A Utilização da Inteligência Competitiva Empreendedora nas Micro e Pequenas Empresas



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Transcrição:

A Uilização da Ineligência Compeiiva Empreendedora nas Micro e Pequenas Empresas

Maria das Graças Vieira Conadora. Mesre em Adminisração Financeira e Douora em Educação UFPB. Professora da Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa-PB. Resumo As empresas, cujas esruuras, processos e ecnologias não esejam alinhados com os negócios, erão dificuldades em sobreviver em ambienes complexos. Para sobreviverem, esraegisas de gesão êm-se apoiado em práicas como a denominada Ineligência Compeiiva, que esá fundamenada em duas grandes bases: a informação e a velocidade de seu uso. O propósio dese arigo é discuir se a ineligência compeiiva pode ser desenvolvida de forma empreendedora. Palavras-chave Pequena empresa. Esraégia. Ineligência compeiiva. Ineligência compeiiva do mercado. Ineligência compeiiva empreendedora. Absrac The organizaions, whose srucures, processes and echnologies are no aligned wih he businesses, hey will have difficulies in surviving in complex amospheres. For us o survive, adminisraion sraegiss have if leaning in pracices as denominaed Compeiive Inelligence, is based in wo grea bases: he informaion and he speed of use. This way, he purpose of his aricle is o discuss he compeiive inelligence can be developed in an enerprising way. Key words Small companies. Sraegy. Compeiive inelligence. Compeiive inelligence of marke. Enerprising compeiive inelligence. R. CRCRS, Poro Alegre, n. 134, p. 38-45, ou. 2008. Revisa do CRCRS 39

Inrodução As empresas modernas, independene da sua dimensão, esão inseridas num mercado caracerizado pela globalização da economia e por uma inensa compeiividade no desenvolvimeno de novos produos e serviços e na dispua pelo cliene. Além disso, são circundadas por um ambiene consiuído por faores e forças exernas que afeam a compeência da adminisração em aumenar e maner bons relacionamenos com seus consumidores. As mudanças no ambiene razem desafios às organizações e as afeam de diversas maneiras, o que exige definições por pare dos adminisradores a cada insane, na busca da sobrevivência e crescimeno (GULINI, 2005). Somado a isso, a economia aual passa a exigir das empresas uma posura empreendedora, e de inovação consane. Nesse cenário vem-se consolidando o uso empreendedor da ineligência compeiiva nas empresas, emergindo o conceio de Ineligência Compeiiva Empreendedora. Para os grandes gurus da adminisração, como Peer Drucker e Michael Porer, as empresas, para sobreviverem, deverão lasrear suas aividades na informação, endo em visa a ransferência do cenro de gravidade operacional denro das empresas. Esse cenro de gravidade passou dos rabalhadores manuais para os rabalhadores inelecuais. O crescimeno empresarial não esá mais baseado nos músculos, mas, sim, na mene. E é denro desa visão que a ineligência compeiiva passa de esraégica à empreendedora (BRASILIANO, 2008). A parir dessas considerações propõe-se nese rabalho a discussão sobre a imporância da aplicabilidade da Ineligência Compeiiva Empreendedora, na perspeciva de que a práica da ineligência compeiiva conribui sobremaneira ao alinhameno das informações ambienais às esraégias empresariais dessas próprias organizações. Diversos pesquisadores êm mosrado exisir uma fore relação enre e o desempenho organizacional e a capacidade de moniorar o compeiivo ambiene de negócios. Sanos (2007) relaa que Aguilar (1967) buscou verificar os meios pelos quais a adminisração obém informações imporanes sobre evenos que ocorrem no ambiene exerno da organização, com o inuio de orienar o fuuro curso de ação da empresa. Diversos pesquisadores êm mosrado exisir uma fore relação enre e o desempenho organizacional