AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL AS CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO NA GESTAÇÃO E NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE ALTA FLORESTA/MT TEREZINHA DEBRAWOLLI Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO ALTA FLORESTA/2012

AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E EDUCACIONAL AS CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO NA GESTAÇÃO E NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE ALTA FLORESTA/MT TEREZINHA DEBRAWOLLI Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Especialização em Psicopedagoga Clinica e Educacional. ALTA FLORESTA/2012

DEDICATÓRIA Dedico esta pesquisa primeiramente a Deus que nos acompanha nesta jornada Aos amigos e familiares que por muitas vezes nos ajudaram no decorrer dessa caminhada.

AGRADECIMENTOS A Deus, que nos concedeu o dom da vida e nos impulsiona a lutar pela realização de nossos ideais. Aos meus pais, que em sua simplicidade e sabedoria nos ensinaram a perceber a grandiosidade e a beleza da vida, além de nos fazerem acreditar que venceremos.

RESUMO O presente trabalho é da necessidade de identificar a influência do fumo no crescimento de crianças cujas mães fumaram no período de gestação e amamentação e crianças em que as mães não fumaram do Município de Alta Floresta M-T. Para realização dessa pesquisa foi feito um estudo bibliográfico sobre o tabagismo e suas influências tanto na gestação, amamentação e crescimento, e posteriormente foi realizada a coleta de dados que se deu por meio de entrevistas, através de questionários, posteriormente as respostas e os dados foram analisados e contextualizados, para garantir sua originalidade. As entrevistadas são mães que tem filhos entre um e quatro anos de idade freqüentando as escolas de Educação Infantil do Município de Alta Floresta Foi elaborado um questionários para as mães não fumantes e posteriormente foi realizada uma entrevista na Escola municipal de Educação Infantil Menino Jesus, no Bairro Vila Nova Através da pesquisa realizada, constatamos que o fumo prejudica o crescimento de crianças cujas suas mães fumaram, pois segundo os dados obtidos na pesquisa 24% dos filhos das mães fumantes nasceram com pesos e estaturas em risco nutricional entre o >P3 e <P10 e atualmente 24% deles estão com peso e estatura muito baixo para suas idades entre o >P1 e <P3. Em se tratando dos filhos das mães não fumantes contatou-se que 10 deles nasceram com pesos e medidas adequadas e estando também atualmente com pesos e medidas adequadas para suas idades entre >P10 e <P97. Palavras Chave :.Acompanhamento do Crescimento; Fumantes; Tabagismo; Mães Fumantes e não

SUMÁRIO INTRODUÇÃO...06 CAPÍTULO I - REFERENCIAL TEÓRICO...08 1.1 O fumo e os fatores que influem no crescimento e desenvolvimento...08 1.2 Tabagismo e Gestação...09 1.3 A Influência do Tabagismo na Amamentação,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.11 CAPÍTULO II METODOLOGIA...13 CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS...14 CONSIDERAÇÕES FINAIS...23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...25 ANEXO...26

INTRODUÇÃO Os efeitos prejudiciais do fumo sobre a gestação já são conhecidos há bastante tempo. Em 1935 Campbell observou que mulheres que fumavam excessivamente tinham bebês prejudicados pelo resultado do envenenamento crônico pela nicotina. A primeira contribuição de grande valor a esse respeito ocorreu em 1957, quando Simpson na Califórnia, estudou a distribuição dos pesos de recém-nascidos filhos de mães fumantes e encontrou que estes pesavam, em média, 200g a menos de que crianças de mães não fumantes. Desde então vários estudos realizados associados ao fumo com problemas tais como; diminuição do peso ao nascer, aumento da mortalidade infantil, maior taxas de abortos espontâneos, prematuridade, morbilidade, retardo no crescimento fetal, pré-eclampsia, anomalias placentárias e congênitas. O Fumo também pode ocasionar falta de apetite na mãe e conseqüentemente desnutrição materna, fazendo assim com que o bebê nasça com baixo peso (2,500 kg ou menos). E a condição de nascer com peso inferior 2500 kg se constitui em um expressivo fator de risco para um posterior retardo no crescimento das crianças. Em geral, contribui para o déficit de crescimento e desenvolvimento pós-natal, dificultando a amamentação dessas crianças e tornando-as mais vulneráveis a ocorrência de doenças freqüentes repetidas e prolongadas, com seqüelas de fundamental atenção, muitas vezes, conduzidas até a morte. O peso ao nascer também é citado como um preditor importante de retardo de crescimento. Os recém nascidos de baixo peso, menor que 2.500 kg estão em grande risco de sofrerem múltiplos problemas, como doenças infecciosas, diarréias, infecções respiratórias e atraso de crescimento e desenvolvimento. A escolha do tema as conseqüências do tabagismo na gestação e no crescimento das crianças das Escolas de Educação Infantil em Alta Floresta MT O objetivo da mesma é de identificar a influência do tabagismo no crescimento de crianças cujas mães fumaram no período da gestação e amamentação, e crianças que em que mães não fumaram. Discutir o crescimento de crianças cujas mães fumaram na gestação e amamentação.descrever as

