Profa. Maria Ephigênia de A.C.Nogueira. Unidade I EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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1 Profa. Maria Ephigênia de A.C.Nogueira Unidade I EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2 Objetivo: apresentar a modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA). Conhecida como ensino supletivo, antes da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
3 Definição Educação de Jovens e Adultos (EJA): É o ensino oferecido aos jovens e adultos que não concluíram seus estudos ou não frequentaram a escola na idade própria.
4 Estrutura e funcionamento do curso: Constituição Federal de 1988 LDBEN 9394/96 Conselho Nacional de Educação Regulamentação: Sistemas de ensino
5 Carneiro ( 2004): Atendimento ao EF de 97% da meta de 100% da população da faixa etária. Há percentual de jovens e adultos não atendidos não significa a extinção do atendimento.
6 População EJA Características 3 grupos: 1. analfabetos; 2. passaram pela escola, desistiram e não se alfabetizaram analfabetos funcionais; 3. estiveram na escola em diferentes períodos escolares.
7 População de jovens e adultos é diferenciada do ponto de vista educacional. Política de atendimento: características; necessidades; condições e modos de vida.
8 Concepção na Lei Processo educacional: respeitar o perfil cultural do aluno; aproveitar as experiências adquiridas no trabalho e na vida social.
9 Processo educacional Construção da trajetória educacional: ações integradas; ações complementares. Visando ao acesso e à permanência na escola com sucesso e até o término da escolaridade.
10 Legislação Constituição Federal de 1988 Art. 208, inciso I, dever do Estado para com a educação determina: Ensino fundamental:obrigatório e gratuito é assegurado inclusive aos que não tiveram acesso a ele na idade própria.
11 Lei 9394/96 Capítulo II e seção V Da educação de jovens e adultos Arts. 37 e 38 e seus parágrafos ampliam o atendimento aos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos para além do ensino fundamental, incluindo o ensino médio.
12 Lei 9394/96 Arts. 1º e 3º, incisos X e XI e art. 26: Tratam do respeito à: diversidade; disparidades regionais e locais; interesses e necessidades; condições de vida e de trabalho. Poder Público: viabilizará acesso e permanência; formas de atuação: ações integradas e complementares entre si.
13 CNE/CEB nº 1/00 Art. 9º, inciso IV e art. 12, inciso I: Explicita as formas de atendimento, cursos e exames, matriz curricular com base nacional comum de ensino no fundamental e no ensino médio, carga horária, princípios curriculares e metodológicos.
14 CNE/CEB nº 2/98 e nº 3/98 Resoluções que tratam das diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental e ensino médio. As diretrizes curriculares do ensino fundamental e ensino médio orientam também a educação de jovens e adultos.
15 Seguem os preceitos legais presentes na legislação do ensino: EF responsabilidade municípios; EM responsabilidade estados; ações de parcerias e colaboração.
16 Interatividade Acabamos de apresentar as legislações que regem a educação de jovens e adultos. Hoje ela está presente: a) Na regulamentação dos sistemas de ensino. b) Nos referenciais curriculares nacionais. c) Na Constituição Federal de 88 e Lei 9394/96. d) No regimento escolar. e) No plano de gestão.
17 Organização dos cursos Responsabilidade: sistemas de ensino. Funcionamento por meio de: Cursos: presenciais; presença flexível telessala. Exames.
18 Educação de jovens e adultos: É oferecida no ensino fundamental idade mínima 16 anos. É oferecida no ensino médio idade mínima 18 anos. Seguem a mesma estrutura dos cursos regulares.
19 Cursos presenciais Ensino fundamental 1º ao 5º ano - ciclo I (1ª a 4ª série) Chamados de alfabetização de adultos oferecidos por instituições particulares e/ou públicas, que definirão sua: organização; duração; estrutura; certificação.
20 Cursos presenciais Ensino fundamental 6º ao 9º ano ciclo II (5ª a 8ª série) Oferecidos por escolas públicas municipais ou em parceria com as estaduais. Duração mínima: 1600 horas; 100 dias letivos; matriz curricular igual ao do curso regular; semestral termo; 2 anos.
21 Cursos presenciais Ensino médio 1º ao 3º ano Oferecidos pelas escolas públicas estaduais: duração mínima de 1200 horas; 100 dias letivos; semestral termo; 1 ano e 6 meses; 400 horas mínimas por semestre; matriz curricular igual ao curso regular.
