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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ROMPENDO COM O MONOPÓLIO DO SABER: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO SÉCULO XXI. Autor: LUCIANO SÉRGIO RODRIGUES Orientador: Prof. Dr. VILSON SÉRGIO DE CARVALHO DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL Belo Horizonte 2010

LUCIANO SÉRGIO RODRIGUES EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ROMPENDO COM O MONOPÓLIO DO SABER: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO SÉCULO XXI. Monografia final - apresentada à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Orientador: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho. Belo Horizonte 2010

AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus pai de luz eterna e a todas as pessoas que sempre estiveram ao meu lado nessa caminhada em busca do conhecimento.

DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a toda minha família e amigos que de alguma forma se fizeram presentes durante o meu período de formação.

EPÍGRAFE Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Pensei: Será que até aqui existem chineses fritando pastéis??? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entrava em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: Calma, você terá muito tempo para isso... Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Algumas oportunidades são únicas. Amyr Klink

RESUMO RODRIGUES, Luciano Sérgio. Educação a distância rompendo com o monopólio do saber: a construção do conhecimento no século XXI. 2010. 70 p. (Monografia em Docência do Ensino Superior). Universidade Candido Mendes UCM Rio de Janeiro. Este projeto nos mostra a evolução contínua da educação e o acesso das classes com menor poder econômico à educação superior na modalidade: Educação a Distância (EAD). O processo histórico de produção da educação no Brasil: Colônia - Período Jesuítico (1500-1759); Colônia Período Pombalino (1759-1822); Império (1822-1889); Primeira República (1889 1930); Nacional Desenvolvimentismo (1946-1964); Período Militar (1964-1984); Transição democrática (1984 - Hoje) - Educação a Distância (EAD). É importante incluir os avanços tecnológicos presentes no século XXI - eles foram objeto de observação deste estudo monográfico. Democratizar a educação por meio do ensino a distância, oferecendo a opção da comodidade de acesso à formação superior de excelência. Educação a distância (EAD): sem distância desconstruindo o monopólio do saber para a construção do conhecimento. Ao longo da história recente do nosso país podemos notar que a oferta do ensino superior é bastante precária no Brasil somente uma classe com alto poder financeiro tinha acesso à educação superior no Brasil. As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século XX, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela televisão. Só com a Internet e a banda larga -, diante das novas tecnologias - Internet e a banda larga aplicadas ao ensino superior - da Educação a distância (EAD) no Brasil, eles se tornaram viáveis na graduação e na pós-graduação -, a Internet é uma importante aliada da educação e já não é mais possível desvincular a primeira da segunda. As novas tecnologias têm um papel importante na disseminação do conhecimento humano dentro dos cursos de EAD (Educação a Distância) as barreiras físicas são rompidas com o avanço da Internet os cursos de EAD são uma realidade. Recentemente a lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 ampliou a Educação a distância para todos os níveis de ensino -, no seu artigo 80. Palavras-chave: Democratizar. Educação a Distância. Histórico. Internet. Monopólio.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 CAPÍTULO I HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 10 CAPÍTULO II EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 28 2.1 Rompimento do monopólio do saber através da Educação a Distância 31 2.2 As novas tecnologias 33 2.3 As características da Educação a Distância 35 2.4 Aprender a Aprender em Educação a Distância (EAD) 36 CAPÍTULO III O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM À DISTÂNCIA 38 CAPÍTULO IV INVESTIGAR OS NOVOS DESAFIOS: O PRECONCEITO EM RELAÇÃO AOS FORMADOS EM EAD 44 CAPÍTULO V MITOS E VERDADES 50 CAPÍTULO VI O COMBATE A POBREZA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO 57 CONCLUSÃO 63 BIBLIOGRAFIAS 65

