Técnicas de contagem 1 Introdução. 2 Sequências

Documentos relacionados
Análise Combinatória

10. Fatorial e Análise combinatória

Breve revisão de Análise Combinatória

Disciplina: Prof. a Dr. a Simone Daniela Sartorio de Medeiros. DTAiSeR-Ar

Questões de Exame Resolvidas. Matemática A. 12.º ano. Probabilidades e Combinatória

Sumário. 2 Índice Remissivo 9

Análise Combinátorio. 1 - Introdução. 2 - Fatorial

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

PROBABILIDADE. Prof. Patricia Caldana

ESCOLA SECUNDÁRIA GABRIEL PEREIRA MATRIZ DA PROVA DE EXAME

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2


AULA 5 - Independência, Combinatória e

COMBINATÓRIA ELEMENTAR BASEADO EM TOWNSEND (1987), CAP. 2 O QUE É COMBINATÓRIA

PROBABILIDADE. Luciana Santos da Silva Martino. PROFMAT - Colégio Pedro II. 01 de julho de 2017

Combinatória III Continuação

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

CAPÍTULO 2 ANÁLISE COMBINATÓRIA

Cálculo Combinatório

Unidade IV ESTATÍSTICA. Prof. Fernando Rodrigues

ESCOLA SECUNDÁRIA JERÓNIMO EMILIANO DE ANDRADE DE ANGRA DO HEROÍSMO

Conceitos básicos de teoria da probabilidade

MATRIZ DA PROVA DE EXAME

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Noções sobre Probabilidade

Probabilidade em espaços discretos. Prof.: Joni Fusinato

Princípio da Multiplicação Gerando todas as palavras de um alfabeto. > Princípios de Contagem e Enumeração Computacional 0/18

PROBABILIDADE. Aula 2 Probabilidade Básica. Fernando Arbache

n! = n (n 1) (n 2) 1.

Processos Estocásticos

PROBABILIDADES PROBABILIDADE DE UM EVENTO EM UM ESPAÇO AMOSTRAL FINITO

UFPE, 2-o semestre de ET-622 Elementos de Estatística para o curso de Biblioteconomia Professor André Toom. Ementa

Prof.Letícia Garcia Polac. 26 de setembro de 2017

Análise Combinatória e Probabilidade

Probabilidade. Sumário Introdução Conceitos Básicos... 2

Teoria das Probabilidades

Metas/ Objetivos Conceitos/ Conteúdos Aulas Previstas. Cálculo Combinatório: Introdução ao cálculo combinatório

Planificação Anual 12º Ano Área disciplinar de Matemática

Matemática Régis Cortes ANÁLISE COMBINATÓRIA

ESCOLA SECUNDÁRIA GABRIEL PEREIRA MATRIZ DA PROVA DE EXAME

Teoria das Probabilidades

( ) ( ) Questões tipo exame. O número pedido é: Questões tipo exame Pág Os algarismos 1 e 2 podem ocupar 5 A. posições diferentes.

TEMA 1 COMBINATÓRIA E PROBABILIDADES FICHAS DE TRABALHO 12.º ANO COMPILAÇÃO TEMA 1 COMBINATÓRIA E PROBABILIDADES

Aulas particulares. Conteúdo

Probabilidade. Objetivos de Aprendizagem. UFMG-ICEx-EST. Cap. 2 - Probabilidade Espaços Amostrais e Eventos. 2.1.

Notação e fórmula. O teorema do binômio de Newton se escreve como segue: são chamados coeficientes binomiais e são definidos como:

Matemática Discreta. Aula 01: Análise Combinatória I. Tópico 02: Arranjos com e sem repetição. Solução. Arranjos com Repetição.

ANÁLISE COMBINATÓRIA PROFESSOR JAIRO WEBER

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO Conceitos Básicos de Probabilidade

COLEÇÃO DARLAN MOUTINHO VOL. 01 RESOLUÇÕES

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM OU PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO

Combinatória I. Sumário Introdução Princípios Básicos... 2

Métodos Estatísticos Básicos

AULA 3 - Modelos probabiĺısticos, axiomas da probabilidade, espaços amostrais

Carlos Pedreira.

Experiências Aleatórias. Espaço de Resultados. Acontecimentos

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L

1.3 Outras definições de probabilidade

ARRANJO OU COMBINAÇÃO?

