TERMOS DE REFERÊNCIA POLÍTICA E ESTRATÉGIAS REGIONAL DA INFORMAÇÃO SANITÁRIA NO ESPAÇO DA CEDEAO PARA O CONSULTOR PRINCIPAL
1. CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO A informação sanitária tem uma importância crucial na melhoria da saúde. Ela constitui o ponto essencial de partida a todos os níveis dos sistemas da saúde. No entanto, para serem úteis, as informações devem ser ao mesmo tempo adequadas e fiáveis. Um sistema de informação sanitária bem estruturado e estabelecido favorece o seguimento de progressos de indicadores do estado de saúde da população, a harmonização de políticas e o reforço dos sistemas nacionais da saúde. A nível da OOAS, algumas acções estão sendo conduzidas desde há alguns anos no sentido de estabelecer um sistema de informação sanitária a nível regional e de apoio aos sistemas nacionais de informação sanitária dos países membros. No entanto, as acções foram sendo empreendidas na ausência de um documento quadro que defina a visão regional da informação sanitária. É para preencher este vazio que a OOAS se engaja, com o apoio de parceiros técnicos e financeiros, no processo de elaboração de um documento regional de Política e de Estratégias da Informação Sanitária no espaço da Este documento visa, de um lado, traçar uma visão da informação sanitária para a região e, doutro lado, servir de quadro de coordenação das intervenções de reforço dos SNIS. É neste contexto que se propõe fazer apelo aos serviços de um consultor principal para chefiar uma equipa de trabalho. 2. OBJECTIVOS E RESULTADOS ESPERADOS DA CONSULTA 2.1 Objectivo geral Elaborar um documento de política e de estratégias da informação sanitária no espaço da 2.2 Objectivos específicos Fazer uma análise da situação da Informação Sanitária a nível regional e nos países membros; Elaborar um documento regional de política e de estratégias de reforço da informação sanitária no espaço CEDEAO; Elaborar um plano operacional orçamentado de implementação do documento da política e de estratégias da informação sanitária no espaço da 2.3 Resultados esperados Relatório da análise da situação da informação sanitária no espaço produzido e disponível com as informações: o Organização e funcionamento dos SIS na região (a nível dos países e a nível da OOAS); o Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças; o Lições e desafios; o Recomendações para orientar a visão regional e estratégias de reforço da informação sanitária no espaço Documento de política e de estratégias regionais da informação sanitária no espaço da CEDEAO elaborado e validado. Plano operacional com respectivo orçamento disponível. 1
3. MÉTODO DE TRABALHO O processo compreende duas fases. Fase 1: análise da situação e fase 2: elaboração do documento de política e de estratégias regionais da informação sanitária no espaço da Uma equipa de três consultores será recrutada. O consultor principal será encarregue de coordenar os trabalhos dos dois outros que vão trabalhar somente na fase da análise de situação. 3.1 Sessão de enquadramento Uma sessão de enquadramento está prevista em Bobo-Dioulasso durante uma semana com todos os três consultores para assinatura de contrato, harmonização das compreensões dos TDRs e discussão sobre a metodologia de trabalho. A proposta do plano, de metodologia e de instrumentos de trabalho apresentado pelo consultor principal será discutida e validada pelo comité técnico. Uma vez validados os instrumentos de colecta e de análise da informações, os três consultores começam os trabalhos de análise de situação da informação sanitária no seio da OOAS. Um relatório será produzido sob a coordenação do consultor principal. 3.2 Análise de situação nos países Após esta semana, três equipas compostas por um consultor e um membro do comité técnico iniciarão as visitas aos países seleccionados (3 francófonos, 2 anglófonos e os 2 lusófonos) em função de suas habilidades linguísticas para a recolha de informações sobre os respectivos SNIS. 3.3 Redacção de relatórios da análise de situação Terminadas as visitas aos países, cada consultor deverá produzir um relatório da análise da situação da informação sanitária dos países visitados com base nos documentos e informações recolhidas sob a coordenação do consultor principal. Durante o período de redacção do relatório, os contactos serão mantidos com membros do CT a fim de obter suas contribuições para o relatório. O consultor ficará baseado em seu país de residência habitual. O consultor principal se encarregará de compilar todos os relatórios produzidos em um único relatório da análise de situação e de elaborar o documento de política e de estratégias regional de informação sanitária no espaço da CEDEAO (fase 2). 3.4 Atelier de validação do relatório da análise de situação Um atelier de validação do relatório da análise de situação será organizado pelo CP. O consultor principal fará, com o suporte dos consultores juniores, uma apresentação do relatório da análise de situação. 3.5 Redacção do documento de política e de estratégias regionais da informação sanitária no espaço da CEDEAO Logo após o atelier de validação do relatório da análise de situação, o consultor principal se encarregará de redigir o documento de política e de estratégias regionais da informação sanitária no espaço da A versão final do documento será, por ele, apresentado ao Comité de Pilotagem para análise e adopção. 4. PRINCIPAIS TAREFAS 4.1 Primeira fase: Análise da situação. Propor um plano de trabalho detalhado com os métodos e instrumentos de colecta e análise de informações à adoptar a fim de atingir os objectivos propostos; 2
