ambiente O mago que descomplica o branding Ricardo Guimarães Destaque Competências humanas como diferencial



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Transcrição:

ambiente Publicação da Marelli Ambientes Racionais Ano 9 - nº 21 Outubro de 2013 Ricardo Guimarães O mago que descomplica o branding Destaque Competências humanas como diferencial Artigo Técnico A cor nos espaços corporativos Boas Práticas Corporativas Sustentabilidade Certificada

Julio Soares Diferentes por opção Ainda comemorando nossos 30 anos, não há como não debruçar-se um pouco sobre o que foi feito, o que estamos fazendo e, obviamente, programar os muitos caminhos que teremos à frente. Acho que temos bem marcado o que fizemos até aqui, com muitas estratégias nas quais tivemos virtudes e outras, nem tanto. Porém, digo que uma delas, que considero diferenciadora, foi a de não seguir estritamente os mandos do nosso setor, essencialmente no que tange a Foco e Posicionamento. Não quero que entendam como arrogância, mas no nosso entendimento não dá para ofertar tudo a todos. Na medida em que a oferta se alarga demais, proporcionalmente enfraquecemos a capacidade de atender bem. Queríamos sim o reconhecimento pela oferta, embora mais estreita, porém consistente. Ter uma alta avaliação pela qualidade, rapidez, melhores serviços, sem necessariamente ser mais cara, era a nossa convicção. Demoramos algum tempo até sermos compreendidos, diante da larga oferta que a maioria dos nossos concorrentes costumavam apresentar. Alguns anos se passaram e hoje nossos clientes e arquitetos nos percebem como uma empresa de alta relação custo-benefício. Somos reconhecidos em todas as pesquisas feitas pelos melhores veículos especializados nacionais, como uma empresa de excelência operacional. Somos a maior em faturamento, a melhor em lucratividade. Nossa rede chega este mês ao número de 40 lojas exclusivas e padronizadas. Por falar em padronização, digo que pioneiramente, no final de setembro 10 delas estarão certificadas pela ISO 9001, com previsão de chegarmos a 20 no final de 2014. Escolhemos ser diferentes no trato com as pessoas e guindados pela inteligência, força e determinação delas, somos disparadamente a mais produtiva do setor. Nos últimos 10 anos sempre tivemos nosso nome listado nas pesquisas de Melhores Empresas para Trabalhar e bom ambiente de trabalho é um potencial fator de resultado. Enfim, para continuar à frente, o nosso ciclo precisa ser renovado constantemente. Temos que continuar identificando as melhores oportunidades, estejam elas no mercado ou na operação, porém em todas elas: sem medo de sermos diferentes! Rudimar Borelli Presidente

Sumário 06 Espaço Aberto O mago que descomplica o branding 27 Destaque Competências humanas como diferencial 12 Cases Conheça os projetos instalados pela Marelli nas empresas AES, Agriness, EPL e El Deber Errata Diferente do divulgado na página 49 da Revista Ambiente nº 20, as Perspectivas 3D do Escritório-conceito da Marelli foram desenvolvidas pela empresa WD Projetos. 38 Artigo Técnico A cor nos espaços corporativos 44 Boas Práticas Corporativas Sustentabilidade certificada: selo Leed atesta internacionalmente construções verdes 12 27 38