EXERCÍCIOS 2006 APOSTILA MATEMÁTICA

Termo-Estatística (2013) 2ª Aula. Prof. Alvaro Vannucci

Universidade Federal de Goiás Instituto de Matemática e Estatística

TEMA 1 COMBINATÓRIA E PROBABILIDADES FICHAS DE TRABALHO 12.º ANO COMPILAÇÃO TEMA 1 COMBINATÓRIA E PROBABILIDADES

INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

Prof. Dr. Lucas Santana da Cunha de abril de 2018 Londrina

Ensino Médio. Fatorial

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO/LONGO PRAZO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO CADAVAL

TE802 Processos Estocásticos em Engenharia. Informação sobre a disciplina Notes. Processos Estocásticos em Engenharia Conteúdo Notes.

TÓPICO 01 RACIOCÍNIO LÓGICO. Análise combinatória: aplicações do princípio fundamental da contagem e do princípio da casa dos pombos.

Aula 3: Estudando Arranjos

Como o número de convidados de Daniel é igual à soma do número de convidados de Bernardo e Carlos, temos que D B C. (Equação 1)

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L

TE802 Processos Estocásticos em Engenharia. Informação sobre a disciplina. TE802 Conceitos Básicos de Teoria de Probabilidade. Evelio M. G.

!

ANÁLISE COMBINATÓRIA

Binómio de Newton. De modo análogo, podemos calcular as quintas e sextas potências e, de modo geral, obter o

Contagem II. Neste material vamos aprender novas técnicas relacionadas a problemas de contagem. 1. Separando em casos

TESTE GLOBAL PROBABILIDADES 12.º ANO

Estatística. Aula : Probabilidade. Prof. Ademar

Prof.: Joni Fusinato

TEORIA DAS PROBABILIDADES

Expansões AULA ... META. Apresentar a expansão binomial e multinomial. OBJETIVOS. Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Teste de Avaliação de MATEMÁTICA 12º ano

Aula 16 - Erivaldo. Probabilidade

Estatística aplicada a ensaios clínicos

Matemática Discreta. Aula 01: Análise Combinatória I. Tópico 01: Princípio fundamental de contagem

Probabilidade Parte 1. Camyla Moreno

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

Como o número de convidados de Daniel é igual à soma do número de convidados de Bernardo e Carlos temos que D B C. (Equação 1)

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS - Grupo 500 Planificação Anual /Critérios de avaliação. Disciplina: Matemática A 12º ano 2016/2017

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS - Grupo 500. Planificação Anual /Critérios de avaliação

Tópicos. Conjuntos Fatorial Combinações Permutações Probabilidade Binômio de Newton triângulo de Pascal

Técnicas de Contagem I II III IV V VI

TESTE DE PROBABILIDADES E COMBINATÓRIA 12.º ANO

Escola Secundária/2,3 da Sé-Lamego Ficha de Trabalho de Matemática A Ano Lectivo 2011/12 Distribuição de probabilidades 12.º Ano

Programa Combinatória Aritmética Racional MATEMÁTICA DISCRETA. Patrícia Ribeiro. Departamento de Matemática, ESTSetúbal 2018/ / 52

Estatística Planejamento das Aulas

Transcrição:

1 Introdução Muitos problemas em Probabilidades e Estatística consistem em estimar a incerteza associada a um evento ou acontecimento, o que implica frequentemente determinar o número de elementos associados a esse evento. Assim, éoportunointroduzirumconjuntodemétodosquenospermitemfazê-lo rapidamente e sem enumerar exaustivamente todos os elementos. Um bom princípio para resolver um problema difícil, é dividi-lo em problemas mais simples. Este princípio também é usado nos processos de contagem, em que se decompõe um problema complexo, numa sequência de problemas elementares e independentes. O número de resultados do problema original, será o produto do número de resultados dos problemas elementares. Atente-se no seguinte exemplo. Exemplo 1.1. Um dado tetraédrico tem quatro lados numerados (de 1 a 4) eoresultadodoseulançamentoéonúmerodafacequeassentarna mesa. Considere o jogo que consiste em lançar sucessivamente uma moeda e um dado tetraédrico. A moeda determina se o jogador recebe (saída de face) ou paga (saída de coroa) à banca e o dado estabelece a importância emeuros. Qual é o cardinal do espaço amostral associado a este jogo? 1 2 Recebe (F) 3 4 1 Paga (C) 2 3 4 1/10 Olançamentodamoedatem2resultadoseododadotetraédricotem 4. Então, o lançamento sequencial da moeda e do dado origina 2 ˆ 4 8 resultados diferentes. O diagrama em árvore mostra todos os resultados possíveis do jogo. Teorema 1.1 (Princípio fundamental de contagem). Se um evento pode ocorrer de n 1 maneiras distintas e se, independente deste, um segundo evento pode ocorrer de n 2 maneiras distintas, então os dois eventos seguidos podem ocorrer de n 1 ˆ n 2 maneiras distintas. Para r eventos, tem-se n 1 ˆ n 2 ˆ ˆn r. Oproblemadecontagemapresentadoenvolveumnúmeroreduzido de elementos, o que de certa forma facilita a contagem. Quando o número de elementos é elevado, a contagem pelo processo descrito é praticamente impossível e, nestes casos, recorre-se à análise combinatória. Assim, a análise combinatória pode ser entendida como um conjunto de processos alternativos esimplificadosdecontagem. Partimos sempre de um conjunto com um número finito de elementos (números, pessoas, objectos, letras, etc). Com os elementos desseconjunto formam-se sequências ou subconjuntos. O processo de cálculo donúmero de sequências que é possível formar vai depender de dois factores: a ordem dos seus elementos e a sua repetição, que pode ou não existir. Na formação de subconjuntos não interessa a ordem e a repetição dos elementos pode existir ou não. Em primeiro lugar, vamos considerar os casos em que na contagem interessa a ordem (arranjos e permutações, com e sem repetição) e, em segundo, os casos em que não interessa a ordem (combinações, com e sem repetição). Antes do estudo de qualquer uma destas formas de contar vamos aprender osignificadodefactorialdeumnúmeronaturaln. Definição 1.1. Sendo n P N, dá-seonomedefactorialden ou n-factorial e representa-se simbolicamente por, ao produto dos n números naturais que são menores ou iguais a n, istoé: Convenciona-se que: 0! 1. 2 Sequências n ˆpn 1qˆpn 2qˆ ˆ2 ˆ 1. Definição 2.1. Designamos por sequências de p elementos os grupos de p elementos de um conjunto aos quais se pode atribuir uma ordem equediferem conforme essa ordem varia. 2/10

2.1 Arranjos com repetição Definição 2.2. Designamos por arranjo com repetição ou arranjo completo uma qualquer sequência formada por elementos de um dado conjunto, sendo possível a repetição de elementos. Se o conjunto tiver n elementos, designaremos por n A 1 p onúmerototaldearranjoscomrepetiçãoqueépossívelformar com p elementos escolhidos de entre os n dados. n A 1 p lê-se arranjos com repetição de n, p a p. Temos: n A 1 p np. Exemplo 2.1. Pretendem-se formar palavras-chave com três letras, com ou sem sentido, com as habituais 23 letras. Quantas palavras-chave distintas se podem formar? Trata-se de um exemplo clássico de arranjos com repetição pois podem existir palavras-chave com as três letras iguais. Assim temos arranjos com repetição de 23 letras, 3 a 3: 23 A 1 3 233 12167. 2.2 Arranjos sem repetição Definição 2.3. Designamos por arranjo sem repetição ou simplesmente arranjo uma qualquer sequência formada por elementos, todos diferentes, de um dado conjunto. Se o conjunto tiver n elementos, designaremos por n A p onúmero total de arranjos sem repetição que é possível formar com p elementos escolhidos de entre os n dados. n A p lê-se arranjos de n, p a p. Éevidentequep ď n. Seja px 1,x 2,...,x p q um dos arranjos de p elementos, todos distintos, escolhidos de entre n elementos de um dado conjunto. Existem então n maneiras de escolher x 1,quedepoisdeesteescolhido,existemn 1 maneiras de escolher x 2,eassimsucessivamenteatéx p.logotemos: n A p n ˆpn 1qˆpn 2qˆ ˆpn p ` 1q pn pq!. Exemplo 2.2. Suponham-se dez atletas. De quantas maneiras diferentes pode vir a ser feita a distribuição de três medalhas? Existem dez possibilidades para o 1 o lugar, nove para o 2 o lugar e oito para o 3 o lugar. Formalizando a resposta temos 10 A 3 10 ˆ 9 ˆ 8 720 possibilidades ou 10 10! A 3 p10 3q! 720. Exemplo 2.3. Suponham-se três atletas. De quantas maneiras diferentes pode vir a ser feita a distribuição das três medalhas? Existem três possibilidades para o 1 o lugar, duas para o 2 o lugar e uma para o 3 o lugar. Formalizando a resposta temos 3 A 3 3 ˆ 2 ˆ 1 possibilidades. Este exemplo é então um caso muito particular de arranjos, pois todos os elementos do conjunto em causa figuram em cada um dos arranjos considerados, isto é, trata-se de calcular n A p quando temos p n, oque nos conduz à expressão, n A n n ˆpn 1q ˆ ˆ2 ˆ 1. No entanto esta situação embora seja um caso particular da definição anterior, tem no contexto do cálculo combinatório, um tratamento especial, que motiva a próxima definição. 2.3 Permutações Definição 2.4. Chama-se permutação de elementos de um conjunto a um qualquer arranjo em que todos os elementos desse conjunto figurem, não havendo elementos repetidos. Designaremos por P n onúmerototaldepermutações de n elementos, lendo-se permutações de n: P n n ˆpn 1qˆpn 2qˆ ˆ2 ˆ 1. No exemplo anterior a solução é: P 3 3 ˆ 2 ˆ 1. 2.4 Permutações completas Definição 2.5. Chama-se permutação completa de elementos de um conjunto a um qualquer arranjo em que todos os elementos desse conjunto podem figurar, podendo haver elementos repetidos. Designaremos por P 1 n onúmero total de permutações completas de n elementos, lendo-se permutações completas de n: P 1 n n n. Exemplo 2.4. Considere-se o conjunto formado pelos elementos p1, 2, 3, 4, 5q. Quantas sequências formadas por 5 elementos se podem ter? 2.5 Casos especiais P 1 5 55 3125. Onúmerodesequênciasdiferentesden elementos, dos quais n 1 são de um tipo, n 2 de um segundo tipo,..., e n k de um k-ésimo tipo, e em que n 1 ` n 2 ` `n k n, é: P pn 1,n 2,...,n k q n 1!n 2! n k! 3/10 4/10