07 conseqüências do tabagismo no crescimento de crianças cujas mães não fumaram na gestação e amamentação.verificar se o uso do cigarro pela mãe na gestação e amamentação influência no crescimento da criança. O problema levantado é de que o uso do fumo durante o ciclo gestacional segundo o que consta a literatura resulta em diversas conseqüências, porém, o seu mecanismo fisiopatológico ainda não está totalmente elucidado? As hipóteses são de que o crescimento de crianças cujas mães não fumaram na gestação e amamentação é o mesmo das crianças em que as mães fumaram; Todas as crianças cujas mães fumam, nascem com peso adequado; O fumo influência no crescimento de crianças, cujas mães fumaram na gestação e amamentação Foi elaborado um questionários para as mães não fumantes e posteriormente foi realizada uma entrevista na Escola municipal de Educação infantil Menino Jesus, no Bairro Vila Nova Este Trabalho está estruturado em três capítulos. No primeiro trazemos uma discussão teórica em que é apresentado os temas que são relacionados a crescimento que é um fator genético e também ambiental. No segundo capitulo e apresentado a metodologia. No terceiro capitulo se fez a analise dos dados da pesquisa.

CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 O FUMO E OS FATORES QUE INFLUEM NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO De acordo com VIGGIANO (1990, p.14), crescimento é o aumento na estrutura do corpo que ocorre desde a concepção até o final da vida. É no embrião, no feto, na criança e no adolescente, que o crescimento se dá com maior intensidade. A parada do crescimento da estatura ocorre entre os 18 á 21 anos Todos nascem com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a barriga da mãe até a idade adulta. Portanto, o crescimento depende de fatores da própria criança genéticos metabólicos, malformações e ambientais: alimentação, ocorrência de doenças, cuidados gerais e de higiene, condições de habitação e saneamento básico e acesso aos serviços de saúde. A realização de uma boa assistência pré-natal, ao parto e aos primeiros anos de vida são condições fundamentais para que o crescimento infantil se processe de forma adequada. Outros fatores que favorecem o crescimento são o tempo, a atenção e o afeto que a mãe, a família e a sociedade dedica a essa criança. As doenças as infecciosas, também influem no processo de crescimento da criança, a vacinação é essencial para a prevenção. Quando outras doenças aparecem, é necessário o rápido diagnóstico e os controles devem ser realizados imediatamente. Em caso de febre, além de causar perda de apetite, há um aumento nas necessidades de calorias e proteínas da criança. Assim, as infecções repetidas podem levar a diminuição do crescimento. (RODRIGUES, 2000, p.23) Baseando-se nos estudos de RODRIGUES (2000), o fumo também esta entre os fatores extrínsecos que influem no crescimento e desenvolvimento. Eles verificaram isto apartir dos dados obtido numa pesquisa com um grupo de crianças de mães fumantes e mães não fumantes, verificou-se que os filhos de fumantes tinham pesos menores que os filhos das mães não fumantes. O tabagismo na gestação acarreta sérios prejuízos, já devidamente reconhecidos e relatados, para o crescimento intra-uterino da criança. De acordo com MELLO (2001, p.25), o maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer,

09 em gestantes fumantes, ocorrem no terceiro trimestre, este risco aumenta proporcionalmente ao número de cigarros fumados. As mulheres que fumam durante o segundo ou terceiro trimestres tem risco igual àquelas que fumaram durante toda a gravidez. Assim, provavelmente, é maior durante o terceiro trimestre, a fase em que o fumo mais atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal As alterações do tabagismo materno sobre o feto abrem um capítulo à parte nas conseqüências do tabagismo sobre a saúde. O feto não é um fumante passivo qualquer que inala fumaça de cigarro involuntariamente em um ambiente aéreo, ele é um ser altamente vulnerável, numa fase de risco para o comprometimento do seu desenvolvimento. A mulher, quando fuma durante a gestação, expõe seu feto não apenas aos componentes da fumaça de cigarro que cruzam a placenta, mas também às alterações na oxigenação e metabolismo placentário, e às mudanças no seu próprio metabolismo secundárias ao fumo. (VIGGIANO, 1999, p.14) Segundo MELLO (2001, p.35), o cigarro atua prejudicando o bebê, em primeiro lugar, a fumaça respirada do cigarro contém grande quantidade de monóxido de carbono. Essa substância se liga fortemente à hemoglobina, que é um pigmento do sangue que carrega o oxigênio tanto para a mãe como para o bebê. O monóxido de carbono ocupa o lugar do oxigênio na hemoglobina e, com isso, vai menos sangue para o bebê. O bebê desenvolve durante a gestação mecanismos que o fazem se adaptar à menor quantidade de oxigênio, e esses mecanismos podem ser prejudiciais enquanto ele estiver no útero. De acordo com RODRIGUES (2000), em segundo lugar, os componentes tóxicos do cigarro, que vão para o sangue da mãe, impedem que a placenta se desenvolva adequadamente. Como a placenta é o principal responsável em dar oxigênio e nutrientes para o feto, isso também contribui para a morte e mau desenvolvimento do bebê. Em terceiro lugar, a mãe tem sério risco de ficar com pressão alta durante a gravidez, que é a causa que mais provoca morte no Brasil. A placenta é responsável por manter a pressão da mãe normal e como ela não se desenvolve direito devido ao cigarro, ela não consegue manter essa pressão nos valores adequados (que geralmente na grávida são de 110 x 70 mmhg). 1.2 TABAGISMO E GESTAÇÃO O tabagismo na gestação acarreta sérios prejuízos, já devidamente reconhecidos e relatados, para o crescimento intra-uterino da criança. O