e a capacidade de moniorar o compeiivo ambiene de negócios. Aaker (1983) procurou demonsrar que para um sisema esraégico de moniorameno de informação é preciso provar ser úil por meio de informações esraégicas de baixo cuso, que o foco no objeivo das necessidades de informação aloca um esforço maior em orno dessas necessidades, as quais são relevanes e êm um efeivo sisema de armazenameno, processameno e disseminação da informação. Beal (2000) ambém esudou a ineligência compeiiva enfocando o desempenho esraégico das pequenas empresas no ambiene compeiivo e consaou uma ampla variedade de freqüência e escopo do moniorameno ambienal. A preocupação de ordenar e esclarecer o ema leva, em primeiro lugar, a delimiar com maior precisão possível o assuno foco de esudo. Assim, inicia-se esa discussão abordando a deerminação de ambiene empresarial, moniorameno do ambiene e da ineligência compeiiva. Esses esclarecimenos iniciais são relevanes à medida que fazem pare do conceio de ineligência compeiiva empreendedora. Em seguida, discorre-se sobre a ineligência compeiiva de mercado, com o inuio de mosrar a imporância de se aproveiar as oporunidades que surgem no novo cenário. Abordam-se, a seguir, aspecos sobre a aplicabilidade da Ineligência Compeiiva Empreendedora como faor fundamenal para se er o conhecimeno das mudanças do ambiene na aualidade. 1 Moniorameno do ambiene empresarial e a ineligência compeiiva Ambiene, como muias ouras áreas do comporameno organizacional, não é um conceio bem-definido. Não há consenso sobre o que consiui o ambiene de uma organização e nem sobre os ipos de quesões a serem discuidas denro do assuno ambienes organizacionais. Para Bowdich e Buono (1990, p. 143) ambiene é assim caracerizado: odos os elemenos exisenes fora dos limies da organização, e que enham poencial para afear a organização como um odo ou pare dela. De acordo com Daf (1997), o ambiene compreende os elemenos que exisem exernamene às froneiras de uma organização e êm poencial para afeá-la. Para o auor, o ambiene 40 Revisa do CRCRS

exerno da organização pode ser mais enendido quando dividido em duas camadas: o ambiene geral e o ambiene de arefa, como ilusrado na Figura 1. Figura 1: Localização dos ambienes geral, de arefa e inerno na organização. Inernacional Mercado de Trabalho Fone: DAFT, 1997, p. 45. Ambiene Geral Tecnológico Ambiene de Tarefa Clienes Ambiene Inerno da Organização Empregados Culura Políico-Geral Adminisração Fornecedores A Figura 1 ilusra as relações enre o ambienes geral, de arefa e inerno. Como um sisema abero, a organização reira recursos do ambiene exerno e devolve bens e serviços. O ambiene geral represena as camadas exernas do ambiene. Essas dimensões influenciam a organização aravés do empo, mas não esão envolvidas nas operações do dia-a- -dia. As dimensões do ambiene geral incluem a inernacional, a ecnológica, a socioculural, a econômica e a políico- -legal. E o ambiene de arefa inclui os seores que êm uma relação direa com a organização, denre eles os clienes, os concorrenes, os fornecedores e o mercado de rabalho. O inerno represena os colaboradores da organização. O ambiene cria problemas e oporunidades para as organizações. Incerezas ambienais levam a um processo de obenção de informações, pois os gesores devem idenificar oporunidades e deecar e inerprear áreas com problemas. Um ambiene de incerezas gera diversas mudanças e pode criar um reajuse organizacional, uma ensão, empurrando a organização e resabelecendo a congruência com uma nova condição ambienal. As mudanças no ambiene razem desafios às organizações e as afeam de diversas maneiras, exigindo definições por pare dos adminisradores a cada insane, Concorrenes Econômico Socioculural na busca da sobrevivência e crescimeno (GULINI, 2005). Para Gulini (2005), uma maneira para não ser surpreendido pelas mudanças ambienais é o moniorameno do ambiene, o qual compreende um processo essencial de gerenciameno esraégico, uma vez que se raa de um canal que possibilia aos adminisradores a percepção das mudanças ambienais. Pode-se considerar que o moniorameno do ambiene exerno começou muio anes de se insalar o conceio aual de ineligência compeiiva. Um dos primeiros pesquisadores a esudar o ambiene como uma fone de informação foi William Dill. Ele afirmou que a maneira mais eficaz de analisar o ambiene é vendo-o como informação que se orna disponível para que a organização, por meio de uma aividade de busca, possa er acesso (MORESI, 2001, p. 3). Auores como Kefalas (1973), Keegan (1974) e Segev (1977), ciados por Sanos (2007), aponam como principais funções do moniorameno ambienal: aprender sobre evenos e endências no ambiene exerno; esabelecer relacionamenos enre elas; verificar se os dados obidos fazem algum senido; exrair as principais implicações para omada de decisão e desenvolvimeno esraégico. Um sisema de moniorameno facilia a obenção de sinais/informações e pode ser efeivamene considerado se ele descreve as condições reraadas no ambiene, mosra sobre os avanços, oporunidades e as condições da exisência ou inexisência de problemas. Um moniorameno efeivo do ambiene vem sendo necessário para o sucesso compeiivo das esraégias (BEAL, 2000). Enreano, mais relevane que a posse de informações é saber uilizá-las, agregando valor às mesmas, aravés de um raameno adequado que possa represenar uma vanagem compeiiva quando chegar às mãos de quem decide (KÜNZEL, 2001, p. 26). Nesse aspeco, além de uma esruura física capaz de comporar a colea, raameno, disseminação e uso das informações advindas do ambiene exerno, orna-se necessário o desenvolvimeno de uma ineligência compeiiva que seja capaz de aplicar as informações reidas de forma eficaz (SOARES JR., 2004). Vale sublinhar que ineligência compeiiva é presar aenção ao ambiene compeiivo, para enender os sinais que esse ambiene esá sempre emiindo. Com isso, é possível prever os movimenos dos compeidores, dos consumidores, do governo, e odos os faores que afeam a organização (GILAD, 1994). Kahaner (1996, p. 16) afirma que a ineligência compeiiva é um programa sisemáico para garimpar e analisar informações sobre aividades da concorrência e as endências do Revisa do CRCRS 41

seor específico e do mercado em geral, com o propósio de levar a organização a aingir seus objeivos e meas. Para Gomes e Braga (2001, p. 28), ineligência compeiiva é o resulado da análise de dados e informações coleados do ambiene compeiivo da empresa que irão embasar a omada de decisão, pois geram recomendações que consideram evenos fuuros e não somene relaórios para jusificar decisões passadas. No mesmo senido, Neves (2005) relaa que a ineligência compeiiva pode auxiliar as empresas a ober melhores resulados: anecipando movimenos do macroambiene que geram impaco posiivo ou negaivo nas organizações; anecipando os movimenos dos concorrenes, fornecedores ou clienes; anecipando o surgimeno de novas ecnologias, o surgimeno de produos subsiuos ou de novos enranes; respondendo a quesões e anseios dos omadores de decisão; reduzindo o risco na omada de decisão. Porano, a ineligência compeiiva é sinônimo de capacidade de anecipar as ameaças e novas oporunidades por meio da informação validada para a omada de decisão Baaglia (1999, p. 204). Para ese auor (1999, p. 201), a ineligência compeiiva é fundamenada em duas grandes bases: a informação e a velocidade de seu uso. Eses dois componenes são a chave para o enendimeno da ineligência compeiiva, pela simples razão de que a ineligência compeiiva faz uso de ipos e fones diversas de informações em uma velocidade muio grande para moniorar desenvolvimenos de produos, processos, serviços e posições de mercado. Lembrando que a ineligência compeiiva é um processo informacional proaivo, adapável a odos os segmenos das aividades econômicas do homem, gerador de produos capazes de subsidiar planejamenos esraégicos, de moniorar o desenvolvimeno de esraégias e de faciliar o assessorameno a omadores de decisão, com visa à compeiividade dos mercados. 