Exemplo 2.5. Quantos números distintos de quatro algarismos se podem escrever com um algarismo 1, um algarismo 2 e dois algarismos 3? P p1, 1, 2q 4! 1!1!2! 4 ˆ 3 12. Onúmerodemaneirasdiferentesdedividirn elementos em k grupos, com n 1 no primeiro grupo, n 2 no segundo grupo,..., e n k no k-ésimo grupo, eemquen 1 ` n 2 ` `n k n, é: P pn 1,n 2,...,n k q n 1!n 2! n k! Observe-se que a ordem dos elementos do mesmo tipo ou dos que estão dentro do mesmo grupo não interessa. Exemplo 2.6. Uma empresa resolveu contratar dez pessoas para executarem três tarefas não qualificadas. Uma das tarefas necessita de quatro trabalhadores e cada uma das restantes de três trabalhadores. De quantas maneiras diferentes podem ser seleccionados os trabalhadores para as tarefas? 3 Subconjuntos P p4, 3, 3q 10! 4!3!3! 4200. 3.1 Combinações sem repetição Definição 3.1. Chamamos combinação a um qualquer subconjunto formado por elementos diferentes escolhidos de entre os elementos de umdadocon- junto. Se o conjunto tem n elementos, designamos por combinações de n elementos, p a p, erepresentamossimbolicamentepor n C p ou. Temos: ˆ n n C p p p! pn pq!. ˆ n p Evidentemente, n e p são, como habitualmente, números naturais. Além disso, deve ser p ď n. Note que n C p éonúmerodesubconjuntoscomp elementos de um conjunto de cardinal n. Estenúmerotambémpodeser obtido fazendo n n A p C p. P p Exemplo 3.1. Oito jogadores disputam um torneio de xadrez, pelo que cada um deles deve jogar com todos os outros, mas apenas uma vez. Quantos jogos haverão neste torneio? Este exemplo ilustra a definição anterior porque cada dois jogadores só se encontra uma única vez. Assim, este torneio terá: jogos. 8 C 2 3.2 Combinações completas 8! 2! p8 2q! 8 ˆ 7 ˆ 6! 8 ˆ 7 28 2!6! 2 Definição 3.2. Chamamos combinações completas de n elementos tomados p a p ao número de grupos que se podem constituir com p dos n elementos de um conjunto, podendo haver elementos repetidos, sendo arbitrário o número de vezes que se repete cada elemento. Temos: n Cp 1 pn ` p 1q! p! pn 1q!. Observe-se que é possível determinar o valor de n Cp 1 usando a fórmula das combinações sem repetição, uma vez que n C 1 p n`p 1 C p. Exemplo 3.2. Suponha-se o seguinte conjunto t1, 2, 3, 8, 10u. Quantosgrupos de três elementos se podem formar? 5 C3 1 p5 ` 3 1q! 7! 3! p5 1q! 3!4! 7 ˆ 6 ˆ 5 ˆ 4! 210 3!4! 6 35. 5/10 6/10