INTRODUÇÃO Apresento o assunto pesquisado dentro de uma definição objetiva do tema: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ROMPENDO COM O MONOPÓLIO DO SABER: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO SÉCULO XXI. A finalidade desta pesquisa monográfica, justificando a escolha e a relevância do assunto, bem como os métodos empregados. Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros, jornais, revistas, questionários, sítios da Internet... E a resposta, após coleta de dados, pesquisa bibliográfica, observação do objeto de estudo -, educação a distância no Brasil. Este trabalho está dividido em VI capítulos. No primeiro capítulo é apresentado passo a passo o processo histórico de produção da Educação a Distância no Brasil -, A História da Educação no Brasil, como um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos, é indissociável da história da Companhia de Jesus. As negociações de Dom João III, O Piedoso, junto a esta ordem missionária católica que pode ser considerado um marco. A história da Educação no país inicia-se no período colonial, quando começam as primeiras relações entre Estado e Educação, através dos jesuítas que chegaram em 1549, chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega. Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o ensino laico e público, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas Régias. Muitas mudanças ocorreram até que se chegasse à pedagogia dos dias de hoje. É a partir de 1930, início da Era Vargas, que surgem as reformas educacionais mais modernas. A primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases) foi promulgada em 1946, que instiga o desencadeamento de vários debates acerca do tema 1. O segundo e terceiro capítulos tratam sobre: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA o processo de interação entre docentes e discentes que visa a eliminar a limitação de espaço e de tempo aplicação da pedagogia de meios e da tecnologia da informação e da comunicação -, voltada para um novo jeito de aprender, em que inovação, mediação, interação e criação são palavraschave. 1 FERREIRA, Títo Lívio. História da Educação Lusobrasileira. São Paulo: Saraiva, 1966.

No quarto capítulo é ressaltado a importância da inclusão dos avanços tecnológicos presentes no século XXI, eles foram objeto de observação deste estudo monográfico. A investigação dos novos desafios e o preconceito em relação aos formados em EAD -, os mitos e verdades são apresentados no capítulo quinto. Apesar do crescimento dos cursos a distância no Brasil, ainda há um preconceito por parte do mercado de trabalho o mercado não conhece os formanados nos cursos EAD (Educação a Distância) e há um grande desconhecimento muito forte sobre a qualidade dos cursos de Educação a Distância. Para o presidente da ABE-EAD (Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância), Ricardo Holz 2, é preciso que a EAD vença alguns entraves para ganhar direito de argumentação contra os preconceitos que ainda existem em relação aos estudantes oriundos da modalidade. Segundo Toschi (2001, p.81) a educação a distância deve ser entendida como uma modalidade de ensino que se acrescenta às experiências existentes, de forma a democratizar o acesso à formação inicial ou continuada de milhares de profissionais da educação neste país. Em todas as modalidades de ensino (presencial e a distância) há um funil marcando que não há acesso para todos. Um discurso que não corresponde ao contexto de nossas escolas. Uma inclusão disfarçada de exclusão social -, trato neste último capítulo o combate da pobreza através da educação a distância rompendo com o monopólio do saber: a construção do conhecimento no século XXI. Relaciono as referências bibliográficas em lista própria, incluindo-se todas as fontes efetivamente utilizadas para a elaboração do trabalho monográfico essa lista obedecerá: uma ordem alfabética dentro do Manual para Normalização de Publicações Técnico-Científicas contendo: ampla referência bibliográfica livros sobre o tema pesquisado, revista, Internet, LDB 2 Disponível em:< http://www.universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=16680>. Acessado em: 01/05/2010 às 21h53.

9394/96 artigo 80 -, que cria o ensino a distância... Decreto 2.494/98, minhas experiências dentro da EAD, retrospectiva histórica dentro de uma normalização atualizada: (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2009).

CAPÍTULO I HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL A História da Educação Brasileira 3 não é uma História difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada dos portugueses ao território do Novo Mundo. Segundo (FIGUEIRA, 2002): Em 1806, com a decretação do Bloqueio continental por Napoleão Bonaparte, Portugal se viu diante de um dilema insolúvel. O decreto exigia que as nação européias deixassem de comerciar com a Inglaterra, fechando seus portos aos navios ingleses. Com isso, Napoleão pretendia quebrar o poderio econômico de seu principal inimigo e exercer total domínio sobre a Europa. Só havia um problema: Portugal e Inglaterra eram velhos parceiros comerciais, e acatar o bloqueio imposto por Napoleão significava para Lisboa expor o reino e suas colônias às represálias inglesas. Não acatá-lo, porém, seria uma afronta, e o país correria o risco de uma invasão iminente. Durante quase dois anos, a diplomacia portuguesa procurou ganhar tempo, dilatando as negociações. Foi até o extremo de fingir uma guerra contra os ingleses para enganar a França. Esses esforços, no entanto, não surtiram efeito. Em agosto de 1807, com a paciência esgotada, Napoleão ordenou a invasão de Portugal. Comandadas pelo general Junot, as tropas invasoras chegaram às portas de Lisboa em novembro de 1807. No dia 27 desse mês, dom João e sua corte bateram em retirada, embarcando para a colônia portuguesa na América. (FIGUEIRA, 2002, p. 232). Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu. 3 http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.htm

Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas Boas 4 contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que fazia alguns potes de barro. Assim que a mulher terminava um pote seu filho, que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando. Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado de terminar. No que a mulher índia respondeu: - Porque ele quer." Podemos também obter algumas noções de como era feita à educação entre os índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta. Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia; trouxeram também os métodos pedagógicos. A visão política educacional na época colonial. No século XVI, os padres jesuítas ensinavam teologia-política, por meio de encenação teatral nas escolas. Eram repassados para as instituições de ensino, os métodos trazidos de Trento, o Concílio de Trento, o qual deu uma nova dinâmica ao sistema pedagógico e, consequentemente, transformou os métodos antigos de ensinar, que eram arcaicos, em uma nova metodologia educacional. Com as constituições elaboradas no período de 1548 e 1550 (LOPES, 2000, p. 26) para os colégios da Companhia de Jesus, foram determinados que aos domingos ensinassem publicamente conclusões retóricas e poéticas. Nos colégios dos jesuítas, eram ministradas aulas de quatro horas por dia: duas pela manhã e duas à tarde. Eram ministrados nessas escolas: Preceitos dos tratados de Cícero (De oratore), Quintiliano (Institutio oratoria), Aristóteles (Rhetorica) e Santo Agostinho (De doctrina 4 http://pt.wikipedia.org/wiki/irm%c3%a3os_vilas-boas#livros_soere_os_irm.c3.a3os_villas- B.C3.B4as

christiana), juntavam-se, então, novos títulos que sintetizavam essas autoridades para os iniciantes. (LOPES, 2000, p. 26). Os jesuítas tinham optado por um humanismo de cultura e de formação, opondo-se nitidamente ao humanismo de erudição. Com tais mecanismos os professores (padres jesuítas) aplicavam as técnicas mnemônicas. Não eram meros métodos para uma simples mecanização, mas sim formas de representação teatral para memorizar. Nota-se nitidamente que a educação era direcionada aos burgueses e pelos burgueses. Pois os mesmos surgiram no Brasil, como uma entidade especializada em manipular o comércio, indústria, serviços e, consequentemente, a educação. Havia interesses nos modelos educacionais da época por parte dos burgueses. Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal -, Marquês de Pombal 5 foi o título de nobreza pelo qual ficou conhecido Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), que pôs em prática o despotismo esclarecido em Portugal durante o reinado de dom José I, do qual foi uma espécie de primeiro-ministro. Sua administração teve como objetivos retirar Portugal da dependência inglesa, reestruturar o sistema colonial português e fortalecer o poder da monarquia. Uma de suas iniciativas controvertida foi à expulsão dos jesuítas de Portugal e dos domínios portugueses. Na esfera da educação, Pombal introduziu importantes mudanças no sistema de ensino do reino e da colônia que até essa época estava sob a responsabilidade da Igreja -, passando-o ao controle do Estado. A Universidade Évora, por exemplo, pertencente aos jesuítas, foi extinta, e a Universidade de Coimbra sofreu profunda reforma, sendo totalmente modernizada. Se existia alguma coisa muita bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentaramse as aulas régias, o subsídio literário, mas o caos continuou até que à Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. 5 (FIGUEIRA, 2002, p. 200)

Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que, enquanto nas colônias espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a Universidade de São Domingos e em 1551, a do México e a de Lima, a nossa primeira Universidade só surgiu em 1934 -, com a Constituição da Era Vargas - em São Paulo. Por todo o Império, incluindo D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, pouco se fizeram pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Com a Proclamação da República tentaram-se várias reformas que pudessem dar uma nova guinada, mas se observarmos bem, a educação brasileira não sofreu um processo de evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo em termos de modelo. Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é a de manter o "status quo" para aqueles que frequentam os bancos escolares. Concluindo podemos dizer que a Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável. E é isso que tento passar neste texto monográfico. Dividir os períodos a partir das concepções históricas como um processo em plena evolução -, não pretendo aqui esgotar o tema, considerando este trabalho como um processo em eterna evolução novas rupturas estão acontecendo no exato momento em que esse texto está sendo lido. A educação brasileira evolui em saltos desordenados, em diversas direções. Nesse sentido que coloco aqui de forma clara a periodização dos acontecimentos históricos da educação brasileira.