2 Ineligência Compeiiva de Mercado Sabe-se que, ao se analisar o conexo em que as organizações esão aualmene inseridas, verificam-se dificuldades em definir esraégias que garanam a sobrevivência desas. Dada a naureza compeiiva do mercado, se uma empresa não consegue ransformar em ação efeiva as informações de que dispõe, não conseguirá susenar ao longo do empo a sua esruura de ineligência de mercado. Pelo conrário, como o cuso da esruura de informação é muio alo e fixo, ela passará a perder compeiividade, já que erá uma esruura adminisraiva mais pesada que o necessário e repassará esses cusos ao consumidor final (GARBER, 2001, p. 28). Garber (2001, p. 33) cia ainda: [...] quando o conhecimeno de mercado represena um diferencial em relação aos concorrenes, e ese diferencial é uilizado como vanagem compeiiva de mercado, ele é chamado de ineligência de markeing ou ineligência compeiiva de mercado, fundamenal para o sucesso em mercados compeiivos e por isso cada vez mais valorizada pelas organizações. Assim, pode-se dizer que a ineligência compeiiva de mercado esá sempre colocando em quesão o aproveiameno das oporunidades, porque é preciso uilizar a informação no momeno apropriado, senão esa se perderá rapidamene com o passar do empo. Também, é necessário que a empresa desenvolva um eficiene processo de sisemaização e difusão, manendo o seu próprio banco de dados, a fim de fornecer informações rápidas e seguras a odos os níveis da organização, reduzindo, assim, incerezas e riscos de insucesso nas decisões omadas e ganhando em agilidade sobre a concorrência. Todo esse rabalho no rao da informação será exercido pelo Sisema de Ineligência Compeiiva SIC. A Figura 2 sineiza ese processo: 42 Revisa do CRCRS

Figura 2: Ineligência compeiiva de mercado. Colea Anecipar mudanças no ambiene de negócios Descobrir concorrenes novos Fone: Elaboração do auor (2008). Para Morais (1999, p. 14), Ambiene Compeiivo INFORMAÇÃO Análise INTELIGÊNCIA COMPETITIVA DE MERCADO Sisema de Ineligência Compeiiva Anecipar as ações Validação Sisema de Ineligência Compeiiva é o processo organizacional que viabiliza a colea, o raameno e a análise da informação, disseminada como Ineligência aos usuários, gerando conhecimeno para a omada de decisão, endo em visa a geração ou susenação de vanagens compeiivas, cenradas muias vezes em racionalização de cusos e diferenciação de produos, serviços e processos. No mesmo senido, complemena Baaglia (1999, p. 204): Difusão Aprender sobre as mudanças O Sisema de ineligência compeiiva é o processo organizacional de colea e análise sisemáica da informação, disseminada como ineligência aos usuários, em apoio à decisão, nos níveis esraégico e áico. Ineligência é o resulado que começa com a colea de dados. Esses dados são organizados e ransformados em informação, que, depois de analisada e conexualizada, ransforma-se em ineligência. Esa, por sua vez, aplicada aos processos decisórios gera vanagem compeiiva para a organização. Traa-se, porano, de um processo conínuo em que a informação é ransformada em conhecimeno no processo decisório da empresa. Gomes e Braga (2001) enfaizam que a uilização de Sisemas de Ineligência Compeiiva em organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande pore, em os seguines objeivos, denre ouros: anecipar mudanças no ambiene de negócios; descobrir concorrenes novos ou poenciais; anecipar as ações dos auais