Expediente Foto: Acervo pessoal A revista Ambiente é uma publicação da Marelli Ambientes Racionais editada em português e espanhol. Dirigida a arquitetos, especificadores, clientes, fornecedores e entidades do segmento de mobiliário corporativo e arquitetura no Brasil, Bolívia, Paraguai, Chile, Peru e Uruguai. Sede: BR 116, Km 142, nº 11.760 CEP 95059-520 Caxias do Sul RS Fone: 55 54 2108.9999 marelli@marelli.com.br www.marelli.com.br Presidente: Rudimar Borelli Diretor Administrativo-Financeiro: Daniel Mazzocchi Diretor Industrial e de Recursos Humanos: Francisco Santos Gerente de Vendas e Marketing: Daniel Fachini de Castilhos Gestora de Marketing: Claudiana Albé Chaves 06 44 Redação: Rua Sinimbu, nº 2222, 7º andar Centro CEP 95020-510 Caxias do Sul RS Fone: 55 54 3202.2020 www.studiodesign.com.br Escreva para a redação: jornalismo@studiodesign.com.br Diretor Publisher: Augusto Bellini Textos: Adriana Schio (MTb 8107), Domenique Grigolo (MTb14540), Guilherme Arruda (MTb 3691) e Vivian Kratz (MTb13620) Jornalista Responsável: Domenique Grigolo (MTb14540) Direção de criação: Anderson Trassi Arte-final: Anderson Fochesato Revisão: Sheila da Rocha e Sabrina Leme Produção gráfica: Thaís Coll Pigozzo Impressão off-set: Editora São Miguel Tiragem: 17.000 exemplares em português e 1.500 exemplares em espanhol Versão e revisão para o espanhol: Milton H. Bentancor É permitida a reprodução de artigos e matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião da Marelli e da StudioDesign.

Espaço Aberto O mago que descomplica o branding O que vem à sua mente quando a imagem da maçã da Apple aparece na sua frente? De modo geral, associa-se a produtos de fácil utilização, bonitos e que proporcionam diversão. Estes são alguns dos atributos agregados a esta empresa. É possível adicionar outros, como segurança, mas o que importa mesmo é que o consumidor acaba formando uma cultura unificada à Apple que lhe permite fazer comparações com outros produtos e, no final das contas, fazer a opção. Pense agora por um momento no nome Natura. O que lhe vem à mente? Se você respondeu que é um jeito de se relacionar com beleza, com a natureza, de vender e consumir saiba que uma das pessoas que participou desse esforço foi Ricardo Guimarães, 64 anos, sócio diretor da Thymus, de São Paulo. Guimarães é um dos mais respeitados profissionais na gestão de marcas e um dos introdutores do branding no Brasil, reconhecido internacionalmente. O branding é o conjunto de atributos intangíveis associados a uma empresa, como se viu nos exemplos da Apple e da Natura, e difere da marca, que são as características tangíveis de uma marca ou empresa. Branding é a relação que o consumidor tem a respeito de um produto ou serviço, um reconhecimento, uma associação positiva, é a imagem que reúne o sentimento que se tem por determinada marca, portanto, vai além da logomarca e da imagem visual. Esse conceito se estende aos funcionários, conta Guimarães. Qualquer funcionário de uma empresa trabalha lá porque a empresa o escolheu, deu aval para que ele fizesse parte do grupo. É como se, indiretamente, a empresa dissesse: Bem, este cara é legal. Quando esta pessoa participa de um evento o que costumeiramente se diz? Chegou o cara da empresa tal. É assim, de forma descontraída, que Guimarães nos insere neste fantástico mundo. Dono de uma carteira de clientes do porte das Organizações Globo, Banco do Brasil, Monsanto e HP, ele falou à revista Ambiente no seu espaçoso escritório na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. 6 Revista Ambiente Outubro 2013