Período Jesuítico (1549-1759) Segundo (PILETTI, 1996) a educação indígena foi interrompida com a chegada dos jesuítas. Cabe mencionar que os índios eram educados em suas aldeias pelos Jesuítas. 6 Evidencia-se que a instrução dos índios foi ministrada pela catequese, como aduz Maria Luisa Santos Ribeiro: A catequese, do ponto de vista religioso, interessava a Companhia de Jesus como fonte de novos adeptos do catolicismo, bastante abalado com o movimento de Reforma. Do ponto de vista econômico, interessava tanto a ela como ao colonizador, à medida que tornava o índio mais dócil e, portanto mais fácil de ser aproveitado na mão-de-obra. A educação profissional era conseguida através no convívio no ambiente de trabalho, que os índios, negros ou mestiços que formavam a maioria da população colonial. A educação feminina limitava-se as boas maneiras e as prendas domésticas 7. (RIBEIRO, 1988, p. 25). Os primeiros chegaram ao território brasileiro em março de 1549. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou-se o primeiro professor nos moldes europeus, em terras brasileiras, e durante mais de 50 anos dedicou-se ao ensino e a propagação da fé religiosa. No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul, em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Todas as escolas jesuítas eram 6 PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. São Paulo: Ática, 2002, p. 167. 7 RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação Brasileira: A Organização Escolar. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1988, p. 25.

regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio Studiorum. Eles não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar mantinham cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava-se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava-se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Este modelo funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia algo muito bem estruturado, em termos de educação, o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional. Período Pombalino (1760-1808) Segundo Nelso Piletti 8 -, com a expulsão, saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará. Com eles levaram também a organização monolítica baseada no Ratio Studiorum. Desta ruptura, pouca coisa restou de prática educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o Seminário Episcopal, no Pará, e os Seminários de São José e São Pedro, que não se encontravam sob a jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na Bahia, e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro. Os jesuítas foram expulsos das colônias em função de radicais diferenças de objetivos com os dos interesses da Corte. Enquanto os jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências europeias da época. 8 PILETTI, Nelson, História da Educação no Brasil. 6. ed. São Paulo: Ática, 1996.

A ação reformadora de Pombal estendeu-se ainda ao âmbito da política e do Estado. Nesse campo, o primeiro-ministro empenhou-se no fortalecimento do absolutismo do rei e no combate a setores e instituições que poderiam enfraquecê-lo. Diminuiu o poder da Igreja, subordinando o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) ao estado e, em 1759, expulsou os jesuítas da metrópole e da colônia, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português. (FIGUEIRA, 2002, p. 192). Além disso, Lisboa passou por um terremoto que destruiu parte significativa da cidade e precisava ser reerguida. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Através do alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e era preciso oferecer uma solução. Para isso instituiu o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos: primário e médio. Criado em 1772 o subsídio era uma taxação, ou um imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o vinagre e a aguardente. Além de exíguo, nunca foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos à espera de uma solução vinda de Portugal. Os professores geralmente não tinham preparação para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação.

Na esfera da educação, Pombal introduziu importantes mudanças no sistema de ensino do reino e da colônia que até essa época estava sob a responsabilidade da Igreja -, passando-o ao controle do Estado. A Universidade de Évora, por exemplo, pertencente aos jesuítas, foi extinta, e a Universidade de Coimbra sofreu profunda reforma, sendo totalmente modernizada. (FIGUEIRA, 2002, p. 192). Período Joanino (1808 1821) A vinda da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para atender as necessidades de sua estadia no Brasil, D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. Segundo MANCHESTER 9, o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior: [...] a colônia se tinha transformado num estado autônomo, com suas hierarquias política, religiosa e social próprias, e seu próprio mecanismo de governo, suas características sociais e educacionais, e o direito de autodeterminação na política econômica. A Mãe-pátria e a colônia estavam unidas, mas no curso dos acontecimentos a colônia se tornaria efetivamente a Mãe-pátria [...]. (MANCHESTER, 1986, p. 15). O surgimento da imprensa permitiu que os fatos e as ideias fossem divulgados e discutidos no meio da população letrada, preparando terreno propício para as questões políticas que permearam o período seguinte da História do Brasil. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Período Imperial (1822-1888) 9 MANCHESTER, Preeminência inglesa no Brasil. Sao Paulo: Brasiliense, 1973. Citado em BARBOSA, Francisco de Assis. O Brasil de D. Joao VI. Comunicação as primeiras Jornadas de Historia Moderna, Centro de Historia da Universidade de Lisboa. Lisboa, 1986. p. 15.

