Algumas discussões relacionadas à educação inclusiva no contexto social e principalmente o escolar
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- Lara Camilo Neves
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1 1 Introdução Sabe-se que a educação inclusiva é uma modalidade extremamente relevante para o processo de educação do Brasil, já que, deve oferecer muitos benefícios relacionados ao ensino aprendizagem para as pessoas que apresentam algum tipo de necessidades especiais. O termo denominado inclusão social que tem por finalidade incluir crianças com necessidades especiais no sistema regular de ensino, com intuito de conduzir os alunos a desfrutarem dos mesmos direitos e deveres dos demais. Na teoria é excelente, por permitir aos alunos deficientes terem direito a igualdade, ao respeito e dignidade de serem reconhecidos e tratados como realmente merecerem. Poder disputar das mesmas oportunidades, de acordo com suas limitações e potenciais, como seres humanos e cidadãos integrantes da mesma sociedade, em que o respeito e solidariedade as diferenças deve ser um fator cultivado diariamente no contexto social; pois é exatamente dessa forma que conseguiremos desmitificar o conceito errôneo de associar as necessidades especiais com incapacidade de aprender e/ou executar atividades. Diante desse contexto a escola tem um papel fundamental nesse processo. Entretanto, para garantir a inclusão social, as escolas precisam passar por muitas adaptações para receber essa nova demanda de alunados. Essa realidade parece estar longe de acontecer, motivo pelo qual, compromete o verdadeiro favorecimento do objetivo da inclusão.
2 2 Então, falar inclusão social é pensar numa educação inclusiva de qualidade na prática, isto é, sua funcionabilidade visando o desenvolvimento de ensino aprendizagem, permitindo a melhoria na qualidade de vida dos discentes, que apresentam algum tipo de deficiência. Este presente trabalho mostrou algumas discussões importantes sobre esse tema, de maneira que pode contribuir positivamente com a qualidade do processo educacional inclusivo do Brasil. Alicerçada em fontes teóricas respeitadas e reconhecida que conceituaram alguns assuntos pertinentes ao tema. Algumas discussões relacionadas à educação inclusiva no contexto social e principalmente o escolar A educação dos seres humanos é a principal base central da vida social. É através dessa educação que se transmite e amplia uma cultura, constrói saberes tão indispensável para uma mente autônoma e crítica para a transformação da sociedade que o sujeito está inserido, capaz de ampliar a liberdade humana conforme as relações de agregação estabelecendo o estreitamento às diferenças sociais. Para Padilha (2000, p. 03) na teoria de Vigotsky é destacado uma nova ótica voltada para as limitações e possibilidades dos deficientes em que a virtude social é a finalidade da educação. O teórico aponta a fundamental relevância advinda das diversidades sociais para aquisição de aprendizagem. No ano 1925, Vigotsky estabeleceu um laboratório de psicologia para crianças com deficiências. Trabalhou com pesquisa de ensino onde implantou um programa voltado a educação de crianças com necessidades
3 3 especiais. Certamente, seu pensamento sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos deficientes foi, na verdade, propostas inovadoras, tanto para as áreas das pesquisas quanto para o desempenho educativo. Sabe-se que para a construção de uma sociedade transformada é necessário que todos tenham consciência em desempenhar bem o seu papel para acabar com a diversidade. A liberdade deve está inerente ao um convívio social mais justo com verdadeira valorização das diferenças entre as pessoas. A escola como uma instituição formal de educação tem uma grande responsabilidade em incentivar promovendo a expansão dessa nova concepção de respeito, solidariedade e aceitação. Durante muito tempo os considerados diferentes eram totalmente ignorados pelo o sistema escolar, onde as segregações das crianças que sofriam algum tipo de deficiência eram predominantes nas escolas, ou simplesmente eram excluídos do processo educacional vigente, porque eram consideradas incapazes de aprender, devidas suas limitações. Em todo mundo, durante muito tempo, o diferente foi colocado a margem da educação: o aluno com deficiência, particularmente eram atendido apenas em separado, ou então simplesmente excluído do processo educativo, com Base em padrões de normalidade; a educação especial, quando existente, também mantinham-se, apartada em relação à organização e provisão de serviços educacionais. (Brasil, 2001, p.5) Em vista de isso foi integrado e instituído nas diretrizes de base da Educação básica nacional a educação especial, que dá o direito de igualdade a acesso a escola para todas as crianças que apresentam necessidades especiais.
