REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE PCR

Documentos relacionados
Princípios e Aplicações da Técnica de PCR

PCR Prof. Dr. Fábio Gregori

Diagnóstico Virológico

Sequenciamento de DNA e PCR QBQ 102 Aula 6 (biomol)

Sequenciamento de DNA e PCR 2018 s1

Prof. João Carlos Setubal

PCR Reação de Polimerase em Cadeia. Termociclador

Condição de estoque: 20 C. Apresentação: qpcr SYBR Green mix 2 x µl (para 200 reações

MARCADORES MOLECULARES: AFLP E RFLP

Análises de DNA. O DNA e sua história. DNA nos remete a Hereditariedade. -Hipócrates ( a.c.): pangênese

PCR em Tempo Real / PCR quantitativa (qpcr)

Amplificação, Detecção e Quantificação. Daniela Cochicho Luís Martins

Polimerase Chain Reaction PCR

Identificação de sementes de soja geneticamente modificadas utilizando a técnica de PCR convencional

Tecnologia do DNA recombinante. John Wiley & Sons, Inc.

PCR (Polymerase chain reaction) Reação em cadeia da DNA polimerase. e suas aplicações

Apostila de aula prática REAÇÃO EM CADEIA PELA POLIMERASE (PCR)

IDENTIFICAÇÃO DE SEQUÊNCIAS POR HIBRIDIZAÇÃO E SEQUENCIAMENTO. Aula 5. Maria Carolina Quecine Departamento de Genética

Técnicas de Biologia Molecular. Digestão de DNA com enzimas de restrição e eletroforese em gel de agarose

Conceitos Básico sobre Biologia molecular

PCR Reação em cadeia pela DNA polimerase. Método e Aplicações. Kary Mullis 1983

NextGeneration ECO One-Step RT-qPCR Kit

Triagem laboratorial: Biologia Molecular I

Profa. Leila Larisa Medeiros Marques

Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos

Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP) e Amplified Fragment Length Polymorphism (AFLP) Fernanda Kegles Jéssica Waldman Nathalia Stark Pedra

Melhoramento Genético de Plantas

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

Escolha de iniciadores. Cairé Barreto

Análises moleculares - DNA

Perguntas para o roteiro de aula. 1) Descreva as principais características estruturais gerais das moléculas de DNA e

PCR (Polymerase chain reaction) Reação em cadeia da DNA polimerase. Bianca Zingales

Técnicas de Hibridização (Sondas Genéticas) 6/25/2016. Diagnóstico clínico. Diagnóstico laboratorial. Diagnóstico microbiológico

Bases e aplicações. da tecnologia do DNA recombinante

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA APLICADA À AQUICULTURA

Eletroforese de DNA. Gabriel M. Matos Nicolas Conceição

Prof. Dr. Júlio César Borges. Eduardo Nazaré Felipe Gonçalves Renato Capelo

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VARIABILIDADE GENÉTICA ENTRE GENITORES PARA O MAPEAMENTO MOLECULAR DO ALGODOEIRO


Aula experimental 1: Reação da polimerase em cadeia (PCR), digestão, ligação e eletroforese em gel de agarose

DNA recombinante. Nilce M. Martinez Rossi Depto de Genética

SEQUENCIAMENTO DE DNA

BIBLIOTECAS DE DNA E HIBRIDIZAÇÃO. FABIANA SEIXAS

Estudando partes das plantas ao microscópio descobre o núcleo das células.

Seqüenciamento de DNA

Termocicladores. versão

1. O QUE É A ENGENHARIA GENÉTICA?

Validação de um método para detecção e quantificação de eventos de soja gm tolerante a herbicidas imidazolinonas por PCR convencional e quantitativo

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÃMPUS JATAÍ PLANO DE ENSINO

Transferência de primers SSRs da mangueira (Mangifera indica) para o umbuzeiro

Prof. João Carlos Setubal

CFX Hardware e Software

Estudos das ômicas: Genômica; Transcriptomica; Metagenômica. Aula 7

TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE: TRANSFORMAÇÃO BACTERIANA E PCR Aula 4

Mariana Fronza Maurício Tamborindeguy. Prof. Fabiana Seixas

EXERCÍCIOS DE MONITORIA 2º PERÍODO AGOSTO BIOLOGIA RECUP. PARCIAL

Validação de um método para detecção e quantificação de soja cultivance tolerante a herbicidas imidazolinonas por PCR convencional e quantitativo

