TERMOS DE REFERÊNCIA

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1 Recrutamento de um consultor individual para a análise da situação da saúde dos idosos dos países membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) TERMOS DE REFERÊNCIA Outubro 2017 TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 1 de 6

2 I. Contexto e justificação De acordo com as projecções actuais, entre 2000 e 2050, a proporção da população mundial de idosos de 60 anos e mais vai duplicar, passando de cerca de 11% para 22%. O número absoluto de idosos de 60 anos e mais deve aumentar de 901 milhões em 2015 para 1,4 bilhões em 2030 e 2,1 bilhões em 2050, e poderá atingir 3,2 bilhões em Em 2050, a Europa terá uma população de cerca de 34% com mais de 60 anos; a América latina e as Caraíbas bem como a Ásia, cerca de 25% e embora a África apresente a pirâmide etária mais jovem de toda a zona, estima-se igualmente que experimentará um envelhecimento rápido: sua população idosa de 60 anos ou mais passará de 5% actualmente para 9% até A África terá portanto mais de 200 milhões de idosos de mais de 60 anos cuja uma parte significativa em África subsaariana, especialmente nos países membros da CEDEAO onde está camada constitui uma população vulnerável, muitas vezes negligenciada nas políticas públicas e onde mais esforços deveriam ser feitos para garantir a cada um o direito de envelhecer saudável. Envelhecer saudável é definido como o processo de desenvolvimento e de manutenção de atitudes funcionais que permitem aos idosos gozar de um estado de bem-estar. O objectivo global é o bem-estar que é holístico e engloba todos os aspectos e os componentes da vida e os estilos de vida que as pessoas valorizam. Desde 2013, as estimativas mais recentes da OMS mostram que a esperança de vida mádia de um idoso de 60 anos é de 20 anos, o que representa um aumento substancial de 2 anos em relação ao ano de Infelizmente, embora se supõe muitas vezes que o aumento da longevidade é acompanhado de um longo período saudável, são poucas as provas que indicam que os idosos de hoje disfrutam de melhor saúde do que os seus progenitores na mesma idade, ou que todos os idosos têm as mesmas oportunidades nesta matéria. As estatísticas mundiais da OMS revelam desigualdades significativas entre os países, seja em termos de esperança de vida ou de probabilidade de uma velhice saudável. Por exemplo, entre os países de fraco desempenho e os de elevado desempenho, existe uma diferença de 38 anos para a esperança de vida à nascença, de 37 anos para a esperança de vida saudável à nascença e de 13 anos para a esperança de vida aos 60 anos. Por outro lado, ao longo das duas últimas décadas, a diferença em termos de esperança de vida aos 60 anos entre os países de rendimento elevado e os países de rendimento baixo e médio aumentou (Base de dados do Observatório mundial da saúde da OMS, 2015). É importante precisar que a Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), no âmbito da sua missão, definiu entre os programas prioritários do seu Plano Estratégico , o concernente à melhoria da saúde materna, neonatal, infantil, do adolescente, do jovem e do idoso. Por outro lado, a Assembleia dos Ministros da Saúde da CEDEAO, durante a sua sessão de Junho de 2017 em Abuja, exortou a OOAS a apoiar os países a desenvolverem mais acções a favor dos idosos. É neste contexto que a OOAS propõe-se, em colaboração com todas as partes interessadas chaves, proceder à análise da situação da saúde dos idosos dos países membros da CEDEAO cujos objectivos são definidos abaixo. TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 2 de 6

3 II. Objectivos 2.1. Objectivo geral Efectuar a análise da situação da saúde dos idosos nos países membros da CEDEAO visando contribuir para a melhoria do seu cuidado socio-sanitário na região Objectivos específicos 1. Descrever o perfil epidemiológico, especialmente as patologias mais correntes, as causas de morte dos idosos da região bem como os dispositivos e sistemas estabelecidos nos países para o seu cuidado socio-sanitário; 2. Determinar os factores que impedem o envelhecimento saudável nos países da região. 3. Identificar os factores que favorecem o envelhecimento saudável em todos os países da CEDEAO, incluindo os relativos ao ambiente e aos sistemas de cuidados, incluindo os de longa duração (ao domicílio, na comunidade, em instituições). 4. Propor estratégias e intervenções a realizar tendo em conta os factores que impedem o envelhecimento saudável nos países da região bem como os sistemas de cuidados adaptados às necessidades dos idosos. 5. Elaborar um plano estratégico quinquenal orçamentado de promoção da saúde e do bem-estar dos idosos (envelhecimento saudável) da CEDEAO incluindo as respostas que favorecem a adaptação, a recuperação, a dignidade e tendo em conta os diferentes desafios do processo de envelhecimento saudável optimizando ao mesmo tempo as capacidades funcionais de todos os indivíduos, independentemente da sua situação social ou dos seus meios económicos. 6. Propor um quadro de implementação e de monitorização e avaliação do plano estratégico regional. III. Tarefas e responsabilidades do Consultor Sob a coordenação técnica do Profissional da Saúde Infantil, do Adolescente, do Jovem e do Idoso e sob a supervisão do Director do Departamento dos Cuidados Primários da Saúde da OOAS, o Consultor tem por principais tarefas e responsabilidades, entre outras: 1. Fazer uma oferta técnica e financeira. 2. Fazer uma revisão da literatura sobre a problemática da saúde dos idosos em geral e do espaço CEDEAO em particular. 3. Elaborar e validar as ferramentas adequadas para realizar a análise da situação da saúde dos idosos. 4. Realizar uma visita no terreno em 5 países seleccionados para uma análise aprofundada da saúde dos idosos do espaço CEDEAO. 5. Redigir o relatório preliminar da análise da situação da saúde dos idosos no espaço CEDEAO. 6. Validar o relatório da análise da situação da saúde dos idosos do espaço CEDEAO tendo em conta as contribuições da OOAS e das principais partes interessadas. 7. Submeter o relatório final da análise da situação da saúde dos idosos no espaço CEDEAO. TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 3 de 6