4 4 A LDB 9.394/96 a educação especial é uma modalidade educacional que se constitui através de um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar, e, alguns casos, substituir os serviços educacionais comum, de modo a garantir a educação formal aos alunos que apresentem necessidades educacionais. Assim requer, uma pratica formativa na qual os recursos e os programas pedagógicos correspondam às especificidades dos alunos que apresentam alta habilidade, deficiência auditiva, visual, físico-motoras e múltiplas e conduta típicas de síndromes, quatros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos (MOREIRA E BAUMEL, 2001, p. 8) Sabe-se que umas dos fundamentais obstáculos para se realizar a inclusão consistem no despreparo do docente para receber essa nova demanda, devido à superlotação em suas salas de aulas, qualquer aluno que apresenta deficiência visual, auditiva, motora e mental, no entanto, todos aqueles que não enquadram dentro do quadro fantasioso de aluno normal. Esse estudante diferente ainda é, para o professor, desconhecido, e que na grande maioria dos currículos dos cursos de formação, continua a dar privilégio o educando normal em detrimento do considerando anormal. Infelizmente essa triste realidade tem sido enfrentada por muitas escolas que são obrigadas por lei a receber essa demanda, sem o mínimo de preparo tanto por parte dos professores, como ausência de recursos pedagógicos adaptados, sem contar a precariedade das estruturas físicas de muitas escolas públicas. Transformando o que era para ser inclusão social em exclusão. Muitas vezes esses alunos sofrem por não receber a atenção especial que merecem, e por isso pode acarretar o aumento de suas limitações, e até mesmo desenvolverem um sentimento de inferioridade perante os demais. Essa negliciência na forma como
5 5 esses alunos estão sendo despejados na rede regular de ensino está relacionado mais aos interesses políticos em obter mérito perante os outros países, isto é, mostrar que educação aqui também é inclusiva, do que mesmo verdadeiramente acontece. A escolaridade dessas pessoas no ensino regular e especial, deixando evidente que ainda estamos longe de efetivar a inclusão das pessoas com necessidades educacionais nos diversos níveis de ensino. (BARROS, 2007, p.02) existe a necessidade de um planejamento curricular calcado na análise das situações sociais educativas e de seus problemas mais urgentes para que o enfrentamento da situação ocorra. (Torres; Santome apud Moreira; Baumel. 2001) Percebe que para haver uma educação inclusiva além do planejamento curricular adaptados para atender a demanda, é imprescindível que os docentes estejam capacitados para que ação metodológica esteja associada à interação com as pessoas com deficiência. A formação de base e o conhecimento especializado compõem uma vertente significativa necessária para essa modalidade educacional. Considerações Finais Foram constadas nesse trabalho ricas discussões referentes à educação inclusiva. Assunto que é alvo de vários e divergentes debates no cenário do processo educacional brasileiro. Por isso esse trabalho apontou algumas idéias de renomados autores sobre o tema que, por sua vez, contribuíram para o enriquecimento do presente estudo.
6 6 Referencias BARROS,Wanda M. Braga. Educação especial e educação inclusiva: desafios Para A Construção Do Direito À Educação Disponível em: WWW. Scielo.com.br. Acesso: no dia 07 de Março de BRASIL, MEC. Educação inclusiva do Brasil Disponível em: WWW. Scielo.com.br. Acesso: no dia 03 de Março de 2011 MOREIRA; L. Ceretta; BAUMEL, Roseli C. Rocha C. Currículo Em Educação Especial: Tendências E Debates. Disponível em:www. acesso: no dia 04 de Março de PADILHA, Anna Maria Lunardi. Práticas educativas: Perspectivas que se abrem para a Educação Especial Disponível em: WWW. Scielo.com.br. Acesso: no dia 06 de Março de 2011.
Material elaborado pela professora Tásia Wisch - PNAIC
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