AMPLIFICAÇÃO DO GENE DA PROTEÍNA E DO VÍRUS DENV ATRAVÉS DA TÉCNICA DE REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

Introdução às Tecnologias de Sequeciamento: Sanger e Nova Geração (NGS)

FENÓMENOS DE TRANSPORTE. Física Aplicada 2017/19 MICF FFUP

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Indicadores microbiológicos para qualidade do solo

CATÁLOGO DE KITS DE EXTRAÇÃO

Catálogo de Kits de Extração

Reação em Cadeia Da Polimerase

REP-PCR, INVERSE-PCR E VECTORETTE-PCR

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Métodos de Tipagem Molecular:

PROGRAMA ANALÍTICO DE DISCIPLINA

GENÉTICA: PROF. ME. GILCELE BERBER

Federal de Alagoas. Universidade PROVA PRÁTICA 02. TÉCNICO DE LABORATÓRIO/ BIOLOGIA. (Editais nº 31 e 81/2016) UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Drielly Cristina Braite Gabriella Borba Lívia B. Eslabão Luiza P. Rodrigues Tatiane Casarin

O Sequenciamento genômico

Recursos Genéticos Vegetais

Alunos: Carlos Guilherme Reis, Roberta Silveira Professora: Fabiana Seixas Disciplina: Biologia Molecular

Técnicas moleculares do Laboratório de Biologia Molecular. MSc. Daniele Portela de Oliveira Prof. Sandra Aidar de Queiroz

¹ Bolsista da Embrapa Amazônia Oriental, Laboratório de Genética molecular, 2

Universidade Estadual de Maringá. Curso de Especialização em Biotecnologia e Bioprocessos Ementa e Programa das disciplinas

MPE Análise Crítica da Aplicação de Métodos Moleculares à Pesquisa Clínica em Pediatria

Histórico da Genética:

Universidade de Évora ICAAM Laboratório de Microbiologia do Solo 18/07/ /07/2011

A importância das técnicas e análises de DNA

HEMOCENTRO RP TÉCNICA

Estudo de um Polimorfismo no Gene da Cadeia Pesada β da Miosina (CPβM)

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

Protocolos laboratoriais de análise molecular para investigação de doenças genéticas

MARCADORES MOLECULARES

PROGRAD / COSEAC Padrão de Respostas Biologia

UMA SIMULAÇÃO DE TESTE DE PATERNIDADE: QUEM É O PAI DO BEZERRO?

IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS EM INFECÇÕES PERIAPICAIS CRÔNICAS PÓS-TERAPIA ENDODÔNTICA

Capítulo 10. versão 0.5. Estrutura de ácidos nucleicos

Sequenciamento do Motivo de Fosforilação de PEP-Carboxilases de Genótipos de Milho Contrastantes em Responsividade ao Nitrogênio.

Biologia Molecular da Célula 1 Parte 2

TRANSFERIBILIDADE DE MARCADORES MICROSSATÉLITES DE MELÃO PARA MELANCIA

MARCADORES MOLECULARES: DO MELHORAMENTO A CONSERVAÇÃO. Aula 10. Maria Carolina Quecine Departamento de Genética

Diagnóstico laboratorial de Micobactérias Não-Tuberculosas

MARCADORES MICROSSATÉLITES PARA O CAFEEIRO MICROSATELLITE MARKERS FOR COFFEE TREE

Marcadores Moleculares. Profa. Monalisa S. Carneiro

Descoberta da Estrutura do DNA

Transcrição:

REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE PCR AUTORES Andressa Fernanda SILVA Ana Carolina PIOVESAN Larissa Mayara ROSSALU Discentes da União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO Amanda Priscila de OLIVEIRA Ana Iara Costa FERREIRA Natalia MARTIN Paula Curi de Freitas FAVARO Silvia Messias BUENO Fabiana NAKASHIMA Docentes da União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO RESUMO Após a descoberta da molécula de DNA, vários métodos de análises foram desenvolvidos para facilitar os estudos da mesma. Considerando a relevância desta molécula para a sobrevivência do ser humano, o conhecimento sobre os métodos disponíveis para análise é de grande importância para os profissionais da área da saúde. Por isso, este trabalho buscou elaborar uma revisão narrativa sobre a PCR. A PCR consiste em uma reação de amplificação in vitro de regiões específicas de ácidos nucléicos. Sua realização depende, principalmente de alguns reagentes (primer, Taqpolímerase, tampão e MgCl 2 ) e de um aparelho conhecido como termociclador, o qual é responsável pelas alterações da temperatura, a fim de comtemplar as etapas de desnaturação, anelamento e extensão. O resultado pode ser analisado por meio da eletroforese ou em tempo real (PCR em tempo real). Esta metodologia é considerada um grande avanço da área de biologia molecular, pois permite explorar o conhecimento sobre os processos envolvidos no desenvolvimento e expressão das características, que são de interesse tanto da área de pesquisa básica como clínica. PALAVRAS - CHAVE PCR, biologia molecular, eletroforese.

1. INTRODUÇÃO Dados históricos mostram que o interesse pelo material genético iniciou-se por volta de1865 com Gregor Mendel, que por meio de seus experimentos descobriu que as características são herdadas com base em leis específicas, hoje conhecidas como leis de Mendel. No ano de 1866, Ernst Hacckel conseguiu identificar o núcleo como sendo o responsável pela transmissão das características hereditárias. Em 1986, Johann Friedrich Miescher foi primeiro pesquisador a isolar o DNA (ácido desoxirribonucleico) e por meio dos experimentos de Watson e Crick (1953), foi elucidada a estrutura tridimensional desta molécula (DAHM, 2005; RAJENDRAN MAHEASWARI, JAISHREE TUKARAM KSHIRSAGAR, 2016). Após estas descobertas, vários meios de estudos foram desenvolvidos com intuito de conhecer e compreender a molécula de DNA, dentre eles estão: o Southern blot (Edwin Southern, 1975), o Sequenciamento (Frederick Sanger e Walter Gilbert, 1977) e a Reação em Cadeia da Polimerase-PCR (Kary Mullis, 1985)(DAHM, 2005; DEMAR et al., 2011; RAJENDRAN MAHEASWARI, JAISHREE TUKARAM KSHIRSAGAR, 2016) Diante da importância da molécula de DNA para a sobrevivência do ser humano e a conservação de suas características ao longo das gerações, o conhecimento sobre os métodos de estudos e suas aplicações torna-se de extrema importância para os profissionais da área da saúde. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma revisão narrativa sobre produções teóricas que abordam a PCR. Foi realizada uma pesquisa de produções teóricas nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs. Foram selecionados trabalhos que abordavam os princípios da PCR utilizando as seguintes palavras-chave: PCR; Técnicas de Laboratório Clínico; Biologia Molecular; avaliação diagnóstica, eletroforese, qpcr. 2. HISTÓRICO A PCR, nos dias atuais, é considerada uma das técnicas de biologia molecular de grande importância revolucionária (LORENZ, 2012; RAJENDRAN MAHEASWARI, JAISHREE TUKARAM KSHIRSAGAR, 2016; TYRRELL, 1997). Seu criador, Mullis (1983), em 1993 recebeu o prémio Nobel em química pela descoberta (MULLIS, 1990; MLA style: "Kary B. Mullis - Facts". Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 30 Jun 2016. <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1993/mullisfacts.html>), e desde então, esta metodologia vem sendo amplamente aplicada em diversas áreas; são exemplos: identificação de polimorfismo, genotipagem, detecção de microrganismos, doenças genéticas, entre outras(agne et al., 2009; CARNEIRO et al., 2013; MILLER, 2007; NOVAIS; PIRES-ALVES, 2004; TIBAYRENC et al., 2002). 3. PCR A PCR consiste na detecção e a amplificação invitrode regiões específicas de ácidos nucléicos (DNA ou cdna) (TYRRELL, 1997).O desenvolvimento desta técnica é dependente dos seguintes reagentes e aparelho: amostra, primers, dntp s, Taq polimerase, MgCl 2, tampão da PCR e de umtermociclador (AGNE et al., 2009; NOVAIS; PIRES-ALVES, 2004; SANTOS et al., 2014)