concorrenes; e aprender sobre mudanças políicas, regulaórias ou legislaivas que possam afear seu negócio. Todavia, Gomes e Braga (2002) e Vasconcelos (1999) ressalam a necessidade de se preparar a empresa para receber um sisema de ineligência compeiiva para que ese não seja mal-inerpreado. Lembramos que os sisemas de Ineligência Compeiiva são exclusivos de cada empresa, pois seus projeos baseiam-se fundamenalmene nas necessidades de informação esraégica e nas necessidades de recursos exisenes (BATTAGLIA, 1999, p. 204). Pode-se ressalar, ainda, que um Sisema de Ineligência Compeiiva deve expressar simplicidade, buscando valorizar mais os resulados que a infra-esruura, com visão proaiva, anecipando as exigências e expecaivas do mercado aual, caracerizando- -se assim como uma Ineligência Compeiiva Empreendedora. 3 A Ineligência Compeiiva Empreendedora A sobrevivência no aual ambiene de negócios depende da consrução e aplicação de uma boa esraégia, apoiada em inovação e criaividade, o que exigirá da organização conhecer e anever o que ocorre ao redor do empreendimeno, percebendo as ameaças e anecipando as oporunidades de crescimeno. Assim, enando reduzir o naural isolameno vivenciado pelos omadores de decisão, em meio a ambienes empresariais de incereza e compeiividade crescene, emerge a ineligência compeiiva. Diane de um ambiene alamene compeiivo e de rápidas mudanças a ineligência compeiiva surge como um processo de apoio à decisão. O processo decisório adoado pelas organizações em ínima ligação com o sisema de ineligência, pois ese sisema visa a fornecer subsídios para a melhor omada de decisão (ARAÚJO; CÂN- DIDO; SILVA FILHO, 2004, p. 2). O serviço de ineligência nos dias de hoje consise em perseguir as informações desejadas ao processo decisório por meio das redes de relacionamenos inerpessoais, o que implica em criar muias ligações e fazer pesquisas ou invesigações, quando necessário. Nessa acepção, oda a sociedade não passa da junção de redes enrecruzadas de informações. As redes permiem dominar a complexidade do ambiene no qual uma organização aua, na aualidade. Uma das áreas de mais rápido Revisa do CRCRS 43

crescimeno da ampliação de froneiras organizacionais é a ineligência compeiiva. Pequenas e grandes empresas esão monando deparamenos de ineligência compeiiva ou conraando especialisas exernos para colea de informações sobre os compeidores. A ineligência compeiiva proporciona aos execuivos de opo um modo sisemáico de colear e analisar informações sobre os concorrenes e uilizá-las para omar melhores decisões (WESTERN, 1995, p. 22-23). Organizar dados, ransformando-os em informações com valor agregado e aprender udo sobre o concorrene, capando informações sobre seus produos e serviços, processos de produção e méodos e esilo de adminisração são ações que levam a empresa a alcançar uma gesão ineligene. Essas esraégias inegram o conceio de ineligência compeiiva empreendedora. Levanando-se o esado da are da ineligência compeiiva empreendedora, Sapiro (1993, p. 108) afirma que o grande desafio é enender as organizações como organismos sociais ineligenes. Quano mais ineligenes, mais chances erão de sobreviver e se desenvolverem. Sendo a Ineligência Compeiiva Empreendedora uma área emergene de conhecimeno, não exise um conceio plenamene formado e muias quesões sobre a sua implemenação eficaz nas organizações de diversos seores da economia precisam ainda ser mais bem invesigadas e definidas. A Ineligência Compeiiva Empreendedora em um papel imporane denro das organizações independene da sua dimensão. Ela possibilia reduzir a incereza, em que o gesor esraegisa em pouco ou nenhum conhecimeno ou informação para uilizar como base para a omada de decisão. Assim, no cenário de incerezas, de compeição acirrada e de mudanças freqüenes, em