percevejos que tcm s vgens d soj têm umentdo significtivmente n cultur em todo o território brsileiro, principlmente d espécie Euschistus heros conhecido populrmente como percevejo-mrrom. Isso tem ocorrido em função de um conjunto de ftores como: 1) seleção de populções de percevejos resistentes os principis inseticids utilizdos; 2) flt de disponibilidde no mercdo de inseticids com diferentes mecnismos de ção; 3) deficiêncis n plicção dos inseticids; e 4) desequilíbrio ecológico cusdo pelo uso busivo, e desordendo de inseticids de lrgo espectro de ção, logo no início do desenvolvimento d cultur, devido o bndono ds prátics de Mnejo Integrdo de Prgs (MIP). Portnto, umentr o uso de inseticids ns lvours de soj pens irá grvr esses problems menciondos. Entretnto, prticidde de proveitr mesm operção grícol pr o controle d ferrugem e dos percevejos; o receio d prg sir de controle e s lts densiddes populcionis d prg nos últimos nos têm estimuldo o produtor de soj inicir o controle de prgs mis cedo. Com isso, prátics consgrds de mnejo integrdo de prgs d soj (MIP-Soj), que form mssivmente dotds n décd de 80, form os poucos cindo em desuso. Esse uso desordendo de inseticids pens tem piordo o mnejo ds prgs e feito com que o número de plicções prticmente dobr-se nos dis de hoje. O MIP-Soj preconiz que soj tem um tolerânci nturl o tque de prgs ntes de ter su produtividde meçd. Assim, infestções de insetos são toleráveis té um determindo nível sem que hj qulquer redução econômic d produtividde. Portnto, plicção de inseticids é 1
DENSIDADE POPULACIONAL pens justificável qundo populção de prgs for igul ou superior os níveis de ção (NA), que represent hor cert do controle ser relizdo (Figur 1). Nível de ção pr lgrts 20 lgrts grndes (>1,5 cm)/metro ou 30% desfolh no vegettivo ou 15% desfolh no reprodutivo Nível de ção pr percevejos - A prtir do R3-2 percevejos ( 0,5 cm)/metro = soj pr produção de grãos 1 percevejo ( 0,5 cm)/metro = soj pr produção de sementes Aplicção de inseticids Nível de dno econômico (qundo o prejuízo ocorre) Nível de ção (qundo o controle deve ser inicido) TEMPO Figur 1. Representção do momento em que inseticids devem ser dotdos n lvour de soj, segundo progrm de MIP-Soj. Entretnto, nos últimos nos, esses níveis de ção recomenddos pel pesquis vêm tendo su confibilidde questiond, devido principlmente às grndes mudnçs que ocorrerm no sistem produtivo d soj. Entre esss mudnçs estão entrd de novs cultivres no mercdo com crcterístics como, por exemplo, tipo de crescimento indetermindo, ciclo precoce, lém d soj geneticmente modificd. Alido esss mudnçs, há tmbém prente prticidde d plicção de inseticids junto com herbicids e fungicids n tenttiv de proveitr esss operções grícols. Porém, resultdos recentes de pesquis, com lgums ds novs cultivres de soj (ciclo precoce e crescimento indetermindo), mostrm que os níveis de ção continum 2
confiáveis, indicndo o melhor momento pr o sojicultor inicir plicção de inseticids com sbedori, preservndo produtividde d lvour, ssim como o meio mbiente em que vive. Durnte sfr 2010/2011, um experimento que comprou produtividde e qulidde ds sementes pós o uso de inseticids em diferentes intensiddes de infestção de percevejos (Tbel 1) mostrou que mesmo com um menor densidde populcionl de percevejos no trtmento em que foi considerdo ¼ do nível de ção em relção os demis trtmentos vlidos (Figur 2), o mesmo não presentou nenhum gnho significtivo n produtividde (Tbel 2). Por outro ldo, esse trtmento teve certmente um mior custo econômico e mbientl, visto que form necessáris seis plicções de inseticids, enqunto no trtmento que seguiu o nível de ção preconizdo pel pesquis (2 percevejos/m), houve necessidde de somente dus plicções de inseticids (Tbel 1). Tbel 1. Distribuição ds plicções dos diferentes trtmentos (g i../h) vlidos no controle de prgs n cultur d soj. Embrp Soj, Arpongs, PR. Sfr 2010/11. (Adptdo de Bueno et l. 2011). Trtmento 1) Nível de ção de percevejos 2) ¼ do nível de ção de percevejos 3) Preventivo (plicções juntos com herbicids e fungicids) Dt ds plicções de inseticids (estádio de desenvolvimento d cultur d soj segundo YORINORI, 1996) 8.12.10 (V7) 22.12.10 (V11) 5.01.11 (R2) 11.01.11 (R3) - - - - - - Lmbd-cilotrin 3,75 Lmbd-cilotrin 3,75 Lmbd-cilotrin Lmbd-cilotrin - - 4) Testemunh - - - - Continução... Trtmento 1) Nível de ção de percevejos Dt ds plicções de inseticids (estádio de desenvolvimento d cultur d soj segundo YORINORI, 1996) 24.01.11 (R4) 29.01.11 (R5.2) 5.02.11 (R5.4) 11.02.11 (R5.5) 18.02.11 (R6) - - - 2) ¼ do nível de ção de percevejos 3) Preventivo (plicções juntos com herbicids e fungicids) 4) Testemunh - - - - - - - - - 3