Entrevista Ricardo Guimarães Fotos: Divulgac,ão Ambiente Existe uma receita para posicionar uma marca no mercado? Ricardo Guimarães Posicionamento de uma empresa é o terceiro estágio de definição de identidade dentro de um contexto de mercado. A primeira tarefa do branding é conscientizar a empresa sobre o pensamento dela para fazer aquele negócio. Por exemplo: a Apple diz que o homem não deve se submeter às máquinas e aí decidem fazer máquinas cada vez mais fáceis de serem usadas e os valores passam a ser beleza, simplicidade e diversão. Isto é a essência, a inspiração da Apple. Bem, aí ela coloca isso nas experiências que vai proporcionar, seja nas lojas, seja em um produto, seja num atendimento telefônico. Tudo vai ter este jeitão de ser simples, bonito e divertido. Além disso, começa a ter algumas comparações com outras marcas. Você acaba tendo uma circunstância de mercado em que o consumidor tem uma cultura de experiência de consumo ao formar critérios para perceber uma marca ou outra. Você decide como você quer se posicionar e que atributos quer que sejam percebidos na sua experiência de marcas. Além de simples, bonito e divertido você quer ser percebido como seguro. É outro atributo. Você define atributos que, no conjunto, vão diferenciar sua marca. Ambiente A empresa, sozinha, consegue perceber isso ou precisa de ajuda para identificar que atributos ela quer passar para o público? RG É difícil ter uma regra. Em geral, uma empresa com determinado porte e a presença do fundador não precisa de ajuda externa. Na medida em que ganha concorrentes e ela própria (a empresa) cresce, começa a aparecer gente com muita opinião, divergência sobre visões estratégicas, bem, aí é bom ter ajuda externa para alinhar estas visões. Graças a Deus, porque aí consigo oferecer alguns serviços (risadas). Ambiente Marca regional sofre algum tipo de preconceito em relação a uma marca nacional? RG O regional pode ser bom como pode ser ruim. Não tem uma lei. Vinho, por exemplo, tem o terroir que faz toda a diferença de uma região. Revista Ambiente Outubro 2013 Espaço Aberto 7

Ambiente O propósito de uma marca é agregar rentabilidade ao negócio da empresa? RG No sentido de que reduz custo do crescimento, um dos benefícios é a rentabilidade, sim. Pode ser também a agilidade de crescimento; depende da estratégia da empresa. Ambiente Uma marca bem posicionada reduz o esforço de venda? RG Com certeza. Veja as filas que se formam nas lojas que vendem produtos da Apple. Já viu propaganda da Apple? O produto fala por si. Ambiente Como recuperar o valor de uma marca quando ela tem sua imagem arranhada? RG Há marcas que saem dos problemas melhor do que quando entraram. Toda organização está sujeita a acidentes de percurso. Quando acontece alguma crise este é o momento no qual a marca exibe seus valores. Há cases interessantíssimos de marcas de alimentos que tiveram linhas sabotadas e o presidente veio a público e disse: não comprem este produto. O fato de ele dizer isso aumenta a credibilidade da marca daquela empresa. Ambiente Os empresários, de um modo geral, sabem o valor das marcas que possuem em mãos? RG Há dias que eles sabem e há outros que não sabem (risadas). É conforme a lua. Você não registra o valor da marca no balanço. Mensurar o valor da marca como ativo é muito difícil e eles acabam negando, não porque não achem que tem valor, mas porque não sabem medir. Se você perguntar para qualquer empresário ele vai dizer que a marca é muito importante, mas será que ele está gerenciando, alocando recursos necessários? Não sei. Ambiente Marcas bem posicionadas podem ser referências no mercado, mesmo não sendo líderes no seu segmento? RG Com certeza. A TAM, por exemplo, nunca foi líder de mercado enquanto existiu a Varig. E era referência em atendimento e serviço, lembra? Quando a Varig saiu de cena é que ela virou líder. Você não precisa ser líder em volume. Pode ser líder em outros aspectos, em qualidade, inovação... Ambiente Pesou muito a figura do comandante Rolim... RG Com certeza. É aí que destaco a presença do presidente; ele ajuda a construir a marca. Se ele é o fundador, sempre ajuda. É a figura mais visível de uma organização. Ambiente Uma marca precisa estar constantemente bem alimentada? RG Não existe nada pronto. O que faz a vida divertida é que nada é igual de um minuto para outro. Não diria alimentar, diria cultivar. Marca é um significado. O que é este significado? É algo alimentado por experiências; experiências que consumidores, funcionários, investidores e fornecedores têm. É uma interação permanente. Se a marca pega, o consumidor se julga dono dela. Ele se identifica. Sempre falo que a empresa é um instrumento de criação de valor para a marca. Não é a marca um instrumento da empresa. Ambiente Para ter uma marca não significa que precisa sair fazendo IPO (Oferta Pública Inicial) por aí? RG Não, claro que não. Marca independe de você ter um valor econômico de mercado. Ambiente Como lidar em um mercado onde não há fidelidade do consumidor a uma marca? RG Nunca fomos fiéis a nada. Achávamos que éramos fiéis porque não havia alternativas. Antigamente éramos fiéis a uma loja porque não havia opção. Hoje a marca fica importante justamente porque os vínculos são mais frágeis. E porque hoje o ritmo de inovação é muito grande. Ninguém é bobo. Se outra empresa oferece os mesmos benefícios e é mais barato vou ficar fiel por quê? O consumidor hoje é fiel e inteligente. Ambiente Consumidor pode derrubar uma marca? RG Pode, se ela tiver pé de barro. Sujeito entra na Internet, posta um comentário e se tiver um fundo de verdade, corre como rastilho de pólvora. Agora, se postou uma mentira, pode acreditar, os próprios consumidores vão se encarregar de desmentir. Ambiente Excesso de informação influencia a construção de uma marca? RG Acredito que não. Se há muita informação sobre aquele assunto, o valor da marca vai dar um significado. O que é uma revista? É um bando 8 Revista Ambiente Outubro 2013

