Memória Oficina de Psicologia www.oficinadepsicologia.com
O que é a memória? A memória é o que nos permite registar, guardar e evocar acontecimentos. É uma das habilidades mentais mais utilizadas no dia-a-dia. A sua alteração é motivo de preocupação para muitas pessoas. Quem é que nunca ouviu as seguintes expressões? Só não perdes a cabeça porque está agarrada ao pescoço! Não te lembras de nada, deves comer muito queijo. Não sei a quantas ando. A minha memória já não é o que era! E quem é que não gostava de ter uma memória de elefante? Neste pequeno Booklet encontra informações úteis sobre a memória que não dispensam a procura de um profissional qualificado quando tiver alterações mnésicas. 2
Aspectos da memória Existem 3 estádios implicados na memória: Aquisição é a fase de codificação da informação do estímulo para as várias dimensões sensoriais experienciadas; Armazenamento que permite a manutenção da informação para utilização posterior; Recuperação - refere-se ao momento em que nos tentamos lembrar, de entre todos os outros, um traço mnésico particular). Há dois métodos importantes de recuperação: a recordação (ex: testes com questões de resposta curta) e o reconhecimento (ex: testes de escolha múltipla). Há várias formas de agrupar os conceitos da memória. Uma forma possível é em memória declarativa e memória de procedimentos. A memória declarativa é a capacidade de verbalizar um facto. A memória declarativa, por sua vez, pode ser classificada como memória imediata, memória a curto e a longo prazo. A memória de procedimentos é a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Esta é mais estável, mais difícil de se perder. 3
A memória imediata é a memória que dura de fracções de segundo a poucos segundos. Um exemplo é a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito. Estes factos são, após um tempo, completamente esquecidos, não deixando traços mnésicos. A memória a curto prazo é a memória com duração de algumas horas. Neste caso temos a formação de traços mnésicos. Um exemplo desta memória é a capacidade de se lembrar o que vestiu no dia anterior. A memória a longo prazo é a memória com duração de meses a anos. Um exemplo é a capacidade de aprender de uma nova língua. Quais as causas de perda de memória? Não existe uma causa única para a perda de memória. No entanto, os principais motivos que podem estar na origem da perda de memória são: Medicação: alguns medicamentos bem como abuso dos mesmos pode interferir com a capacidade de memória. São exemplo disso, alguns antidepressivos, anti-histamínicos, ansiolíticos, relaxantes musculares e hipnóticos. Álcool, tabaco e drogas: o abuso de álcool está associado à perda de memória. O tabaco interfere com a memória pela redução de oxigénio que chega ao 4
cérebro. Drogas ilícitas podem provocar alterações químicas no cérebro e alterar a capacidade mnésica. Não dormir: dormir bem é importante para a memória. Dormir menos do que necessita interfere no registo e recuperação de informação; Ansiedade e Depressão: a sintomatologia ansiosa e depressiva interfere com a capacidade mnésica. Alimentação: uma boa nutrição que inclua proteínas e gorduras de boa qualidade é essencial para o bom funcionamento do cérebro. Défices da vitamina B1 e B12 podem afectar a memória. Desidratação: as pessoas mais velhas estão mais susceptíveis à desidratação. A desidratação severa pode causar confusão, perda de memória e outros sintomas que podem ser confundidos com os sintomas de demência. Traumatismos Crânio-Encefálicos: os traumatismos podem provocar lesões cerebrais e perdas de memória a curto e longo prazo. Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC): os AVC s costumam causar perdas de memória, maioritariamente, a curto prazo. Demência: a demência é uma doença caracterizada pela perda progressiva de memória e de outros aspectos do raciocínio que interfere na nossa adaptação às actividades de vida diária. Outras causas: alterações da tiróide, infecções (HIV, Tuberculose e Sífilis) que afectam o funcionamento cerebral. 5
Alguns Mitos Os genes determinam o destino do cérebro A neuroplasticidade ao longo da vida dá-nos a possibilidade de beneficiar e desenvolver o nosso cérebro através das experiências que vivemos e do estilo de vida que adoptamos. Sendo assim, os nossos genes não determinam tudo o que acontece a nível cerebral ao longo da vida. O avançar da idade significa uma diminuição automática das nossas capacidades A verdade é que não há nada que permita dizer que existe um percurso fixo do desenvolvimento do cérebro relacionado com o avançar da idade. A medicação é a maior esperança para o desenvolvimento cognitivo Actualmente já podemos contar com intervenções não invasivas que têm efeitos comparáveis à medicação, com eficácia mais prolongada no tempo e sem efeitos secundários. 6
Em breve teremos a solução mágica para resolver todos os problemas cognitivos Seria bom mas é pouco provável...as respostas para estes problemas baseiam-se em abordagens multidisciplinares dirigidas para a nutrição, a gestão do stress e o exercício quer físico, quer mental. Cérebro só há um: use-o ou perca-o O cérebro é um conjunto de unidades especializadas mas a nossa produtividade e funcionamento diário dependem de várias funções e não apenas de uma isolada. Todas as actividades e exercícios cerebrais são iguais A realidade é que o nosso cérebro precisa de exercícios e actividades variadas para podermos estimular um leque alargado de funções cerebrais. Só existe uma forma de treinar o cérebro Felizmente há muitas! Podemos contar com meditação, psicoterapia, treino cognitivo, neurofeedback, etc. Todos temos uma idade cerebral Este conceito é apenas ficção, não existem duas pessoas que tenham as mesmas características cerebrais. 7