10 maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer, em gestantes fumantes, ocorre no terceiro trimestre, este risco aumenta proporcionalmente ao número de cigarros fumados. As mulheres que fumam durante o segundo ou terceiro trimestres tem risco igual àquelas que fumaram durante toda a gravidez. Assim, provavelmente, é maior durante o terceiro trimestre, a fase em que o fumo mais atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal, MELLO (2001, p.47), As alterações do tabagismo materno sobre o feto abrem um capítulo à parte nas conseqüências do tabagismo sobre a saúde. O feto não é um fumante passivo qualquer que inala fumaça de cigarro involuntariamente em um ambiente aéreo, ele é um ser altamente vulnerável, numa fase de risco para o comprometimento do seu desenvolvimento. A mulher, quando fuma durante a gestação, expõe seu feto não apenas aos componentes da fumaça de cigarro que cruzam a placenta, mas também às alterações na oxigenação e metabolismo placentário, e às mudanças no seu próprio metabolismo secundária ao fumo. Segundo RODRIGUES (2000), o cigarro atua prejudicando o bebê, em primeiro lugar, a fumaça respirada do cigarro contém grande quantidade de monóxido de carbono. Essa substância se liga fortemente à hemoglobina, que é um pigmento do sangue que carrega o oxigênio tanto para a mãe como para o bebê. O monóxido de carbono ocupa o lugar do oxigênio na hemoglobina e, com isso, vai menos sangue para o bebê. O bebê desenvolve durante a gestação mecanismos que o fazem se adaptar à menor quantidade de oxigênio, e esses mecanismos podem ser prejudiciais enquanto ele estiver no útero. Em segundo lugar, os componentes tóxicos do cigarro, que vão para o sangue da mãe, impedem que a placenta se desenvolva adequadamente. Como a placenta é o principal responsável em dar oxigênio e nutrientes para o feto, isso também contribui para a morte e mau desenvolvimento do bebê. Em terceiro lugar, a mãe tem sério risco de ficar com pressão alta durante a gravidez, que é a causa que mais provoca morte no Brasil. A placenta é responsável por manter a pressão da mãe normal e como ela não se desenvolve direito devido ao cigarro, ela não consegue manter essa pressão nos valores adequados (que geralmente na grávida são de 110 x 70 mmhg). Veja abaixo algumas alterações que o cigarro pode trazer para o bebê e a gestante segundo LEOPÉRCIO (2004, p.54), Ele pode fazer com que:. O bebê nasça com baixo peso (2500 kg ou menos),

11. O bebê pese 150 a 325g a menos que o bebê de mulheres que não fumam,. Retarde o crescimento do bebê dentro do útero,. O bebê morra pouco depois de nascer,. O bebê morra ainda dentro do útero (chamado de aborto espontâneo),. Ocorra ruptura da bolsa amniótica antes do esperado,. Ocorra parto prematuro,. Ocorra complicação na placenta (órgão que é responsável por nutrir o bebê durante a gestação),. Ocorra sangramento durante a gestação,. Que a mãe perca o apetite,. Que a mãe fique anêmica,. Que a mãe ganhe menos peso na gravidez,. Que o bebê desenvolva malformações entre outros. 1.3 A INFLUÊNCIA DO TABAGISMO NA AMAMENTAÇÃO De acordo com NAKAMURA (2004, p.51), o cigarro, forma mais comum de uso do tabaco, é uma das drogas mais consumidas devido a seu baixo custo e por ser uma droga lícita. Seu uso entre as mulheres é bastante elevado, principalmente entre as de idade fértil, o que pode acarretar em problemas para os possíveis filhos destas Para MELLO (2001, p.47), a associação do tabaco com gravidez é bastante prejudicial tanto para a mãe quanto para o concepto e, se este sobrevive aos malefícios causados pelo cigarro, carrega consigo as conseqüências de uma gestação unida ao habito de fumar. Filhos de mães tabagistas, além de correrem o risco de serem abortados, têm grandes chances de nascerem anêmicos e com peso e tamanho reduzidos e, quando crianças, terem problemas respiratórios e retardo no aprendizado e na coordenação motora (NAKAMURA, 2004,p.15)