de gente, que entende de uma determinada área, que tem olhar sobre aquele segmento, e que combina com os leitores o seguinte: de vez em quando eu vou vir aqui contar o que está acontecendo no mundo que vai te interessar. Quanto mais assunto tiver sobre este ramo, mais este título de revista vale, porque você vai pegar tudo que há no mundo e organizar para seu leitor. Ele vai ficar sossegado e dizer: que bom que esta revista existe. Ambiente Marca é um conjunto de significados, certo? Como mensurar o valor de uma marca? RG Depende. Para que você quer saber o valor de uma marca? Vai vender para alguém? Ambiente Se for por pura curiosidade, apenas... RG Bem, aí você faz a conta que quiser. Inventa uma fórmula, reúne várias marcas e faz comparações umas com as outras. Se você quer vender, precisa saber o que o comprador vai fazer com sua marca. A marca tem dois valores. Tem o valor para a empresa, na qual gerencia um ativo para reduzir custo de crescimento. Veja o exemplo da Unilever. Quando diz que 15% de intenção de compra são atingidos, isto representa um custo para ela, seja em velocidade ou financeiro a publicidade que deixa de usar, promoções que deixa de fazer. O outro valor é o de mercado caso você queira vender para alguém, mas precisa ver o que o sujeito vai fazer com a marca. Ambiente Há algum significado nos rankings que apontam marcas mundiais como a Apple valendo US$ 150 bilhões? RG Isto tem a ver em geral com empresas de capital aberto. Aí existe a possibilidade de fazer avaliações; determinar valor de mercado, projeções de resultados futuros, porque informam estes números ao mercado. Se você não for vender, Revista Ambiente Outubro 2013 Espaço Aberto 9