Percevejos( 0,5)/metro 10 8 Nível de ção percevejos 1/4 Nível de ção percevejos Testemunh Preventivo 6 4 2 0 V7 V8 V11 R1 R2 R3 R4 R5.2 R5.4 R5.5 R6 R7 R8 Estádio d cultur Figur 2. Densidde populcionl médi de percevejos (espécies predominnte de Euschistus heros) o longo do desenvolvimento d cultur d soj pós plicção de inseticids em intensidde de infestção de percevejos. Embrp Soj, Arpongs, PR. Sfr 2010/11. Tbel 2. Produtividde e qulidde d semente de soj pós doção de diferentes mnejos no controle de prgs d cultur. Embrp Soj, Arpongs, PR. Sfr 2010/2011. (Adptdo de Bueno et l., 2011) Trtmento Produtividde Teste de Tetrzólio (%) 1 (kg h -1 ) 1 Dno Percevejos (escl 6-8) 1) Nível de ção de percevejos 3812,5 ± 96,5 4,5 ± 2,6 b 2) ¼ do nível de ção de percevejos 3992,9 ± 116,5 1,0 ± 0,4 b 3) Preventivo 3678,9 ± 76,6 4,8 ± 2,3 b 4) Testemunh 3267,2 ± 39,9 b 13,7 ± 2,2 CV (%) 4,78 30,00 1 Médis seguids pel mesm letr n colun não diferem esttisticmente entre si pelo teste de Tukey (P>0,05). Ao vlir os dnos de percevejos (escl 6-8 no teste de tetrzólio), pens testemunh presentou lto índice de dno, com 13,7% dos grãos com sementes não viáveis. Os trtmentos 1 (2 percevejos/m), 2 (0,25-0,50 percevejo/m) e 3 (preventivo) form esttisticmente iguis e resultrm em porcentgens de sementes não viáveis inferiores 6% (Tbel 2). Est intensidde de dno ind é ceit pr produção de sementes, cujos pdrões são mis exigentes em relção à produção de grãos. Assim, pode-se concluir que o controle de percevejos de form preventiv ou reduzindo-se o nível de ção recomenddo é desnecessário e errôneo, principlmente por não presentr benefícios significtivos qunto à produtividde ou qulidde d produção obtid (Tbel 2) e, ind, umentr considervelmente o número de plicções (Tbel 1). O trtmento que 4
gurdou o nível de ção recomenddo pr percevejos, lém d redução do risco mbientl, presentou um vntgem prátic fcilmente mensurável, que é o menor custo d produção. Neste contexto mostrgem, utilizndo o pno-de-btid, é principl ferrment pr compnhr o desenvolvimento populcionl de percevejos e lgrts e pr sber qundo é tingido o nível de ção pr ests prgs, ou sej, o momento mis dequdo pr serem tomds medids pr o controle dests prgs. Semelhntemente os trblhos com percevejos, vários outros estão sendo relizdos pel Embrp e seus prceiros vlindo tolerânci d plnt à desfolh. Nesses ensios foi observdo que não houve perd de produtividde qundo os níveis de ção (30% de desfolh no vegettivo ou 15% de desfolh no reprodutivo) não form ultrpssdos, mesmo com cultivres de soj de grupo de mturidde menor e crescimento indetermindo (Figur 3). Portnto, pesr de lgums vezes os níveis de ção recomenddos pel pesquis serem criticdos e considerdos ultrpssdos e que não poderim ser mis utilizdos pelo sojicultor sem mudnçs, resultdos recentes (2010 e 2011) mostrm extmente o contrário. Respeitr os níveis de ção (Figur 1) signific plicr inseticids n hor cert e é melhor mneir do sojicultor grntir bo produtividde ssocido à sustentbilidde mbientl, pois, su doção propici o uso rcionl de inseticids. 5
Produtividde (kg/h) BMX APOLO RR Não-me-toque, RS sfr 2008/2009 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 b bc bc b c b d BMX APOLO RR - Porte: Médio - Grupo de mturidde: 5.5 - Ciclo: super-precoce - Crescimento: indetermindo d 500 0 Testemunh 5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 33,3% (V5) Testemunh 66,6% (V5) 16,7% - vegettivo 100% (V5) 33,3% (V8) 33,3% - vegettivo 66,6% (V8) 100% (V8) 16,7% - reprodutivo 33,3% (R2) 66,6% (R2) 33,3% - reprodutivo 100% (R2) M7639RR Morrinhos-GO sfr 2009/2010 16,7% - todo ciclo 33,3% (V5-R2) 66,6% (V5-R2) 33,3% - todo ciclo 100% (V5-R2) 100% (V5-Colheit) Intensidde de desfolh (%) em diferentes estádios de desenvolvimento M 7639 RR - Porte: lto - Grupo de mturidde: 7.6 - Ciclo: precoce - Crescimento: indetermindo Figur 3. Produção médi (±EP) 13% de umidde dos grãos pós diferentes intensiddes de desfolhs (%) relizds mnulmente. Médis seguids pel mesm letr não diferem esttisticmente entre si pelo teste de Tukey 5% de probbilidde em cd ensio (Adptdo de BUENO et l. 2010). Adeney de Freits Bueno Pesquisdor Embrp Soj 6