INCLUSÃO DOS DEFICIENTES FÍSICOS NO ENSINO REGULAR RESUMO GODINHO, Seryma Andrea Reghin 1 seryma_teimoso@hotmail.com PAULINO, Paulo Cesar 2 paulino@utfpr.edu.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Cornélio Procópio III curso de Especialização em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos PROEJA Disciplina: Educação Inclusiva A inclusão é a capacidade de aceitação das diferenças dos indivíduos, garantindo acesso igualitário às oportunidades e representa atualmente um dos principais desafios da área da educação. Alguns aspectos ainda dificultam essa prática, e por isso algumas mudanças são necessárias tanto no âmbito educacional quanto social, econômico e cultural. Como educadores temos que nos adaptar as novas mudanças para melhor receber esses alunos em sala de aula e assim, os incluirmos no ambiente escolar e prepara-los pra enfrentar a sociedade. É dever também lutar pelos direitos dos deficientes físicos e fazer com que os mesmos sejam validos, e que a sociedade os respeite e os cumpra. A educação de qualidade é um direito de todos e assegurado por lei, e a mesma nos diz que todos, todos tem que zelar pelos direitos dessas pessoas, e que se deve fazer valer e cumprir a lei, e como educadores conscientizar as pessoas que a deficiência física não é uma doença contagiosa nem uma doença que se adquire por ter tido contato, e que nada mais é do que uma limitação que essa pessoa tem que superar, e que ajudá-los a superar esses obstáculos que a vida lhe impõe. Conclui-se que a inclusão dos deficientes físicos na rede regular de ensino é um processo longo e complexo que enfrentar porem estar preparados pra enfrentar todos os obstáculos que irão surgir, e lutar pra que os mesmos não desanimem os deficientes físicos perante aos seus direitos como educando e cidadão. Objetivo deste artigo é de esclarecer e fortalecer a inclusão dos deficientes físicos no sistema regular de ensino, mostrar que os mesmos são pessoas dignas de respeito, que possuem capacidade de estudo como qualquer outro estudante da mesma idade, a única diferença é que eles necessitam de um atendimento especializado e de seja feito adaptações no ambiente escolar, material didático, que os educadores tenham cursos específicos e condições de atender esse aluno. As dificuldades estão por todas as partes, porém cabe ao professor superá-las e se adaptar a essa nova realidade de vida e de trabalho, como também ajudar seu aluno deficiente físico a enfrentar as que o ambiente escolar e a vida em sociedade irão lhes impor. PALAVRAS-CHAVE: inclusão, deficientes, oportunidade. O mundo dá voltas sofre transformações, o tempo é efêmero e as formas de compreender os fenômenos sociais também se modificaram nesse processo de renovação 1 Autora: Graduado em Licenciatura plena em Ciências Biológicas e professora da rede estadual do Paraná e municipal de Uraí. 2 Orientador, Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Cornélio Procópio, Especialista em Metodologia do Ensino Tecnológico pela UTFPR e Mestrando em Ensino de Ciências e Tecnologia na UTFPR-PG.
provocado pela historia é que apresento esse artigo Inclusão dos deficientes físicos nas escolas regulares. A inclusão é um acesso não só na rede regular de ensino, mas também nos meios sociais, culturais e mercado de trabalho. Se estes direitos, não forem garantidos aos deficientes físicos, e alguns ainda permanecerem do lado de fora, ou seja, excluídos não podemos falar então em inclusa. Em nível de Brasil e de mundo vivemos um momento onde a inclusão dos deficientes físicos esta se evidenciando de certa maneira em que as escolas de ensino regular começam a abrir suas portas e acolher pessoas que até antes não eram admitidas ou reconhecidas como alunos e muito menos consideradas como cidadãos comuns que tem seus direitos e deveres. Como qualquer situação nova, a inclusão vem desagradando muitas pessoas, despertando curiosidades, indiferença e negação, encontram adeptos e críticos, envolve toda a sociedade e aponta a necessidade de alterar hábitos, posturas, atitudes começando pelo plano individual, ou seja, uma mudança interna e subjetiva. Inclusão é a capacidade de aceitação das diversidades dos indivíduos, garantindo acesso igualitário às oportunidades e representa atualmente um dos principais desafios da área da educação. (TEIXEIRA, KUBO, 2008) A inclusão nas escolas bonifica em vários pontos positivos os deficientes físicos que são considerados alvos do preconceito e exclusão social, esse preconceito representa uma negação social, onde o defeito provoca estranheza na sociedade. Diante desses fatos e outros tantos acontecimentos muitos educadores e pesquisadores começaram estudar, debater e pesquisar sobre a educação desses alunos. O debate sobre a educação especial teve inicio no século XVI, alguns marcos históricos tiveram contribuição para esse novo enfoque, como a Constituição Federal (1988) e a LDB estabelecem que os deficientes físicos devam estudar nas escolas regulares e que todos têm direito a educação.