não serve para nada. Ambiente Existe descompasso entre a evolução das sociedades e a evolução das marcas? RG Nunca pensei nisso. Não sei dizer, porque o conceito de marca muda ao longo do tempo. Antigamente, marca era imagem; a logomarca, a identidade visual. Depois virou imagem. Hoje marca é uma cultura. Veja o caso da Natura. Natura é um jeito de se relacionar com beleza, com a natureza; um jeito de extrair produto, de transportar produtos; de vender e um jeito de consumir produto. Existe um jeito Natura de pensar e fazer. Ambiente Este é um daqueles cases típicos que poderíamos classificar como case ideal? RG É um dos cases mais fortes que temos. De qualquer ângulo que você entra em contato com a empresa percebe uma consistência de sua identidade. Todas as experiências pertencem a um corpo de ideias, de uma visão de mundo. Ambiente O ideal seria que as empresas tivessem este conjunto? RG Exatamente. Ambiente E quando a segunda geração entra na empresa, como isso funciona? RG Se o herdeiro estudou, o que acontece? Esse filho vai sistematizar a organização, colocará padrões e controles para garantir expansão. Isto é um processo para garantir a qualidade; o crescimento com qualidade. Esta é a segunda fase de toda empresa. Hoje está claro que, se deixar a empresa com estes controles, ela não inova. Ambiente Ela fica engessada? RG Ele engessa de propósito. Ambiente E a inovação? RG Inovação nasce da crítica. É quando alguém diz: isto pode ser mais rápido; pode ser mais econômico, mas, em geral, em uma cultura de padrões de controles, as pessoas foram educadas para concordar e não para discordar. Precisa fazer a ruptura. Precisa fazer com que as pessoas tenham as suas próprias ideias. Uma pessoa que ama o controle e padrões é uma heresia. Ambiente Não há o risco de se formar uma marca bipolar; uma hora age de um modo; outra hora de outro? RG Interessante a pergunta. Empresa em si não tem valores. Quem tem valores são as pessoas que dirigem esta empresa. A marca tem um significado e aí você já perde o controle sobre a marca, mas você pode influenciar a marca. Se há troca de liderança na empresa e esta liderança não pensa como os antecessores, à medida que vai tomando decisões as pessoas que alimentam aquela marca começam a se perguntar: não estou entendendo. Em geral, ou este CEO (ou diretoria) é demitido, porque não consegue atender ao mercado, ou estes caras apresentam um padrão novo de evolução e o pessoal continua, mas existe uma interação. É muito vivo, não há fórmula, receita. Precisa estudar o caso. Ambiente Vivemos uma época de customização. Uma marca lida com customização? RG Compre um carro e veja isso de perto. Antigamente, customizar custava caro. Hoje não. É de fazer o (Henry) Ford virar na tumba. Ambiente O fato de as pessoas estarem mudando seus hábitos de forma mais frequente, impactará na forma como elas percebem as marcas com as quais estão acostumadas? RG Marca é um compromisso intangível que vai ser materializado com as tecnologias da época. Ambiente O que pode influenciar uma pessoa a mudar de opinião sobre uma marca? RG Tudo. Uma marca pode optar por um segmento, por um estilo ou uma tecnologia que a pessoa não gosta. Ela muda o conjunto de benefícios ofertados. O que aconteceu quando foi descoberto que o tênis da Nike fabricado na China empregava mão de obra infantil? O preço da ação caiu 20 pontos na bolsa de Nova Iorque. Quem foi que provocou isso? As crianças, que leram a notícia. A rede distribuidora também deixou de comprar, os investidores recuaram, ou seja, não tem nada a ver com o conforto, benefícios ou o preço do tênis. Nada disso. Ambiente Como ela contornou isso? RG A Nike nunca tinha se dado conta que a marca era muito maior que a empresa (a Nike não tem fábricas próprias). Doença vem para desenvolver saúde, não é mesmo? Depois disso ela se tornou a melhor recrutadora, a melhor capacitadora e a melhor fiscalizadora de terceirizados no mundo. Ela desenvolveu uma competência de gestão dos terceirizados extraordinária. Gerenciar a marca atualmente tem um tanto de criação de valor e um tanto de gerenciamento de risco. Ambiente Fazer propaganda basta para recuperar uma marca? RG De jeito nenhum. Primeiro precisa saber o problema. Por que perdeu valor? Por que perdeu confiança? Por que perdeu clientes? Deve ter perdido a criatividade. Precisa reconectar as fontes de inspiração. Começa dentro da empresa. É preciso recrutar gente que tenha as mesmas crenças da empresa, os mesmos valores. Roteiro de entrevista não pergunta quais são os seus valores - em que você acredita, por exemplo. Aí mora o perigo ou a chance do sucesso. O branding fala em procurar o perfil do profissional da marca; que fala das habilidades, das competências e dos valores. Ambiente Muitos especialistas já falam em um Novo Branding, com 10 Revista Ambiente Outubro 2013

