1 O que é a Ética? Ética da pessoa... Princípios e Normas Éticas 2 Sócrates É sujeito ético moral somente aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais. Sócrates afirma que apenas o ignorante é vicioso ou incapaz de virtude, pois quem sabe o que é o bem não poderá deixar de agir virtuosamente. (Marilena Chauí) 3 1
Do grego ethos = costume Em latim: os costumes do povo designam-se com palavras mos, moris: dela deriva a voz moral. Do ponto de vista etimológico, pode-se falar indistintamente de ética ou de moral. 4 ATUALMENTE...... Predomina o uso de ÉTICA para ciência ou a filosofia da conduta humana.... Predomina o uso de MORAL em referência a qualidade da conduta humana (a Moralidade). Mas ambos são usados como adjetivos de conduta. Ex: -moral ou ética refere-se a conduta boa. - imoral ou antiética refere-se a conduta má. 5 É uma ciência prática: não se estuda para saber, mas para atuar. É uma ciência normativa: não diz como atua a maioria -isso seria sociologia -, mas como deveríamos atuar. A ética é uma ciência teórica de carácter normativo, como a lógica, ainda que esta se dirija à razão e a ética à vontade. 6 2
Moral -Sistema de normas, princípios e valores, que regulamenta as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade; - Estas normas, dotadas de um caráter histórico e social são acatadas de maneira livre e consciente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa e impessoal. 7 O ato moral é constituído de dois aspectos: - Normativo - Fatual Normativo As normas ou regras de ação e os imperativos que enunciam o deve ser. Pertencem ao âmbito do normativo regras como: não minta ; não mate. Fatual São os atos humanos enquanto se realizam efetivamente. O campo do fatual é a efetivação ou não da norma na experiência vivida. 8 NORMATIVO FATUAL Não roube! O ato efetivo será moral ou imoral, conforme esteja de acordo ou não com a norma estabelecida. 9 3
O ser humano busca a felicidade e a liberdade. O que temos entre estes pólos? FELICIDADE MORAL LIBERDADE 10 Pressão interna: Opção de consciência, Princípios e valores Pressões Externas Hábitos e costumes (interesses e/ou vontades) 11 Um dos primeiros grandes temas da ética é o ser humano. Ao estudar o ser humano, vê-se que: - Tem seu caráter moral; - É uma criatura livre; - Cria a sua vida, age livremente e termina construindo a própria vida segundo bem entende. 12 4
A Ética é também uma arte - a arte de viver bem e feliz - Ela torna bom o que é feito e quem o faz. -Vista como a arte, tem a ver com a Estética. Ex.: Ao censurar o comportamento errado de uma criança, dizemos: como é feio o que você fez! ; Ao apoiar um bom comportamento, dizemos: que bonito você emprestar sua ajuda ao colega!. Assim avaliamos o desempenho estético da ética! 13 Natureza humana O ser humano fala, age com liberdade, faz arte, ama, é herói, faz o bem e o mal... Pela sua dificuldade, o aprofundamento na natureza do ser humano será sempre um constante desafio, porém indispensável no estudo da ética. Ética é a arte de administrar a própria liberdade, de administrar os chamados atos humanos. 14 É nas escolhas de toda hora que nos defrontamos com a qualificação moral, com a opção entre o bem e o mal. Ex.: tomar banho de chuveiro pode parecer algo indiferente, neutro, à margem da Ética; entretanto, existem intenções: toma-se chuveiro como medida de higiene corporal, ou demoradamente, com desperdício de água? No primeiro caso a ação seria boa e no segundo, má. 15 5
Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg A - Nível pré-convencional, que se caracteriza pela moralidade heteronômica*. *Heteronômica-Baseia-se na obediência sem crítica até atingir a maturidade, pela conquista da autonomia. As regras morais se originam da autoridade e são cumpridas pela criança de maneira incondicional visando o não recebimento de castigos ou recebimento de recompensa. Primeiro estágio As regras morais derivam da autoridade, são aceitas de forma incondicional, e a criança obedece a fim de evitar castigo ou pra merecer recompensa. Percebendo pela perspectiva sócio-moral, predomina o ponto de vista egocêntrico. 16 Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg Segundo estágio Inicia-se o processo de descentralização. Há o reconhecimento de que, ao lado do interesse pessoal, outras pessoas também têm seus próprios interesses. Como neste estágio a moral ainda é individualista, buscam-se estabelecer trocas e acordos. 17 Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg B - Nível convencional - Superada a fase anterior, valorizando-se o reconhecimento do outro. Terceiro estágio - Predominam as expectativas interpessoais e a identificação com as pessoas do grupo a que se pertence, Demonstra-se confiança e lealdade aos parceiros. O grupo começa a ter prioridade sobre o indivíduo e as regras são seguidas para garantir o desempenho de bom menino e de boa menina, pois há preocupação com os outros. É o conceito de fazemos porque gostaríamos que os outros agissem da mesma maneira. 18 6
Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg Quarto estágio - As relações individuais são consideradas do ponto de vista do sistema, das instituições, da sociedade concreta, com suas regras, papéis e leis que garantem o bom funcionamento. Tem-se a valorização da manutenção da ordem social e o bem-estar da sociedade ou grupo. 19 Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg C - Nível pós-convencional - A pessoa começa a perceber os conflitos entre as regras e o sistema. Quinto estágio - A pessoa reconhece haver enorme variedade de valores e opiniões e que, muitas vezes, existem conflitos inconciliáveis entre o legal e o moral, sobretudo em relação a valores e direitos como vida e liberdade, em contraposição às normas estabelecidas. 20 Mais informações- http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg Sexto estágio Os comportamentos morais passam a ser regulados por princípios. Os valores são princípios universais de justiça: igualdade dos direitos humanos, respeito à dignidade das pessoas, reconhecimento de que elas são fins em si e precisam ser tratadas como tal. Não é uma recusa de leis ou contratos, mas a percepção de que eles são válidos porque se apóiam em princípios. 21 7
Bibliografia: - Curso de ética em administração. Ed.Atlas. - Filosofando, Introdução à Filosofia - Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. Ed. Moderna. São Paulo, 2003. - CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. Vozes, 2000. Leituras complementares: -Leitura sobre quem foi Lawrence Kohlberg: http://pt.wikipedia.org/wiki/lawrence_kohlberg Imagens: www.deviantart.com 22 8
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