RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS

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Transcrição:

RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS Ata do Copom expõe o aumento da incerteza, mas queda da inflação ancora ciclo de queda de juros. No cenário global, o BCE manteve política expansionista. A ata do Copom reforçou que o aumento das incertezas exige cautela na condução da política monetária, contudo surpresas baixistas de inflação ancoram ciclo de corte de juros. O documento publicado pelo Banco Central referente à reunião que contou com a redução da taxa de juros de 11,25% a.a. para 10,25% a.a. revelou que os membros do comitê reconhecem que a melhora na atividade global tem mitigado os efeitos de possíveis mudanças na política econômica em países centrais. Internamente, o Copom manteve a avaliação de que a atividade mostra sinais de estabilização no curto prazo, e que o atual comportamento da inflação se mostra favorável ao se confirmar como um processo difuso de desinflação, abrangendo inclusive componentes mais sensíveis ao ciclo econômico. Seguindo o debate introduzido no comunicado após a reunião, a ata trouxe como principal informação o aumento da incerteza dos membros quanto ao andamento das reformas. Isso porque a possibilidade de alteração na agenda de reformas pode repercutir sobre a trajetória de queda do juros estrutural da economia. Os membros também reconhecem que esse aumento da incerteza pode impactar negativamente a atividade, alterar a trajetória de câmbio e elevar as expectativas de inflação. Diante disso, acreditamos que os próximos dados econômicos serão fundamentais para ditar o ritmo do ciclo de corte de juros nos próximos meses. Assim, a divulgação do IPCA referente a maio (0,31%) pode levar a manutenção do atual ritmo de corte de juros na próxima reunião do Copom. O cenário benigno para inflação nos leva a manter nossa expectativa de Selic em 8% a.a. para o final desse ano. Fonte: BC, BRAM 1

Surpresa baixista com inflação (IPCA) de maio favorece a continuidade do ciclo de distensão monetária. No mês, o IPCA apresentou variação de 0,31%, abaixo da nossa projeção (0,49%) e do mercado (0,47%). Em termos anuais, a inflação desacelerou de 4,1% para 3,6%. As surpresas baixistas se concentraram nos grupos Alimentação e bebidas e Habitação. Os dados qualitativos e que indicam a tendência da inflação também se mostraram favoráveis. O indicador de difusão cedeu entre abril e maio de 60,6% para 51,7%. O IPCA de serviços, por sua vez, cedeu de 5,9% para 5,6%, enquanto a média dos núcleos de inflação recuou para 4,3%, e na margem anualizado apresentou variação de 2,9%. Com o resultado de maio, revisamos a nossa projeção de IPCA de 3,9% para 3,7% ao final desse ano. Fonte: IBGE, BRAM Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a política monetária, mas realizou modificações relevantes em seus comunicados e projeções. O BCE optou pela manutenção da taxa de refinanciamento em 0%, taxa de depósito em -0,4%, e manutenção volume de compras mensais de títulos em 60 bilhões até dezembro. Em seu comunicado, no entanto, o BCE retirou o trecho que mencionava a possibilidade de reduzir ainda mais a taxa de juros. No discurso após a reunião, Mario Draghi (presidente do BCE) reconheceu que os riscos ao cenário central de atividade estão balanceados, excluindo o viés baixista presente nas reuniões anteriores. Sobre a evolução dos preços na região, Draghi revelou que o BCE ainda não está convencido de que a dinâmica de inflação esteja de acordo com o objetivo central do BCE de alcançar a meta de 2%. Nesse sentido, Draghi reafirmou a necessidade da manutenção dos estímulos monetários. Corroborando a avaliação mais otimista da atividade, as projeções para PIB 2017, 2018 e 2019 foram elevadas em 0,1 ponto percentual (p.p.), sendo 1,9%, 1,8% e 1,7%, respectivamente. As projeções para inflação, por sua vez, tiveram revisões baixistas: 1,5% em 2017 (-0,2 p.p.), 1,3% em 2018 (-0,3 p.p.) e 1,6% em 2019 (-0,1 p.p.). A distância entre as projeções do BCE e a meta de 2% evidencia que as alterações de política monetária serão realizadas com muita cautela. Acreditamos que o próximo passo do BCE será a redução para 40 bilhões nas compras mensais de títulos a partir do primeiro trimestre de 2018. 2