22 Presença flexível Telessala Ensino fundamental 6º ao 9º ou 5ª a 8ª Ensino médio Organizada por disciplinas oferecidas semestralmente. Provas e exames presenciais. Nota mínima é 5 (para fazer o exame). Matriz curricular dos cursos regulares. Frequência não obrigatória. Atendimento individualizado.
23 Telessala É metodologia de educação a distância Valoriza-se o uso de metodologias diversificadas: curso composto de livro texto, aula gravada em vídeo/dvd; professor é orientador de aprendizagem; aulas apresentadas em TV ou Power Point; atividades desenvolvidas propostas pelo material impresso e também pelo professor.
24 Quem pode oferecer o curso de presença flexível? Sistemas de ensino regulamentam e determinam: condições para instalação do curso; matrícula do aluno; constituição das turmas; quadro curricular; frequência; avaliação e aproveitamento de estudos; registro dos estudos; papel do orientador de aprendizagem; formação do orientador de aprendizagem.
25 Centros estaduais EJA Oferecem cursos de frequência flexível para o ensino fundamental e ensino médio: atendimento individualizado; por módulos; por disciplinas; matriz curricular do curso regular (EF/EM); nota mínima é 5; provas e exames presenciais.
26 Exames Os alunos podem realizar exames e obter as certificações do ensino fundamental e Ensino médio. Não estão matriculados em cursos presenciais ou de presença flexível. Estudam sozinhos as disciplinas e realizam os exames.
27 Exames Realizados fora do processo escolar regular. Por instituições credenciadas pelos conselhos estaduais de educação. ENCCEJA Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos Nota mínima 5 ENEM 18 anos certificação do ensino médio.
28 Organização Curricular Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental Ensino Médio Composta pelas disciplinas da Base Nacional Comum BNC Português, Matemática, Ciências,Física, Biologia e Química (EM) História e Geografia Educação Física opcional obrigatoriedade de uma língua estrangeira moderna
29 Interatividade Há toda uma organização diferenciada para se obter a certificação na educação de jovens e adultos e são elas: a) Somente em cursos presenciais. b) Somente por meio de exames. c) Somente em cursos de presença flexível. d) Exames, cursos presenciais e cursos de presença flexível. e) Telessala.
30 Matrículas na educação de jovens e adultos Região Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste Sul Brasil fonte: MEC/INEP,2003
31 Matrículas É a modalidade de educação que mais apresenta crescimento no número de matrículas. O crescimento das matrículas em todas as regiões brasileiras, principalmente Centro-Oeste, Sudeste e Sul. 50% das matrículas é no ensino fundamental.
32 Matrículas Crescimento de 1997 para 2001; decréscimo em 2002; novo crescimento para 2003; busca da escolaridade para trabalho e continuidade de estudos.
33 Matrículas Brasil ANO TOTAL fonte: mec/inep,2009
34 Matrículas Queda acentuada nas matrículas; é ainda representativa em relação ao total de matrículas na educação básica. INEP informa a mudança da metodologia do censo escolar: informatização; redução da contagem dupla de alunos; mobilidade regional.
35 Matrículas 58,3% matriculados nas escolas da rede estadual de ensino; 38,8% matriculados nas escolas da rede municipal de ensino; 65% ensino fundamental; 35% ensino médio.
36 Reconhecimento social Haddad (2007): Década de 30 reconhecimento do direito à educação das pessoas jovens e adultas. Governo Vargas impulso centralizador. Construção de infraestrutura organizacional para enfrentar grandes problemas educacionais.
37 unidades escolares matrículas (M.E.S., RJ, 1949) Processo educativo realizado por educadores profissionais.
38 Década de 1940 Campanhas de alfabetização já são reflexos da atuação desses educadores profissionais Fundo Nacional do Ensino Primário Decreto-lei convênio nacional do ensino primário. Possibilitar a ampliação e melhoria do sistema primário do país.
39 1944 Decreto vinculou recursos federais para a educação Decreto % de cada auxílio federal a ser aplicado na educação primária de adolescentes e adultos analfabetos Ministério da Educação e Saúde autorizou a organização de um serviço de educação de adultos no Departamento Nacional de Educação - permitiu o início dos trabalhos na campanha nacional de educação de adultos.
