O USO DO CONFINAMENTO NO BRASIL E A GENÉTICA ANGUS Bruno de Jesus Andrade ASSOCON
O que é melhor na produção de um animal? Confinamento X Pastagem
Pastagem no RS Idade de abate maior Animais castrados Confinamento no PR Idade de abate menor Animais inteiros Local: Belich Ranch, Palmeira PR Animais angus Cortes escolhidos: picanha, vazio e costela (assado de tira) 13 degustadores em teste cego Avaliação de 1 a 3, sendo 3 máximo para: Maciez, Sabor e Conjunto (grau de satisfação geral) Assado de tiras - costela Pastagem - RS Confinamento - PR Maciez Sabor Conjunto Maciez Sabor Conjunto 2,2308 2,2308 2,1538 1,5385 1,9230 1,8462 Vazio Pastagem - RS Confinamento - PR Maciez Sabor Conjunto Maciez Sabor Conjunto 2,3077 2,7690 2,5385 1,9231 2,2310 2,0000 Picanha Pastagem - RS Confinamento - PR Maciez Sabor Conjunto Maciez Sabor Conjunto 2,5385 2,3080 2,3846 2,3846 2,3850 2,1538 Fonte: Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha Beefpoint 2013
Ambas atenderam as expectativas dos avaliadores Animais produzidos nas pastagens do RS se sobressaíram nos quesitos avaliados em relação aos animais de confinamento do PR Então porque confinar?
Confinamento pode oferecer: Volume negociável e constante Encurta tempo de produção Melhor controle da produção Promove melhor uso da área da fazenda Agricultura e ILP Qualidade de carcaça???!!! Os fatores que levam a produção de uma carcaça /corte de qualidade são multifatoriais: NUTRIÇÃO / SISTEMA DE PRODUÇÃO GENÉTICA MANEJO IDADE / SEXO ARMAZENAGEM DA CARNE
Fonte: facebook Beef & Veal Consultoria 28/02/2014
Oportunidades Gado Europa Mais de 60% das fazendas relacionadas na lista traces trabalham com sistemas intensivos Cota 481 High Quality Beef Somente novilhos e novilhas com idade máxima de 30 (trinta) meses Os animais deverão permanecer, no mínimo, por 100 dias em confinamento Os animais devem ser alimentados exclusivamente com ração compostas por, no mínimo, 62% de concentrados e/ou de co-produtos de cereais forrageiros, em MS. Teor de energia metabolizável igual ou superior a 12,26 megajoules por kg de MS Os animais obrigatoriamente deverão receber, diariamente, rações cuja matéria seca represente, em média, pelo menos 1,4% do peso vivo. Regularidade / aumento de oferta carnes especiais Protocolos privados (Angus, Hereford, Wagyu, Nelore...)
CONFINAMENTO
Agricultura (2012) Principais frigoríficos exportadores ABIEC Pecuária (2012)
CONFINAMENTO NO BRASIL Uso do confinamento - Estratégia de terminação 90% - Outros 10% 50% animais 100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% Nº de confinamentos 93% 15% 10% 7% 5% 0% 614 93% 95% 96% 88% 80% 98% 98% 99% 99% 99% 99% 100% 100% 100% 100% 66 35 13 9 16 4 4 2 1 1 2 1 1 1 5.074 10.119 15.165 20.210 25.255 30.300 35.345 40.390 45.436 60.571 65.616 70.661 80.752 121.113 141.294 30 5.075 10.120 15.166 20.211 25.256 30.301 35.346 40.391 55.527 60.572 65.617 75.708 116.069 136.250 Nº de confinamentos 2012 F.R.P.A 650 640 630 620 610 600 590 580 570 560 550 540 530 520 510 500 490 480 470 460 450 440 430 420 410 400 390 380 370 360 350 340 330 320 310 300 290 280 270 260 250 240 230 220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
CONFINAMENTO NO BRASIL Tipo do animal confinado - 72% Origem zebuína (ASSOCON) - Macho não castrado 84,5% - Peso de entrada no confinamento 369 kg de PV - Peso ao abate 516 kg de PV - Rendimento médio de carcaça 54% - Idade ao entrar no confinamento 20 a 27 meses - Idade ao sair do confinamento 24 a 30 meses
CONFINAMENTO NO BRASIL Sobre a nutrição de animais confinados (animais não castrados) Consumo da dieta 2,3% do PV Consumo médio de MS / dia 10,8 kg de MS Conversão alimentar 6,8 kg de MS / kg de ganho de peso Ganho de peso diário 1,5 kg / dia Dias em confinamento 90 dias Grão mais utilizado Milho (87,9%) Tipo do milho Flint duro (96,5%) Forma de uso do milho Apenas quebrado (58%) e moído fino (36%) Arrobas engordadas 6,2 @ FONTE: Oliveira et. al (2011)
CONFINAMENTO NO BRASIL Sobre a nutrição de animais confinados (animais não castrados) Eficiência alimentar 164 kg de MS / @ engordada Subprodutos mais utilizados Polpa cítrica (21%) Casca de soja (24%) Caroço de algodão (52%) Forragens mais utilizadas Silagem de milho (27%) Silagem de sorgo (24%) Bagaço de cana cru (21%) Nível médio de FDN das dietas 21% (9 a 30%) Método usado para adaptação Programa de escadas
Ágio do bezerro (%) desde 2000 55,00 52,50 50,00 47,50 45,00 42,50 40,00 37,50 35,00 32,50 30,00 27,50 25,00 27,24% 22,50 20,00 17,50 21,49% 15,00 12,50 10,00 7,50 5,00 2,50 0,00-2,50-5,00
Ágio do boi magro Goiás abril 2016 R$ 1959,49 12@ 163,29 reais / @ abril 2015 R$ 1900,11 12@ 158,34 reais / @ abril 2014 R$ 1324,69 12@ 110,39 reais / @ R$ 141,13 / @ Boi Gordo em julho/16 (15,7%) R$ 131,40 / @ Boi Gordo em julho/15 (20,5%) R$ 113,16 / @ Boi Gordo em julho/14 (-2,44%) Milho Preço do milho (ESALQ) desde 2004 50 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 28 26 24 22 20 18 16 14 12 MILHO R$ 38,76 mar/16 R$ 23,56 abr/15 R$ 24,69 abr/14
Relação de troca @ de boi gordo / sc de milho (desde 08/2004) 7,00 6,50 6,64 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,68 3,00 2,50 2,00 2,14
No cenário atual: Encurtar o ciclo de produção Entregar carcaças mais pesadas Promover ganhos líquidos de carcaça acima de 1 kg / animal Gerenciar riscos Aumentar receita Predizer rentabilidade Produzir carcaças / cortes de melhor qualidade e maior quantidade
Obrigado! Bruno de Jesus Andrade ASSOCON 62-3432-0395 bruno@assocon.com.br