12 De acordo com CABAR (2003, p.14), além de todos os problemas causados durante a gestação, o tabaco continua mostrando seus efeitos negativos após o nascimento, uma vez que seus componentes mostram-se presentes até mesmo no leite materno. Por isso, recomenda-se a fumantes grávidas (ou que desejam engravidar) que o uso do tabaco seja interrompido durante toda a gestação e amamentação, ou pelo menos durante o terceiro trimestre da gestação As mulheres têm ainda mais dificuldade que os homens em abandonar o vício. Isso se dá por fatores psicológicos ou hormonais. Algumas ainda citam o cigarro como um auxiliar para o emagrecimento. Daí a dificuldade de se abandonar o cigarro, mesmo durante a gravidez (CABAR,2003, p.14). LEOPÉRCIO (2004, p.54), afirma que em conseqüência do hábito de fumar durante a gestação, citam-se conseqüências como o maior número de abortos espontâneos, maior incidência de ruptura de membranas ovulares, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, poliidrâmnio, sangramentos vaginais, redução do apetite e elevação da pressão arterial e freqüência cardíaca, dentre outros LEOPÉRCIO (2004, p.55), as causas mais prováveis para o aumento do número de abortos espontâneos podem ser malfunção ou malformação placentária ou alterações na oxigenação ou fluxo sangüíneo uterino ou placentário Já a ruptura prematura das membranas tem relação com maior freqüência de infecções no líquido amniótico de gestantes fumantes, uma vez que é sabido que substâncias contidas no cigarro, principalmente a nicotina, atravessam facilmente as barreiras placentárias. Isso explica os casos de poliidrâmnio, pois, como o líquido amniótico está contaminado, haverá uma produção aumentada deste para suprir as necessidades fetais. As elevações na pressão arterial e na freqüência cardíaca estão associadas à liberação de catecolaminas, substâncias vasoconstrictoras (MELLO, 2001, p. 47). LEOPÉRCIO (2004, p.54), afirma que assim como atravessa as barreiras placentárias e se concentra no líquido amniótico, a nicotina também pode atravessar barreiras e se concentrar no leite materno, prejudicando o recém- nascido. A quantidade de nicotina no leite humano é proporcional ao número de cigarros fumados pela mãe Para NAKAMURA (2004, p.51), É senso comum entre autores que haja uma inibição, por parte da nicotina, da secreção de prolactina. Dessa forma, há uma diminuição do volume de leite excretado, sendo este insuficiente para atender as exigências nutricionais do recém- nascido.

CAPÍTULO II METODOLOGIA O presente estudo foi desenvolvido com 24 mães, sendo 12 mães que fumaram durante a gestação e amamentação e 12 mães que não fumaram nesse período. Para realização dessa pesquisa foi realizado um estudo bibliográfico e posteriormente foi elaborado dois questionários, com perguntas para as mães que não fumaram e outro com perguntas para as mães que fumaram durante a gestação e amamentação, onde questionou informações sobre o fumo e posteriormente foi realizada uma entrevista na Escola municipal de Educação infantil Menino Jesus, no Bairro Vila Nova

CAPÍTULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS O presente estudo foi desenvolvido com 24 mães, sendo 12 mães que fumaram durante a gestação e amamentação e 12 mães que não fumaram nesse período. Foi elaborado um questionário para as mães não fumantes e posteriormente foi realizada uma entrevista na Escola municipal de Educação infantil Menino Jesus, no Bairro Vila Nova Constatamos através da pesquisa que as mães não fumantes tem entre 16 á 40 anos e as fumantes tem entre 21 á 40 anos, assim podemos observar no gráfico abaixo: Idade das Mães não Fumantes Idade das Mães Fumantes 7 66% 5 5 5 6 5 45% 4 35% 4 3 3 2 17% 17% 25% 2 15% 1 16 a 26 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 1 5% 21 a 30 anos 31 a 40 anos Percebemos através dos dados acima que 17% das mães não fumantes tem idades entre 16 a 20 anos, levando em consideração a idade de seus filhos que é de 01 a 04 anos, essas engravidaram precocemente na adolescência, e entre as mães fumantes verificou-se que 5 tem idades entre 21 a 30 anos, levando em consideração a idade de seus filhos que também é de 01 a 04 anos, essas também engravidaram na adolescência. Segundo LEOPÉRCIO (2004, p.51), o aumento da gravidez na adolescência em países em desenvolvimento como o Brasil está totalmente associado com a pobreza, a baixa escolaridade, a falta de orientação familiar e outros fatores sociais. Ao nosso ver, os dados obtidos nessa pesquisa também estão fortemente ligados aos fatores explicitados acima, pois os bairros onde foi realizada a pesquisa são bairros de classes populares. A pesquisa também averiguou a idade dos filhos das mães não fumantes e fumantes. Veja abaixo:

15 Idade dos Filhos das Mães não Fumantes Fumantes Idade dos Filhos das Mães 5 5 45% 41% 45% 4 4 35% 3 25% 2 15% 1 25% 17% 8% 35% 3 25% 2 15% 1 17% 25% 17% 5% 5% 01 ano 02 anos 03 anos 04 anos 01 ano 02 anos 03 anos 04 anos As mães não fumantes e fumantes têm filhos freqüentando as Escolas de Educação Infantil com idades entre 01 e 04 anos, prevalecendo crianças com idade de 02 anos, sendo menos freqüentes as idades de 01 ano, 03 e 04 anos. A casa própria sempre foi e ainda é um sonho para muitos brasileiros principalmente os de classes mais baixa, porque geralmente ganham pouco devido à baixa escolaridade que eles tem, e em alguns casos ainda possuem vícios que fazem com que o dinheiro que poderia ser investido em casa, seja gasto com o vicio, como por exemplo, o caso do cigarro que é o alvo desta pesquisa, este é um dos vícios mais comuns e que geram gastos enormes entre os brasileiros, segundo OMS (Organização Mundial de Saúde). A pesquisa constatou que 75% das mães não fumantes tem moradia própria e 25% alugada e entre as fumantes 5 delas tem moradias próprias e 5 alugadas confira no gráfico abaixo: Características das Casas das Mães não Fumantes 75% Características das Casas das Mães Fumantes 5 5 8 5 7 6 5 4 25% 45% 4 35% 3 25% 3 2 1 2 15% 1 5% Própria Alugada Própria Alugada

16 Esses dados explicitados acima demonstram que os gastos com o cigarro realmente podem ter relação com a questão da moradia própria, pois verificou-se na pesquisa que entre as mães não fumantes somente 25% moram em casas alugadas, e entre as fumantes 5 dessas moram em casas alugadas, isso demonstrou que entre as fumantes há um numero maior que pagam aluguel. Segundo LEOPÉRCIO (2004, p.5), a dependência da nicotina induz cada vez mais a busca pelo cigarro, e o desejo do vicio é tão grande que muitas pessoas que fumam deixam até de se alimentarem para sustentar o vicio. O tabagismo na gestação acarreta sérios prejuízos, já devidamente reconhecidos e relatados, para o crescimento intra-uterino da criança e também para a gestante, porém segundo os dados do hospital universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), as gestantes fumantes na maioria das vezes não param de fumar durante a gestação. Através da pesquisa que realizamos foi constatado que das mães fumantes 84% fumaram na gestação e somente 16% não fumaram. Verifique no gráfico abaixo: Mães Fumantes que Fumaram e não Fumaram na gestação 84% 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Fumaram 16% Não fumaram Percebe-se pelos dados obtidos acima que realmente as gestantes fumantes não param de fumar durante a gestação, pois os dados foram muito altos sendo que 84% delas continuaram fumando. E as pesquisas ainda demonstram que elas sabem dos riscos que colocam o bebê e que também estão correndo, e mesmo assim continuam a fumar. A pesquisa demonstrou também que das mães que fumaram na gestação 58% fumaram com freqüência e 42% fumaram poucas vezes. Veja no gráfico abaixo:

17 Mães que Fumaram com Freqüência na Gestação e as que Fumaram poucas vezes 58% 6 5 42% 4 3 2 1 Pouca vezes Com frequência Podemos perceber pelos dados acima que a maioria das mães fumantes fumaram com freqüência na gestação sendo 58% delas, e isso são dados alarmantes, pois segundo BRASIL, (2002, p.45), o uso de fumo pela mulher durante a gestação tem levado a alterações fetais e neonatais e também alterações no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, podendo trazer conseqüências graves para a vida da criança. O maior risco para o feto ocorre no primeiro trimestre, e este risco aumenta proporcionalmente ao numero de cigarros fumados. E a presente pesquisa também buscou identificar a quantidade de cigarros fumados por dia pelas mães fumantes, quando estavam gestantes e constatou-se que 58% delas fumaram de 15 a 20 cigarros por dia, 26% de 10 a 15 cigarros e 16% de 05 a 10 cigarros. Confirme abaixo. Cigarros Fumados por dia pelas Mães Fumantes na Gestação 6 58% 5 4 3 2 16% 26% 1 5 a 10 cigarros 10 a 15 cigarros 15 a 20 cigarros