que as organizações esão inseridas a Ineligência Compeiiva Empreendedora orna-se uma aliada, uma vez que, permie às empresas, de forma legal e eicamene, idenificar os componenes-chaves e as esraégias do seu compeidor. A Ineligência Compeiiva Empreendedora é um processo informacional proaivo que conduz à melhor omada de decisões, seja ela esraégica ou operacional. É um processo sisemáico, que visa a descobrir as forças que regem os negócios, reduzir riscos e conduzir o gesor a agir anecipadamene, bem como proeger o conhecimeno gerado. Vale sublinhar que um faor fundamenal para o sucesso de qualquer operação de Ineligência Compeiiva Empreendedora é aender às reais necessidades do usuário, ou seja, quais os procedimenos mais adequados para se ober as informações e que recursos são mais apropriadas para colear, armazenar e disseminar a informação, mas, se deve fazê-lo de modo que a organização aue em decorrência da ineligência obida, e, conseqüenemene, enha sucesso no empreendimeno em visa. (ARAÚJO; CÂNDIDO; SILVA FILHO, 2004, p. 4) Nesse senido, a Figura 3 apresena as eapas do processo responsável pela formação da ineligência compeiiva empreendedora. Figura 3: Eapas da formação da Ineligência Compeiiva Empreendedora. ] Idenificação dos sakeholders Colea de dados Colea de dados de campo publicados - Comprovação dos dados - Copilação dos dados ]] - Caalogação dos dados - Condensaçao dos dados - Comunicação dos dados Recursos Aplicados Fone: Adapado de Porer (1986). O foco principal da Ineligência Compeiiva Empreendedora é analisar as caracerísicas e aividades do concorrene no mercado, focalizando-se nas informações que nos dizem onde e como desenvolver esraégias de aaque ou defesa, objeivo fundamenal e vial para o sucesso dos negócios no mundo globalizado. Porano, Ineligência Compeiiva Empreendedora visa à idenificação das oporunidades ainda emergenes no mercado, bem como à capaciação da organização no senido de ober novas vanagens compeiivas para aender às necessidades provenienes das novas oporunidades. Conribui, desse modo, para que a informação cera eseja no momeno cero à disposição da organização, para orienar o processo decisório e o planejameno esraégico, melhorando o posicionameno esraégico da empresa frene a seus concorrenes. Considerações finais Percepção de fuuro. O que é necessário saber. Proaividade. Tomada de decisões. Com a crescene compeiividade dos mercados e a rápida evolução ecnológica, é fundamenal que as empresas enham grande versailidade em suas decisões, e, para isso, é necessário que enham em mãos informações precisas e aualizadas; logo, devem-se valer da Ineligência Compeiiva Empreendedora. Esa é um diálogo permanene enre redes e fones de informação, esruurada em orno de pergunas e Dados Informação Ineligência Compeiiva Empreendedora 44 Revisa do CRCRS

resposas bem colocadas. Observando-se aenamene o que esá ocorrendo no ambiene dinâmico e compeiivo, anecipando às expecaivas dos clienes e anevendo-se à concorrência. A Ineligência Compeiiva Empreendedora orna-se um elemeno esraégico das pequenas organizações na busca de vanagem compeiiva. Esa meodologia permie que pequenas empresas anecipem fuuras direções e endências do mercado, em vez de meramene reagir a elas. Visa, porano, a fornecer subsídios para uma melhor omada de decisão. Aé porque a Ineligência Compeiiva Empreendedora não exige o conhecimeno e o uso de écnicas sofisicadas, ou o desenvolvimeno de novas habilidades que já não esejam disponíveis na maioria das empresas. De fao, ela esá focalizada nas compeências, habilidades e écnicas já exisenes, mas em uma direção e num propósio que, esses sim, são novos em muias empresas. Ela permie que os omadores de decisão se anecipem às endências do mercado e à concorrência, idenificando ameaças e oporunidades