A amostra está relacionada a fonte do material que deseja-se amplificar, podendo ser sangue, biopsia de qualquer tecido, cabelo, unha, líquidos corpóreos, entre outros. Os primers (pelo menos um par) são responsáveis pela identificação do local correto (exemplo gene) do material a ser amplificado; os dntp s (desoxirribonucleotídeos fosfatados) são responsáveis pela síntese de novas cópias do material a ser amplificado; a Taq polimerase sintetiza as novas cadeias de DNA ou cdna; o MgCl 2 e o tampão da PCR colaboram com a atividade da polimerase; e o termociclador é responsável pelas alterações das temperaturas que levam a desnaturação da molécula de DNA ou cdna, ao anelamento dos primers, e ao alongamento/extensão das novas cadeias de DNA (SANTOS et al., 2014), conforme ilustrado na figura 1. Figura 1. Componentes e etapas envolvidas durante a PCR que ocorrem no termociclador Componentes Etapas Desnaturação Amostra Primes dntp s Anelamento Taq Polimerase Tampão MgCl 2 Tubo Extensão Termociclador Fonte: Adaptador de http://ib.bioninja.com.au/standard-level/topic-3-genetics/35-genetic-modificationand/pcr.html. Acessado em 29/06/2016. O tubo com todos os reagentes e a amostra é encaminhado a um aparelho conhecido como termociclador. Este aparelho é composto por um bloco capaz de aquecer e resfriar de acordo com o sentido da corrente elétrica aplicada. O termociclador divide a reação de PCR em três etapas, que são: desnaturação, anelamento e extensão(santos et al., 2014). A desnaturação é caracterizada pelo aumento da temperatura (91 a 95 C) com a finalidade de romper as pontes de hidrogênio e, assim permitir a abertura da dupla fita. O anelamento esta relacionado com a ligação dos primes na região específica que se deseja

amplificar e é caracterizada pelo abaixamento da temperatura (55 a 62 C). Esta temperatura esta diretamente relacionada com a composição dos primers. A terceira etapa, a extensão, envolve a ativação da Taq Polimerase (72 C) e subsequentemente a síntese das novas cadeias (NASCIMENTO; SUAREZ; PINHAL, 2010), conforme ilustrado na figura 2. Estas alterações de temperatura ocorrem em torno de 30 a 40 vezes e são chamadas de ciclo (NOVAIS; PIRES-ALVES, 2004). Figura 2. Etapas da PCR Fonte: Adaptado dehttps://monitoriadegenetica.files.wordpress.com/2014/09/pcr.jpg. Acessado em 01/07/2016. 4. FORMAS DE REVELAÇÃO DO RESULTADO DA AMPLIFICAÇÃO 4.1 Eletroforese A eletroforese trata-se de um processo de migração de uma partícula carregada sob influência de um campo elétrico. Por apresentarem grupos funcionais ionizáveis, várias moléculas adquirem carga positiva ou negativa em um determinado ph. Portanto, quando são submetidas a um campo elétrico, essas moléculas carregadas migram para o cátodo ou ânodo, dependendo de sua carga(wilson; WALKER, 2010). Para a realização desta metodologia é necessário uma fonte de tensão e uma unidade de eletroforese que estão disponíveis na forma vertical e horizontal. Além destes itens, também é necessário de um gel, que pode ser de poliacrilamida ou de agarose (WILSON; WALKER, 2010). O gel de agarose é o tipo de matriz mais rotineiramente utilizado no laboratório de Biologia Molecular, que por sua constituição química e o tamanho dos poros pode mudar a velocidade de migração dos ácidos nucléicos (PETECOF et al., 2015). Na figura 3 está esquematizado o processo envolvido na eletroforese.

Figura 3. Eletroforese em gel de agarose Fonte: Adaptado de http://www.sobiologia.com.br/conteudos/biotecnologia/eletroforese.php. Acessado em 01/07/2016. 4.2 PRC em Tempo real O PCR em tempo real possibilita monitorar, em tempo real, o processo de amplificação e permite a quantificação dos ácidos nucléicos por meio da emissão e capitação de fluorescência que ocorre durante todo o processo. A emissão da fluorescência gera um sinal que aumenta na proporção direta da quantidade de produto da PCR. O PCR em tempo real requer um termociclador com sistema ótico para a excitação da fluorescência e captação da emissão, além de um computador com um software para aquisição de dados e análise final da reação(novais; PIRES-ALVES, 2004). Existem dois tipos de sistemas principais de fluorescências, o SYBR Green e o Taq Man. O SYBR Green se liga a qualquer molécula de dupla fitae TaqMan consiste em uma sonda ligada a um fluoróforo em uma das extremidades, e na outra uma molécula quencher. Durante a amplificação as moléculas de fluorescência são excitadas e a luz é captada pelo aparelho. Conforme ocorre a reação é gerado uma curva de amplificação (AGNE et al., 2009; ARYA et al., 2005), conforme mostra a figura 4. Figura 4. Análise em tempo real da amplificação Curva de amplificação Fonte: Adaptado de http://www.fleury.com.br/medicos/educacao-medica/manuais/manualhematologia/pages/pcr.aspx. Acessado em 01/07/2016.