18 Diante dos dados obtidos acima, podemos observar que o numero de cigarros fumados por dia pelas mães fumantes quando gestantes é muito alto, sendo que 58% delas fumaram de 15 a 20 cigarros por dia. E segundo BRASIL (2002, p.35), a influência do cigarro é proporcional ao numero de cigarros fumados por dia, ou seja quanto mais cigarros, maiores os riscos de o bebê nascer com baixo peso, e retardo no crescimento, que se desenvolva má formações ou até mesmo que a mãe venha a ter abortos espontâneos e muitos outros riscos. Além de risco para o bebê o fumo na gestação também pode trazer conseqüências para as mães gestantes. Veja abaixo alguns dados que a pesquisa obteve: Sintomas Sentidos pelas Mães Durante a Gestação 35% 35% 3 25% 25% 25% 2 15% 15% 1 5% Falta de apetite Peso do bebe diminuido Peso da mãe diminuido Peso e medidas normais Pode-se perceber acima que quando questionadas as mães fumantes sobre alguns sintomas que elas sentiram na gestação constatou que 35% teve falta de apetite, 25% diminuiu o peso do bebê, 25% diminuiu o peso da mãe e somente 15% tiveram seus pesos e os pesos dos bebês normais. No entanto concluímos que o cigarro realmente é capaz de trazer conseqüências e alterações na gestação e para a gestante. Segundo LEOPÉRCIO (2004, p.24), as gestantes ganham menos peso durante a gestação, devido o fumo reduzir o apetite da mãe e assim, resultar em uma desnutrição que poderá causar restrinções ao crescimento do feto, podendo fazer com que o bebê nasça com peso baixo ou até que retarde o crescimento intrauterino e também que a mãe ganhe menos peso na gravidez e fique anêmica. Segundo BRASIL (2002), o controle pré-natal periódico desde o 1º trimestre e durante toda a gestação é fundamental para identificar retardo de crescimento

19 intra-uterino, possíveis má formações no feto, doenças infecciosas tanto na mãe como no feto etc. Devido todas essas informações que o controle pré-natal trás para a gestante, essa pesquisa também buscou identificar se as mães quando gestantes realizaram o controle pré- natal e constatou que: entre as não fumantes, 10 realizaram e das fumantes 83% realizaram e 17% não realizou o controle pré-natal. Verifique abaixo: Realização do controle Pré-natal das das Mães não Fumantes Realização do Controle Pré-natal Mães Fumantes 10 83% 9 10 8 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Sim 7 6 5 4 3 2 1 Sim Não 17% É possível analisar nos dados acima que as mães não fumantes fizeram o acompanhamento pré-natal regularmente. Já as fumantes 83% delas fizeram e 17% não fizeram, no ponto de vista do grupo as 17% das mães fumantes demonstraram com essa atitude de não fazer o controle pré-natal que não estão muito preocupadas nem com o bebê e nem com a saúde delas, pois além de fumarem ainda não fizeram o controle pré-natal. O indicador que melhor retrata o que ocorre durante a fase fetal é o peso de nascimento da criança. Segundo o BRASIL (2002, p.21), peso ao nascer menos que 2.500 kg podem ser decorrentes de prematuridade ou déficit de crescimento intrauterino. Recém nascidos com menos de 2,500 kg são classificados, como de baixo peso ao nascer. E os que nascem abaixo de 3.000 kg nascem em risco nutricional também estando em alerta. Vários fatores podem influenciar negativamente no crescimento uterino principalmente o fumo, pois segundo LEOPÉRCIO (2004), o cigarro faz com que a mãe perca o apetite e conseqüentemente fique má nutrida e o bebê também, fazendo assim com que ele nasça com peso baixo. Observe esta afirmação abaixo