4 Quadro e esquema resumo Objectivo Em que Com repetição Sem repetição Grupos de Interessa Permutações completas Permutações n elementos a ordem Pn 1 nn P n Grupos de Interessa Arranjos completos Arranjos p aordem n A 1 p np n A p pn pq! elementos Não interessa Combinações completas Combinações de n aordem n C 1 p pn`p 1q! p!pn 1q! n C p p!pn pq! Interessa a ordem dos elementos? Não Os elementos podem repertir-se? Sim Não Sim n C 1 p pn`p 1q! p!pn 1q! n C p p!pn pq! Os elementos podem repertir-se? Não Sim Entram todos os elementos na sequência? Não Sim n A 1 p np P n n A p pn pq! 5 Triângulo de Pascal Linha 0 ÝÑ 1 Linha 1 ÝÑ 1 1 Linha 2 ÝÑ 1 2 1 Linha 3 ÝÑ 1 3 3 1 Linha 4 ÝÑ 1 4 6 4 1 Linha 5 ÝÑ 1 5 10 10 5 1 Linha ÝÑ 5.1 Propriedades do triângulo de Pascal No triângulo de Pascal verifica-se que: Os números dos lados oblíquos são sempre iguais a 1; Cada termo de uma linha (excepto os dos extremos) é igual à soma dos que estão acima; Cada linha, os termos equidistantes dos extremos são iguais. 5.2 Propriedades das combinações sem repetição OtriângulodePascalpodeserescritousandocombinações. 1 1 1 1 2 1 1 3 3 1 1 4 6 4 1 1 5 10 10 5 1 Ó Ó Ó 0 C 0 1 C 0 1 C 1 2 C 0 2 C 1 2 C 2 3 C 0 3 C 1 3 C 2 3 C 3 4 C 0 4 C 1 4 C 2 4 C 3 4 C 4 5 C 0 5 C 1 5 C 2 5 C 3 5 C 4 5 C 5 7/10 8/10

As propriedades do triângulo de Pascal podem ser transportadas para as combinações. Assim: em cada linha, o primeiro e o último é 1: n C 0 n C n 1; em cada linha, os termos equidistantes dos extremos são iguais: n C p n C n p ; cada termo de uma linha (excepto os dos extremos) é igual à soma dos que estão acima: n C p ` nc p`1 n`1 C p`1 ; n C 0 ` nc 1 ` nc 2 `...` nc n 2 n. 6 Binómio de Newton No desenvolvimento de pa ` bq n os coeficientes dos termos igualmente afastados dos extremos são iguais. Se n éparhaveráumtermomédio eportantoterãodesecalcularoscoeficientesatéessetermo,inclusive; Otermodeordemp ` 1 é T p`1,sendo: ou T p`1 n C p a n p b p T p n C p 1 a n p`1 b p 1. As últimas expressões permitem calcular qualquer termo, conhecida a sua ordem, sem que seja necessário escrever todo o desenvolvimento. Observemos a seguinte figura: pa ` bq 0 ÝÑ 1 pa ` bq 1 ÝÑ 1a ` 1b pa ` bq 2 ÝÑ 1a 2 ` 2ab ` 1b 2 pa ` bq 3 ÝÑ 1a 3 ` 3a 2 b ` 3ab 2 ` 1b 3 pa ` bq 4 ÝÑ 1a 4 ` 4a 3 b ` 6a 2 b 2 ` 4ab 3 ` 1b 4 ÝÑ Notemos que no desenvolvimento de pa ` bq n tem-se: Ograudopolinómiododesenvolvimentodepa ` bq n é n; Os coeficientes são os números do triângulo de Pascal. Temos a fórmula do binómio de Newton: pa ` bq n n C 0 a n ` nc 1 a n 1 b ` nc 2 a n 2 b 2 `...` nc n 1 ab n 1 ` nc n b n nÿ n C p a n p b p. p 0 6.1 Propriedades do Binómio de Newton Observando a fórmula e atendendo às propriedades das combinações estudadas poderíamos concluir que: Odesenvolvimentodepa ` bq n tem n ` 1 termos; 9/10 10/10