CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA I

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1 CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA I A ideia de que a finalidade da política não é o exercício do poder, mas a realização da justiça para o bem comum da cidade; A ideia de que o homem livre (e somente o homem, estando excluídos aqui os escravos, os estrangeiros, os velhos, as crianças e as mulheres) só é livre na pólis e participando da vida política; a ética, portanto, é um aspecto da política, já que o indivíduo é sempre o cidadão;

2 CENÁRIO FILOSÓFICO DA GRÉCIA CLÁSSICA II Por conseguinte, a ideia de que a verdadeira vida ética só é possível na pólis e que a moral individual e privada é inferior à ética pública; A ideia de que o homem deve ser educado e formado para ser antes de tudo e, sobretudo, um cidadão e que a política é a verdadeira e suprema paidéia, definidora da areté. Fonte: Introdução à História da Filosofia dos pré-socráticos a Aristóteles, vol. 1. Marilena Chauí, Editora Brasiliense, 1994.

3 ÉTICA Compromisso que se assume voluntariamente; Consentimento livre versus obediência automática; Autoconstrução de si mesmo (práxis); Vigência de leis internas que fazem menos necessárias as leis externas; Respeito pela inteligência e singularidade de cada criatura humana; Atividade reflexiva sobre a moral ou os valores morais vigentes.

4 PRÉ-CONDIÇÕES DO SUJEITO ÉTICO I Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele; Ser dotado de vontade, isto é, de capacidade para controlar desejos, impulsos, tendências, sentimentos (para que estejam em conformidade com a consciência) e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis.

5 PRÉ-CONDIÇÕES DO SUJEITO ÉTICO II Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e consequências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la bem como às suas consequências, respondendo por elas.

6 PRÉ-CONDIÇÕES DO SUJEITO ÉTICO III Ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre vários possíveis, mas o poder para autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta. Fonte: Convite à Filosofia. Marilena Chauí. Editora Ática, 1995

7 Ética a Nicômaco Aristóteles Em Aristóteles o termo ética é tomado em sentido adjetivo pois na sua obra ele procura saber se uma ação, uma qualidade, um modo de ser são ou não éticos. 1

8 Daí ele distinguir entre virtudes éticas e dianoéticas: As primeiras desenvolvem-se na prática e dirigem-se a uma finalidade. Chamam-se por isso virtudes de hábito ou tendência (justiça, amizade, valor). As segundas pertencem aos princípios ou fundamentos das éticas, virtudes da inteligência ou razão, do bem pensar: a sabedoria e a prudência. 2

9 LIVRO 1 Considera-se que toda arte, toda investigação e igualmente todo empreendimento e projeto previamente deliberado colimam algum bem, pelo que se tem dito, com razão, ser o bem a finalidade de todas as coisas. 3

10 Consequentemente, o bem humano tem que ser a finalidade da ciência política, pois ainda que seja o caso de o bem ser idêntico para o indivíduo e para o Estado, o bem do Estado é visivelmente um bem maior e mais perfeito, tanto para ser alcançado como para ser preservado. 4

11 E qual é esse bem ao que se dirigem todas as coisas? A felicidade. Mas no que consiste a felicidade é uma matéria polêmica, e o que entende por ela a multidão não corresponde ao entendimento do sábio e sua avaliação. 5

12 Pode identificar-se o bem ou a felicidade com o prazer? Será com a honra? Ou com as riquezas? 6

13 Elas são um fim ou têm uma finalidade em si mesmas? Não, é apenas a felicidade a que se busca como uma finalidade em si mesma e nunca como um meio. A felicidade é autossuficiente pois é a finalidade visada por todas as coisas. 7

14 Mas o mero ato de viver parece ser compartilhado mesmo pelas plantas. Que modo de vida seria próprio dos humanos para alcançar a felicidade? 8

15 Só no homem Só no homem Intelecto ativo (noûs) Todos os viventes Nutrição e reprodução (sem relação com o conhecimento) Todos os animais Locomoção (kinesis) movimento do apetite (órexis, hormé) Todos os animais Sensação (aísthesis) só no homem: percepção Alguns animais Memória (mnemosyne) só no homem: reminiscência (anamnese) Só no homem Imaginação (phantasia) linguagem (lógos) Intelecto passivo (nóesis) 9

16 O bem (ou felicidade) humano é o exercício ativo das faculdades da alma em conformidade com a virtude, e a vida da virtude ativa é essencialmente prazerosa. O homem que não experimenta prazer na prática de ações nobres não é, em absoluto, um bom homem. 10

17 A felicidade, portanto, não é um estado de espírito subjetivo, ela consiste numa atividade da alma de acordo com a virtude. A felicidade não é obra de um só dia, nem de pouco tempo, mas de uma vida inteira. 11

18 A alma é bipartida: uma parte sendo irracional e outra capacitada de razão, sendo esta última a vocacionada à prática das virtudes. 12

19 LIVRO 2 Contudo, nenhuma virtude é engendrada em nós pela natureza. A natureza nos confere a capacidade de recebê-la, e essa capacidade é aprimorada e amadurecida pelo hábito. 13

20 Tornamo-nos justos realizando atos justos. Nossas disposições morais são formadas como produto das atividades correspondentes. Consequentemente, nos compete controlar o caráter de nossas atividades, já que a qualidade destas determina a qualidade de nossas disposições. 14

21 Teoria do Mesotes Virtude Excesso Deficiência 15

22 Na verdade, a virtude moral concerne a prazeres e dores, pois o prazer nos leva a realizar ações vis e a dor nos leva a deixar de realizar ações nobres. [...] Por esta razão o prazer e a dor despontam necessariamente como a principal preocupação da virtude. 16

23 A virtude não é nem uma paixão nem uma capacidade. Ela é uma disposição. Também é um ponto equidistante dos dois extremos: excesso e carência. 17

24 O que está e o que não está em nosso poder quando agimos? 18

25 LIVRO 3 Parece indispensável a esta altura discernir entre o voluntário e o involuntário, o que também será útil ao legislador na sua distribuição de recompensas e punições. 19

26 Voluntários Atos Involuntários Coação, força externa cujo poder nos alcança Ignorância das circunstâncias nas quais agimos 20

27 O Ato Voluntário é: 1.Realizado por escolha e não por necessidade natural; 2. Realizado espontaneamente e não por constrangimento; 3.Realizado sem ignorância das circunstâncias ou com conhecimento das circunstâncias e das consequências da ação. 21

28 Portanto, o ato ético voluntário é aquele que depende inteiramente de nós no momento da ação. As circunstâncias em que se realizará não dependem de nós elas são contingentes. 22

29 A escolha é manifestamente um ato voluntário, mas essas duas expressões não são sinônimas. As crianças e os animais inferiores são capazes de ação voluntária, mas não de escolha.. 23

30 Escolha: ação voluntária precedida por deliberação, [...] e deliberamos sobre coisas que estão sob o nosso controle e que são atingíveis pela ação. 24

31 Concluindo, o que é um ato bom ou um ato virtuoso? É aquele que obedece a três regras: 1.O agente conhece ou sabe o que faz; 2.O agente escolhe a ação e a executa por si mesmo; 3.O agente realiza a ação graças a uma disposição interior e permanente, isto é, por virtude, e por isso a excelência do agente é o fim da ação. 25

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