D. João VI volta a Portugal em 1821. Em 1822 seu filho D. Pedro I proclama a Independência do Brasil e, em 1824, outorga a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária é gratuita para todos os cidadãos". Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores, institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado (decurião) ensinava um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias. Em 1827 um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas. Em 1834 o ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a serem responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 1835, surge a primeira Escola Normal do país, em Niterói. Se houve intenção de bons resultados não foi o que aconteceu, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira perdeu-se mais uma vez, obtendo resultados pífios. Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo. Até a Proclamação da República, em 1889 praticamente nada se fez de concreto pela educação brasileira. O Imperador D. Pedro II, quando perguntado que profissão escolheria se não fosse Imperador, afirmou que gostaria de ser "mestre-escola". Apesar de sua afeição pessoal pela tarefa educativa, pouco foi feito em sua gestão para que se criasse, no Brasil, um sistema educacional. Período da Primeira República (1889-1929) A República proclamada adotou o modelo político americano baseado no sistema presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista. A Reforma de Benjamin Constant tinha como

princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira. Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica. Esta Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os princípios pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, já que o que ocorreu foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais, tornando o ensino enciclopédico. O Código Epitácio Pessoa, de 1901, inclui a lógica entre as matérias e retira a biologia, a sociologia e a moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da científica. A Reforma Rivadávia Correa 10, de 1911, pretendeu que o curso secundário se tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. Retomando a orientação positivista, prega a liberdade de ensino, entendendo-se como a possibilidade de oferta de ensino que não seja por escolas oficiais, e de frequência. Além disso, prega ainda a abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e aproveitamento e transfere os exames de admissão ao ensino superior para as faculdades. Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira. Num período complexo da História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves que introduz a cadeira de Moral e Cívica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes. A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de mudança das características políticas brasileiras. Foi nesta década que ocorreu o Movimento dos 18 do Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista (1922), a Revolta Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927). Além disso, no que se refere à educação, foram realizadas diversas reformas de abrangência estadual, como as de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923, a de Anísio Teixeira, na Bahia, em 10 SILVEIRA, Alfredo Balthazar da. História do Instituto de Educação. Rio de Janeiro, DF: Instituto de Educação, 1954 p.39

1925, a de Francisco Campos e Mario Casasanta, em Minas, em 1927, a de Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928 e a de Carneiro Leão, em Pernambuco, em 1928. O período republicano foi marcado, em seus primeiros anos, pelo denominado entusiasmo pela educação cujo ideal era expandir a rede escolar no país e alfabetizar o povo. Era grande o contingente de analfabetos naquela época, e o país precisava elevar-se à realização do progresso e, para isso, a educação intelectual tinha papel fundamental. Sendo assim, era preciso investir na educação popular para elevar o desenvolvimento do país. A República contribuiu, fundamentalmente, para a difusão do ensino primário (que atendia crianças de 7 a 13 anos de idade). Data daí, segundo Ribeiro (1979), uma melhora de início quantitativa, deste nível de ensino, já que foi introduzido, desse modo, o ensino graduado que resultou nos primeiros grupos escolares ou escolas-modelos. A organização escolar, com influências liberais e positivistas, tenta implantar e difundir essas ideias através da educação formal. A Reforma Benjamin Constant, neste sentido, tinha como princípio a liberdade e a laicidade do ensino, além da gratuidade da escola primária. (RIBEIRO, 1979, p. 70). Período da Segunda República (1930-1936) A Revolução de 30 11 foi o marco referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção. A acumulação de capital, do período anterior, permitiu com que o Brasil pudesse investir no mercado interno e na produção industrial. A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-deobra especializada e para tal era preciso investir na educação. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos". 11 http://ocomprimido.tdvproducoes.com/tag/periodo-imperial/

Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época. Em 1934 a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931. Em 1935 o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual município do Rio de Janeiro, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. Período do Estado Novo (1937-1945) No Brasil essa prática só chegou com força em 1937 com a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa, do Ministério da Educação; o esquema era trazer aulas no rádio que eram acompanhadas por material impresso. A primeira empresa particular a trazer o serviço de ensino a distância foi o Instituto Monitor, que desde 1939 já atendeu mais de 5 milhões de pessoas. Refletindo tendências fascistas é outorgada uma nova Constituição em 1937. A orientação político-educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em seu texto sugerindo a preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por outro lado propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da educação. Mantém ainda a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário. Também dispõe como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais, primárias e secundárias. No contexto político o estabelecimento do Estado Novo, segundo a historiadora

Otaíza Romanelli (2002) 12, faz com que as discussões sobre as questões da educação, profundamente ricas no período anterior, entrem "numa espécie de hibernação". As conquistas do movimento renovador, influenciando a Constituição de 1934, foram enfraquecidas nessa nova Constituição de 1937. Marca uma distinção entre o trabalho intelectual, para as classes mais favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para as classes mais desfavorecidas. Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, é reformado alguns ramos do ensino. Estas Reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e valoriza o ensino profissionalizante. O ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico ou científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral. Apesar dessa divisão do ensino secundário, entre clássico e científico, a predominância recaiu sobre o científico, reunindo cerca de 90% dos alunos do colegial. Período da Nova República (1946-1963) O fim do Estado Novo consubstanciou-se na adoção de uma nova Constituição de cunho liberal e democrático. Esta nova Constituição, na área da Educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Além disso, a nova Constituição fez voltar o preceito de que à educação é um direito de todos, inspirada nos princípios proclamados pelos Pioneiros, no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, nos primeiros anos da década de 30. 12 ROMANELLI, O. de O. História da educação no Brasil. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

Ainda em 1946 o então Ministro Raul Leitão da Cunha regulamenta o Ensino Primário e o Ensino Normal, além de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo às mudanças exigidas pela sociedade após a Revolução de 1930. Baseado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, o Ministro Clemente Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação nacional. Esta comissão, presidida pelo educador Lourenço Filho, era organizada em três subcomissões: uma para o Ensino Primário, uma para o Ensino Médio e outra para o Ensino Superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas. Num primeiro momento as discussões estavam voltadas às interpretações contraditórias das propostas constitucionais. Num momento posterior, após a apresentação de um substitutivo do Deputado Carlos Lacerda, as discussões mais marcantes relacionaram-se à questão da responsabilidade do Estado quanto à educação, inspirados nos educadores da velha geração de 1930, e a participação das instituições privadas de ensino. Depois de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a Lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961, sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo às reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros. Se as discussões sobre a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional foi o fato marcante, por outro lado muitas iniciativas marcaram este período como, talvez, o mais fértil da História da Educação no Brasil: em 1950, em Salvador, no Estado da Bahia, Anísio Teixeira inaugura o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), dando início a sua ideia de escolaclasse e escola-parque; em 1952, em Fortaleza, Estado do Ceará, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético; em 1953, a educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura; em 1961, tem inicio uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 horas adultos

analfabetos; em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação e, ainda em 1962 foi criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire. Período do Regime Militar (1964-1985) Em 1964, um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas". O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos e feridos nos confrontos com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores. Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. Para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório. Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização MOBRAL, aproveitando-se, em sua didática, do expurgado Método Paulo Freire. O MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... Não conseguiu. E, entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar criou-se a Fundação Educar. É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar à formação educacional um cunho profissionalizante.