A idade cerebral pode ser invertida 10, 20, 30 anos O treino cerebral pode melhorar funções cerebrais específicas. No entanto, com base na investigação não é possível dizer que se pode inverter a idade cerebral em determinado número de anos. Todos os cérebros precisam do mesmo treino cerebral Tal como no treino físico, cada pessoa precisa adequar o treino cerebral às suas necessidades, especificidades, estilo de vida, etc. 8
Sintomas associados às queixas de memória Vou a uma divisão (quarto, sala, cozinha,...) e não me lembro o que ia lá fazer; Não me lembro do nome das personagens das novelas, de actores conhecidos, do Sr. do telejornal; Tenho as palavras debaixo da língua e não me saem; Não me lembro onde coloco as coisas; Tenho que levar sempre a minha lista de supermercado; Esqueço-me de compromissos; Esqueço-me da medicação; Tenho que voltar constantemente ao parágrafo anterior quando estou a ler; As pessoas que me são próximas queixam-se que eu lhes peço para repetir tudo; As pessoas que me são próximas notam que o meu comportamento está alterado; Baralho-me em ruas não familiares ou às vezes também nas familiares; Desoriento-me; Não me lembro de muitas coisas; 9
Dicas práticas Deixamos-lhe também um mimo: dicas diárias param se lembrar da sua Equipa da Oficina de Psicologia! Experimente, enquanto não começamos a trabalhar consigo! 1. Durma bem - Os estudos indicam que dormir é necessário para a consolidação da memória. 2. Passe tempo com os amigos e divirta-se - Uma vida com amigos e a ocupação de tempos livres com actividades de que gosta traz benefícios cognitivos. 3. Rir é bom para o seu cérebro - Quando rimos activamos múltiplas regiões cerebrais 4. Pesquise na internet Quando está a pesquisar na internet está a activar várias áreas cerebrais que estão associadas à tomada de decisão e ao raciocínio. 5. Calce uns ténis e caminhe Uma caminhada de 50 minutos 3 vezes por semana ajuda a adiar a degeneração cerebral. E se esse passeio for num parque, há estudos que indicam que melhoramos em 20% a memória e a atenção em comparação com as pessoas que caminham no meio da cidade. 6. Beba água Dê preferência ao consumo de água e, caso se aplique, reduza o consumo de álcool. 10
7. Coma Mirtilos Estudos recentes revelam que comer frutos roxos melhora o nosso raciocínio. As antocianinas (o pigmento azul que encontramos no mirtilo) são o principal responsável por estas alterações porque contêm químicos que são absorvidos em regiões cerebrais que estão associadas à aprendizagem e memória. 8. Coma gema de ovo - As proteínas, mais especificamente alguns aminoácidos são os aliados da nossa massa cinzenta. Uma dieta rica em colina, um aminoácido essencial, ajuda na formação de novas células cerebrais. Como o nosso corpo não consegue sintetizar, e daí se chamar aminoácido essencial, temos de ir buscar a colina à nossa dieta. A gema de ovo é das fontes mais ricas neste aminoácido e que nos dá quantidade suficiente para o nosso cérebro trabalhar. 9. E a clara? Também Outro aminoácido importante é a glutamina, que se encontra na clara do ovo. Assim, como vê, poucas dúvidas nos restam de que o ovo é um dos alimentos mais ricos e equilibrados para o cérebro. 11
10. E os famosos ómega-3 de que toda a gente fala? Pois bem, são ácidos gordos que não só favorecem o crescimento de novas células cerebrais como protegem as que já existem. Os ómega-3 melhoram a nossa memória e encontram-se nos peixes gordos (salmão, atum, carapau, sardinha) e nos frutos secos (nozes, amêndoas, avelãs). Já pensou que a natureza criou um alimento que faz tão bem ao nosso cérebro com uma forma que nos faz lembrar o próprio cérebro? Repare no formato da meia noz 11. Faça Puzzles - Comece pelos simples e vá aumentando a dificuldade, criando desafios constantes ao seu cérebro. 12. Controle o stresse - O stresse é um dos piores inimigos do nosso cérebro. Se não o controlarmos, vai passar a ser stresse crónico, e este destrói as células cerebrais, provocando alterações no hipocampo, a região que está envolvida na criação de novas memórias e que nos permite lembrar-nos das antigas. 13. Medite Os estudos indicam que a meditação melhora a memória, a linguagem e o processamento cerebral. 12
E para que comece a meditar já hoje, aqui fica um exercício da nossa especialista em Mindfulness. Definir tarefas (pode ser no trabalho, em casa, recados, rotinas, o que quiser, escolha por onde quer começar). Se toda a sua atenção estiver focada no que está a fazer, aquilo que estiver a fazer ficará mais bem feito e lembrar-se-á melhor de tudo o que realizou. 1. Antes de começar respire, foque a sua atenção no que está a acontecer no seu corpo, na emoção, no pensamento e também no que está a acontecer ao seu redor. 2. Comece a tarefa e enquanto a realiza, faça respirações, pausas, absorvendo a tarefa por inteiro. 3. Se começar a sentir pressa, pare, respire, relaxe o corpo e volte ao que estava a fazer. 4. Faça todas as tarefas pausadamente, utilizando a respiração e a observação. 5. Faça uma pausa com uma respiração entre uma tarefa e a outra. 13
E aqui, na Oficina de Psicologia Top Clinical, o que temos para lhe oferecer? Neuropsicologia direccionada para a Estimulação Cognitiva, Neurofeedback, Hipnose Clínica, Mindfulness, Nutrição e ainda acompanhamento psicoterapêutico ao longo de todo o processo. Fale connosco, coloque as suas questões ou marque a sua consulta através do: Telefone: 21 099 98 70 ou do e-mail: contacto@topclinical.com E visite-nos em www.topclinical.com www.oficinadepsicologia.com 14