Identificar e analisar todos os documentos existentes em matéria de informações sanitárias das diferentes iniciativas regionais e internacionais; Analisar o quadro estrutural, organizacional, administrativo e funcional da Gestão da Informação Sanitária a nível da OOAS; Recolher e analisar documentos de políticas e estratégias, assim como os relatórios disponíveis relativos aos SNIS nos 15 países membros; Fazer uma análise comparativa das políticas e estratégias de reforço de informação sanitária existentes nos diferentes países da região; Analisar a disponibilidade e a qualidade de Recursos Humanos implicados na gestão de informação sanitária no seio da OOAS assim como nos países; Analisar a disponibilidade e a utilização de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para a gestão da informação sanitária; Identificar e caracterizar, em cada país, os parceiros que intervêm no domínio da informação sanitária; Identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que caracterizam os Sistemas de Informações Sanitárias na região; Tirar as lições e formular os desafios para a implementação de um programa de melhoria da qualidade da informação sanitária na região; Redigir o relatório da análise de situação no seio da OOAS; Redigir o relatório da análise de situação nos países visitados; Compilar os diferentes relatórios em um único relatório da análise de situação; Partilhar o relatório provisório com da análise de situação com o CT e CP; Preparar o atelier de validação do relatório da análise de situação (apresentação do relatório assim como das grandes linhas estratégicas); Finalizar o relatório da análise de situação; Executar todas outras tarefas que os Comités Técnico e Pilotagem julgarem necessário no âmbito deste processo. 4.2 Segunda fase: Elaboração do documento regional de política e de estratégias de reforço da informação sanitária no espaço CEDEAO Redigir o documento de Política e de Estratégias de Informação Sanitária no espaço da CEDEAO: Elementos da política de informação sanitária no espaço da CEDEAO; Domínios prioritários de intervenções; Objectivos mensuráveis e estratégias concretas por domínio de intervenção; Os elementos que possam ser objecto de harmonização entre os diferentes países membros; As actividades, o orçamento, o cronograma e os indicadores de seguimento de sua implementação; As estratégias de coordenação das acções de diferentes parceiros que intervêm na área da informação sanitária; mecanismos de coordenação da implementação do plano; um plano de seguimento & avaliação da implementação do plano; Uma lista consensual de indicadores para troca de informações de seguimento/avaliação da evolução do estado de saúde das populações assim como da performance dos Sistemas Nacionais de Saúde em todo o espaço da 3
5. DURAÇÃO DA CONSULTA A duração máxima de consultoria é de 65 dias úteis (máximo de 35 dias para a fase 1 e de 30 dias para a fase 2 incluindo a validação do documento final). 6. PERFIL DOS CONSULTORES (QUALIFICAÇÕES E EXPERIÊNCIAS) Ser titular de um diploma superior nas áreas de ciências sociais ou em medicina. Ter um diploma em informática sanitária será uma vantagem; Uma qualificação pós-graduada em saúde pública ou em epidemiologia ou em políticas de saúde; Ter uma formação ou prática equivalente de pelo menos cinco anos na área de planificação, seguimento e avaliação ou em gestão de sistemas de saúde; Ter uma experiência comprovada em redacção de documentos de políticas e estratégias nacionais ou sub-regionais; Ter uma experiência em gestão de projectos e de equipas de trabalho multidisciplinar; Ter, pelo menos, 7 anos de experiência profissional no domínio da informação sanitária; Ter um domínio do quadro e dos instrumentos de HMN para o reforço dos SNIS; Ter conhecimento dos sistemas de saúde dos países da CEDEAO; Ter uma excelente capacidade de análise, síntese e redacção de relatórios; Dominar as ferramentas informático para o tratamento de textos e análise de dados; Dominar perfeitamente uma das três línguas de trabalho no espaço da CEDEAO (Inglês, Francês e Português) e praticar uma das duas outras línguas. O domínio das três línguas será uma vantagem; Ter um espírito de equipa e capaz de trabalhar sob pressão. 6.1 As peças a fornecer para as candidaturas CV detalhado dando destaque aos elementos pertinentes em relação ao perfil solicitado (não mais de 5 pág. Police 12 Times New Roman); Proposta de oferta técnica e financeira, que precisa o tempo requerido para a realização do trabalho solicitado com os métodos a utilizar. Os instrumentos de colecta e de análise de informações durante a fase de visita à OOAS e aos países farão parte desta proposta. Os contactos completos (E-mail, Telefones, Skype ou outros). Condição: as candidaturas podem ser individuais ou colectivas (candidaturas em grupo, gabinete de estudos multidisciplinar, universidades ou outras instituições...). 6.2 Prazo de entrega de candidaturas 16 de Outubro de 2011 Início do trabalho: 29 de Outubro de 2011 4