Período da Abertura Política (1986-2003) No fim do Regime Militar a discussão sobre as questões educacionais já havia perdido o seu sentido pedagógico e assumido um caráter político. Para isso contribuiu a participação mais ativa de pensadores de outras áreas do conhecimento que passaram a falar de educação num sentido mais amplo do que as questões pertinentes à escola, à sala de aula, à didática, à relação direta entre professor e estudante e à dinâmica escolar em si mesma. Impedidos de atuarem em suas funções, por questões políticas durante os Regimes Militares, profissionais de outras áreas, distantes do conhecimento pedagógico, passaram a assumir postos na área da educação e a concretizar discursos em nome do saber pedagógico. No bojo da nova Constituição, um Projeto de Lei para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio, em 1988. No ano seguinte o Deputado Jorge Hage enviou à Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elísio. Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje, a fase politicamente marcante na educação, foi o trabalho do economista e Ministro da Educação Paulo Renato de Souza. Logo no início de sua gestão, através de uma Medida Provisória extinguiu o Conselho Federal de Educação e criou o Conselho Nacional de Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura. Esta mudança tornou o Conselho menos burocrático e mais político. Mesmo que possamos não concordar com a forma como foram executados alguns programas, temos que reconhecer que, em toda a História da Educação no Brasil, contada a partir do descobrimento, jamais houve execução de tantos projetos na área da educação numa só administração. O mais contestado deles foi o Exame Nacional de Cursos e o seu "Provão", onde os alunos das universidades têm que realizar uma prova ao fim do curso para receber seus diplomas. Esta prova, em que os alunos podem simplesmente assinar a ata de presença e se retirar sem responder nenhuma

questão, é levada em consideração como avaliação das instituições. Além do mais, entre outras questões, o exame não diferencia as regiões do país. Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é mais o de manter o "status quo", para aqueles que frequentam os bancos escolares, e menos de oferecer conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos estudantes em suas vidas práticas. Concluindo, podemos dizer que a História da Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável. Ela é feita em rupturas marcantes, onde em cada período determinado teve características próprias. A bem da verdade, apesar de toda essa evolução e rupturas inseridas no processo, a educação brasileira não evoluiu muito no que se refere à questão da qualidade. As avaliações, de todos os níveis, estão priorizadas na aprendizagem dos estudantes, embora existam outros critérios. O que podemos notar, por dados oferecidos pelo próprio Ministério da Educação, é que os estudantes não aprendem o que as escolas se propõem a ensinar. Somente uma avaliação realizada em 2002 mostrou que 59% dos estudantes que concluíam a 4ª série do Ensino Fundamental não sabiam ler e escrever. Embora os Parâmetros Curriculares Nacionais estejam sendo usados como norma de ação, nossa educação só teve caráter nacional no período da Educação jesuítica. Após isso o que se presenciou foram o caos e muitas propostas desencontradas que pouco contribuiu para o desenvolvimento da qualidade da educação oferecida. É provável que estejamos próximos de uma nova ruptura. E esperamos que ela venha com propostas desvinculadas do modelo europeu de educação, criando soluções novas em respeito às características brasileiras. Como fizeram os países do bloco conhecidos como Tigres Asiáticos, que buscaram soluções para seu desenvolvimento econômico investindo em educação. Ou como fez Cuba que, por decisão política de governo, erradicou o analfabetismo em apenas um ano e trouxe para a sala de aula todos os cidadãos cubanos.

Na evolução da história da educação brasileira a próxima ruptura precisaria implantar um modelo que fosse único, que atenda às necessidades de nossa população e que seja eficaz.

CAPÍTULO II EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A Educação a distância (EAD) 13 é uma modalidade de processo educacional através da qual a interação entre docentes e discentes busca eliminar limitações de espaço e tempo, com a aplicação pedagógica de meios e tecnologias da informação e da comunicação, cuja finalidade é o seu desenvolvimento no curso. É uma concepção voltada para um novo jeito de aprender, em que inovação, mediação, interação e criação são palavras-chave. Há em vários estados do Brasil as telessalas presenciais, que distribuem conteúdo e informação de conceituadas instituições de ensino do país por meio de teleaulas ao vivo ou gravadas e via satélite. Essas teleaulas são semanais ou quinzenais há outras modalidades de ensino que dividem o Ensino a distância (EAD) em duas etapas: presencial e a distância em primeiro caso: corresponde aos encontros presenciais para introdução às disciplinas, esclarecimento de dúvidas, realização de avaliações e atividades práticas, quando necessário; e no ultimo caso: a distância corresponde à maior parte da carga horária. O Ensino a distância tem como professores uma equipe de profissionais criteriosamente selecionados nas instituições sérias. A EAD está presente em diversas áreas do conhecimento, como Graduação e Pós-graduação, curso preparatório para concursos públicos, curso preparatório para exame de ordem para OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), cursos livres, cursos de extensão, Educação para Jovens e adultos (EJA) e muitos outros. Um curso de EAD apresenta basicamente cinco pilares em que se fundamenta, ou seja, o Instrucional (responsável pela elaboração e divulgação do material instrucional), o Operacional (que distribui o material para a população alvo), Monitoramento (que acompanha o desenvolvimento dos alunos), Avaliação (organiza e reorganiza o curso a fim de superar dificuldades e o de Tutoria (que se encontra entrelaçado aos demais sistemas, uma vez que 13 http://ensinoadistancia.wikidot.com/como-surgiu-onde-surgiu

