Milho Período: 13 a 17/07/2015 Câmbio: Média da semana: U$ 1,00 = R$ 3,1507 Nota: A paridade de exportação refere-se ao valor/sc desestivado sobre rodas, o que é abaixo do valor FOB Paranaguá. *Os preços médios semanais apresentados nas praças de Lucas do Rio Verde/MT, Londrina/PR e Passo Fundo/RS são referentes ao mercado disponível. 1 / 6
MERCADO EXTERNO O mercado de milho, no cenário internacional, continua acompanhando o dito mercado de clima nos Estados Unidos, onde as condições de maior ou menor umidade no solo estão dando o direcionamento das cotações do cereal na Bolsa de Chicago. Nesta conjuntura, os preços que, até última semana, vinha em ascensão, começaram a cair, devido às notícias de previsão de clima mais quente e seco para as próximas semanas, o que pode favorecer o desenvolvimento das lavouras no Meio Oeste estadunidense. Diante disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Usda manteve estáveis os parâmetros de condições das lavouras, boas e excelentes, em 69,0%. Contudo esta situação, ainda é inferior à apresentada no mesmo período de 2014, o que leva a crer que a produtividade média tende a ser menor que a registrada na safra anterior. Fonte: NASS, Relatório de Acompanhamento das Lavouras 2 / 6
Além desta situação apresentada, o encerramento dos contratos de julho/15 na Bolsa, fez com que os investidores entrassem no mercado vendendo seus contratos no intuito de realização de lucro, isto provocou queda na Bolsa. Desta feita, as cotações do cereal na Bolsa de Chicago fecharam a semana em US$ 4,20/bushel (US$ 165,34/ton), porém com uma cotação média semanal 1,41% acima da semana anterior e 19,97% maior que a média semanal do mês passado.. MERCADO INTERNO Obviamente, com as cotações acima de US$ 4,00/bu ( US$ 157,47/ton) e a moeda norte americana acima de R$ 3,10, mesmo com prêmios nos portos mais baixos, a paridade de exportação passa a ser favorável para o produto nacional, permitindo novas oportunidades de negócios aos produtores brasileiros, no momento em que a colheita da 2ª safra já disponibiliza um bom volume de produto no mercado. 3 / 6
Assim, nas condições atuais onde tanto o parâmetro dólar quanto a cotação em Chicago estão acima do exemplo dado, a paridade de exportação encontra-se ainda mais favorável. Portanto, com este cenário, não é nenhum absurdo afirmar de que as exportações brasileiras possam atingir um volume, até janeiro de 2016, de 25,0 milhões de toneladas de grãos, mesmo por que além dos tradicionais portos de Santos e Paranaguá, há uma previsão de aumento da capacidade de exportação do grão por outros portos como Rio Grande, Vitória, Itaqui e Santarém. É possível verificar isto, vez que nos 13 primeiros dias úteis de julho já foram embarcadas cerca de 416,2 mil toneladas, muito próximo do que foi embarcado em todo mês de julho de 2014, confirmando a tendência de aumento das exportações de milho para este ano. 4 / 6
Mesmo por que, o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária Imea, confirmou que os produtores do Mato Grosso já negociaram praticamente 70,0% da safra (estimada por este Instituto em mais de 20,0 milhões de toneladas) e sendo este Estado o principal exportador do cereal, tudo leva a crer que estas previsão são factíveis. Nestas condições, com uma produção de 81,8 milhões de toneladas prevista pela Conab, no último relatório de safra, publicado dia 09/07, e um consumo interno de, praticamente, 56,0 milhões, os estoques finais poderão ficar em 13,2 milhões de toneladas, apesar de ainda elevados, bem mais confortáveis do que o previsto em meses anteriores. Além de favorecer as exportações nacionais, a paridade também favoreceu as cotações domésticas que continuam em alta, tanto no Mato Grosso, onde estão variando, no Médio Norte do Estado, entre R$ 14,30 e 16,00/60 Kg, quanto no Paraná onde a variação está entre R$ 20,00 e 26,00/60 Kg. 5 / 6
A maior preocupação no momento está relacionada ao andamento da colheita no Paraná, onde o excesso de chuvas tem causado atraso nos trabalhos e incertezas quanto à qualidade do grão que será colhido, devido aos prejuízos gerados pelo excesso de umidade. - Engº Agrº Thomé Luiz Freire Guth Analista de Mercado E-mail: thome.guth@conab.gov.br Tel: (61) 3312-6295 6 / 6