Fonte: Eurostat, Bloomberg, BRAM Ainda na Europa, o partido Conservador (Tory) da atual primeira-ministra, Theresa May, venceu as eleições gerais, porém não conquistou maioria. Em eleições gerais antecipadas, o partido Conservador conquistou 318 deputados, enquanto o partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, ficou com 261 deputados. A maioria absoluta no parlamento britânico requer 326 deputados. As eleições gerais, que ocorreriam apenas em 2020, foram antecipadas por Theresa May sob a justifica de fortalecimento de sua posição nas negociações do Brexit. O prognóstico não se confirmou, e o partido Conservador de Theresa May terá menos cadeiras do que no Parlamento anterior (318 assentos ante 330). Em posição mais frágil, Theresa May necessita agora formar um governo de coalizão. Caso fracasse nas negociações, May poderá renunciar. Esse cenário de aumento de incerteza política favorece uma saída menos drástica da União Europeia pelo Reino Unido. Na China, a dinâmica do comércio exterior continuou favorável em maio, tanto em termos de receita como de volume. No mês, as exportações (em US$) registraram alta de 8,7% em termos anuais, ao passo que as importações expandiram em 14,8% e, em ambos os casos, as variações superaram o consenso. Com isso, o saldo comercial foi positivo em US$ 40,8 bilhões, vindo de US$ 38,1 bilhões no mês anterior. Os dados de quantum importado, por sua vez, tiveram expansão adicional em maio, principalmente nos setores de petróleo e minério de ferro, ao passo que as importações de cobre exibiram queda no mesmo período. Como um todo, estes indicadores de comércio exterior sugerem alguma contribuição positiva do setor externo para a sustentação do crescimento econômico, que deve desacelerar ao longo deste ano. Mantemos a expectativa de desaceleração do PIB para 6,5% em 2017, vindo de 6,7% em 2016 e de 6,9% no primeiro trimestre. Em termos de inflação, o nível de preços ao consumidor (CPI) apurou alta de 1,5% em termos anuais em maio, após alta de 1,2% em abril, enquanto o nível de preços ao produtor (PPI) apresentou nova desaceleração entre maio e abril, saindo de 6,4% para 5,5%. 3

Fonte: Bloomberg, BRAM Na próxima semana, a agenda local contempla a divulgação das pesquisas de comércio (PMC) e serviços (PMS) para o mês de abril. No calendário de eventos internacionais, o destaque principal fica por conta da reunião do FED na quarta-feira, a qual deve contar com um novo aumento de juros. Adicionalmente, teremos a divulgação dos dados de inflação nos EUA e dados de atividade na China. 4

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CALENDÁRIO E PROJEÇÕES 6

MARCELO CIRNE DE TOLEDO Economista Chefe marcelotoledo@bram.bradesco.com.br ANA PAULA DE ALMEIDA ALVES ana.almeida@bram.bradesco.com.br DANIEL XAVIER FRANCISCO daniel.francisco@bram.bradesco.com.br DANILO OLIVEIRA IMBIMBO danilo.imbimbo@bram.bradesco.com.br HUGO RIBAS DA COSTA hugo.costa@bram.bradesco.com.br JOSE LUCIANO DA SILVA COSTA lucianocosta@bram.bradesco.com.br MARIANNE KOMORI GEHRINGER marianne.e.komori@bram.bradesco.com.br THIAGO NEVES PEREIRA thiago.pereira@bram.bradesco.com.br Tel.: 3847-9171 economia@bram.bradesco.com.br Material produzido em 09/06/2017 às 16h20 Outras edições estão disponíveis no Site: www.bradescoasset.com.br, As opiniões, estimativas e previsões apresentadas neste relatório constituem o nosso julgamento e estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio, assim como as perspectivas para os mercados financeiros, que são baseadas nas condições atuais de mercado. Acreditamos que as informações apresentadas aqui são confiáveis, mas não garantimos a sua exatidão e informamos que podem estar apresentadas de maneira resumida. Este material não tem intenção de ser uma oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. BRAM - Bradesco Asset Management é a empresa responsável pela atividade de administração de recursos de terceiros do Banco Bradesco S.A. BRAM - Bradesco Asset Management - Todos os direitos reservados. 7