do ambiene de negócio para definirem as ações adapadas às esraégias de desenvolvimeno da empresa. Logo, a Ineligência Compeiiva Empreendedora proporciona o conhecimeno das oporunidades e ameaças idenificadas no ambiene, que poderá insruir as omadas de decisão, visando à conquisa de vanagem compeiiva. AAKER, D.A. Organizing a sraegic informaion scanning sysem. California Managemen Review, v. 25, n. 2, 1983. AGUILAR, J.F. Scanning he business environmen. Torono, ON: Macmillian, 1967. ARAÚJO, N.M.; CÂNDIDO, G.A.; SILVA FI- LHO, J.F. Ineligência compeiiva e processo de omada de decisão: um esudo de caso no seor público. XI SIMPEP Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004. BOWDITCH, J.L.; BUONO, A.F. A primer on organizaional behavior. 2nd. ed. New York: John Wiley & Sons, 1990. BATTAGLIA, M.G.B. A Ineligência Compeiiva modelando o Sisema de Informação de Clienes. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 200-214, maio/ago. 1999. BRASILIANO, A.C.R. Ineligência compeiiva como alavanca da informação esraégica e a segurança empresarial. Disponível em: <hp://www.seguranca.com. br>, acessado em 25 de março de 2008. BEAL, R. Compeing Effecively: Environmenal Scanning, Compeiive Sraegy, and Organizaional Performance in Small Manufacuring Firms. Journal of Small Business Managemen, v. 38, p. 27, January 2000. DAFT, R.L. Managemen. 4.ed. The Dryden Press, 1997. GARBER, R. Ineligência compeiiva de mercado. São Paulo: Madras, 2001. Referências GILAD, B. Business blindspos. Infonorics, 1994. Cap. 1. Disponível em: <hp://www. infonorics.com/publicaions/giladchaper.hml>. Acesso em: 10 abr. 2008. GOMES, E.; BRAGA, F. Ineligência compeiiva: como ransformar informação em um negócio lucraivo. Rio de Janeiro: Campus, 2001. GULINI, P.L. Ambiene organizacional, comporameno esraégico e desempenho empresarial: um esudo no seor de provedores de inerne de Sana Caarina. Disseração de Mesrado da Universidade do Vale do Iajaí. Biguaçú, 2005. KAHANER, L. Compeiive inelligence. New York: Simon & Schuser, 1996. KÜNZEL, A. A análise esraégica como orienação ao processo de ineligência compeiiva (IC) num caso empresarial do segmeno indusrial alimenício do Vale do Taquari (VT/RS). Disseração. Programa de Pós-Graduação em Adminisração (PPGA/ EA/UFRGS). Poro Alegre, julho de 2001. MORAIS, E. Ineligência compeiiva: esraégias para pequenas empresas. Brasília: GH Comunicação, 1999. MORESI, E.A.D. Ineligência organizacional: um referencial inegrado. Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 30, n. 2, maio/ago. 2001. Disponível em:<hp:// www.scielo.br/scielo.php?scrip=sci_ arex&pid=s0100-19652001000200006>. Acesso em 19 março 2008. NEVES, R.A Ineligência compeiiva aplicada nas organizações do conhecimeno. 26 se. 2005. Disponível em: <hp://www. adminisradores.com.br/arigos a_ineligencia_compeiiva_aplicada_nas_organizacoes_do_conhecimeno/11366/>. Acesso em 18 fev. 2008. PORTER, M.E. Esraégia compeiiva: écnicas para análise de indúsrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986. SANTOS, E. dos. Moniorameno esraégico ambienal em empresas de disribuição um esudo de caso. Universidade de São Paulo. Disponível em: <hp://www. ead.fea.usp.br/semead/8semead/ resulado/rabalhospdf/149.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2007. SAPIRO, A. Ineligência empresarial informacional: a revolução informacional da ação compeiiva. Revisa de Adminisração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 33, n. 3, p. 106-124, 1993. SOARES JR., E. e al. Ineligência: colaborando para compeir. XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004. TYSON, K.W.M. The complee guide o compeiive inelligence. Chicago, Illinois: Kirk Tyson Inernaional, 1998. WESTERN, K. Ehical Spying. Business Ehics, p. 22-23, se./ou. 1995. Revisa do CRCRS 45