Portanto não estamos preparados para receber esses alunos, temos que nos adaptar as deficiências desses alunos. As escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas. Devem acolher crianças com deficiências. (SALAMANCA: 1994, p.18) Nossas escolas não estão preparadas arquitetonicamente, há falta de rampas para cadeirantes, móveis adaptados, banheiros adaptados, pisos especiais, materiais adequados para cada tipo de deficiência. A comunidade escolar alunos, pais, professores, diretor, equipe pedagógica também devem ser preparados para lidar e receber esses alunos no ambiente escolar, todos devem ter consciência da sua função de como vão lidar com o deficiente físico enquanto o mesmo se encontrar no ambiente escolar. É obrigação de todos nós profissional da educação fazer valer e garantir os direitos dos estudantes com deficiência física. Para que a inclusão ocorra os professores também devem estar preparados para receber esses alunos, segundo a resolução CNE n 02/2001 (Brasil, 2001) prevê que os professores da educação especial tenham dois tipos de formação, os capacitados e os especializados. Os especializados organizam e planejam as ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores capacitados, já os capacitados são responsáveis por executarem atividades diretamente com os deficientes físicos. A inclusão escolar oferece vários benefícios aos alunos normais, os colegas que convivem com os deficientes físicos torna-se cooperativo, constrói valores como respeito e solidariedade. Para os portadores físicos os benefícios são participar de ambientes normais, aprender com outros alunos a construção de laços afetivos melhora de habilidades e autonomia.
As relações de amizade auxiliam o acesso e garantem a permanência dos deficientes físicos nas escolas regulares. Porém as escolas não estão preparadas para receber estes alunos e enfrentar o medo e a insegurança dos professores e outros funcionários por falta de capacitação ou preparo, condições inadequadas de trabalho, estrutura física, falta de apoio e incentivos financeiros de autoridades, prioridade de enfoques políticos na educação. Algumas mudanças são necessárias para que ocorra um avanço da inclusão tais como, formação continuada dos professores, reformas arquitetônicas e reestruturação do agrupamento dos alunos na sala de aula. (MICHELS, 2006) A escola é uma garantia para fazer acontecer à inclusão, nela em que acontece integração e não apenas a inserção do aluno, limitando-se apenas a simples introdução física, envolve a aceitação daquele que se insere, respeitando seu ritmo e características pessoais. A escola deve estar atenta para as mudanças curriculares em que deve atuar frente deficiências físicas dos alunos. Para a construção de uma verdadeira escola inclusiva é necessária uma transformação da concepção de deficiência física vista por todos da sociedade. Cabe acreditarmos no estado de igualdade entra as diversidades, ainda que precisem reavaliar as maneiras que estamos operando a inclusão em nossas escolas, integrar os deficientes físicos em um sistema de ensino de qualidade e adaptado aos mesmos. A inclusão dos deficientes físicos depende do rompimento de preconceitos e da realização de um trabalho de conscientização da sociedade e do oferecimento de oportunidades tornando cidadãos críticos e responsáveis, assim emancipando de forma igualitária. Novas políticas públicas na área da educação especial devem ser enfrentadas, discutidas e analisadas, porém muitas atitudes foram tomadas em prol dessas pessoas, mas ainda precisamos debater pesquisar e entender mais sobre o assunto em pauta. Professores, alunos, pais, diretores sociedade em geral, devem contribuir da melhor maneira possível para o alcance e realização concreta da inclusão como prática e não somente como teoria, pois os deficientes físicos merecem ser respeitados por todas as pessoas e ocuparem lugares de destaque almejados por muitos no local onde estão inseridos.
Inclusão não é apenas o direito de acesso na escola, é também a garantia do sucesso de aprendizagem em um ambiente respeitador, acolhedor e harmônico. Escola é o local onde estas pessoas terão oportunidades de aprendizagem para a vida toda desenvolvendo suas capacidades tanto intelectual quanto moral. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal 1988. BRASIL. Congresso. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder executivo, DF, dez. 1996. Seção 1, n. 24823, p. 27833. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, DF, 14 set. 2001. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. UNESCO, 1994. Disponível em: <http://200.156.28.7/nucleus/media/common/downloads_salamanca.doc.>. Acesso em: 02 ago. de 2009. MICHELS, M.H. Gestão, formação docente e inclusão: eixos da reforma educacional brasileira que atribuem contornos à organização escolar. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, 2006. TEIXEIRA, F.C.; KUBO, O.M. Características das interações entre alunos com Síndrome de Down e seus colegas de turma no sistema regular de ensino. Rev. Bras. Ed. Esp. Marília, 2008.