estratégias cada vez mais focadas em valores. É verdade? RG Sim. A gente vive uma época de muita inovação. De muito aprendizado. Produzindo conhecimento sobre todos os aspectos; ciência, corpo humano, natureza, numa velocidade absurda. Estamos vendo que muitas coisas que acreditávamos estarem certas, estavam erradas. Antigamente, as pessoas vendiam produto numa faixa de preço e num ponto de venda em que a propaganda falava dos benefícios: dura mais; é mais gostoso. O produto é que era vendido. Nesse ritmo de inovação, mudam-se os benefícios, os canais de distribuição. Você precisa ter compromisso com o consumidor que não é o produto em si, mas a marca. Inicia-se o processo de intangibilização. O compromisso da marca é a eficiência, a franqueza, o meio ambiente e a agilidade, que ela vai entregar com a tecnologia que for, com o canal que for, com a variedade que for. Ambiente Os fabricantes de aparelhos de celulares são exemplos típicos disso? RG Exatamente. Veja o exemplo da Unilever. Quando estragava a roupa a pessoa queria reclamar com o senhor OMO, que não existia. Ela tinha 1600 marcas de produtos e você não sabia da marca Unilever. Na medida em que a sociedade foi evoluindo e os consumidores foram vendo seus direitos, ela amadureceu e começou a relação do consumidor com a marca corporativa. Chegou a tal nível de gerenciar a relação que nem era mais o produto apenas; era com a empresa que tinha algumas competências: de qualidade, de práticas socioambientais corretas, de distribuição, política de preço justo. Não importa o produto que a Unilever vai fazer. Esses produtos serão beneficiados por essas competências corporativas. Quando a empresa leva isso ao mercado, ela já tem o benefício de saber que a dona de casa, ao ver que um determinado produto é da Unilever, tem 15% de intenção de compra desse produto, sem saber que produto é. É o que se chama de goodwill (ativo intangível) que faz com que se reduza o custo de crescimento da empresa ou do produto. É por isso que no branding marca é tratada como ativo estratégico e não como instrumento de marketing. Instrumento de marketing é simplesmente para vender. O ativo estratégico reduz custo de crescimento. Ou seja, não é só vender. É vender a um custo menor. Toda organização está sujeita a acidentes de percurso. Quando acontece alguma crise este é o momento no qual a marca exibe seus valores. Revista Ambiente Outubro 2013 11

Cases O projeto baseado no compartilhamento de estações de trabalho pedia um mobiliário funcional e moderno. Espaços compartilhados Solução O novo momento da empresa com a inauguração da nova sede e a integração dos profissionais pedia um mobiliário que oferecesse a funcionalidade e a modernidade, propostas num projeto de compartilhamento de estações de trabalho. Dessa forma, os móveis Marelli mostraram-se a escolha mais adequada para compor as áreas operacionais e gerenciais, além de salas de reunião e treinamento, trazendo aos ambientes interação, versatilidade de layout, conforto e estética. 12 Revista Ambiente Outubro 2013

1 1 Seguindo o conceito open space, com estações de trabalho amplas e pequenas divisórias, a linha Open foi a escolhida para o conforto dos usuários nas Salas de Treinamento. 2 2 A identidade visual da empresa foi reforçada com a aplicação das cores da marca nas divisórias das Salas de Treinamento, possibilidade que a linha Open oferece. Revista Ambiente Outubro 2013 Cases 13