5. CONCLUSÃO A criação da PCR é considerada um grande avanço na área de biologia molecular, pois esta metodologia permite explorar o conhecido sobre o genoma e sua expressão. Estatécnicaconsiste em uma reação de amplificação in vitrode regiões específicas de ácidos nucleicos. A sua realização é considerada simples, entretanto necessita de vários reagentes e do aparelho termociclador, o qual permite variações na temperatura, caracterizando três etapas (desnaturação, anelamento e extensão). A revelação dos resultados pode ser feita por eletroforese ou em tempo real (PCR em tempo real).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGNE, M. et al. PRINCIPLES AND APPLICATIONS OF POLYMERASE CHAIN REACTION IN MEDICAL DIAGNOSTIC FIELDS : A REVIEW. Brazilian Journal of Microbiology, v. 40, p. 1 11, 2009. ARYA, M. et al. Basic principles of real-time quantitative PCR. Expert Rev. Mol.Diagn, p. 209 219, 2005. CARNEIRO, A. C. A. V. et al. Genetic characterization of Toxoplasma gondii revealed highly diverse genotypes for isolates from newborns with congenital toxoplasmosis in southeastern Brazil. Journal of clinical microbiology, v. 51, n. 3, p. 901 7, mar. 2013. DAHM, R. Friedrich Miescher and the discovery of DNA. Developmental Biology, v. 278, p. 274 288, 2005. DEMAR, M. et al. Acute toxoplasmoses in immunocompetent patients hospitalized in an intensive care unit in French Guiana. Clinical Microbiology and Infection, n. 10.111/j.1469-0691.2011.03648.x, p. 221 231, 2011. LORENZ, T. C. Polymerase Chain Reaction : Basic Protocol Plus Troubleshooting and Optimization Strategies. Journal of Visualized Experiments, n. May, p. 1 15, 2012. MILLER, M. B. Molecular diagnosis of infectious diseases. NC MED J, v. 68, n. 2, p. 115 118, 2007. MULLIS, B. The Unusual Origin of the Polymerase Chain Reaction. Scientific American, n. April, p. 56 65, 1990. NASCIMENTO, S.; SUAREZ, E. R.; PINHAL, M. A. DA S. Tecnologia de PCR e RT em tempo real e suas aplicações na área médica. RBM, v. 10, p. 7 19, 2010. NOVAIS, C. M.; PIRES-ALVES, M. PCR em tempo real. Revista Biotecnologia Ciências e Desenvolvimento, v. 33, p. 10 13, 2004. PETECOF, R. et al. Análise da eficiência do gel de agar-agar na eletroforese de DNA. Acis Atas de Ciências da Saúde, v. 3, n. 3, 2015. RAJENDRAN MAHEASWARI, JAISHREE TUKARAM KSHIRSAGAR, AND N. L. Polymerase chain reaction: A molecular diagnostic tool in periodontology. J Indian Soc Periodontol, v. 20, n. 2, p. 128 135, 2016. SANTOS, E. A. et al. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA AMBIENTE NA ANÁLISE DO TERMOCICLADOR. XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, p. 1522 1525, 2014.

TIBAYRENC, M. et al. Microsatellite analysis of Toxoplasma gondii shows considerable polymorphism structured into two main clonal groups. v. 32, p. 27 38, 2002. TYRRELL, D. A. J. Polymerase chain Reaction. BMJ, v. 324, n. 4, p. 4 9, 1997. WILSON, K.; WALKER, J. Principles and Techniques of Biochemistry and Molecular Biology. 7. ed. New York: CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS, 2010.