1. QUESTÃO E SUA RESOLUÇÃO 1.1. QUESTÃO COLOCADA Quis os registos contbilísticos relizr pel Associção de Municípios que resultm d cobrnç d tx de gestão de resíduos e consequente entreg junto d Autoridde Ncionl dos Resíduos? 1.2. SOLUÇÃO PRECONIZADA I. ENQUADRAMENTO LEGAL O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 05/09, que prov o regime gerl d gestão de resíduos, trnspondo pr ordem jurídic intern Directiv n.º 2006/12/CE, do Prlmento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, e Directiv n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro, estbelece no seu rtigo 58.º um tx de gestão de resíduos incidente sobre s entiddes gestors de sistems de gestão de fluxos específicos de resíduos, individuis ou colectivos, de centros integrdos de recuperção, vlorizção e eliminção de resíduos perigosos (CIRVER), de instlções de incinerção e co-incinerção de resíduos e de terros sujeitos licencimento d Autoridde Ncionl dos Resíduos (ANR) ou ds Autoriddes Regionis dos Resíduos (ARR). Decorre do referido rtigo 58.º o seguinte: 1 As entiddes gestors de sistems de gestão de fluxos específicos de resíduos, individuis ou colectivos, de CIRVER, de instlções de incinerção e co-incinerção de resíduos e de terros sujeitos licencimento d ANR ou ds ARR estão obrigds o pgmento de um tx de gestão de resíduos visndo compensr os custos dministrtivos de compnhmento ds respectivs ctividdes e estimulr o cumprimento dos objectivos ncionis em mtéri de gestão de resíduos. 2 A tx de gestão de resíduos possui periodicidde nul e incide sobre quntidde de resíduos geridos pels entiddes referids no número nterior, revestindo os seguintes vlores: ) 1 por toneld de resíduos geridos pelos CIRVER e instlções de incinerção e co-incinerção; b) 2 por toneld de resíduos urbnos depositdos em terro; c) 2 por toneld de resíduos resultntes dos produtos introduzidos em mercdo cuj gestão estej crgo de sistems de fluxos específicos de resíduos, individuis ou colectivos, e que trvés destes sistems não sejm encminhdos pr reutilizção, reciclgem ou vlorizção; d) 5 por toneld de resíduos inertes e resíduos industriis não perigosos depositdos em terro. 3 A tx de gestão de resíduos possui o vlor mínimo de 5.000 por entidde devedor. 4 A tx de gestão de resíduos deve ser repercutid ns trifs e prestções finnceirs cobrds pels entiddes devedors de modo grntir o cumprimento do disposto no rtigo 7.º do presente decreto-lei. 5 A liquidção e o pgmento d tx de gestão de resíduos são disciplindos por portri do ministro responsável pel áre do mbiente. 1/6
Em cumprimento do disposto neste rtigo, foi publicd Portri n.º 1407/2006, de 18/12, que no respectivo preâmbulo estbelece que, pelo fcto d tx de gestão de resíduos constituir um dos elementos centris do novo regime económico e finnceiro d gestão de resíduos, é de importânci fundmentl, que se estbeleçm s regrs respeitntes à su liquidção e pgmento e que esss regrs se rticulem de modo rigoroso com quels que disciplinm o Sistem Integrdo de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), ssim como, s regrs que disciplinm repercussão d tx de gestão, que constitui um elemento dicionr às trifs e prestções finnceirs que os sujeitos pssivos cobrm os respectivos clientes. Sobre liquidção e pgmento d tx em nálise, referid Portri, determin: 1. A tx de gestão de resíduos estbelecid pelo rtigo 58.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 05/09, é liquidd pel ANR com bse n informção prestd pelos sujeitos pssivos no âmbito do SIRER. 