40 Histórico da educação de jovens e adultos no Brasil Ano Unidades escolares Matrícula efetiva fonte:min.educ.saúde,1949,p.12
41 Atendimento expressivo; educação se torna uma questão a ser cuidada pela sociedade brasileira; Manifesto dos pioneiros da educação nova de 1932 reconstrução nacional a partir da educação; 1934 Constituição Federal consta a educação; 1937 Conselho Nacional de Educação enviou Plano Nacional de educação (não foi discutido).
42 Constituição Federal de 1946 A educação primária torna-se obrigatória: 1ª a 4ª série do ensino primário é obrigatória a todo cidadão brasileiro.
43 Governo Dutra concretiza a Campanha de educação de jovens e adultos iniciada no Estado Novo, 1948: idealizada por Lourenço Filho; parceria com a UNESCO; conceito de alfabetização funcional; educação de base: conhecimentos de leitura, escrita e cálculo, noções gerais de história, geografia, ciências, higiene, saúde e civismo.
44 Beisegel ( 2003) Educação de base corresponderia aos conteúdos da escola primária adequado aos adultos já realizaria o ideal de educação para todos.
45 Número de classes da campanha nacional Ano classes total fonte: Min.Educ. e Saúde
46 Decreto definiu critérios para o uso do Fundo Nacional de Ensino Primário: Classes da educação de jovens e adultos.
47 Classes de educação de jovens e adultos ANO MATRÍCULA fonte: Min.Educ. e Cultura
48 Interatividade Até o final da década de 1940 há um verdadeiro reconhecimento social da educação de jovens e adultos e podemos apontá-lo por meio do: a) Número de classes e matriculados e campanhas de alfabetização. b) Empenho governamental. c) Empenho dos municípios. d) Incentivo público. e) Incentivo da sociedade.
49 Década de 1950 Educação de jovens e adultos esteio na construção de agentes para embates político-ideológicos do final do período populista. Influência sobre a população por meio de organizações políticas, movimentos estudantis, associações religiosas, igrejas e correntes ideológicas.
50 1958 Campanha de Erradicação do Analfabetismo pelo Ministério da Educação e Cultura Movimento de educação de base pela Igreja Católica - uso de tecnologias rádio instrumento de difusão e promoção do projeto de desenvolvimento nacional.
51 Década de 1960 Movimentos da cultura popular Paulo Freire método de alfabetização de adultos síntese das orientações e vicissitudes da educação popular Experiência em Angicos método Paulo Freire é adotado por todo o território nacional.
52 1964 golpe militar - Programa Nacional de Alfabetização foi suspenso criado o MOBRAL Movimento Brasileiro de Alfabetização: posição financeira e institucional Independente; organizou-se de forma descentralizada em comissões municipais; centralizou as orientações do processo educativo.
53 Lei 5692/71 Ensino obrigatório de 8 anos 1º grau estendeu o direito àqueles que não estudaram na idade própria. Ensino supletivo vinculado ao sistema regular de ensino. Primário antigo, 1ª a 4ª série responsabilidade do MOBRAL e não fazia parte do sistema regular de ensino MOBRAL extinto.
54 Constituição Federal de 1988 garantiu direitos constitucionais. Fundação Educar Collor - MEC com atuação direta com as prefeituras ou associações da sociedade civil é extinta a Fundação Educar. Criação do Programa Nacional de Alfabetização PNA nota-se a transferência das ações para os sistemas de ensino estaduais e municipais.
55 É criado pelo MEC o Programa Alfabetização Solidária PAS. Até 1999 atendeu a 866 municípios e 776 mil alunos. Coordenado pelo Conselho da Comunidade Solidária.
56 Em São Paulo: 1989 o município cria o MOVA Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, que completou 20 anos. Haddad, 2000, 126: Podemos notar que a responsabilidade pela oferta de escolarização de jovens e adultos no Brasil sempre foi compartilhada por órgãos públicos e organizações societárias.
57 Interatividade Podemos afirmar que nas décadas de 1950 e 1960 houve um crescimento no atendimento à educação de jovens e adultos, que levou a sua primeira regulamentação na Lei 5692/71 e ficou conhecida como: a) Ensino fundamental. b) Ensino supletivo. c) Ensino médio. d) Telessala. e) Ensino especial.
58 ATÉ A PRÓXIMA
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