é o de Tutor, juntamente com o discente que percebe se os demais sistemas estão ou não funcionando). É importante ter uma visão critica da ação de diferentes profissionais, alguns inexperientes na docência no nível superior, uma vez que qualquer professor poderia se candidatar a tutor. Ressalta que não é desmerecer a ação dos profissionais de outras áreas, mas destacar que há alguns conhecimentos que eles não dominam por não terem sido priorizados durante sua própria formação. A história da educação a distância no Brasil teve início em 1904, com o ensino por correspondência. Na época, instituições privadas passaram a ofertar cursos técnicos sem exigir escolarização anterior. Este modelo foi consagrado com a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, concebida por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto (1923), e também com o surgimento do Instituto Monitor (1939), do Instituto Universal Brasileiro (1941) e de outras organizações similares. Entre 1970 e 1980, instituições privadas e organizações não governamentais (ONGs) começaram a oferecer cursos supletivos a distância, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos. A universidade virtual compreendida como ensino superior a distância com uso de Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), surgiu no Brasil na segunda metade da década de 1990. As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores a distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo a partir de 1994, com a expansão da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES) e com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), em dezembro de 1996, que oficializou a EAD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Em 1997, universidades e centros de pesquisa passaram a gerar ambientes virtuais de aprendizagem, iniciando a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu via Internet, demarcando, assim, entre 1996 e 1997, o nascimento da universidade virtual no Brasil. Segundo Arnaldo Niskier em seu livro: Educação a distância A tecnologia da esperança -, a ampliação das oportunidades educacionais, com que tanto se sonha, está ligada à institucionalização da modalidade da

educação a distância (EAD), que se vai tornando realidade no Brasil a partir dos novos avanços tecnológicos e, com o barateamento dos microcomputadores, tornou-se possível a democratização do conhecimento em nosso mundo globalizado é necessário deixar claro que o fato de a contextualização da EAD ter como referência a globalização hegemônica, não significa avalizar um projeto educacional para a sociedade brasileira subordinado às relações econômicas que vigoram com tal forma de globalização. Essas relações têm demonstrado que apenas uns poucos países são beneficiados, ficando a maioria das nações dependente dos centros externos de poder e submersa nos efeitos devastadores da má distribuição da riqueza social entre países e, mesmo, dentro de cada país. Quem fugir a essa interatividade, mantendo padrões antigos, estará condenado à superação inexorável: Da mesma forma que sucedeu com as ideias de Jean Piaget, em que se estabeleceu uma grande discussão se constituiriam um método ou uma teoria, com clara propensão para esta segunda hipótese, a educação a distância inspirou uma série de conceitos aparentemente díspares: tratar-se-ia de modalidade, metodologia ou tecnologia? [...] sem dúvida a EAD pode ser apresentada, como tem ocorrido em seminários internacionais, como a tecnologia da esperança. Há uma expectativa positiva de que possa representar um reforço considerável à política de recursos humanos de nações interessadas no progresso e que dependerão dessa tecnologia educacional para alcançar uma aprendizagem construtiva. O próprio processo de democratização, em curso ostensivo na América Latina, por exemplo, é acompanhado de uma agradável promessa de prosperidade geral, o que será impossível de ser obtido sem o apoio de uma educação global competente e de vanguarda. Ampliou-se a noção de ensino, antes centrada somente na precária sala de aula, para alternativas audaciosas, representadas pela entrada em cena, a partir da década de 80, de satélites, vídeos, microcomputadores e correio eletrônico, como se transformássemos o mundo da fantasia em realidade. A habilidade profissional antes buscada nas universidades tradicionais, por métodos convencionais, cede espaço, felizmente, para ações de treinamento técnico em órgãos governamentais, no comércio, na indústria, nas profissões ensejando um claro aperfeiçoamento em virtude da apropriação rápida de noções enriquecedoras. [...] Esta é a educação de amanhã, que hoje se vislumbra com nitidez. Quem fugir a essa interatividade, mantendo padrões antigos,