2. O registo d quntidde de resíduos geridos pelos sujeitos pssivos em cd no encerr no termo do mês de Mrço do no seguinte, slvo utorizção concedid pel ANR que não prejudique os przos pr pgmento d tx de gestão. 3. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, ANR procede à liquidção definitiv d tx de gestão de resíduos e à su notificção por vi electrónic té o termo do mês de Abril do no seguinte, depois de verificd informção nul prestd pelos sujeitos pssivos e feitos os certos de conts que se revelem necessários. 4. As entiddes gestors de CIRVER, de instlções de incinerção e co-incinerção de resíduos e de terros sujeitos licencimento d ANR ou ds ARR, estão sujeits liquidção por cont d tx de gestão de resíduos, relizr pel ANR té o termo do mês de Julho do no que tx respeit, com bse n informção prestd pelos sujeitos pssivos no âmbito do SIRER durnte o 1.º semestre. 5. O pgmento d tx de gestão de resíduos liquidd por cont ou título definitivo é feito pelo sujeito pssivo té o termo do mês seguinte o d liquidção. 6. O pgmento d tx de gestão de resíduos efectu-se por trnsferênci bncári, débito em cont ou por qulquer outro meio de pgmento dmitido pel lei gerl tributári, fzendo o trso no pgmento incorrer o sujeito pssivo em juros de mor nos termos genericmente previstos pel lei tributári. 7. A tx de gestão de resíduos é objecto de repercussão pelos sujeitos pssivos, somndo-se às trifs e prestções finnceirs que cobrem os seus clientes, devendo fctur que lhes sej presentd desgregr de form rigoros estes vlores. 8. Os sujeitos pssivos que procedm à repercussão d tx de gestão de resíduos não podem ceitr dos seus clientes o pgmento de trifs e prestções finnceirs sem que lhes sej pgo o mesmo tempo o vlor d tx correspondente, devendo imputr-se proporcionlmente à tx, trifs e demis prestções qulquer pgmento prcil que lhes sej feito. No que concerne o trtmento fiscl dest tx, o Código do IVA determin, no seu rtigo 17.º, nº s 1 5, que o IVA incide sobre o vlor ds trnsmissões de bens e ds prestções de serviços, incluindo esse vlor tributável todos os impostos, direitos, txs e outrs imposições, com excepção do próprio imposto sobre o vlor crescentdo. A tx de gestão de resíduos, nos termos do rtigo 58.º supr referido, possui nturez periódic, incidindo 2/6
sobre quntidde de resíduos geridos por determindos operdores o longo do no e não sobre s trnscções vulss que estes relizem no curso norml d su ctividde. No entnto, tx de gestão que cd operdor fic obrigdo pgr no finl do no deve ser repercutid sobre s trnscções que relize, nos termos do rtigo 4.º do rtigo 58.º do regime gerl, devendo tx de gestão e trif serem debitdos conjuntmente os utilizdores. Pr efeitos do CIVA, é est repercussão económic sobre s trnscções que se deve ter em cont, sendo tx somd à trif sempre que se prestm os serviços de gestão de resíduos, referidos no rtigo 58.º. Assim, e tendo em considerção s crcterístics d tx de gestão de resíduos, est encontr-se sujeit IVA, somente qundo repercutid sobre s trnscções efectuds pelos operdores junto dos utilizdores. Síntese: Liquidção Liquidção ANR ENTIDADES GESTORAS CLIENTES Pgmento Tx de gestão de resíduos (segundo s tonelds de resíduos gerids pels entiddes gestors) Pgmento (Trif + Tx de gestão de resíduos) * IVA (serviços de gestão de resíduos, referidos no rtigo 58.º) II. TRATAMENTO CONTABILÍSTICO Fce o exposto, ssocição de municípios, enqunto CIRVER, deve proceder à seguinte movimentção contbilístic: 1. Montnte cobrdo o cliente pel CIRVER 1.1. Pelo registo do proveito No cso do cliente ser um unidde produtiv: 213xx Clientes, contribuintes e utentes Utentes, c/c - xx 2122xx Clientes, contribuintes e utentes Contribuintes, c/c Impostos indirectos - xx 712 07.02.09.02 Vends e prestções de serviços Prestções de serviços / Vend de bens e serviços correntes Serviços Serviços específicos ds utrquis - 3/6