Projeto Ficha Técnica Foram adotadas cores neutras para as estações de trabalho a partir da linha Job, um mobiliário contemporâneo que une praticidade e eficiência, ajudando a organizar e simplificar o dia a dia. Cliente: AES Brasil Local: Barueri - SP Instalação do projeto: Setembro de 2012 Área total: 16.000 m² Postos de trabalho: 1.600 postos Produtos utilizados: Linhas Open e Job Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Cláudia Andrade e Marcos Azevedo Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa Loja responsável pela execução: Marelli São Paulo Vila Olímpia Fotos dos ambientes: Arnaldo Pereira 14 Revista Ambiente Outubro 2013

Situação A AES Brasil, empresa do Grupo AES Corp., atua no setor elétrico brasileiro, desde 1997, com empresas de geração, comercialização e distribuição de energia: AES Eletropaulo, AES Sul, AES Uruguaiana e AES Tietê. A empresa necessitava reunir em um mesmo espaço os 1.600 funcionários que estavam espalhados em quatro locais. Por isso, foi instalada uma nova sede para que os colaboradores estivessem integrados num único prédio, este com sete andares no bairro Alphaville. Foto: Luiz Fernando Macian O objetivo primordial era a centralização da empresa em um único endereço para padronizar as instalações com maior qualidade e conforto para seus funcionários e reforçar a imagem da empresa em relação às suas preocupações ambientais e de inovação. Cláudia Andrade e Marcos Azevedo, sócios-diretores da Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa

Cases Com a inauguração da nova sede veio a necessidade de renovar o mobiliário corporativo do ambiente para abrigar a equipe de forma sinérgica e confortável. Integração renovada Solução A expansão da empresa e a inauguração da nova sede originou a necessidade de renovar o mobiliário corporativo. Assim, entraram em cena os móveis Marelli para possibilitar maior integração entre as equipes, aliando ergonomia e design em um espaço de 650 m². O novo projeto foi pensado visando à reestruturação dos ambientes com um mix de produtos que trazem harmonia e praticidade. A capacidade de adaptação dos layouts é outra característica marcante do projeto, privilegiando a mobilidade nos locais e propiciando fácil readequação das estações de trabalho. 16 Revista Ambiente Outubro 2013

1 1 No Staff, a versatilidade no gerenciamento dos cabos que a linha Open oferece torna o ambiente mais organizado e amplia a otimização do trabalho. As cadeiras Vegas primam pelo bem-estar de quem as utiliza, oferecendo a ergonomia necessária para longos períodos. 2 2 As mesas da Direção e da Sala de Reuniões confeccionadas com tampo Teka, opção na linha Open, dão um toque sofisticado e diferenciado ao projeto. Revista Ambiente Outubro 2013 Cases 17

Projeto Ficha Técnica Os painéis divisórios da linha Reasons permitem a privacidade visual ao mesmo tempo em que possibilitam a interação entre os funcionários, em uma configuração flexível das estações de trabalho. Cliente: Agriness Sistemas de Tecnologia da Informação Local: Florianópolis - SC Instalação do projeto: Abril de 2013 Área total: 650 m² Postos de trabalho: 50 postos Produtos utilizados: Linhas Open, Reasons e Vegas Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Guilherme Moki Guilherme Moki Arquitetura Loja responsável pela execução: Marelli Florianópolis Fotos dos ambientes: André Alem Gómez 18 Revista Ambiente Outubro 2013

Situação A Agriness, fundada em 2001, é uma empresa de Tecnologia da Informação voltada para soluções e modelos de gestão para o Agronegócio, com forte atuação no ramo da suinocultura. Consolidando-se cada vez mais como uma empresa de inteligência de negócios referência na área, a Agriness vem expandindo seus negócios. Nesse novo cenário veio a necessidade de modernizar as instalações em uma nova sede, agora própria, para abrigar a equipe, de forma sinérgica e confortável. Foto: Arquivo pessoal Dentro do conceito aplicado à Agriness, os produtos Marelli atenderam a todas as exigências do projeto, através do design e da funcionalidade, agregando muito ao resultado final e responderam às expectativas do cliente. Guilherme Moki, arquiteto e diretor da Guilherme Moki Arquitetura