20 dos filhos das mães não fumantes, 10 nasceram com peso adequado entre o percentil > P 10 e < P 97 e com comprimento adequado. Já os filhos das mães fumantes 24% nasceram com risco nutricional, entre o > P 3 e < P 10, ou seja, em alerta tanto no peso como comprimento e 76% nasceram com peso e comprimento adequado. Verifique abaixo: Peso e Estatura dos Filhos das Mães das Mães não Fumantes ao Nascer Peso e Estatura dos Filhos Fumantes ao Nascer 10 9 8 7 6 10 8 7 6 5 76% 5 4 3 2 1 4 3 2 1 24% P1.0 e <P3 = muito baixo P3 e <P10 = risco nutricional P10 e <P97 = adequado P1.0 e <P3 = muito baixo P3 e <P10 = alerta P10 e <P97 = adequado Podemos concluir com os dados acima da pesquisa que o fumo trouxe conseqüência para os pesos e medidas dos bebês das mães fumantes. As diferenças de pesos e medidas ao nascer dos bebês foram muito grandes sendo que entre as não fumantes não teve nenhum caso de peso e medida baixo, já entre as fumantes 25% dos seus bebês nasceram em risco nutricional, ou seja, em alerta entre o >P 3 e < P10. A presente pesquisa também buscou saber se as mães fumantes após o nascimento dos bebês, no período de amamentação continuaram a fumar. E constatou que 84% delas fumaram e somente 16% não fumaram enquanto amamentavam e cuidavam dos recém nascidos. Veja abaixo: Percentual de Mães que Fumaram e não Fumaram Durante a Amamentação 9 8 84% 7 6 5 4 3 2 16% 1 Sim Não

21 Podemos perceber pelos dados acima que 84% das fumantes continuam fumando após o nascimento do bebê no período da amamentação e esses dados são alarmantes, porque segundo BRASIL, (2002, p.45), do Chile, que estudaram o fumo e o aleitamento materno, além do tabagismo passivo na criança que esta num permanente contato com a mãe o fumo também pode fazer com que os filhos de fumantes ganhe menos peso, numa velocidade menor que os filhos de não fumantes, sugerindo assim que o tabagismo pode afetar a produção de leite. A presente pesquisa não pode analisar se o fumo influenciou no peso dos bebês, no período da amamentação, pois nenhuma das 12 carteiras de vacinação dos filhos das fumantes tinham dados em relação aos pesos, haja vista que como já apresentamos, as mães fumantes também tiveram menos acompanhamento prénatal Segundo LEOPÉRCIO (2004, p.54), o fumo esta entre os fatores extrínsecos que influenciam no crescimento da criança, a presente pesquisa teve como objetivo principal verificar a real influência do fumo no crescimento das crianças cuja mães fumaram na gestação e amamentação e constatou que entre os filhos das não fumantes 10 estão com pesos e medidas adequadas para suas idades entre o percentil >P10 e < P97. Já os filhos das fumantes 25% estão com peso e estatura muito baixa para suas idades entre os percentil >P 1 e < P 3 e 75% estando com peso e estatura adequada entre o > P10 e <P97. Peso e Estatura dos Filhos das Mães não Fumantes Atualmente Peso e Estatura dos Filhos das Mães Fumantes atualmente 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 P1.0 e <P3 = muito baixo P3 e <P10 = risco nutricional 10 P10 e <P97 = adequado 8 7 6 5 4 3 2 1 25% P1.0 e <P3 = muito baixo P3 e <P10 = risco nutricional 75% P10 e <P97 = adequado Com esses dados concluímos que o fumo influenciou no crescimento desses 25% dos filhos das fumantes, em que consideramos esse percentual representativo para as crianças filhas de mães fumantes.

22 A presente pesquisa buscou também saber qual a opinião das mães em relação ao cigarro na gestação e amamentação, se elas tem consciência dos males que o cigarro traz para elas e para as crianças. Verificou-se que 10 das mães não fumantes responderam que o cigarro faz mal tanto na gestação como na amamentação. Já as mães fumantes 83% delas disseram que o cigarro prejudica o bebê e 17% disseram que não prejudica nem na gestação nem na amamentação. Observe nos gráficos abaixo: Opinião das Mães não Fumantes sobre/opinião das Mães não Fumantes sobre: O Fumo na Gestação e Amamentação O Fumo na Gestação e Amamentação 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 83% 17% Sim prejudica o bebê Não prejudica o bebê Sim prejudica o bebê Não prejudica o bebê Pode-se perceber pelos dados acima que mesmo com avanço da mídia e mais informações a todo o momento, pelos jornais, revistas, televisão e Internet que levam informações sobre as conseqüências do fumo, mesmo assim recebendo informações e tendo consciência das conseqüências, as mães continuam fumando, como podemos constatar na pesquisa, apesar de 83% das mães fumantes falaram que o fumo prejudica na gestação e amamentação 84% das mesmas fumaram na gestação e amamentação

CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho teve como objetivo identificar a influência do fumo no crescimento de crianças cujas mães fumaram no período da gestação e amamentação, bem como de criança em que as mães não fumaram. De acordo com as entrevistas e a analises dos dados, foi possível verificar que entre as mães fumantes 84% delas fumaram na gestação e amamentação e isso acarreta várias conseqüências já devidamente reconhecidas e relatadas para o crescimento intra-uterino, e para a gestante segundo BRASIL (2002, p.45), isso também foi possível ser constatado na presente pesquisa, pois os filhos das mães fumantes ao nascer, 24% deles nasceram com peso e estatura em risco nutricional, ou seja, em alerta, entre >P3 e <P10, podendo a qualquer momento cair para peso e estatura muito baixo, pois segundo LEOPÉRCIO (2004, p.54), o fumo pode fazer com que os filhos de mães fumantes ganhem menos peso numa velocidade menor que os filhos das mães não fumantes, sugerindo assim que o fumo pode afetar a produção do leite e conseqüentemente afetar o crescimento da criança. Enquanto os filhos das mães não fumantes, 10 deles ao nascer apresentaram pesos e medidas adequadas estando entre o percentil > P10 e < P97. No que se refere ao peso e estatura atual dos filhos das fumantes contatamos que o fumo influenciou, pois 24% deles estão atualmente com peso e estatura muito baixo para suas idades entre o >P1 e < P3. Já em relação aos filhos das não fumantes 10 deles estão com pesos e estatura atual adequadas para suas idades entre o > P10 e < P97. Enfim a pesquisa mostrou que o fumo traz sim conseqüências comprovadas para o crescimento de crianças, cujas mães fumaram na gestação e amamentação, pois os dados obtidos na pesquisa e os estudos bibliográficos nos indicaram para estas conseqüências. Por isso, é de fundamental importância fomentar a cada vez mais as campanhas quanto ao uso do cigarro, e principalmente em se tratando de mães gestantes, pois como vimos neste estudo, as conseqüências para as crianças são desastrosas.

24 A escola de educação infantil, como trabalha com crianças em desenvolvimento e crescimento, certamente nestes casos é uma das mais atingidas quando recebe crianças que em seus familiares possui histórico de tabagismo, pois em um momento ou outro aparecerá com algum agravo à saúde, pela conseqüência do cigarro, assim como nossas estatísticas aqui apontaram. Este trabalho servirá como base para palestras juntamente com os pais, escolas, comunidades, postos de saúde e também próximos estudos, para assim servir de alertar a todos sobre os agravos que o tabagismo trás para saúde das pessoas e principalmente para as crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, A.J. Diretrizes para cessação do tabagismo. Pneumologia. V. 30 supl.2, São Paulo, 2004.. Jornal Brasileiro de BRASIL. Acompanhamento da saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, Secretária de Políticas Departamento de Atenção a Saúde da Criança, 2002. CABAR, F. R. Efeitos do tabagismo na saúde da mulher. Femina., 2.ed. Rio de Janeiro: Reichmann &Affonso Editores, v.31, n.4, 2003. LEOPÉRCIO, W. Tabagismo e suas peculiaridades durante a gestaçäo: uma revisäo crítica. Jornal Brasileiro de Pneumologia. v.30, n.2. 2004. MELLO, P. R. B. Influência do tabagismo na fertilidade, gestação e lactação. J. pediatr.,v..77, n. 4. 2001. NAKAMURA, M. U. Repercussões obstétricas e perinatais do tabagismo (ativo e/ou passivo) na gravidez. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. RAMA. O uso do fumo no ciclo gravídico. Considerações fisiopatológicas e correlação preliminar com população 1.559 pacientes JBM 1984. Disponível em http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm. Acesso em 15 out. 2011. REVISTA, Saúde Pública. Vol.20, nº. São Paulo. Citando Davies e Col (1986). Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm. Acesso em 15 out. 2011. REVISTA, Saúde Pública. Vol.20, nº. São Paulo. Citando SIQUEIRA e COL (1986). Disponível em http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm Acessado 15/10/11. RODRIGUES, Batelho Pinto. Influência do tabagismo no sistema vascular materno fetal. RJ 2000. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm. Acesso em 15 out. 2011. VIGGIANO, Caixeta. Fumo e gravidez: repercussões sobre o concepto e a placenta, MG 1990. Disponível em http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm. Acesso em 15 out. 2011.

ANEXO

QUESTIONÁRIO 1 ) Qual é a sua idade? Tenho... anos de idade. 2) Idade de seus filhos? ( ) de 1 a 2 anos ( ) de 3 a 5 anos ( ) de 6 a 8 anos ( ) mais de 9 anos 3) Sua casa é? ( ) Própria ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) Outros 4) Você fumou em sua gestação? ( ) Sim ( ) Não 5)Em sua gestação você parou de fumar? ( ) Sim ( ) Não 6) Em media quantos cigarros por dia? ( ) 5 a 10 cigarros ( ) 10 a 15 cigarros ( ) 15 a 20 cigarros ( ) Mais de 20 cigarros 7) Sentia algum sintoma devido a utilização do cigarro?......... 8) Em sua gravidez fez acompanhamento (pré-natal)? ( ) Sim ( ) Não

9) Ao nascer qual era o peso de seu filho?......... 10) Você fumou quando amamentava? ( ) Sim ( ) Não 11) Na atualidade qual sua opinião sobre o cigarro?.........