4 8. Propor um plano estratégico quinquenal orçamentado de promoção do envelhecimento saudável da CEDEAO. IV. Metodologia A metodologia proposta para a análise da situação é a seguinte: 1. Proceder a uma análise situacional a partir de uma revisão documental preliminar das estratégias nacionais de saúde dos idosos (SI) em geral e em particular no espaço CEDEAO complementada por uma análise situacional mais aprofundada através da visita no terreno a cinco países alvos do espaço CEDEAO (2 países francófonos, 2 países anglófonos e 1 país lusófono). Os critérios de escolha dos países a visitar serão definidos de comum acordo. Durante esta visita no terreno, o Consultor deve reunir-se com todos os diferentes actores e estruturas nacionais chaves que intervêm na saúde dos idosos, incluindo nos cuidados socio-sanitários. 2. Redigir o relatório preliminar da análise e submetê-lo à OOAS para contribuição. 3. Com base nos resultados da análise da situação, elaborar um plano estratégico quinquenal orçamentado de promoção do envelhecimento saudável da CEDEAO. 4. Finalizar o relatório da análise situacional e o plano. 5. Submeter o relatório final e o plano emendado à OOAS para validação. 6. Finalizar e retornar à OOAS o relatório da análise situacional e o plano validados. A duração total da consultoria é de 60 dias. A análise da situação tem o início previsto para Novembro de A divisão do número de dias de trabalho propostos encontra-se abaixo: Quadro: Duração estimada das principais tarefas do Consultor Actividade Análise situacional Revisão documental preliminar e elaboração de projectos de ferramentas e do plano da análise Apresentação das ferramentas à OOAS para validação Consideração das observações para finalização das ferramentas Realização da análise situacional aprofundada nos 5 países alvos (3 dias de trabalho por país e Duração Datas propostas Local 6 dias Novembro País de 2 dias Dezembro Bobo dias Bobo 25 dias 5 países alvos TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 4 de 6

5 Actividade dois dias de viagem ida e volta) Síntese, análise de dados recolhidos e redacção do relatório preliminar Total para análise situacional Duração Datas propostas Local 5 dias País de 40 dias Elaboração de um projecto de plano estratégico quinquenal orçamentado de promoção do envelhecimento saudável da CEDEAO Elaboração de uma versão preliminar do plano 7 dias Janeiro País de 2018 Recolha de contribuições da OOAS e das Fevereiro País de principais partes interessadas sobre o plano 2018 Finalização da versão preliminar do plano 3 dias Março País de 2018 Total para elaboração do projecto do plano 10 dias Ateliê de validação do relatório da análise situacional e do plano Preparação do ateliê de validação do relatório da análise da situação e do plano 2 dias Abril 2018 Gâmbia (orçamento de 2018) Ateliê de validação do relatório da análise situacional e do plano 3 dias Abril 2018 Abril/Maio Gâmbia (orçamento de 2018) Finalização do relatório da análise da situação 5 dias 2018 País de validado e do plano Transmissão do relatório final e do plano País de validados Numero total de dias para a validação 10 dias Número total de dias sob o orçamento de dias Orçamento de 2018 Número total de dias de consultoria 60 dias TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 5 de 6

6 V. Produtos finais a entregar 1. Relatório final validado da análise situacional 2. Ferramentas para a análise situacional 3. Lista de países alvos para as visitas no terreno (com as justificações da sua selecção) 4. Lista dos diferentes actores e estruturas nacionais chaves que intervêm na saúde dos idosos nos países alvos visitados 5. Relatório das viagens (para cada um dos 5 países visitados) 6. Plano estratégico quinquenal orçamentado de promoção do envelhecimento saudável da CEDEAO NOTA: Toda a produção no quadro deste trabalho permanece da propriedade exclusiva da OOAS. VI. Qualificações e Experiências 1. Ser médico com pelo menos um mestrado em saúde pública ou qualquer outra área semelhante ou especialidade afim. 2. Possuir pelo menos 8 anos de experiência de trabalho no domínio da Saúde Reprodutiva incluindo pelo menos 5 anos em matéria da SI nos países da África Ocidental. 3. Ter uma boa experiência no desenvolvimento de documentos regionais (planos, programas, estratégias, ) da saúde no domínio da SR, especialmente SI. 4. Ter uma boa compreensão do ambiente económico, político e cultural e do papel das instituições regionais e dos Estados membros, do sector privado e público no momento de desenvolver os objectivos e as prioridades da saúde, especialmente da SI. 5. Ser perfeitamente bilingue (francês e inglês escrito e oral). Ser capaz de se comunicar nas duas línguas. O domínio do português será uma vantagem. 6. Ser capaz de trabalhar em Bobo-Dioulasso e de viajar pela África Ocidental durante pelo menos 60% da duração da missão. TDR_SITAN_SPA_CEDEAO Página 6 de 6