Cases Integrar as equipes e racionalizar os espaços para trabalhar grandes projetos foi o desafio desta obra. Sofisticação na medida certa Solução A criação de uma empresa pública para gerir o transporte e a logística no país requeria a implantação de sua sede em um curto período de tempo. Para mobiliar os ambientes, era indispensável realizar rapidamente o projeto de forma a atender com design e praticidade aos 220 postos de trabalho, além das salas de reunião e conferência, recepção, presidência e diretoria. Esse objetivo foi alcançado com uma combinação de produtos Marelli, que demonstram por meio da inovação e da praticidade a importância do trabalho do novo órgão. 20 Revista Ambiente Outubro 2013

1 1 1 A racionalização dos espaços no Staff foi conseguida com a aplicação da linha Open, que traz em seu design a simplicidade e a interatividade necessárias à equipe de trabalho, além do bem-estar oferecido pela cadeiras da linha Energy. 2 Na Sala de Conferências, as mesas componíveis da linha Sistema Z permitem a mudança de layout conforme a necessidade da reunião, enquanto as cadeiras Vegas dão o toque sofisticado ao ambiente. 2 Revista Ambiente Outubro 2013 Cases 21

Projeto Ficha Técnica A Diretoria da empresa conta com um mix de produtos em sua sala, somando o que de melhor oferecem os móveis das linhas Sistema Z, One, Perfecta, Vegas e Energy. Cliente: EPL - Empresa de Planejamento e Logística S.A. Local: Brasília - DF Instalação do projeto: Janeiro de 2013 Área total: 3.600 m² Postos de trabalho: 220 postos Produtos utilizados: Linhas Open, Reasons, Sistema Z, One, Perfecta, CXO, Boss, Energy e Vegas. Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Sérgio Borges Atiwa Arquitetura Loja responsável pela execução: Marelli Brasília Fotos dos ambientes: Clausem Bonifácio Filho 22 Revista Ambiente Outubro 2013

Situação Criada em 2012, a EPL Empresa de Planejamento e Logística é um órgão público federal constituído para estruturar e qualificar o processo de planejamento integrado de logística no país, interligando rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. A sede da nova organização, que ocupa uma área total de 3.600 m², precisava abrigar e integrar as equipes para trabalharem de forma conjunta em grandes projetos, além de racionalizar os espaços que poderiam sofrer modificações de acordo com a necessidade da empresa. Foto: Clausem Bonifácio Tínhamos um prazo muito curto e precisávamos de uma empresa que pudesse atender às demandas de mobiliário com um padrão de qualidade compatível, custo acessível e prazo de entrega de acordo com o cronograma definido. A Marelli conseguiu atender a todos os requisitos e, assim, pudemos nos dedicar à inovação do projeto. Sérgio Borges, arquiteto e diretor da Atiwa Arquitetura Revista Ambiente Outubro 2013 23

Cases A reestruturação do ambiente e das equipes de trabalho requeriam otimização dos espaços e melhor acomodação da fiação dos equipamentos. Open space multimídia Solução Com 60 anos completos em 2013, a El Deber vive um momento de crescimento em circulação e em publicidade, o que permitiu investimentos nas mídias digitais da empresa. Com isso, veio a exigência de integrar as equipes de profissionais para que trabalhassem sob o conceito de multimídia, aumentando a produtividade e a velocidade com que a informação é produzida e repassada. Nesse sentido, a troca do mobiliário era urgente, situação que foi resolvida com a agilidade e a qualidade presentes na marca Marelli, cujos produtos foram escolhidos para otimizar os espaços, aproximar os funcionários e acomodar a fiação dos equipamentos. 24 Revista Ambiente Outubro 2013