722 02.02.06.99.99.xx Impostos e txs Impostos indirectos / Impostos indirectos Outros Impostos indirectos específicos ds utrquis locis Outros - Outros - Tx de gestão de resíduos 243312 Estdo e outros entes públicos Imposto sobre o vlor crescentdo (IVA ) - IVA Liquiddo Operções geris No cso do cliente ser um prticulr: 213xx Clientes, contribuintes e utentes Utentes, c/c - xx 2123xx Clientes, contribuintes e utentes Contribuintes, c/c Txs - xx 712 07.02.09.02 Vends e prestções de serviços Prestções de serviços / Vend de bens e serviços correntes Serviços Serviços específicos ds utrquis - 722 04.01.23.99.99.xx Impostos e txs Txs / Txs, mults e outrs penliddes Txs Txs específics ds utrquis locis Outrs Outrs - Tx de gestão de resíduos 243312 Estdo e outros entes públicos Imposto sobre o vlor crescentdo (IVA ) - IVA Liquiddo Operções geris 1.2. Pel liquidção d receit No cso do cliente ser um unidde produtiv: 251 02.02.06.99.99.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Devedores pel execução do orçmento / Impostos indirectos Outros Impostos indirectos específicos ds utrquis locis Outros - Outros - Tx de gestão de resíduos 2122xx Clientes, contribuintes e utentes Contribuintes, c/c Impostos indirectos - xx 213xx Clientes, contribuintes e utentes Utentes, c/c - xx No cso do cliente ser um prticulr: 251 04.01.23.99.99.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Devedores pel execução do orçmento / Txs, mults e outrs penliddes Txs Txs específics ds utrquis locis Outrs Outrs - Tx de gestão de resíduos 2123xx Clientes, contribuintes e utentes Contribuintes, c/c Txs - xx 213xx Clientes, contribuintes e utentes Utentes, c/c - xx 4/6
1.3. Pel cobrnç d receit No cso do cliente ser um unidde produtiv: 12 Depósitos em instituições finnceirs 251 02.02.06.99.99.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Devedores pel execução do orçmento / Impostos indirectos Outros Impostos indirectos específicos ds utrquis locis Outros - Outros - Tx de gestão de resíduos No cso do cliente ser um prticulr: 12 Depósitos em instituições finnceirs 251 04.01.23.99.99.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Devedores pel execução do orçmento / Txs, mults e outrs penliddes Txs Txs específics ds utrquis locis Outrs Outrs - Tx de gestão de resíduos 2. Montnte nul entregue pel CIRVER à ANR 1 2.1. Pelo processmento: 651x Outros custos e perds opercionis Impostos e txs - Tx de gestão de resíduos 268 xx Devedores e credores diversos - xx Autoridde Ncionl dos Resíduos 2.2. Pel liquidção: 268 xx Devedores e credores diversos - xx Autoridde Ncionl dos Resíduos 252 06.02.03.05.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Credores pel execução do orçmento / Outrs despess correntes Diverss Outrs Outrs Tx de gestão de resíduos 2.3. Pelo pgmento: 252 06.02.03.05.xx Devedores e credores pel execução do orçmento - Credores pel execução do orçmento / Outrs despess correntes Diverss Outrs Outrs Tx de gestão de resíduos 12 Depósitos em instituições finnceirs 1 As contbilizções proposts centrm-se no essencil d questão colocd, pressupondo o conhecimento d necessidde de outros registos conexos às operções ptrimoniis, designdmente, cbimento e compromisso. 5/6
1.3. FUNDAMENTAÇÃO Artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 05.09. Portri n.º 1407/2006, de 18.12 Artigo 17.º, do CIVA. Nots explictivs às conts 12, 213, 2122, 2123, 2433, 268, 712 e 722, constntes do ponto 11.3. do POCAL. 6/6